ESTUDO DE TRIBUTAÇÃO EM PESSOA FISICA OU JURIDÍCA, NA ATIVIDADE RURAL. STUDY OF TAXATION IN PHYSICAL PERSON OR JURIDÍCA, IN THE RURAL ACTIVITY.



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Transcrição:

ESTUDO DE TRIBUTAÇÃO EM PESSOA FISICA OU JURIDÍCA, NA ATIVIDADE RURAL. RESUMO PIVATO, Everton 1 RICACHESKI, Marcos 2 BURIN, Suzana 3 Com a informatização ganhando mercado, hoje o produtor rural está mais acessível às novas tecnologias, desta forma o contador ganha mercado na área rural, ramo de atividade que ainda tem poucos profissionais especializados, hoje grandes e pequenos produtores precisão minimizar ao máximo suas despesas e custos, a análise de uma forma de tributação com menos ônus terá como efeito de aumento de seu lucro, cabe ao contador fazer sua parte no mercado com novas formas de tributação para o produtor rural, assim desenvolvendo estudo com objetivo de apresentar cálculos comparativos ao mesmo em formas de tributação por pessoa física ou jurídica demonstrando de qual forma terá menos ônus tributários e assim aumente seu conhecimento e lhe proporcione uma maior renda na propriedade rural. PALAVRA CHAVE: Tributação. Produtor. Rural. STUDY OF TAXATION IN PHYSICAL PERSON OR JURIDÍCA, IN THE RURAL ACTIVITY. ABSTRACT The use of information technology is gaining market, today the rural producer is more accessible to new technologies, thus the counter have more market in rural areas,it is a business activity that still has few specialized professionals. Today large and small producers need to minimize costs and expenses. The analysis of taxation form with less burden will have the effect of increase the profit, It is up to the counter to do the job on the market with new forms of taxation for the rural producer, thus developing studies with the objective of presenting a comparative calculations in taxation forms for legal or physical person demonstrating how can they have less tax burden and thus increase the knowledge and provide greater income in the rural property. Keyword: Rural Producer Taxation 1 INTRODUÇÃO Com a agropecuária em alta no Paraná, a contabilidade tem como necessidade de acompanhar a evolução, nas práticas contábeis em relação a esta atuação. O âmbito deste estudo é analisar os tipos de tributação e passar aos produtores formas de menor carga na atividade rural assim demonstrando duas que são por pessoa física e pessoa jurídica com fins de o próprio produtor rural optar de qual será mais viável na situação. O agronegócio com sua evolução acelerada coloca o produtor a buscar novas informações, ou seja, acelerar sua evolução em conhecimento, tecnologia, novas estratégias, novos mercados, novas tributação, ai está a importância da contabilidade rural com fornecimento de informações simples e objetivas, pois hoje na área rural temos produtores com grau de escolaridade baixa, porém com experiência de campo muito grande. Hoje o produtor está cada vez mais necessitado de informações contábeis para organizar sua empresa rural, com intuito de melhorar seus conhecimentos na sua área de atuação agrícola ou pecuária, as informações contábeis lhe auxiliaram em análise de mercado financeiro para melhor forma de venda de sua produção. Com isto de qual forma o produtor rural terá menos carga tributária na sua declaração de imposto de renda (IR) pessoa física ou jurídica? E assim o procedimento será através de um estudo de caso analisando as formas de tributação para pessoa física e pessoa jurídica, levantando referencial teórico sobre o tema, tabular e calcular as formas de tributação proposta. Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 1

2 REVISÕES BIBLIOGRÁFICA Proceder através de um estudo de caso qual forma de tributação acarretará menos ônus ao produtor rural, analisando as possíveis formas como pessoa física e pessoa jurídica. A contabilidade na atividade rural não atinge apenas com tributos, mas sim com maneiras organizacionais na atividade, assim fornecendo ao proprietário informações das quais o mesmo utilizara para aumentar sua rentabilidade na atividade, o contador tem por sua responsabilidade orientar seus clientes de como administrar melhor sua empresa. Produtor que está sendo analisado, adquire todos seus insumos na cidade de QUEDAS DO IGUAÇU, porém equipamentos quando adquiridos são no próprio Estado, e toda sua produção e comercializada na própria cidade que situa a propriedade. Neste capítulo tem como fundamento abordagem dos conceitos básicos da atividade agropecuária, importância da contabilidade agropecuária, ativos biológicos, depreciação na agropecuária, planificação contábil, imposto de renda agropecuário, tributação pessoa física, tributação pessoa jurídica, fluxo de caixa e plano de contas completo para uma empresa agropecuária. 