INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE O RETORNO DAS AÇÕES DA PETROBRÁS S.A.



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Transcrição:

INFLUÊNCIA DAS VARIÁVEIS MACROECONÔMICAS SOBRE O RETORNO DAS AÇÕES DA PETROBRÁS S.A. RAFAEL BORGES RIBEIRO (UFU) rafaelbass81@hotmail.com Fernanda Sousa Gabriel (UFU) nandassousa@yahoo.com.br Karem Cristina de Sousa Ribeiro (UFU) kribeiro@ufu.br No processo de análise de investimentos há a necessidade de relacionar os diversos tipos de riscos inerentes às expectativas de retorno oferecidas pela empresa e exigidas pelos acionistas. Se comparado a outros países, o mercado de capitaiss brasileiro possui número reduzido de companhias abertas e emissões primárias de ações, além de um cenário macroeconômico marcado por instabilidade. Portanto, analisar as variáveis macroeconômicas em um país historicamente marcado pela instabilidade da moeda, por altas taxas de juros e a presença de inflação torna-se pré-requisito para qualquer análise de investimento. O presente estudo visa analisar qual a influência das principais variáveis macroeconômicas definidas pela literatura, tais como risco país, inflação, taxa de juros e produto interno bruto sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período de eiro de 2000 a dezembro de 2011. No ano de 2011, a Petrobrás S/A foi considerada pela agência PFC Energy e pela Financial Times como a quinta maior empresa com valor de mercado dentre as companhias de energia e gás do mundo, considerando que a empresa se preocupa no desenvolvimento de ações que incorporam a sustentabilidade. Diante todo esse contexto, justifica-se a seleção da empresa para a realização do estudo. Em termos metodológicos, a pesquisa é descritiva com abordagem quantitativa, através de estudos estatísticos como a correlação, regressão e análises gráficas. Mediante a metodologia empregada, não há indícios de que os efeitos das variáveis macroeconômicas estudadas impactaram fortemente o retorno das ações ordinárias no período de 2000 a 2011, como afirmado pela literatura. Ressalta-se que entre os anos de 2002 e 2003 as variáveis macroeconômicas exerceram influências sobre o retorno das ações de forma mais acentuada que no restante do período, devido a fatos específicos, como as expectativas de mudança de governo. Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se analisar a influência de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás. Adicionalmente, empresas de outros segmentos também poderiam ser analisadas.

Palavras-chaves: Petrobrás, Variáveis Macroeconômicas e Retorno das ações 2

1. Introdução O mercado de valores consiste em um ambiente onde dois importantes personagens se relacionam. De um lado, as empresas que buscam recursos para financiar investimentos e expandir seus negócios e em troca comprometem-se a pagar juros a seus investidores. De outro lado, têm-se os investidores que exigem uma taxa de retorno para compensar os recursos próprios investidos na compra das ações de uma determinada empresa. Neste contexto, os investidores tendem a escolher as ações a serem adquiridas com base nas suas rentabilidades. A rentabilidade das ações por sua vez não depende exclusivamente do desempenho econômico das empresas que as emite. Características como o tamanho da empresa, setor econômico, movimentação do mercado acionário, situação econômica do país e comportamento dos investidores (NELSON, 1976; FAMA, 1990; GRÔPPO, 2004; CECHETTI, 2008) podem influenciar o desempenho empresarial e consequentemente, a rentabilidade por ação. Neste ambiente, a análise do contexto macroeconômico e as particularidades do mercado tornam-se importantes ferramentas como forma de maximizar o retorno dos acionistas e garantir a sustentabilidade das organizações. O presente trabalho optou por escolher a Petrobrás S.A para responder ao seguinte problema de pesquisa: Qual a influência das principais variáveis macroeconômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período de eiro de 2000 a dezembro de 2011? Criada em 1953, a empresa atua no segmento de energia e derivados de petróleo. Em relação aos aspectos gerenciais, a Petrobrás adota práticas de governança corporativa que prima pela transparência de suas ações, respeito aos investidores, sustentabilidade empresarial e responsabilidade ao meio ambiente (PETROBRÁS, 2012). A partir do ano de 2001, a empresa engajou-se a desenvolver ações de política ambiental como a implantação do projeto Pégaso. Em 2004, a organização inaugurou a sua primeira usina aeólica em Macau-RN visando à inovação de projetos de energias renováveis. Em 2005, devido ao bom desempenho da empresa no que tange aos critérios de índice ambiental, social e de governança, a agência Goldman Sachs, classificou a Petrobrás como uma das seis melhores empresas de energia para investimento sustentável do mundo (BM&FBOVESPA). No ano de 2006, a empresa tornou-se auto-suficiente na produção de petróleo e no ano de 2009 iniciou a extração nas bacias do pré-sal. Em 2011, devido a uma sólida política de investimentos a Petrobrás S/A foi consagrada como a quinta maior empresa em valor de mercado do mundo pela Financial Times (2011). Ainda em 2011, a PFC Energy classificou a Petrobrás S.A como a quinta maior empresa do ramo de energia e gás do mundo (PFC Energy, 2011). Frente a este contexto, o presente estudo justifica-se visando investigar empiricamente qual a influência das principais variáveis macroeconômicas definidas pela literatura, tais como risco-país, inflação, taxa de juros e produto interno bruto sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período de eiro de 2000 a dezembro de 2011. Parte-se da hipótese de que as variáveis macroeconômicas influenciam sistematicamente no comportamento das ações. O trabalho está dividido em quatro seções, sendo a primeira parte composta pela revisão bibliográfica da literatura pertinente a este trabalho. Na segunda seção são apresentados os procedimentos metodológicos utilizados na pesquisa. A terceira seção consiste na análise dos 3

