Universidade Federal do Ceará MAPP. Profa. Dra. Ana Claudia Farranha Universidade de Brasília UnB/ Planaltina

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Transcrição:

Mini Curso: Avaliação das Políticas de Trabalho e Renda Universidade Federal do Ceará Mestrado Avaliação de Políticas Públicas MAPP Profa. Dra. Ana Claudia Farranha Universidade de Brasília UnB/ Planaltina

Discussão de ontem: Natureza das políticas de emprego Ativas e Passivas Papel que a regulação cumpre nesse contexto: Como avaliar essas políticas

Noções Gerais de Avaliação: AVALIAÇÃO : consiste em um processo sistemático de fazer perguntas sobre o mérito e a relevância de um determinado assunto. (p. 19). Do ponto de vista dos programas sociais, a autora afirma que este processo tem como sentido mais nobre, fortalecer o movimento de transformação da sociedade em prol da cidadania e dos direitos humanos (p.19). Pode-se identificar que este processo envolve, pelo menos, quatro dimensões, a saber: utilidade: a avaliação é útil na medida que proporciona uma redução das incertezas do processo; viabilidade : uma avaliação é viável na medida que atende a aspectos políticos ( de concepção e formulação da política/programa que está sendo analisado), práticos e de custo-benefício; ética : uma avaliação é ética na medida que não fere os valores dos interessados; precisa: os aspectos de precisão de uma avaliação são os métodos e técnicas empregados.

Noções Gerais de Avaliação: Em que deve se pautar uma avaliação?? Oferecer respostas aos beneficiários, à sociedade e ao governo sobre o emprego dos recursos públicos, Orientar os investidores sobre os frutos de sua aplicação, Responder aos interesses das instituições, de seus gestores e de seus técnicos, Melhorar adequação das atividades. (MINAYO, 2005, p. 19)

Noções Gerais de Avaliação: Em resumo: Avaliar é um processo de atribuição de critérios e estabelecimento de métodos para verificar o resultado de uma intervenção É um processo que tem uma utilidade no âmbito dos serviços públicos oferecidos pelo Estado, utilidade essa que vai desde a perspectiva relacionada a aferição de cumprimento de propósitos ( políticos, financeiros, de alteração de condições, etc) até a possibilidade de redefinir o escopo da intervenção Tem um caráter complexo e controverso, pois ao estabelecer critérios de avaliação sejam eles qualitativos ou quantitativos, estabelece as lentes (visão de mundo) pela qual está sendo verificada a intervenção. Por isso, a escolha metodológica faz toda a diferença, nesse processo.

Formatos metodológicos: Indicadores de desempenho: Trata-se de medidas voltadas para mensurar processos, produtos, resultados e impactos relacionados com projetos, programas ou estratégias de desenvolvimento. Eles podem ser utilizados para estabelecer metas de desempenho e avaliar as atividades de andamento, identificar problemas que possam ocorrer no desenvolvimento destas atividades e indicar se há necessidade de uma avaliação ou análise mais profunda. Enquadramento lógico ( logframe ): o enquadramento lógico se propõe a clarificar os objetivos do programa, projeto ou política. Seu objetivo é conectar a lógica do programa com os resultados alcançados. Na verdade, trata-se de uma avaliação continua, cujo eixo central é a relação causa e efeito, ou seja, contrapondo a lógica do projeto com os resultados que se está obtendo. Sendo assim, volta-se para uma precisão melhor da concepção dos programas e projetos, para o uso correto dos indicadores de desempenho, auxilia na preparação de planos operacionais mais detalhados. Avaliação com base na teoria (theory-based evoluation): este método se assemelha muito com o anterior, entretanto permite uma compreensão mais profunda, uma vez que não se propõe apenas a uma conexão linear entre causa e efeito, mas busca identificar elementos que resultem de uma determinada intervenção. Neste sentido, a avaliação do êxito de um determinado programa não está ligado apenas à sua concepção, mas há outros fatores indiretos (p.ex., no caso de programas ou políticas educacionais, além dos indicadores que apontem o número de crianças que freqüentam a escola é preciso observar a disponibilidade de livros didáticos, o número de professores suficientes, avaliação dos pais em relação a escola, etc.). Este tipo de avaliação visa considerar um conjunto de fatores importantes para o sucesso do programa/política. Com isto, permite-se que se identifiquem os fatores críticos para o êxito e amplia a possibilidade de adequar os objetivos propostos às situações fáticas.