2.1 CONCEITO BÁSICO DA CONTABILIDADE AGROPECUÁRIA Marion (2012) relata que empresas do ramo rural são aquelas que através do uso do solo exploram sua capacidade produtiva com cultivo da terra com criação de animais ou produção de alimentos, podendo ser classificadas em diferentes grupos de produção como atividade agrícola, zootécnica e atividade agroindustrial. 2.1.1 Atividades agrícola Na atividade agrícola podemos destacar grandes grupos de atividade como cultivo de hortaliças, e forrageiras como exemplo, cereais como feijão soja, arroz, milho, trigo, aveia, hortaliças, tubérculos, tubérculos, oleaginosas, e floricultura. 2.1.2 Atividades zootécnica Na atividade zootécnica trabalha-se nas partes de criação e cuidados animais e insetos como apicultura, avicultura, cunicultura, pecuária, piscicultura, raniculturas e outros vários pequenos animais, destes tantos citados a pecuária hoje tem predominância o mercado brasileiro, ou seja, animais criados em confinamento ou a pasto, para fins de consumo e processos industriais. 2.1.3 Atividades agroindustrial Refere-se ao processamento agroindustrial de todos os processos agropecuários relacionados, ou seja, beneficiamento de produtos agrícolas como arroz, feijão, café e milho ou zootécnicos como mel, laticínios ou casulos da seda, processamento de cana de açúcar que se obtém vários subprodutos como agua ardente, álcool, como da soja que podemos subtrair o óleo ou até mesmo da uva que subtraímos o vinho ou vinagre, ou seja, transformações de produtos agropecuárias. 2.2 IMPORTÂNCIAS DA CONTABILIDADE NO AGRONEGÓCIO De acordo com Crepaldi (2010), na atividade agrícola o produtor rural não tem se utilizado da contabilidade, ferramenta está, muito essencial para administração da empresa rural como auxilio em tomadas de decisão, pois o mesmo vê esta ferramenta como uma técnica muito complexa e sem retorno para sua área de atuação. O autor ainda cita como um ponto que leva o produtor a temer da prática contábil, que se refere a difícil interpretação do trabalho, ou seja, existem poucos profissionais Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 2

habilitados para poder passar ao proprietário rural de forma sucinta e de fácil entendimento, que venha a este agricultor adquirir esta tecnologia. O avanço da tecnologia no mercado leva o empresário rural a buscar novas alternativas com intuito de aumentar suas possibilidades de tomada de decisões, para isso, o mercado contábil está com escassez de profissionais que atuem forte na área rural e que levem informações e coletem dados para que se torne um ciclo e preencha este vazio no mercado da contabilidade rural. Segundo o autor, a contabilidade rural tem como ponto fundamental na atividade, através de práticas contábeis com intuito de redução de custos e despesas, ou seja, planejamentos a serem executados que fornecerão informações para análise se um investimento trará resultado para a atividade. 2.3 EXERCÍCIOS SOCIAL Para Marion (2012), temos uma regra na contabilidade para o fechamento anual em 31/12, isso não se aplica na contabilidade rural, pois se observa que empresa de maneira geral obtém receitas e despesas constantes, ou seja, todos os meses do ano, porém não se aplica que e de necessidade o fechamento no mês doze, mas sim a qualquer mês do respectivo ano poderá ser escolhido e refletira o resultado dos últimos 12 meses. Na grande maioria das empresas o fechamento anual ocorre no último mês do respectivo anual por motivos de encerramento de suas atividades em casos de férias coletivas, inventário de mercadorias ou até interrupção de atividades operacionais. 2.3.1 Atividades agrícola Marion (2012) relata que o fechamento de exercício social na atividade agrícola pode ser realizado ao final da colheita que pode ser realizada em alguns dias ou meses do ano dependendo do tamanho da atividade, o ano agrícola se considera em que planta, colhe e alguns casos comercializam, porem à opção de estocagem deste produto na expectativa de melhores preços assim se considera o encerramento do exercício ao final da colheita e o produto armazenado e registrado ao balanço como ativo biológico. O autor relata que a apuração do resultado logo após a colheita e comercialização e uma forma mais adequada na avaliação do resultado agrícola, pois a agricultura tem períodos curtos para encerramento de sua produção, do início do plantio ao final da colheita são poucos meses, não há o porquê de aguardar o encerramento do ano. Desta forma evita-se o fechamento anual com culturas em formação, pois seria de difícil e inadequada avaliação de uma cultura que esteja em seu processo vegetativo, se realizada a contabilidade não terá utilidade, por isso, recomenda-se o encerramento do ano social ao termino do ano agrícola, ou seja, ao final da colheita. 