resultados obtidos. Finalmente, na última seção são feitas as considerações finais sobre a pesquisa e as sugestões para trabalhos futuros. 2. Referencial Teórico O processo de gestão e avaliação de empresas está relacionado a eventos futuros que afetarão o valor dos empreendimentos. Com o objetivo de maximizar a riqueza dos acionistas, os gestores financeiros tomam decisões que envolvem a ausência de certeza. Para cada decisão tomada existem expectativas relacionadas à ocorrência dos eventos. Nesse sentido é avaliado se há a possibilidade de mensurar os, surgindo os termos risco e incerteza. Kassai et al (2005) define que, Quando todas as ocorrências possíveis, ou estados futuros, de certa variável são conhecidas e encontram-se sujeitas a uma distribuição de probabilidade também conhecida, ou que pode ser calculada com algum grau de imprecisão, diz se que existe risco. Quando essa distribuição de probabilidade não pode ser avaliada, diz se que há incerteza. As probabilidades de retorno de um investimento estão associadas a diversos fatores, tais como os riscos de um empreendimento, riscos legais, de imagem e de crédito. No entanto, o retorno de um investimento também está associado a fatores macroeconômicos influenciados por decisões políticas e econômicas, tais como a estabilidade da moeda e a inflação (NELSON, 1976; FAMA, 1990; GRÔPPO, 2004; CECHETTI, 2008). A identificação dos fatores macroeconômicos que influenciam o retorno das ações ainda é um desafio para acadêmicos e profissionais que atuam no mercado acionário (FISCHER, 1984; GRÔPPO, 2004; MOHAMMAD, 2009; CALLADO et al, 2010). Para Ibrahim e Aziz (2003), as variáveis macroeconômicas têm a capacidade de influenciar sistematicamente o retorno das ações. Dentre as variáveis macroeconômicas que têm sido relacionadas ao retorno das ações podem-se destacar (CALLADO et al, 2010): taxa de juros, taxa de câmbio, inflação, produção industrial, saldo da balança comercial. Diversos estudos foram realizados com o objetivo de verificar qual a influência das variáveis macroeconômicas sobre o preço das ações de uma empresa (NELSON, 1976; CHEN, ROLL e ROSS, 1986; CHEN, 1991; CHATRATH e SANVICENT, 2002; ALI e AHMED, 2008; GAY, 2008). Em 2006, Shabaz, pesquisou a associação entre o preço das ações e as variáveis macroeconômicas da China, Índia, Brasil e Rússia. Para realizar o estudo, o autor comparou o valor do petróleo, a taxa de câmbio, além de outros valores, com o preço de diversas ações. Shabaz (2006) obteve resultados insignificantes, mas concluiu que no caso de países em desenvolvimento, os fatores econômicos internos teriam uma influência maior do que os fatores externos utilizados na pesquisa. Para Silva Júnior, Menezes e Fernandez (2011) o cenário de investimentos brasileiro adquiriu credibilidade mundial e influencia o comportamento das variáveis macroeconômicas e da sua dinâmica de atuação. No que tange a inflação, as pesquisas de Nelson (1976) verificaram uma relação negativa entre a inflação mensal e o retorno das ações americanas no período pósguerra, entre 1953 a 1974. Chatrath e Sanvicente (2002) também concluíram haver uma associação negativa entre as duas variáveis. 4