Formatos metodológicos: Levantamentos formais: este mecanismo é utilizado para recolher informações padronizadas de uma amostragem. Normalmente esta tipologia é utilizada para fazer comparações entre informações de um número relativamente grande de pessoas em grupo alvos determinados. A utilidade deste formato é que ele fornece dados básicos que permitem comparar alterações no mesmo grupo ao longo do tempo. Estes levantamentos, também, permitem comparar as condições atuais do projeto com as metas estabelecidas em determinado programa ou política. Auxilia na descrição das condições de uma comunidade específica e fornece uma contribuição para a avaliação formal do projeto. Métodos de avaliação rápidos: estes métodos têm por finalidade oferecer uma resposta rápida para algum problema na gestão ou condução do programa/política. São de baixo custo e possibilitam verificar opiniões e feedback dos beneficiários e outros interessados, as quais procuram responder demandas dos tomadores de decisão no âmbito do programa ou do projeto. Estes métodos podem ser: entrevista com pessoas-chaves, discussão com grupo importante para coleta de percepções sobre o projeto/programa; entrevista com grupo comunitário, observação direta, mini-levantamento. Métodos participativos: estes métodos destinam-se ao uso da técnica da participação ativa de todos que têm algum interesse no projeto, programa ou política. A possibilidade de participar da tomada de decisões abre a perspectiva de maior controle social sobre o projeto, ultrapassando os aspectos das regras de procedimento ou gerenciais. Estes métodos permitem conhecer as condições locais e as perspectivas e prioridades da população local, identificar e resolver problemas durante a execução do projeto.

Formatos metodológicos: Levantamento das despesas públicas: este formato de avaliação procura identificar a forma como os recursos do projeto são gastos. Os levantamentos examinam o modo, a quantidade e a cronologia de liberação do recurso. Ele permite diagnosticar quantitativamente problemas relativos à operacionalização e gastos de uma política, projeto ou programa. Análise da relação custo-benefício e de eficácia em função do custo: estes instrumentos permitem avaliar se os custos de uma atividade podem ou não ser justificados pelos resultados e impactos produzidos. A análise da relação custo-benefício mede os efeitos do resultado em termos monetários e a análise de eficácia em função do custo mede os resultados em termos quantitativos não monetários ( por ex: a melhora registrada nas notas dos estudantes). Este formato é importante, pois informa as decisões sobre uma alocação mais eficiente dos recursos e identifica programas que requerem uma alta taxa de investimento, bem como a viabilidade do retorno do investimento. Avaliação de impacto: este formato procura fazer uma avaliação sistemática dos efeitos positivos ou negativos, intencionais ou não proporcionados por ação desenvolvida por um programa ou política. Estas avaliações compreendem desde levantamentos de amostragem de larga escala, os quais comparam as situações anterior a intervenção da política e aquela em que se identifica os resultados vinculados a esta intervenção, até uma avaliação rápida de pequena escala elaborada a partir de estudos de caso, entrevistas, percepção dos beneficiários. (Banco Mundial, 2004).

Como fazer isso na prática?? Idéia da Triangulação por Métodos:?????????????

Como fazer isso na prática?? Minayo assinala que Pode-se compreender avaliação por triangulação de métodos como expressão de uma dinâmica de investigação e de trabalho que integra a análise das estruturas, dos processos e dos resultados, a compreensão das relações envolvidas na implementação das ações e a visão que os atores diferenciados constroem sobre todo o projeto: seu desenvolvimento, as relações hierárquicas e técnicas, fazendo dele um construto (Schutz, 1982) específico. (MINAYO, 2005, p.29).