2.3.2 Atividades pecuária Marion (2012 pg.06) relata que: O período adequado para o encerramento do exercício social, assim como da atividade agrícola, não é o ano civil. O ideal realizá-lo logo após o nascimento dos bezerros ou do desmame. Segundo o autor na pecuária a possibilidade de manejar os nascimentos dos bezerros através de um acompanhamento e programação de monta planejada e de inseminação artificial ou aceleração de cio, assim o nascimento dos bezerros podem ocorrer em épocas de pastagens ruins, vendo que os até seus primeiros três meses de vida não a consumo de matéria verde. O autor relata que empresa que não há este planejamento de períodos de nascimento se torna mais complicado o fechamento do resultado anual, vendo que em comparação com Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 3

atividade agrícola neste caso o bezerro e o fruto, ou seja, produto final que agrega valor ao resultado do ano social. De acordo com Marion (2012), a atividade pecuária e dividida em três fases de atividade básica que são cria normalmente com finalidade de criação de bezerros para venda após o desmame, recrias com o objetivo de aquisição de bezerros desmamados para produção e desenvolvimento e venda como novilho magro, e por fim, engorda que a partir do novilho magro adquirido, feito à terminação e vendido para abate. O autor demonstra a possibilidade de junções destas fases em uma atividade rural como relacionadas abaixo: Cria; Recria; Cria-recria; Cria-recria-engorda Recria-engorda Engorda O autor destaca também que muitas fazendas destinam parte de seu rebanho para reprodução, principalmente na área de corte que se destina fêmeas e alguns machos reprodutores. Marion (2012 pg. 96) afirma que: 2.4 ATIVOS BIOLÓGICO Todavia, a decisão de incorporar ao plantel permanente parcela do rebanho nascida na própria fazenda (ou mesmo adquirida), com a finalidade de reprodução, só é possível quando o gado demonstrar qualidade para tal: fertilidade, ardor sexual, carcaça, peso etc. dessa forma, recomenda-se classificar todo o rebanho nascido na fazenda como estoque (Ativo Circulante). Somente quando houver certeza de que o animal tem habilidade para procriação ele será transferido para o Ativo Não Circulante-Imobilizado. Em ambos os casos são denominados Ativos Biológicos. Marion (2012) define ativos biológicos plantas e animais vivos referentes à produção ou criação da atividade agrícola ou pecuária, considerando-se seu crescimento, desenvolvimento, produção e procriação que causam mudanças na estrutura da atividade tanto nas formas qualitativas e quantitativas. Conforme definição de CPC 29, ativo biológico e tudo que nasce, cresce e morre, assim quando se encerra a vida de um ativo biológico este se transforma em produto agrícola, ou seja, em uma plantação de eucalipto, por exemplo, quando se corta a madeira e se beneficia, este deixa de ser um ativo biológico e passa a se representar como produto agrícola. Marion (2012 pg. 12) descreve que: Os ativos biológicos devem ser reconhecidos inicialmente e em período subsequente a cada data de reporte pelo seu valor justo menos os custos estimados no ponto de venda, a menos que o valor justo não possa ser mensurado de forma confiável. Segundo Marion (2012) os ativos biológicos com o passar do tempo têm constantes mudanças em sua valorização, pois se considera que os ativos têm seus desenvolvimentos assim gerando ganho econômico para atividade, ganho este que e considerado como receita de demonstração de resultado, esta avaliação e feita por seu valor justo através de cotação de mercado, por transações recentes ou até mesmo produtos similares. 2.5 DEPRECIAÇÕES Para Marion (2012), existem algumas dificuldades para se calcular a depreciação, pois se usa geralmente o critério de cálculo através dos sistemas fiscais com taxas anuais, pois se observa que não a o uso interrupto de implementos e máquinas assim se uso Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 4