Contradizendo-se aos estudos mencionados anteriormente, Chen, Roll e Ross (1986) verificaram que variáveis macroeconômicas como PIB Industrial, variação no risco premium, taxa de juros, e inflação em períodos de alta volatilidade tiveram um impacto significante no preço das ações. De forma semelhante, Ali e Ahmed (2008), usando o teste DF-GLS, que retira a tendência linear de uma população, verificaram uma associação entre o crescimento econômico do país e o preço das ações empresariais. Em relação ao risco-país, Rogers, Ribeiro e Securato (2006) afirmam que este produz um efeito incontestável sobre o mercado de capitais e que aumentos nesse indicador demonstram a desconfiança dos agentes em relação à situação social, política e econômica. O presente estudo optou por escolher, com base na literatura, quatro variáveis econômicas para verificar suas influencias no retorno das ações da Petrobrás S.A, a saber, o risco país, inflação, taxa de juros e produto interno bruto. Abaixo uma breve definição das mesmas: Risco-País Taxa Selic Inflação Produto Interno Bruto (PIB) - O risco país é um índice denominado Emerging Markets Bond Index Plus (EMBI+) e mensura o risco geral de um país (BACEN, 2012). - Corresponde a uma junção de todos os riscos a que um investidor está vulnerável (STANKOVIC E PETROVIC, 2009). - Investidores tendem a acreditar que países em desenvolvimento são mais suscetíveis a esse risco. Assim, exigem um maior retorno sobre os investimentos, conhecido como risco país premium (SABAL, 2008). - Corresponde à taxa obtida no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia). - As taxas de juros correspondem, fundamentalmente, às condições instantâneas de liquidez no mercado monetário (oferta versus demanda de recursos) (BACEN, 2012). - Corresponde à medida na qual os preços de produtos e serviços aumentam em um determinado período (CECHETTI, 2008). - Reduz o poder de compra dos consumidores, à medida que desvaloriza a moeda. - No presente estudo a taxa escolhida para representar a inflação foi o IGP-M Índice Geral de Preços. - Reflete o valor dos bens e serviços finais produzidos em uma economia durante um determinado período. - O crescimento do PIB aumenta o valor adicionado de bens e serviços proporcionado pelas empresas que, por conseguinte, pode aumentar os lucros e os preços das ações, contribuindo para o crescimento macroeconômico. (ROGERS, RIBEIRO e SECURATO, 2006) Fonte: (ROGERS, RIBEIRO e SECURATO, 2006; CECHETTI, 2008; SABAL, 2008; STANKOVIC E PETROVIC, 2009; BACEN, 2012) TABELA 1 Variáveis Macroeconômicas 3. Metodologia A abordagem metodológica utilizada nesta pesquisa foi descritiva. Segundo Gil (2008) a pesquisa descritiva visa descrever as características de uma população, fenômeno ou experiência. Em relação ao método de tratamento dos dados foi utilizada a abordagem quantitativa mediante ferramentas estatísticas como correlação, regressão e análises gráficas. 5

