O ENFERMEIRO NO PLANEJAMENTO DO ESPAÇO FÍSICO HOSPITALAR THE NURSE IN THE PLANNING OF THE HOSPITAL PHYSICAL SPACE



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Transcrição:

484 O ENFERMEIRO NO PLANEJAMENTO DO ESPAÇO FÍSICO HOSPITALAR THE NURSE IN THE PLANNING OF THE HOSPITAL PHYSICAL SPACE Cíntia Dadalto Lima Graduada em enfermagem pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais UnilesteMG. cincindadalto@hotmail.com Marcela de Aquino Lopes Graduada em enfermagem pelo Centro Universitário do Leste de Minas Gerais UnilesteMG. marcelataru@hotmail.com Virgínia Maria da Silva Gonçalves Enfermeira. Especialista em Administração Hospitalar. Mestre em Saúde, Desenvolvimento e Meio Ambiente. Docente do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais UnilesteMG. vmsgoncalves@terra.com.br RESUMO O planejamento do espaço físico hospitalar traz grandes benefícios para a instituição: um melhor aproveitamento dos espaços desonera gastos desnecessários, auxilia o processo de cura do paciente e evita disseminação de doenças infecto-contagiosas. Esta é uma pesquisa bibliográfica que aborda a história hospitalar, arquitetura versus funcionalidade e a participação do enfermeiro no planejamento do hospital. Os resultados demonstram uma necessidade de maior divulgação sobre a realização do planejamento hospitalar e sobre consultoria entre os enfermeiros para que assim efetivem sua participação elevando a qualidade da edificação em resposta às expectativas dos usuários. Observa-se uma necessidade de realização de mais estudos sobre a atuação do enfermeiro no planejamento do espaço físico hospitalar, pois este pode ser um novo campo de trabalho para a enfermagem. PALAVRAS-CHAVE: Arquitetura hospitalar. Enfermagem. Planejamento Hospitalar. ABSTRACT The planning of the space physical hospitalar brings great benefits for the institution: a better use of the spaces exonerates unnecessary expenses, it aids the process of the patient's cure and it avoids spread of infect-contagious diseases This is a bibliographical research that it approaches the history hospitalar, architecture versus functionality and the nurse's participation in the planning of the hospital. The results demonstrate a need of larger popularization about the accomplishment of the planning hospitalar and on consultancy among the nurses so that they execute like this his/her participation elevating the quality of the construction in response to the users' expectations. A need of accomplishment of more studies is observed about the nurse's performance in the planning of the space physical hospitalar, because this can be a new work field for the nursing. KEY WORDS: Hospital Architecture. Nursing. Hospital Planning. INTRODUÇÃO Durante a guerra militar a assistência hospitalar não demonstrava eficiência, as doenças infecto-contagiosas cresciam devido a falta de pessoas preparadas para