o embasamento para depreciar através de cálculos sobre horas trabalhadas, estima-se o número de horas utilizadas do equipamento ou maquina ao invés de quantidade de anos de sua vida útil. O autor também descreve que em casos de extremo tempo desta máquina ou equipamento em período ocioso, improdutivo, os valores em folha de pagamento poderão ser apropriados como perdas do período, um uma despesa não operacional. Marion (2012, pg. 57) diz: 2.6 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO Conforme conceitos apresentados, toda a cultura permanente que produzir frutos (Ativo Biológico) será alvo de depreciação. Por um lado, a árvore produtora não e extraída do solo; seu produto final e o fruto e não a própria árvore. Uma empresa pode analisar e definir em qual regime de tributação, melhor se encaixa referente à sua atividade. Essas decisões são tomadas pelos contadores administradores anualmente, o autor ainda descreve três formas de apuração; 1. Lucro Real (apuração anual ou trimestral) 2. Lucro Presumido; e. 3. Simples Nacional (opção exclusiva para microempresas e Empresas de pequeno porte). Segundo Safras&cifras (2014), Empresas que atuam em atividade agropecuária, ou agroindustrial, todas se sujeitam igualmente aos tributos, podendo optar por tributação por pessoa física ou jurídica, podendo acarretar em ganhos tributários, ou seja, redução no valor de imposto. 2.6.1 Microempresas e empresas de pequeno porte Para Marion (2012), Microempresas e empresas de pequeno porte considera receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, retirando vendas canceladas e descontos incondicionais. Atividades com receita bruta igual ou inferior a 240.000,00 poderá ser considerada Microempresa, atividades com valor superior se enquadram nas empresas de pequeno porte. 2.7 TRIBUTAÇÃO PESSOA JURÍDICA Marion (2012 pg. 191) descreve: A pessoa jurídica que explorar atividade rural determinará o imposto de renda com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (Lei nº 9430/96, art.1º). O autor também relata outra maneira de se calcular o imposto devido, podendo ser por lucro real, ao final de dezembro, desde que recolha mensalmente por método de estimativa, este método usa uma base de cálculo de aplicação de 8% (oito por cento), sobre sua receita bruta do mês, após se aplica a alíquota de 15% (quinze por cento). Em caso de valores excederem 20.000,00 (vinte mil reais) aplica-se 10% de alíquota adicional. 2.7.1 Resultados operacional Para Marion (2012), o resultado operacional e o resultado representado das atividades principais que constitui objeto de pessoa jurídica, as empresas de ramo rural tem como sua atividade principal venda e comercialização de produtos agropecuários como exemplo soja, milho, trigo, feijão, aveia etc. por ela produzidos, e suas receitas e despesas decorrente de aplicações financeiras, variações monetárias ativas e passivas, reversões de Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 5

provisões, recuperação de crédito, resultado positivo ou negativo na equivalência patrimonial, aluguel e arrendamento, compra e venda de mercadoria, prestação de serviço. Porém estas atividades acessórias não contemplam neste regime de tributação, ou seja, não e permitido incluir, somete se apura sobre atividades decorrentes principais, caso o a pessoa jurídica explore outras atividades, deve-se segregar contabilmente as receitas da atividade rural de outras, também se denomina este tipo de empresa como atividade mista. 2.8 TRIBUTAÇÃO PESSOA FISICA Para Marion (2012), se beneficia por tributação por pessoa física atividades do ramo rural ligado à agricultura, pecuária, extração e exploração vegetal e animal, apicultura, avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura, piscicultura e outros cultivos de animais, produtos da atividade rural in natura, ou seja, não processado industrialmente, e também comercialização de sêmen de reprodutores e produção de embriões em geral. E de obrigação a pessoas físicas, a conservação e guarda do livro-caixa e de documentos fiscais. 3 METODOLOGIAS APLICADA. Esta pesquisa se trata-se de um estudo técnico exploratório em uma propriedade de Quedas do Iguaçu, onde será realizada a coleta de dados na área de cultivo agrícola e pecuário para fins de levantamento de carga tributária da propriedade. Severino (2013) comenta que estudo de caso é pesquisa de campo com levantamento de dados precisos e registrados rigorosamente através de procedimentos e apresentado em relatórios qualificados. 