Retorno das Ações ON EMBI + Risco-Brasil XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Os dados do mercado de ações foram obtidos a partir do banco de dados Economática. Os dados relativos às séries históricas brasileiras, como PIB, risco-país, taxa de juros Selic e Inflação foram obtidas junto ao Economist Intelligence Unit s CountryData (ECONOMIST INTELLIGENCE UNIT, 2012), Instituto Assaf (2012) e IPEA (2012). Foram tomadas para análise as séries temporais mensais as variáveis compreendidas entre Janeiro de 2000 à Dezembro de 2011. O período da análise justifica-se pelo fato de que em 2000 houve a quebra de monopólio da exploração de petróleo no Brasil. Em 2010 houve uma expansão no volume de lançamento de ações primárias pela Petrobrás S/A. A escolha pela análise mensal das variáveis justifica-se porque a maioria das séries escolhidas tem periodicidade mensal. Em outros casos, as variáveis com periodicidade inferior a um mês, possuem pouca variabilidade, tais como a taxa de juros Selic (ROGERS, 2006). Vale lembrar que esta pesquisa utilizou uma proxy do PIB, o PIB Industrial, porque o último apresenta valores mensais para análise. 4. Análise dos resultados O Risco Brasil sofreu diversas alterações da última década, principalmente nos anos de 2001, 2002 e 2009. Este resultado pode estar associado ao ataque terrorista nos USA em 2001, à eleição presidencial brasileira em 2002 e a crise global financeira em 2008. Estes fatores contribuíram para uma maior volatilidade no mercado e, consequentemente, influenciaram o risco-país. Variação EMBI + Risco-Brasil versus Retorno das Ações ON 3 2 1 6 5 4-1 -2 3 2 1-3 -4-1 -2 Month Year 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 FIGURA 1 - Risco Brasil versus Variação Retorno das Ações ON EMBI + Risco-Brasil Retorno das Ações ON 6

Em 2002, a correlação entre o Risco Brasil e a variação dos retornos das ações ordinárias (Tabela 2), mostra uma fraca correlação negativa (-0.23). Isto indica que enquanto o Risco Brasil aumentava, o retorno das ações diminuía ou vice-versa. versus EMBI Brasil - Anual versus EMBI Brasilde 2000 a 2011 R2 Retorno da Ação ON versus EMBI Brasil - Anual R2 Retorno da Ação ON versus EMBI Brasil de 2000 a 2011 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011-0,36-0,42-0,23-0,65-0,49-0,28 0,06 0,05-0,31 0,48-0,07 0,27 0,13 0,18 0,05 0,42 0,24 0,08 0,00 0,00 0,10 0,23 0,00 0,07 Fonte: Autores -0,06 0,00 TABELA 2 - Risco Brasil versus Variação Retorno das Ações ON O risco-país decresceu a partir do final de 2002 até atingir 403 pontos no ano de 2004. Nesse período, a correlação entre o Risco Brasil e a variação dos retornos das ações ordinárias mostra uma moderada correlação negativa. No que tange a análise de regressão, o índice decresce de 0,13 (em 2000) para 0,05 (em 2002). Assim, em 2000, o Risco Brasil explicava 13% dos casos a variação do retorno das ações ordinárias da Petrobrás, mas em 2002 explicava somente 5% dos casos. Em 2003 têm-se os índices mais fortes de correlação (-0,65) e a regressão mostra-se mais forte durante (+0,42). Neste caso, o risco-país explica em 42% dos casos a variação do retorno das ações da Petrobrás. No período de 2005 a 2007, o índice de correlação entre as variáveis aumenta, passando a ser positivo no ano de 2007. Entretanto, no mesmo período o índice de regressão é insignificante. Em 2008 o retorno das ações sofreu quedas consideráveis (gráfico 1), influenciadas pela crise econômica e o coeficiente de correlação voltou a ser negativo (-0,31). Já o coeficiente de regressão é de 0,10. No ano de 2009, tabela 1, esta relação inverte-se e a correlação entre as variáveis torna-se moderadamente positiva (+0,48). Novamente em 2010, o índice de correlação volta a ser negativo (-0,07), mas positivo em 2011 (+0,27). Entretanto, o índice de regressão de 2009 a 2011 mostra-se insignificante. Analisando os índices de correlação e regressão durante o período de 2000 a 2011, tem-se que esses valores não são expressivos, com exceção ao período de 2002 a 2003, que há a mudança de governo. Este resultado se contradiz com os estudos realizados por Erb, Campbell e Viskanta (1995) que verificaram um índice de regressão negativo de 40% entre o risco-país e retorno das ações. 7