485 oferecer o cuidado necessário. Florence Nightingale com seu conhecimento de enfermagem foi à precursora das iniciativas administrativas hospitalares, realizou transformações na estrutura física que interferiu diretamente no índice de transmissão de agentes infecciosos entre os doentes reduzindo o índice de mortalidade de 40% para 2% (GEOVANINI et al., 2005; TREVIZAN, 1988). Com o transcorrer dos anos, os hospitais continuaram evoluindo e a partir de estudos científicos foram modificando sua estruturação física realçando a necessidade da realização de um planejamento do hospital anteriormente a sua construção (GEOVANINI et al., 2005; TREVIZAN, 1988). O planejamento é realizado de forma pró ativa, ou seja, precisa ser construído já pensando em seu funcionamento e nos objetivos a serem alcançados (ROBBINS, 2002). Este planejamento envolve um estudo do espaço, das atividades exercidas no ambiente e dos equipamentos básicos de cada setor/sala da unidade hospitalar, visando um atendimento de qualidade, respeitando as normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Ministério da Saúde, e das Secretarias Estaduais e Municipais da saúde (BRASIL, 2002). A elaboração do projeto do espaço físico envolve uma equipe multiprofissional e segue a etapa de estudo preliminar, projeto básico e projeto executivo. Para isso os profissionais possuem uma resolução específica, a Resolução das Diretrizes Colegiadas nº50, que foi criada em 21 de fevereiro de 2002 e dispõe sobre o regulamento técnico para o planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde (BRASIL, 2002). O estudo preliminar é realizado para que seja feita uma análise e assim selecione o que melhor preencha o Programa de Necessidades do Ministério da Saúde respeitando a legislação que regulamenta a elaboração do espaço físico hospitalar e possa então ser concretizado o projeto básico e o executivo. É analisada a topografia, condições ambientais, vias para o acesso, sonorizações, taxa de poluição, tráfego, não somente para uma boa estética hospitalar, mas também para a contribuição da melhoria do bem estar dos clientes (BRASIL, 2002; BRASIL, 1995; CARVALHO, 2004). Nos últimos anos os hospitais vêm sofrendo algumas alterações que buscam o progresso das instalações e o aumento da eficiência dos serviços para que assim se encaixe no programa da qualidade (CUNHA, 2004), nota-se que esta preocupação não está relacionada aos cuidados, mas envolvem também uma estratégia de marketing para superar a competitividade do mercado (BELLO, 2000). O hospital trabalha diretamente com o ser humano e precisa explorar todos os aspectos para trazer conforto e facilidades no dia a dia do usuário. Ao realizar o projeto hospitalar deve-se respeitar as condições ambientais, criar espaços lúdicos e lembrar-se de que podem ocorrer futuras expansões (GOES, 2004). Para uma efetiva organização é necessário a interação entre todas as atividades da instituição de saúde, pois, o hospital possui relações de diferentes níveis de tecnologia e profissionais (GOES, 2004). O enfermeiro passa grande parte de seu tempo no hospital, trabalha com o paciente de forma direta ou no setor de gerenciamento, estando assim presente em quase todos os ambientes hospitalares (BRASIL, 1986). Ocupa 80% das ações de saúde e por estar intimamente ligado ao cliente, acaba conhecendo toda a rotina hospitalar (SANTOS et al., 2005).

486 O enfermeiro precisa ficar atento à necessidade de mudanças realiza quase que integralmente o diagnóstico situacional da instituição, participa diretamente do planejamento e estruturação do espaço físico hospitalar para um melhor aproveitamento dos espaços (BRASIL, 1986). O tema é de grande relevância acadêmica e social, permite a reflexão e incentiva uma assistência melhorada devido ao favorecimento dos recursos físicos. Este é um estudo multidisciplinar que objetiva firmar, através das literaturas existentes, a evolução hospitalar, arquitetura versus funcionalidade e a relação do enfermeiro junto ao processo de planejamento do espaço físico hospitalar. METODOLOGIA Esta é uma pesquisa bibliográfica descritiva, desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Para Gil (2007, p.45) a principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que poderia pesquisar diretamente. Foi escolhido este tipo de metodologia devido à escassez de estudos divulgados pela enfermagem abrangendo o assunto escolhido tendo então que ser construído um entendimento acerca de materiais produzidos e divulgados por outros profissionais. A busca dos artigos foi realizada durante o período de maio de 2008 a agosto de 2009 na Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde do Brasil (BVS MS) (TAB. 1) e na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) (TAB. 2), já a busca por impressos foi realizada na Biblioteca do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais (Unileste-MG) (TAB. 3), outras obras foram selecionadas através de metodologia supracitada nas referências dos artigos consultados (TAB. 4). Na Biblioteca Virtual de Saúde foi consultado pelos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): administração hospitalar; arquitetura hospitalar; administradores hospitalares; gerentes hospitalares; legislação hospitalar; planejamento hospitalar; unidades hospitalares. Como limites foram usados campo de busca como descritor de assunto e idiomas português e espanhol. Na Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde, foi escolhido entre as áreas temáticas ofertadas o assunto arquitetura e engenharia em saúde. Na biblioteca do Unileste-MG foram pesquisadas bibliografias relacionadas ao tema 1 Arquitetura hospitalar, 2 Monografia, 3 Gestão de Serviços de Saúde e 4 História da enfermagem. Os artigos foram selecionados após a realização de cinco tipos diferenciados de leitura e ao serem consultados eles eram simultaneamente catalogados: primeira leitura (L1) dando ênfase aos títulos e selecionados aqueles que envolviam assuntos que fossem relevantes ao contexto deste artigo, a segunda leitura (L2)foi realizada de forma exploratória abstendo-se ao resumo, tendo por objetivo a verificação de interesse sob a obra consultada. Na terceira etapa (L3) o tipo de leitura utilizado foi a seletiva chegando inclusive a introdução que determinou se o material realmente era conveniente à esta pesquisa. Na quarta etapa (L4) a leitura foi analítica e serviu para ordenação das informações e consistiu da leitura superficial do documento. Na quinta e ultima etapa (L5) a leitura realizada foi interpretativa e teve por objetivo