3.1 FORMAS DE PESQUISA Severino (2013) descreve pesquisa exploratória como objeto de buscar e levantar informações sobre determinado assunto com fundamento de preparar para uma pesquisa que registra e analisa os comportamentos do fenômeno estudado. Gil (2010, p.152) descreve; A fase exploratória da pesquisa-ação objetiva determinar o campo de investigação, as expectativas dos interessados, bem como o tipo de auxílio que estes poderão oferecer ao longo do processo de pesquisa. Enquanto na pesquisa clássica a fase exploratória costuma caracterizar-se pela imersão sistemática na literatura disponível acerca do problema, na pesquisa-ação essa fase privilegia o contato direto com o campo em que está desenvolvida. Em formação deste estudo terá que elaborar um levantamento de dados específicos da área de atuação do produtor em pesquisa, com âmbito de investigar o assunto e formar as possibilidades de tributação existentes para formar a tomada de decisão por qual método será mais vantajoso. A necessidade também de elaboração de pesquisa bibliográfica. Severino (2013) refere-se como pesquisa bibliográfica realização a partir de artigos, teses, livros com registros disponíveis elaborados por outros pesquisadores devidamente registrados, usados como fontes de temas para o novo pesquisador elaborar seus estudos. Foram utilizados livros de contabilidade rural e pecuária como fonte de pesquisa, para definição de processos da contabilidade na área atuada, com incremento de pesquisa documental. Para o autor Severino (2013) pesquisa documental e todo registro de dados e informações tanto impressos ou outras formas como filmes e gravações que não passaram por processo analítico no qual o pesquisador irá desenvolveu sua investigação e análise. Para elaboração desta pesquisa será utilizado documentos fiscais que descrevem receitas e despesas da atividade estudada referente ao ano anterior já encerrado. Gil (2010) os dados primários são aqueles que não tiveram tratamento de analise, elementos desta pesquisa são como notas fiscais, de vendas e/ou saídas e livro caixa. E Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 6

também questionamento ao produtor referente qual é sua atual e principal atividade assim buscando em qual está declarando seus impostos. Ainda neste estudo será analisado dado secundário. Segundo Gil (2010), dados secundários são aqueles que já sofreram analise e estudo, nesta pesquisa será de uso como dados secundários a busca em livros, relatórios formas de tributação que se enquadram na atividade atual. 3.2 PESQUISAS QUANTITATIVA. Para Rauup e Bauren (2003) a coleta destas informações se caracteriza através de dados estatísticos desde mais simples, como, media, desvio padrão, ou até mesmo mais complexas relacionadas ao analises de coeficientes, destaca-se com grau de muita importância de garantir a precisão dos resultados evitando assim, distorção de resultados com grande margem de segurança. Neste estudo, a pesquisa quantitativa se destaca na apuração de valores, como receitas e despesas, para elaboração dos ônus tributários relativos para levantamento de qual das tributações terá menos encargo ao produtor rural. 3.3 PESQUISAS QUALITATIVA. Severino (2013 pg. 214) relata como características qualitativas; Quaisquer que sejam as distinções que possam fazer para caracterizar as várias formas de trabalhos científicos, e preciso afirmar preliminarmente que todos eles têm em comum a necessária procedência de um trabalho de pesquisa e de reflexão que seja pessoal, autônomo, criativo e rigoroso. Neste projeto, a pesquisa qualitativa se destaca nas formas de tributação que serão estudadas com intuito de fornecer ao produtor as possibilidades de declaração de imposto de renda com menos carga tributária. 4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Os dados relacionados abaixo relatam os resultados calculados e discutidos referente as formas de tributação do IR na carteira de produtor rural em Pessoa Física e Pessoa Jurídica, com receitas do ano 2013. Gil (2010) entende-se como documento utilizado para pesquisa qualquer fonte de documentação já existente, ou seja, todo escrituração deixada pelo ser humano, classifica-se o que será de utilidade para a elaboração de sua pesquisa documentos que tenham assunto a se relacionar, Para elaboração desta pesquisa será utilizado documentos fiscais que descrevem receitas e despesas da atividade estudada referente ao ano anterior já encerrado. 4.1 BASES DE CALCULO DO IMPOSTO DE RENDA Sitio Lambari, Linha Israel em Quedas do Iguaçu-PR. Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 7