Retorno das Ações ON Inflação - IGP-M - (% a.m.) XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Inflação e Variação do Retorno das Ações ON 3 6,00% 2 5,00% 1 4,00% 3,00% -1 2,00% -2 1,00% -3-4 -1,00% Month Year 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Retorno das Ações ON Inflação - IGP-M - (% a.m.) FIGURA 2 - Inflação - IGP-M versus Variação Retorno das Ações ON De acordo com tabela 3, em 2000 o índice de correlação entre a inflação e o retorno das ações foi de +0,19. Em 2001 o índice de correlação passa a ser negativo -0,08, indicando que as duas variáveis movem-se em sentidos. Em 2002 a correlação é moderada e negativa indicando que as duas variáveis não estão relacionadas. Após 2005, o índice de correlação é crescente até 2007. Os anos de 2005 e 2007 apresentam uma peculiaridade quando comparado com os demais períodos anuais. Em 2005, tabela 2, tem-se que o grau de correlação entre as variáveis é negativamente forte (-0,73) e o grau de regressão é de 0,53 ou 53%, demonstrando que em 53% dos casos a variável inflação explica a variação do retorno das ações da Petrobrás. Em 2007, tem-se que o grau de correlação das variáveis é positivamente forte (-0,67) e o grau de regressão é de 0,44. Isto demonstra que a variável inflação explica as mudanças no retorno das ações da Petrobrás em44% dos casos. versus Inflação - IGP M versus Inflaçãode 2000 a 2011 R2 Retorno da Ação ON versus EMBI Brasil Inflação - IGP M R2 Retorno da Ação ON versus Inflação - IGP M de 2000 a 2011 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 0,19-0,08-0,66-0,36-0,30-0,73 0,37 0,67-0,25 0,19-0,20 0,21-0,08 0,04 0,01 0,00 0,13 0,09 0,53 0,14 0,44 0,06 0,04 0,04 0,05 Fonte: Autores TABELA 3- Inflação - IGP-M versus Variação Retorno das Ações ON 0,01 8

Retorno das Ações ON Taxa de juros - Selic XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Analisando todo o período, os índices de correlação e regressão entre a inflação e retorno das ações são de -0,08 e 0,001, respectivamente. O índice de regressão indica que a inflação não explica a variação do retorno das ações da Petrobrás no período estudado. Estes resultados são corroborados pelas pesquisas de Nelson (1976), que identificaram uma relação negativa entre a inflação mensal e o retorno das ações americanas no período pós-guerra, entre 1953 a 1974. Taxa de Juros Selic versus Variação do Retorno das Ações ON 3 2,25% 2 2,00% 1 1,75% 1,50% -1 1,25% -2 1,00% -3 0,75% -4 Month Year 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 0,50% GURA 3 - Taxa de Juros - Selic versus Variação Retorno das Ações ON Taxa de juros - Selic Retorno das Ações ON FI De acordo com o gráfico 3, no ano 2003 a Taxa Selic apresentou os valores mais altos de todo o período (2000 a 2011). Analisando o índice de correlação entre a taxa e a variação retorno das ações ordinárias em 2003 (Tabela 4) tem-se um grau negativo e relativamente forte entre as variáveis (-0,42). Entretanto, nesse mesmo período, a variação da taxa Selic apenas explica a variação do retorno das ações da Petrobrás em 18% dos casos. Em 2000 (Tabela 4), o índice de correlação (+0.62) e o índice de regressão (+0,39) são relativamente fortes e positivos. Nos anos de 2009 e 2010, o índice de correlação entre as variáveis foi relativamente fraco e positivo (0.41 e 0,34, respectivamente). Além disso, o índice de regressão também foi relativamente forte (+0.22). Em 2011, o índice de regressão entre as variáveis é fraco (+0.23). Em contrapartida, o índice de correlação é negativo e relativamente forte (-0.48). Apesar de índices de correlação mensais relativamente fortes entre a taxa Selic e o retorno das ações durante o período analisado, os índices de regressão no mesmo período mostram-se insignificantes (tabela 4). Este resultado é corroborado pelas pesquisas de Chen, Roll e Ross (1986), que obtiveram um resultado insignificante no retorno das ações quando estudadas em relação às taxas de juros do mercado. 9

