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Transcrição:

Atlas Digital de MINAS GERAIS 1 de 18 Características Agropecuárias A sociedade brasileira viveu no século XX uma transformação socioeconômica e cultural passando de uma sociedade agrária para uma sociedade cada vez mais urbana e industrial. Em 1930 já se constata a perda da importância da monocultura cafeeira, agroexportadora. Mais tarde o início de uma industrialização começa a impulsionar o processo de urbanização do País O fato que marcou a segunda metade do século XX no Brasil agrário foi justamente a extensão das condições de produção industrial à agricultura. No entanto, esta transformação não é homogênea e completa. Com a modernização do meio rural foram introduzidas novas tecnologias e insumos agropecuários. Observa-se que nos últimos dez anos, o setor agropecuário intensificou o uso de tecnologias industriais, fazendo com que Minas Gerais tivesse uma maior capacidade de gerar mais alimentos, aumentando assim a sua produção e os lucros, consequentemente. Os interesses antes vinculados à produtividade da terra passam a ser em favor de interesses industriais, fortalecendo o agronegócio, que cada vez mais, vem contribuindo com o PIB do País, que gira em torno de 27,5% em 2000. O setor agropecuário ainda é responsável por aproximadamente 23% na geração de empregos, à frente do setor industrial com 20%, dados do ano de 2000. Outra grande importância do setor para o País são as exportações que correspondem à grande parte dos lucros nos últimos anos. O Estado é líder no Brasil em produção de café, abacaxi, batata e leite, sendo o segundo maior produtor de milho e bovinos e o terceiro em feijão e suínos, além de representar grande participação em outros setores agropecuários como cana-deaçúcar, laranja e soja. Possui ainda diversas características agropecuárias em seu território como descrito a seguir: A região da Mata que explora principalmente a produção de grãos. Em sua maioria são pequenos produtores voltados para a subsistência. O café também se destaca na região e a fruticultura vem ganhando expansão. A pecuária é destacada com a produção de suínos e aves que atendem ao mercado local. Projeto FAPEMIG DEG 2774/06 Coordenadora - Ana Maria S. Bruzzi Andrade Geógrafa MSc. 16-Características agropecuárias.doc

Na região Central, temos pouca tradição agrícola onde o arroz e o feijão é utilizado para o abastecimento local. O milho produzido visa atender os fabricantes de rações para aves e suínos. Apesar de pouca produção agrícola nessa região temos a maior densidade populacional que caracteriza com o mercado consumidor dos produtos agropecuários. Na região Sul do Estado, em grande parte os pequenos produtores são os responsáveis pela agricultura onde ganham destaque: o café, a batata, o tomate, frutas (de regiões mais frias), milho e leite. No Triângulo e Alto Paranaíba, a tecnologia permite que médios e grandes empresários rurais obtenham sucesso em suas produções, dando destaque para os grãos. Outras fortes presenças agropecuárias são as cafeiculturas, suinoculturas e bovinoculturas. Na região Centro-Oeste, grande parte dos produtores rurais é de médio ou pequeno porte, tendo as mais diversificadas produções, a mesorregião recebe muita influência do agronegócio do Triângulo e Sul de Minas. As regiões Norte, Nordeste e Jequitinhonha possuem diversas características comuns, no que diz respeito ao relevo e clima, mas nem tanto no que diz respeito à agropecuária. No Nordeste são comuns grandes propriedades envolvidas na produção de grãos e na pecuária, até mesmo com alta tecnologia que dão suporte a produção, e geralmente em culturas como a de banana, manga, goiaba e coco, além da pecuária extensiva em alguns lugares. O Jequitinhonha é uma região mais fraca em Minas no setor agropecuário, com práticas agrícolas rudimentares. Por último, temos a mesorregião do Rio Doce que tem uma indústria muito forte levando em conta a zona metropolitana do Vale do Aço, mas, mesmo assim, a região possui uma agricultura de subsistência, em que a pecuária de corte possui mais destaque.

O PIB agropecuário demonstrou mais dinamismo diante dos outros setores, expandindo cerca de 60% na década de 90, muito superior aos outros setores da economia. O Triângulo e Alto Paranaíba e a região Sul/Sudoeste de Minas, corresponderam com 59,9% de todo o valor da produção agrícola. As duas regiões mais o Noroeste do Estado foram os que apresentaram o aumento mais significativo da produção. Contraposto a isso, a concentração regional da renda agrícola se intensificou. Em relação à pecuária estadual, ocorreu um aumento de 24,3% no valor bruto da produção com grande destaque para a região do Triângulo e Alto Paranaíba. Trazendo para um contexto nacional, Minas Gerais é o principal estado pecuário do Brasil, sendo o maior produtor de leite, o segundo maior rebanho e fornecedor de ovos, o quarto maior produtor de suínos e o quinto em cabeças de aves.

CAFÉ O café é um produto tradicional em Minas Gerais assim como o Brasil tem forte ligação histórica e econômica com o produto, que é destinado principalmente ao mercado externo, o Estado se faz líder brasileiro tanto em produção quanto em qualidade, recebendo destaque mundial. Com novas tecnologias, o processo de produção do café vem sendo modificado, aumentando a produtividade e melhorando a qualidade, além disso, novas cadeias vêm sendo incorporadas para atender o mercado, como os cafés especiais.

O café encontra-se plantado em mais de 600 municípios mineiros, onde em 2006, foram exportados, segundo a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, valores a cerca de US$2,1 bilhões, o que equivale a 63,8% de toda a produção cafeeira exportada pelo Brasil.

CANA-DE-AÇÚCAR As condições de clima, terreno e muitos outros fatores são ideais para a expansão do setor em Minas Gerais, necessitando apenas de mais investimento para ter maior eficiência na cadeia produtiva.