Tabela 1- de receitas e despesas. TABELA DE RECEITAS E DESPESAS MÊS RECEITAS DESPESAS JANEIRO 73.768,33 12.912,31 FEVEREIRO 1.618,20 23.154,21 MARÇO 141.541,66 26.764,75 ABRIL 14.913,23 26.919,59 MAIO 1.767,00 25.826,17 JUNHO 50.357,18 33.212,51 JULHO 34.508,39 21.380,22 AGOSTO 12.264,00 22.010,41 SETEMBRO 3.321,20 22.319,95 OUTUBRO 3.435,05 26.742,77 NOVEMBRO 2.659,67 10.806,96 DEZEMBRO 25.000,00 21.165,96 TOTAL 365.153,91 273.215,81 LUCRO BRUT0 91.938,10 Fonte; dados fornecidos por proprietário. 4.2 TRIBUTAÇÃO PESSOA FÍSICA. Existem dois modelos de declaração para Pessoa Física. Modelo Completo; É onde o contribuinte pode utilizar todas as deduções legais a que tem direito, despesas de saúde, instrução, inclusive para os seus dependentes, desde que possa comprovar as mesmas por meio de documentação idônea NF, Recibo com CPF. Modelo Simplificado; É onde o contribuinte substitui todas as suas deduções legais pelo desconto sugerido pela Receita Federal, a qual para o Imposto de renda deste ano está limitada a 20% da base de cálculo. Para o cálculo do Imposto de Renda Pessoa Física usa-se a tabela progressiva, conforme apresentado na tabela 1, nesta forma de tributação o produtor rural pode utilizar o desconto simplificado de 20% sobre as receitas tributáveis que substitui todas as deduções legais cabíveis. Tabela 1- tabela progressiva para cálculo de IRPF. Base de Cálculo anual em Alíquota (%) Parcela a Deduzir do imposto em Até 18.799,32 - - De 18.799,33 até 28.174,20 7,5 1.409,95 De 28.174,21 até 37.566,12 15,0 3.523,01 De 37.566,13 até 46.936,56 22,5 6.340,47 Acima de 46.936,57 27,5 8.687,45 Fonte; www.receita.fazenda.gov.br Usando a tributação pelo modelo simplificado, suas receitas menos suas despesas chegam ao valor de 91.938,10, deste valor aplicado os 20% de deduções conforme sugerido pela receita federal apura-se a base de cálculo de 73.550,48, então aplicasse a alíquota de 27,5% teria um valor de 20.226,38, podendo abater 8.687,45, conforme tabela da RECEITA FEDERAL BRASILEIRA (2013), resultando em um valor de imposto de renda Pessoa Física a pagar de 11.538,93. Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 8

Tabela 2- Cálculo IRPF com modelo simplificado. ÍNDICES VALORES RECEITA BRUTA TOTAL 365.153,91 (-) DESPESAS 273.215,81 (=) BASE DE CÁLCULO 91.938,10 (-) DESCONTO SIMPLIFICADO 18.387,62 (=) BASE DE CÁLCULO 73.550,48 (X) 27,5% - ALÍQUOTA DE IRPF 20.226,38 (-) PARCELA A DEDUZIR - 8.687,45 (=) VALOR DE IRPF A PAGAR 11.538,93 Fonte: Dados apurados pelos pesquisadores. 4.3 TRIBUTAÇÃO PESSOA JURÍDICA. Marion (2012 pg. 191) descreve: A pessoa jurídica que explorar atividade rural determinará o imposto de renda com base no lucro real, presumido ou arbitrado, por períodos de apuração trimestrais, encerrados nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário (Lei nº 9430/96, art.1º). O autor também relata outra maneira de se calcular o imposto devido, podendo ser por lucro real, ao final de dezembro, desde que recolha mensalmente por método de estimativa, este método usa uma base de cálculo de aplicação de 8% (oito por cento), sobre sua receita bruta do mês, após se aplica a alíquota de 15% (quinze por cento). Em caso de valores excederem 20.000,00 (vinte mil reais) aplica-se 10% de alíquota adicional. Para Marion (2012), o resultado operacional e o resultado representado das atividades principais que constitui objeto de pessoa jurídica, as empresas de ramo rural tem como sua atividade principal venda e comercialização de produtos agropecuários como exemplo soja, milho, trigo, feijão, aveia etc. por ela produzidos, e suas receitas e despesas decorrente de aplicações financeiras, variações monetárias ativas e passivas, reversões de provisões, recuperação de crédito, resultado positivo ou negativo na equivalência patrimonial, aluguel e arrendamento, compra e venda de mercadoria, prestação de serviço. Porém estas atividades acessórias não contemplam neste regime de tributação, ou seja, não e permitido incluir, somete se apura sobre atividades decorrentes principais, caso o a pessoa jurídica explore outras atividades, deve-se segregar contabilmente as receitas da atividade rural de outras, também se denomina este tipo de empresa como atividade mista. Na apuração e comparação dos dados, as formas de tributação para Pessoa Jurídica usada nas formas de LUCRO PRESUMIDO e SIMPLES NACIONAL. 4.3.1 demonstrações de apuração por Simples Nacional. Todas as empresas que apuram seus tributos na base de Simples Nacional deve seguir o enquadramento analisando em qual anexo se situa sua atuação, neste caso estudado se enquadra no anexo I, ou seja, Simples nacional para revenda. Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 9