Como fazer isso na prática?? Estruturas Processos Resultados Relações envolvidas na implementação Visão dos atores

Como fazer isso na prática?? Qual o eixo estruturante desse tipo de concepção?? O ponto crucial do processo reflexivo é o que aponta ser possível exercer uma superação dialética sobre o objetivismo puro, em função da riqueza de conhecimento que pode ser agregada com a valorização do significado e da intencionalidade dos atos, das relações e das estruturas sociais. A postura dialética leva a compreender que dados subjetivos (significados, intencionalidade, interação, participação) e dados objetivos (indicadores, distribuição de freqüência e outros) são inseparáveis e interdependentes. Ela permite criar um processo de dissolução de dicotomias: entre quantitativo e qualitativo, entre macro e micro; entre interior e exterior; entre sujeito e objeto. (MINAYO, 2005, p. 32).

Como fazer isso na prática?? Formulação do objeto ou da pergunta referencial que vai guiar todo o processo e planejamento geral da avaliação; Elaboração dos indicadores; Escolha da bibliografia de referência e das fontes de informação; Construção dos instrumentos para a coleta primária e secundária das informações; Organização e a realização do trabalho de campo; Análise das informações coletadas; Elaboração do informe final; Entrega, devolução e discussão com todos os atores interessados na avaliação, visando à implementação. (MINAYO, 2005, p.36 e 37).

Perspectiva para dimensão de gênero e raça Que instrumentos podem ser utilizados? Como construir indicadores?? Que experiências podem estudadas?? E o que elas trazem de novo nesse terreno??

Perspectiva para dimensão de gênero e raça Concepção metodológica para avaliar essas questões Quais os instrumentos e indicadores produzidos Dimensão da intersectorialidade Dimensão financeira e instrucional do programa

Proposta de indicadores ( Farranha, 2011) [ Dimensão avaliada Indicador Natureza do dado a ser coletado Relevância No. de ações implementadas pelo programa Dado quantitativo No. de beneficiários ( se possível estabelecer comparação entre os anos de implementação do programa) Sistematização das informações acerca do perfil dos beneficiários Impressões sobre a relevância do programa para os beneficiários Dado quantitativo Dado quantitativo Dado qualitativo (fonte primária : apurada em questionário da pesquisa ou grupo focal) Eficácia Volume de recursos orçamentários aportados no programa Dado quantitativo (fonte secundária: informação junto aos órgãos de controle orçamentário) Ações de intersecção entre o Programa avaliado com o PPA ( município, estados ou Federal) Cumprimento das ações nos Planos de execução e implementação dos programas ( se houver) Dado quantitativo e qualitativo (Sistema de Monitoramento existente) Quantitativo Impressões e percepções dos gestores do Programa, Qualitativo (fonte primária: entrevistas) Impacto No. de materiais produzidos pelo Programa Quantitativo No. de matérias na impressa que falam sobre o Programa No. de eventos realizados pelo Programa No e natureza de ações transbordantes, conseqüências não prevista nos resultados do programa. Quantitativo Quantitativo Efetividade Impressões e percepções dos implementadores do Programa Qualitativo Impressões e percepções dos beneficiários Qualitativo Sustentabilidade Natureza da rede formada em torno do programa ( quais parceiros, apoiadores, articulação com sociedade civil, universidades, outros organismos governamentais) Quantitativo e Qualitativo Qualitativo Possibilidades de expansão do programa (novos grupos, contornos e desenhos) Qualitativo (verificado a partir da prospecção dos gestores) Possibilidade de ampliação dos recursos que o Programa Política de publicações do programa Quantitativo ( verificado nos instrumentos de política orçamentária do organismo público) Qualitativo (fonte primária: entrevistas e grupo focal) Política de comunicação Qualitativo ( fonte primária:entrevistas e grupo focal) Possibilidade de articulação com outras políticas e programas públicos Qualitativo (fonte primária: entrevistas e grupo focal)

Problematização Montar um caso de avaliação Trocar com os grupos Montar a metodologia

Obrigada!! anclaud@uol.com.br farranha@unb.br