487 relacionar o que o autor dizia com o problema para qual se propunha uma solução (GIL, 2002). Conforme avançava as leituras, os artigos que não preenchiam o requisito eram descartados. RESULTADOS TABELA 1 Referências encontradas na Biblioteca Virtual de Saúde do Ministério da Saúde TEMA L1 L2 L3 L4 L5 Arquitetura e Engenharia em Saúde 101 38 26 18 8 A TAB. 1 mostra os dados de acervo encontrados na biblioteca virtual de saúde do Ministério da Saúde, foi pesquisado um total de 101 bibliografias encontradas sobre o rema Arquitetura e Engenharia em saúde, este total foi sendo selecionado chegando a 8 obras utilizadas neste trabalho, a maior parte das bibliografias encontradas nesta fonte foi escrito por arquitetos e engenheiros. TABELA 2 Referências encontradas na Biblioteca Virtual de Saúde DEC S L1 L2 L3 L4 L5 Administração e Organização Hospitalar 584 329 95 11 2 Arquitetura Hospitalar 875 31 13 7 3 Administradores Hospitalares 28 46 4 1 0 Gerentes Hospitalares 10 3 1 1 1 Legislação Hospitalar 13 2 1 1 0 DEC S L1 L2 L3 L4 L5 Planejamento Hospitalar 59 11 5 2 0 Unidades hospitalares 182 75 39 15 0 A TAB. 2 demonstra o acervo da biblioteca virtual de saúde, segundo cada descritor de assunto consultado, rico em quantidade e qualidade, foram inicialmente elegidos 1751 obras realizou-se seleção por leituras para extrair aqueles que fossem relevantes a esta pesquisa sendo realmente utilizados apenas 6 materiais. Apesar de extenso o número de bibliografias nesse campo, muitos temas são repetitivos. TABELA 3 Referências encontradas na Biblioteca do UnilesteMG DESCRITORES L1 L2 L3 L4 L5 Arquitetura Hospitalar 10 6 5 5 1 Monografia 5 2 2 2 2 Gestão de Serviços de 18 16 9 2 2 Saúde História da Enfermagem 10 7 7 3 3

488 A TAB. 3 reflete a busca realizada na biblioteca do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais, foram pesquisado por 4 descritores, o numero de livros selecionados foram 8. TABELA 4 Referências encontradas por supracitação das obras consultadas L1 L2 L3 L4 L5 5 3 3 3 3 A TAB. 4 explana a utilização de artigos supracitados nas bibliografias das obras consultadas, sendo a busca dos mesmos realizados pelo site google. Entre os campos de busca indica-se a biblioteca virtual de saúde como referencial em acervo bibliográfico sobre o tema. O número amplo de bibliografia consultada no geral e o número escasso escolhido revelam a dificuldade de encontrar acervo com textos voltados para este assunto, evidenciando a necessidade de mais produção da enfermagem sobre esta área. Os dados resultantes do final desta seleção foram estruturados em forma de tópicos buscando uma evolução de entendimento linearmente. Primeiro fez-se a apresentação da parte histórica do espaço físico hospitalar para clarear as modificações ocorridas ao longo dos anos e a importância de adequação do ambiente à realidade encontrada, depois foi relatada a relação deste espaço com as funções exercidas no ambiente, e as consequências e benefícios trazidos por essa interação, por fim sugere-se o enfermeiro como consultor hospitalar objetivando uma divulgação maior desta área para os profissionais da enfermagem, explicitando a vantagem do seu conhecimento por todo ambiente hospitalar já adquirido durante sua graduação. DISCUSSÃO Evolução hospitalar A evolução hospitalar sofreu influência de cinco fatores que são: o sobrenatural, a guerra, a caridade, a ciência e a economia. Os primeiros hospitais existentes funcionavam como isolamento, eram ambientes insalubres e promíscuos (TREVIZAM, 1988). No Egito e na Índia, civilização primordial, encontra-se o templo de saturno diz-se que este foi primeiro hospital que se teve noticias, seu surgimento foi anteriormente a Era Cristã. Nesta época o ambiente hospitalar era erguido em locais ventilados, com proximidade ao meio ambiente, as práticas ali exercidas envolviam grande teor de misticismo e superstições (BRASIL, 1965). Com o decorrer dos anos, esses hospitais passam a centrar-se na medicina curativista (DALMASSO, 2005), mudam sua visão da administração tornando-se uma organização com padrões de lucros mínimos para que possam ao menos se manter (BRASIL, 1965). O Brasil herdou a forma Lusitânia de assistência e arquitetura hospitalar dando ênfase ao padrão arquitetônico pavilhonar que centrava a preocupação com o contágio, mas diferenciando-os de nosocômios (SANGLARD, 2007).