De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, nos anos de 2005/2006 o estado atingiu uma área plantada de 349 mil hectares e a terceira posição nacional na produção de cana-de-açúcar, açúcar e álcool. No Estado o setor segue um ritmo de crescimento principalmente no Triângulo Mineiro, com previsão que até 2010 sejam construídas mais cinco usinas voltadas para o setor. O Brasil possui grande importância no cenário internacional como produtor de açúcar e álcool, sendo assim, o governo deveria interferir mais para favorecer o produto no mercado externo. O álcool pode ter ainda mais importância, por haver uma grande preocupação com o meio ambiente e assim ser utilizado junto à gasolina para reduzir a emissão de gases. Com esse cenário, cabem maiores investimentos para expandir o setor no mercado. BATATA Apesar de não possuir uma representatividade como o café e o leite, a produção de batata está ligada a uma importância regional, fazendo Minas Gerais o principal produtor do País.

Nas regiões Sul, Alto São Francisco, Triângulo e Alto Paranaíba registram um crescimento significativo devido à utilização de práticas mais modernas. O produto não recebe muito beneficiamento por ser utilizado mais na forma in natura. O beneficiamento está mais ligado à produção de alimentos para bebês, em produtos semi prontos e batata frita para consumo. Minas Gerais ocupa o primeiro lugar na produção nacional de batata, com um milhão de toneladas. Segundo dados do Governo Estadual esse volume correspondeu a 32% do total produzido no Brasil em 2005. O valor bruto é da ordem de R$676,4 milhões, e a principal região produtora é o Sul de Minas. MILHO

Segundo maior produtor brasileiro de milho, o estado colheu, em 2007, um total de 6,3 milhões de toneladas. A área cultivada alcançou 1,4 milhões de hectares. 1. MANDIOCA A produção é feita por produtores de pequeno porte e é carente de maiores investimentos, não só no Estado como também em todo o País. Uma maior orientação no segmento poderia dar oportunidade de escoamento para o produto, principalmente na produção da fécula e também adição da farinha de mandioca à farinha de trigo, fazendo uma válvula de escape para o produto que está saturado no momento. ¹http://www.desenvolvimento.mg.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=71&Itemid=75 acesso em 26/05/08

FRUTAS O Estado ocupa a quinta posição nacional da produção de frutas, o que corresponde a 4,5% da produção. As principais frutas produzidas são: laranja, banana e abacaxi. O faturamento bruto em 2005 foi da ordem de R$188,5 milhões.

A agroindústria de polpas e sucos mostrou uma boa avaliação, principalmente às indústrias do Triângulo Mineiro. Existe uma expectativa de crescimento através da criação de projetos como o Jaíba, em que está sendo implantada a primeira agroindústria da região. LEITE Os últimos 20 anos geraram grandes mudanças para o setor lácteo do Brasil. Atividades como o aumento do sistema de coleta de leite a granel, a produção de leite longa vida e o deslocamento desta produção para regiões que não possuem tradição na atividade leiteira.

O mercado para produtos derivados do leite continua crescendo e o principal comprador é o mercado doméstico. Os principais produtos relacionados produzidos no Estado são: leite em pó, o pasteurizado, longa vida, queijo, dentre outros. Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil, representando 28% da produção nacional. O setor apresenta grande crescimento, principalmente para as exportações que cresceram 202% entre 2006 e 2007. O setor gera para Minas 1,2 milhões de empregos e o Estado possui 1,2 mil empresas de laticínios, dando a Minas o patamar alcançado de maior produtor nacional. No Estado a maior parte dessa produção vem da região Sul, sendo tradicionalmente uma das maiores bacias leiteiras do País. AGROINDÚSTRIA DE CORTE Com o terceiro maior rebanho do Brasil, 21,6 milhões de cabeças, Minas Gerais corresponde a 10% da produção nacional. Em relação à carne de porco, Minas ocupa o quarto lugar significando 10,7% da produção nacional. Quanto à carne de aves, o Estado é o quinto maior produtor. Isso revela a grande importância

de Minas Gerais no Brasil, que é grande exportador de carne e o Estado pode contribuir nesse setor.

PRODUÇÃO DE GRÃOS A produção de grãos em Minas Gerais enfrenta grandes problemas, onde o maior deles seria a dificuldade do produtor de grãos de conseguir crédito para a compra de insumos. Grande parte da produção mineira é distribuída no CEASA, principalmente o arroz e feijão, enquanto outra parte da produção está vinculada às cooperativas, o que facilita o favorecimento à competitividade.

Outro grande problema do sistema de produção é a baixa tecnologia utilizada no plantio, no processamento e distribuição, o que recorre também à baixa infraestrutura viária (rodovias, ferrovias, etc.). Por fim, a gestão dos produtores mostra uma maior modernização, tornando os produtos mais comerciais e melhorando a criatividade. SOJA O Brasil se tornou grande exportador de soja nos últimos anos, com grandes áreas plantadas por todo país, o que não é diferente em Minas Gerais que contribuiu para exportar US$266 milhões, em grãos, farelo e óleo, no ano de 2006.

ALGODÃO Minas Gerais divide-se em duas realidades quanto à produção de algodão (cotonicultura). Na região norte, onde se produzia grande parte do algodão ligado às

indústrias têxteis, a produtividade vem caindo devido à doença do bicudo e as restrições às novas tecnologias. A outra região é a do Triângulo Mineiro e Noroeste, onde estão os grandes produtores do Estado. Nesta região a produção conta com alta tecnologia e gerência empresarial. Com sua expansão, Minas Gerais pode crescer sua produção de 6% para 15 % do total brasileiro.