Tabela 3- anexo I- Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio Receita Bruta em 12 meses Alíquota IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ICMS (em ) 0 180.000,00 180.000,01 360.000,00 360.000,01 540.000,00 540.000,01 720.000,00 720.000,01 900.000,00 4,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 2,75% 1,25% 5,47% 0,00% 0,00% 0,86% 0,00% 2,75% 1,86% 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33% 7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56% 7,60% 0,35% 0,35% 1,05% 0,25% 3,02% 2,58% 900.000,01 1.080.000,00 8,28% 0,38% 0,38% 1,15% 0,27% 3,28% 2,82% 1.080.000,01 1.260.000,00 8,36% 0,39% 0,39% 1,16% 0,28% 3,30% 2,84% 1.260.000,01 1.440.000,00 8,45% 0,39% 0,39% 1,17% 0,28% 3,35% 2,87% 1.440.000,01 1.620.000,00 9,03% 0,42% 0,42% 1,25% 0,30% 3,57% 3,07% 1.620.000,01 1.800.000,00 9,12% 0,43% 0,43% 1,26% 0,30% 3,60% 3,10% 1.800.000,01 1.980.000,00 9,95% 0,46% 0,46% 1,38% 0,33% 3,94% 3,38% 1.980.000,01 2.160.000,00 10,04% 0,46% 0,46% 1,39% 0,33% 3,99% 3,41% 2.160.000,01 2.340.000,00 10,13% 0,47% 0,47% 1,40% 0,33% 4,01% 3,45% 2.340.000,01 2.520.000,00 10,23% 0,47% 0,47% 1,42% 0,34% 4,05% 3,48% 2.520.000,01 2.700.000,00 10,32% 0,48% 0,48% 1,43% 0,34% 4,08% 3,51% 2.700.000,01 2.880.000,00 11,23% 0,52% 0,52% 1,56% 0,37% 4,44% 3,82% 2.880.000,01 3.060.000,00 11,32% 0,52% 0,52% 1,57% 0,37% 4,49% 3,85% 3.060.000,01 3.240.000,00 11,42% 0,53% 0,53% 1,58% 0,38% 4,52% 3,88% 3.240.000,01 3.420.000,00 11,51% 0,53% 0,53% 1,60% 0,38% 4,56% 3,91% 3.420.000,01 3.600.000,00 11,61% 0,54% 0,54% 1,60% 0,38% 4,60% 3,95% Fonte: www.receita.gov.br O Simples Nacional deve ser calculado se baseando na receita bruta do mês, lhe aplicando a alíquota prevista conforme a tabela e assim obtendo o valor devido. O produtor rural pode optar por utiliza-lo como modalidade de tributação, para que o empreendimento rural tenha reconhecimento de Empreendedor Individual, Microempresa ou Empresa de pequeno Porte poder optar pelo Simples Nacional, deve observar os limites da receita bruta para que a empresa rural se enquadre na forma de tributação. A tabela 4 descreve se o produtor optasse por forma de tributação em SIMPLES NACIONAL considerando que o mesmo obtém uma receita bruta anual entre 180.000,00 a 3.600.000,00. Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 10

Tabela 4- cálculo da DAS - Opção Simples Nacional na atividade rural. ANO CALENDÁRIO FAT. EM 12 MESES - RECEITA BRUTA DO MÊS - JANEIRO 359.220,07 73.768,33 0% DRECRETO REDUÇÃO BASE DE CALCULO Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 11 ALIQUOTA DAS (%) 73.768,33 3,61% DAS A PAGAR 2.663,04 FEVEREIRO 347.345,10 1.618,20 0% 1.618,20 3,61% 58,42 MARÇO 343.360,30 141.541,66 0% 141.541,66 3,61% 5.109,65 ABRIL 357.007,33 14.913,23 0% 14.913,23 3,61% 538,37 MAIO 358.797,11 1.767,00 0% 1.767,00 3,61% 63,79 JUNHO 359.781,11 50.357,18 0% 50.357,18 3,61% 1.817,89 JULHO 364.466,73 34.508,39 73,96% 8.985,98 4,51% 405,27 AGOSTO 361.811,12 12.264,00 73,96% 3.193,55 4,51% 144,03 SETEMBRO 363.792,25 3.321,20 73,96% 864,84 4,51% 39,00 OUTUBRO 364.125,04 3.435,05 73,96% 894,49 4,51% 40,34 NOVEMBRO 363.909,00 2.659,67 73,96% 692,58 4,51% 31,24 DEZEMBRO 363.967,94 25.000,00 73,96% 6.510,00 4,51% 293,60 RECEITA BRUTA ANUAL 365.153,91 TOTAL 11.204,64 Fonte: Dados elaborados pelos autores. 4.3.2 Tributações por Lucro Presumido. O Lucro Presumido e o lucro aferido em cada trimestre através de aplicação de 8% sobre sua receita para assim chegar ao montante a recolher pelo IRPJ, esta base de cálculo se aplica a alíquota de 15%, e em seguida a alíquota de 10% sobre o valor que excedeu a 60.000,00 trimestral da base de cálculo. A tributação pela forma de Lucro Presumido, e uma forma simples de apuração da base de cálculo dos tributos de IR e CSLL sendo definitiva para todo o ano calendário. Tabela 5 demonstra todo processo do cálculo de IRPJ pela forma de tributação no Lucro Presumido. Tabela 5- Cálculo IRPJ e CSLL na opção Lucro Presumido na Atividade Rural. Lucro Presumido Trimestral 1 TRIMESTRE 2 TRIMESTRE 3 TRIMESTRE 4 TRIMESTRE RECEITA 216.928,19 67.037,41 50.093,59 31.094,72 (x) Percentual Presunção 8% 8% 8% 8% (=) Base de cálculo do IRPJ 17.354,26 5.362,99 4.007,49 2.487,58 (X)IRPJ 15% 2.603,14 804,45 601,12 373,14 IR adicional 10% 0,00 0,00 0,00 0,00 (=) Receita 216.928,19 67.037,41 50.093,59 31.094,72 CSLL 12% Presunção 26.031,38 8.044,49 6.011,23 3.731,37 Base de cálculo CSLL 26.031,38 8.044,49 6.011,23 3.731,37 CSLL 9% 2.342,82 724,00 541,01 335,82 Total IRPJ Lucro Presumido Anual. 4.381,85 Total CSLL Lucro Presumido Anual 3.943,66 Fonte: Dados apurados pelos autores.