489 Na década de 50 foi introduzido no Brasil os Princípios Básicos de Padronização Hospitalar como recurso de grande importância que visava manter um controle de qualidade básico das instituições de saúde (TREVIZAN,1988) e apenas em 21 de fevereiro de 2002 que a diretoria colegiada da Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) adotou uma resolução para padronizar as construções e/ou reformas realizadas em Unidades de Saúde, a Resolução das Diretrizes Colegiadas (RDC n 50) (BRASIL, 2002). O movimento da humanização surgiu no século XX e a estrutura física hospitalar passa ter grande importância, devendo ser projetada de maneira a favorecer a cura e possibilitar a interação entre o paciente e sua família (PADILHA; MANCIA, 2005). No século XX os profissionais de saúde e hospitais buscam centrar sua visão no paciente como um todo, tendo uma visão holística onde o próprio cliente participa das decisões a serem tomadas (DALMASSO, 2005). Desde então os hospitais investem cada vez mais em tecnologia para manutenção, segurança, infra-estrutura predial e diagnóstico ou tratamentos médicos, diminuindo custos e diminuindo as chances de falhas ocorrentes (MARINELLI; CAMARGO, 2004). Os recursos físicos nos hospitais assumem grande importância, a busca pela excelência ficou acirrada e necessita-se para chegar a este ponto um aprimoramento contínuo de forma a atender as exigências dos usuários fazendo com que estes se sintam satisfeitos no ambiente (GUELLY; ZUCCHI, 2005). Arquitetura versus funcionalidade O planejamento do espaço físico hospitalar é de grande importância e diz-se que: Hospital errado, ao nascer, é o deficiente físico, cuja eficiência será prejudicada ou inutilizada definitivamente (BRASIL, 1965, p.151). A arquitetura hospitalar constitui uma das partes da realização do planejamento do espaço físico, mas somente pode ocorrer após a delimitação dos espaços necessários para aquele hospital, para isso o primeiro passo é o investidor da obra tomar a decisão de qual tipo de hospital ele deseja: Hospital geral, Hospital específico, Maternidade e etc. Após essa primeira escolha, é importante também avaliar qual é o objetivo em longo prazo desse hospital, pois ao arquitetar um hospital é necessário pensar em suas futuras expansões. Decidido estes passos é criada uma listagem dos espaços que estarão presentes na obra e um estudo de cada um deles evidenciando a sua função e materiais ali utilizados (GOES, 2004). A integração e os vários tipos de arquiteturas interligadas a engenharia, administração hospitalar, engenharia clinica, bioengenharia, melhora as necessidades das futuras funções já relacionando os seus resultados com a preocupação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) (BRASIL, 1995). Através do recurso físico do ambiente podem-se estimular comportamentos diversos, por isso o cuidado da escolha nesse quesito vem crescendo a cada dia (BELLO, 2000). Sendo o hospital uma das instituições mais complexas existentes, o desenho físico deve ser utilizado de forma inteligente gerando compatibilidade com suas

