Parecer Consultoria Tributária Segmentos Proporcionalidade do Crédito de PIS e COFINS
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- Maria Fernanda Caldeira Neto
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1 02/04/2014
2 Título do documento Sumário Sumário Questão Normas Apresentadas Pelo Cliente Análise da Legislação Proporcionalidade do Crédito Parecer Consultoria IOB Guia Prático EFD Contribuições Solução de Consulta nº 24/ Conclusão Informações Complementares Referências Histórico de Alterações
3 1. Questão Esta análise aborda sobre a proporcionalidade do crédito do PIS e da COFINS sobre as aquisições da empresa em relação à distribuição da sua receita bruta. 2. Normas Apresentadas Pelo Cliente Lei nº /2002, Lei nº /2003 e Solução de Consulta da SRFB nº 24/2013, referenciada em parecer técnico nº 16/2014 expedida pela consultoria do cliente. 3. Análise da Legislação 3.1 Proporcionalidade do Crédito Nosso cliente apresentou questionamento sobre a tratativa do sistema para o cálculo da proporcionalidade do crédito do PIS e da COFINS em relação ao método de rateio proporcional com base da receita bruta. Indaga se as receitas financeiras devem ser agregadas à receita bruta, para fins do rateio proporcional de que trata o paragrafo 7º do artigo 3º da Lei nº /2003 e /2002. Primeiramente, é importante registrar que as leis /2002 e /2003 instituíram a não-cumulatividade do PIS e da COFINS por permitem o desconto dos créditos dessas contribuições calculados sobre as aquisições/custos do período. Outra questão importante envolvida na situação reportada pelo cliente é que sua empresa tem receitas sujeitas à tributação do PIS e da COFINS em ambos os regimes, (o cumulativo e o não-cumulativo). Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência não cumulativa das contribuições em relação apenas a parte de suas receitas, o crédito será apurado exclusivamente em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas. Diante da situação referenciada no parágrafo acima, o crédito será determinado, a critério da pessoa jurídica, por um dos métodos abaixo: a) apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou b) rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada mês. No caso deste cliente o método utilizado é o rateio proporcional. Por exemplo, se a receita total de um determinado período apresentar o valor de R$ ,00, sendo R$ ,00 de receitas sujeitas ao regime não-cumulativo e R$ ,00 sujeitas ao regime cumulativo, significa que 70% das suas receitas foram submetidas ao regime não-cumulativo e isso é uma informação importante para determinação dos créditos. Para entendermos um pouco sobre apropriação do crédito proporcional, com a aplicação da proporcionalidade sobre as receitas sujeitas ao regime não cumulativo, ilustramos um cenário a seguir afim de exemplificarmos melhor a situação. 3
4 Título do documento Supomos que a situação reportada pelo cliente envolva a aquisição de insumos que foram tributados pelo IPI e o ICMS, mas, como o cliente não é contribuinte destes tributos ele não poderá se creditar dos mesmos, logo, o custo de aquisição destes insumos é formado, inclusive, pelo valor destes tributos. Exemplo: valor do insumo R$ 2.000,00 (já com ICMS de 17% incluso R$ 340,00) + IPI de 10% - R$ 200,00 = valor total da compra R$ 2.200,00. Abaixo segue parte do texto do parágrafo 3º do artigo 8º da IN 404/2004 que indica o tratamento quanto ao IPI e o ICMS, conforme citado anteriormente. I - o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente na aquisição, quando recuperável, não integra o valor do custo dos bens; e II - o Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) integra o valor do custo de aquisição de bens e serviços. Para se encontrar a proporcionalidade do crédito do PIS e da COFINS, considerando os exemplos acima, deve-se utilizar o percentual de 70% oriundo das receitas sujeitas ao regime da não-cumulatividade e aplicar sobre o crédito da aquisição. Exemplificando: R$ 2.200,00 x 70% = 1.540,00 sobre este valor será calculado o crédito de PIS e COFINS. 4
5 3.2 Parecer Consultoria IOB Afim de termos uma segunda opinião diante ao parecer da consultoria apresentada pelo cliente, compartilhamos a questão com a consultoria IOB, onde passamos a destacar o entendimento sobre agregação das receitas financeiras. 5
6 Título do documento 6
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8 Título do documento 3.3 Guia Prático EFD Contribuições De acordo com nossa análise, o Guia Prático da EFD Contribuições, vem reforçar expressamente, a orientação de que receitas financeiras não operacionais da empresa, não podem ser consideradas para fins de rateio entre as receitas cumulativas e receitas não cumulativas para fins de crédito. A seguir reproduzimos parte do guia que traz as regras da apresentação do Registro 0111 a partir da página 50. 8
9 3.4 Solução de Consulta nº 24/2013 A solução de consulta indicada no parecer da consultoria, referenciada pelo cliente, apresenta o entendimento de que as receitas financeiras devem ser agregadas á receita bruta sujeita a tributação não cumultativa. Cabe salientarmos que seria necessário ter acesso ao teor do questionamento desse contribuinte, para termos a certeza, se a Receita Financeira, está ligada atividade operacional da empresa, pois há entendimentos que as RECEITAS FINANCEIRAS NÃO OPERACIONAIS, não devem ser agregadas para fins de rateio, não devendo fazer parte da receita bruta por não serem classificadas como receita da atividade operacional do contribuinte. Fonte: Parecer apresentado pela consultoria do cliente. Desse modo, as respostas publicadas pela Receita Federal do Brasil, passam efetivamente respaldar o contribuinte que seguir a orientação divulgada, independentemente de tal contribuinte ser (ou não) o consultente, ou ter formulado consulta própria sobre o mesmo assunto. Obviamente, o contribuinte só poderá incovar tal proteção caso esteja enquadrado na hipótese que foram objeto de uma resposa específica pela RFB. As alterações foram trazidas pela IN nº 1.396/2013, e trazem efeitos vinculantes a outros contribuintes desde que, enquadre-se na mesma circustância. 9
10 4. Conclusão Título do documento Com base nas informações, e seguindo o manual de orientação do contribuinte da EFD contribuições, entendemos que as Receitas não próprias da atividade do cliente, não devem ser consideradas como receita bruta, para fins de rateios, por não serem classificadas como Receita Operacional da Empresa. Diante as considerações e a várias interpretações sobre o tema, recomendamos que o contribuinte proceda uma consulta ao fisco através do instrumento de solução de consulta, seguindo as recomendações da própria consultoria do cliente, e se proceda o ingresso com o processo formal junto a Secretaria da Receita Federal do Brasil. 5. Informações Complementares Este tipo de tratamento é comum e se aplica a todas as empresas que tenham parte de suas receitas sujeitas ao regime cumulativo e outra parte sujeita ao regime não-cumulativo. Portanto, a depender da maneira como o sistema está estruturado, podem haver impactos desde a entrada da nota fiscal da aquisição dos insumos, quanto na apuração do valor a recolher de PIS e COFINS e sua consequente declaração na EFD- Contribuições. Face as várias interpretações sobre o tema, sugerimos que o sistema se adapte a realidade da empresa, a qual cada empresa poderia ajustar o sistema conforme as necessidades de sua atividade. 6. Referências AC4640¬a=0&tipodoc=3&esfera=FE&ls=2&index=2# 7. Histórico de Alterações ID Data Versão Descrição Chamado FO 18/11/ Análise sobre a proporcionalidade do crédito de PIS e COFINS THXIY4 AM 02/04/ Análise sobre a proporcionalidade do crédito de PIS e COFINS TILXGV 10
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