Os dados apresentados na tabela 6 mostram a resultada obtida nos cálculos de IR, nas formas de tributação produtor Rural Pessoa Física e Produtor Rural Pessoa Jurídica com receita Bruta total de 365.153,91. Verificando a tabela 6, com a comparação dos dados apurados, a melhor opção de tributação do Imposto de Renda (IR), pelo Lucro Presumido, Simples Nacional e última escolha a opção de tributação por Pessoa Física, Tabela 6- Produtor Rural (PF) x Produtor Rural (PJ). IMPOSTO PESSOA FÍSICA- Simples Nacional- Lucro Presumido- Imposto de Renda 11.538,93-4.381,85 Cont. Social LL - - 3.943,66 TOTAL 11.538,93 11.204,64 8.325,51 5 CONSIDERAÇOES FINAIS O objetivo desta análise Tributária foi demonstrar por meio de comparação, de tributação como IRPF e IRPJ na modalidade SIMPLES NACIONAL e LUCRO PRESUMIDO, usado neste estudo a propriedade LAMBARI localizada na linha Israel na cidade de Quedas do Iguaçu Paraná. A análise tributária neste estudo foi de fundamental importância para que o produtor estudado, que hoje está utilizando a forma de tributação como Pessoa Física pudesse concluir qual forma o mesmo optará para um melhor rendimento financeiro de sua propriedade, com a redução de ônus tributários, para isso foram realizados comparativos usando a receita Bruta anual seguindo o limite de cada forma de tributação e seu enquadramento. No caso de tributação IRPJ, foram usados apenas o sistema Simples Nacional e Lucro Presumido, por terem dados baseados em receita bruta, assim neste estudo não foi abordado a forma de tributação por Lucro Real. Podemos assim dizer que há uma grande carga tributária nas empresas rurais estão sujeitas, no caso analisado, pode se obter uma carga de ônus menor através de comparativos por meios de formas legais e assim aumentado seu lucro, ganho de escala e ganho de mercado. O resultado da pesquisa apurou-se que o sistema de tributação Lucro Presumido como o mais vantajoso na apuração do Imposto de Renda (IR), chegando a uma diferença de ônus de PF x PJ Lucro presumido de 3.213,42 (três mil duzentos e treze reais e quarenta e dois centavos), realmente um número muito expressivo na área rural. Diante deste estudo, foi possível observar a real importância de um profissional qualificado na área, com intuito de auxílio ao produtor com ferramentas de informações para que o mesmo possa optar por um melhor e mais vantajoso sistema de tributação em sua área de atuação, assim tornando seu empreendimento mais rentável e lucrativo. REFERÊNCIAS. CREPALDI, Silvio Aparecido. Contabilidade Rural: uma abordagem decisória. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. GIL, Antônio Carlos 1946. Como elaborar projetos de pesquisa. 6ª.ed. São Paulo: Atlas, Atlas, 2010. LAKATOS, Eva Maria;MARCONI, Marina de Andrade Marconi; Metodologia Cientifica- 6ªed. São Paulo: Atlas, 2011. Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 12

MARION, José Carlos; Contabilidade rural: contabilidade agrícola, contabilidade Da pecuária, imposto de renda pessoa jurídico. 1O.ed. São Paulo: Atlas, 2012. SAFRAS&CIFRAS, Imposto de Renda 2014; 20 questores que o produtor precisa saber! Disponível em www.safrasecifras.com.br/artigo> postado em 14/04/2014; acessado em 05/05/2014. SEVERINO, Antônio Joaquim; Metodologia de trabalho cientifica ed. revisada e atual, São Paulo; Cortez; 2012. Anais do 12º Encontro Científico Cultural Interinstitucional - 2014 13