Retorno das Ações ON PIB - Variação XXXII ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO versus Taxa de Juros Selic versus Taxa de Juros Selic de 2000 a 2011 R2 Retorno da Ação ON versus Taxa de Juros Selic de 2000 a 2011 R2 Retorno da Ação ON versus Taxa de Juros Selic de 2000 a 2011 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 0,62-0,27 0,11-0,42 0,25 0,11 0,05-0,39-0,41 0,34 0,40-0,48 0,09 0,39 0,07 0,01 0,18 0,06 0,01 0,00 0,15 0,17 0,11 0,16 0,23 Fonte: Autores TABELA 4 - Taxa de Juros - Selic versus Variação Retorno das Ações ON Analisando o gráfico 4, tem-se que os valores do PIB Industrial (uma proxy do PIB Nacional) são bastante dispersos durante o período de 2000 a 2011 - apesar de ter assumido valores positivos durante a maior parte do período. 0,01 Variação do PIB e Retorno das Ações ON 3 1 2 1 5,00% -1-2 -5,00% -3-4 -1 Month Year 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 PIB - Variação Retorno das Ações ON FIGURA 4 PIB Industrial versus Variação Retorno das Ações ON No período de 2000 a 2002, tabela 5, os índices de correlação entre as o PIB Industrial e retorno das ações ordinárias mostram-se fracas e negativas, indicando que as baixo grau de relacionamento linear entre as variáveis. 10

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 versus PIB versus PIB de 2000 a 2011 R2 Retorno da Ação ON versus PIB - Anual R2 Retorno da Ação ON versus PIB de 2000 a 2011-0,14-0,11-0,03 0,61 0,04-0,03 0,00 0,64-0,53-0,44 0,20-0,05-0,15 0,02 0,01 0,00 0,37 0,00 0,00 0,00 0,41 0,28 0,19 0,04 0,00 0,02 Fonte: Autores TABELA 5 PIB Industrial versus Variação Retorno das Ações ON Nos demais anos do período, a correlação entre as variáveis alterna-se entre períodos aonde a correlação é relativamente forte, positiva ou negativa. Em 2007, o índice de correlação era forte e positivo. No mesmo ano, pelo índice de regressão tem-se que o PIB Industrial explica a variação do retorno das ações ordinárias da Petrobrás em 41% dos casos. No que tange a avaliação do período geral dos índices de correlação e regressão para o período tem-se que esses valores não são expressivos. De 2000 a 2011, o índice de correlação foi de -0,15 e o índice de regressão (que explica a variação do Retorno das ações em relação à variação do PIB Industrial) foi de apenas 0,02. 5. Considerações finais No Brasil, o mercado de capitais possui número reduzido de companhias abertas e emissões primárias de ações, além de um cenário macroeconômico marcado por instabilidade. Baseado nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo identificar qual a influência das principais variáveis macroeconômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período de eiro de 2000 a dezembro de 2011. Acontecimentos importantes marcaram o período analisado, tais como o atentado aos Estados Unidos em 2001, as eleições presidenciais brasileiras em 2002 e a crise global financeira em 2008. Todos esses acontecimentos definiram as políticas e cenários macroeconômicos brasileiros. Mediante a análise dos dados estatísticos obtidos foi possível inferir que as variáveis macroeconômicas tais como risco-país, inflação, taxa de juros e produto interno bruto não exerceram forte influência sobre o retorno das ações da Petrobrás S.A. no período de eiro de 2000 a dezembro de 2011, com exceção dos períodos mencionados. Como sugestão para trabalhos futuros, sugere-se analisar a influência de outras variáveis econômicas sobre o retorno das ações da Petrobrás e a utilização de outras técnicas mais estatisticamente robustas. Adicionalmente, empresas de outros segmentos também poderiam ser analisadas com o intuito de confirmar ou refutar os dados obtidos neste trabalho. 11

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