490 funções, deixando a valorização da imagem atrás da funcionalidade, agindo preditivamente contra aquilo que realmente é um problema (POTIER, 2006). No século XIX Von Petten Koffer descobriu a transmissibilidade de microorganismos causadores de doenças individualmente ou por meio do ambiente, sendo esta uma grande preocupação nos dias atuais (FONTANA, 2006). Por isso cada vez mais a Arquitetura-Infecto-Preditiva vem lutando de uma forma diferenciada contra a infecção hospitalar, ela visa utilizar-se da arquitetura como uma forma de diminuir o risco desse tipo de infecção. Para isso ela quebra alguns preconceitos arraigados pelo passar dos anos e desonera custos muitas vezes inúteis (BRASIL, 1995). A arquitetura hospitalar deve concentra-se em atender três preocupações básicas: aspectos funcionais, aspectos técnicos e os aspectos psicosociais (BELLO, 2000). Um hospital com edificação onerosa não necessariamente indicará uma boa qualidade, pois a qualidade é referente à conformidade com a legislação, juntamente ao requerimento necessário para um bom funcionamento do ambiente (BELLO, 2000). Parte deste custo deve ser direcionada ao ambiente de trabalho, que interfere diretamente na produtividade dos profissionais. Sendo o hospital um lugar de tensão por estar lidando com vidas, a responsabilidade é muito grande, e a preocupação com a funcionalidade do local aumenta ainda mais (CUNHA, 2004). Estudos mostram que há muitos casos relacionados com danos a saúde do trabalhador devido ao espaço físico hospitalar inadequado. A edificação então deve auxiliar o trabalho dentro da instituição e ajudar o fluxo de usuários a fluir com mais facilidade (BELLO, 2000). O enfermeiro no planejamento hospitalar O administrador possui a função de planejamento, organização, liderança e controle, visando à realização de um trabalho bem sucedido (ROBBINS, 2002). O primeiro consultor hospitalar a que se têm notícias foi Florence Nightingale, que associou conhecimento científico à realidade dos hospitais. Baseando-se neste conhecimento, fez a primeira grande mudança no hospital: o seu espaço físico, abrindo os olhos da área médica para a importância do planejamento hospitalar (TREVIZAN, 1988). A preocupação ao planejar o hospital vai muito além de que respeitar o impacto da arquitetura sob os usuários, as instituições hospitalares em sua maioria deixaram de serem instituições de caridade e agora visam lucros e assim sendo necessita-se de um profissional especializado que compreenda até que ponto o porte do hospital será benéfico ou maléfico, realizando um levantamento da região que será erguido (BRASIL, 1965). O consultor hospitalar realiza toda a programação do hospital, lista os ambientes que devem conter e orienta quanto à funcionalidade de cada local, fornecendo informações preciosas para que o arquiteto desenvolva um projeto de boa qualidade, assinando os dois juntos à autoria do projeto (BRASIL, 1965). Para a escolha do consultor deve-se ter muita cautela partindo do pressuposto da importância do trabalho deste profissional no planejamento. O

491 consultor e o arquiteto trabalharão juntos combinando o conhecimento da administração hospitalar, do funcionamento hospitalar juntamente com o conhecimento dos planos (BRASIL, 1965). E é através do diagnóstico situacional sempre atualizado, muito comumente realizado pelo enfermeiro, que se consegue averiguar os pós e contras do hospital tanto em funcionamento quanto em arquitetura (BRASIL, 1965). A realização das mudanças propostas pela Enfermeira Florence interferiu no índice de mortalidade que teve uma redução de 40% para 2% na mortalidade dos enfermos. Houve modificação nos leitos dos pacientes, na lavanderia, cozinha, limpeza e a forma como os serviços eram registrados (TREVIZAN, 1988). A percepção sobre o funcionamento hospitalar e as necessidades dos cuidados para melhora do cliente faz do profissional enfermeiro um diferencial, pois a tomada de decisões depende diretamente da influência da percepção sobre o problema (ROBBINS, 2002). A participação já existente e indireta da enfermagem fica explícita em trechos do texto do autor Bello (2000) que diz que a cada planejamento hospitalar, pode-se contar com os enfermeiros responsáveis por cada setor, que estes conhecem as necessidades diárias para um atendimento de qualidade. Onde não há hospital bem aparelhado dificilmente haverá médicos, e bons clínicos e especialistas (BRASIL, 1965, p. 148). CONCLUSÃO Os estudos mostram a mudança ocorrida no ambiente hospitalar durante a história existente e os benefícios da evolução arquitetônica. Revela ainda uma participação já existente da enfermagem na consultoria hospitalar contribuindo com o seu conhecimento sobre o funcionamento dos ambientes para auxiliar o consultor, mas ao realizar este estudo percebeu-se a escassez de material produzido pela enfermagem sobre este assunto. Observa-se uma necessidade de realização de mais estudos sobre a atuação do enfermeiro no planejamento do espaço físico hospitalar, pois este pode ser um novo campo de trabalho para a enfermagem. REFERÊNCIAS BELLO, S Cedrés. Humanización y calidad de los ambientes hospitalarios. RFM, Caracas, v.23, n.2, p.93-97, jul. 2000. Disponível em: < http://www.scielo.org.ve/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0798046920000002000 04&lng=es&nrm=iso > Acesso em: 10 set. 2008 BRASIL. ANVISA. Ministério da Saúde. RDC nº50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. Brasília. Disponível em: <http://elegis.anvisa.gov.br/leisref/public/showact.php?id=11946&mode=print_version> Acesso em: 24 jul. 2008.

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