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Transcrição:

Políticas Sociais no Brasil Jorge Abrahão de Castro Diretor da Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do IPEA Brasília, agosto/2010

Algumas características: Políticas sociais são formas mais ou menos institucionalizadas que as sociedades vão construindo a partir de seu processo histórico para proteger e/ou promover parte ou todos os seus membros. No Brasil é, em grande medida, efetuada enquanto programas e ações do Estado para atender direitos sociais e cobrir riscos, contingências e necessidades; Está afetando vários dos elementos que compõem as condições básicas de vida da população; inclusive aquelas que dizem respeito à pobreza e à desigualdade. Começa a regular direta ou indiretamente o volume, as taxas e os comportamentos do emprego e do salário na economia. Busca se organizar em caráter de sistemas mediante: articulação nacional; com mecanismo de financiamento.

Objetivos Tipo da ação Riscos, contigências e necessidades Política Social Proteção social (seguridade social) Promoção social (Oportunidades e Resultados) Solidariedade e seguro social a indivíduos duos e grupos em resposta a direitos, risco, contingências e necessidades sociais Geração, utilização e fruição das capacidades de indivíduos duos e grupos sociais incapacidade de ganhar a vida por conta própria pria devido a fatores externos, que independem da vontade individual; posição vulnerável vel no ciclo vital do ser humano (por exemplo crianças as e idosos); e situações de risco e contingências como em caso de acidentes (invalidez por acidente). necessidades de preparo para o trabalho e exercício cio da cidadania necessidade de correções das distorções de renda e riqueza material; distorções de alocação de bens e serviços coletivos; indivíduos duos e/ou grupos marginalizados pela falta de oportunidades no mercado; e

Políticas Setoriais Riscos, contingências e necessidades Proteção social (seguridade social) Previdência Social Geral e Servidor públicop Saúde Assistência Social Aposentadorias, pensões,, auxilio funeral e outros auxilios Incapcidades físicas ou mentais para se ocupar em atividades sociais e economicas Acidentes de trabalho e enfernidades profissionais Gravidez, nascimento, adoção, cuidados a crianças as e outros membros da familia Habitação e Urbanismo Manter, restaurar e melhorar a condição nutricional POLÍTICA SOCIAL Trabalho e Renda Saneamento Básico Manter, restaurar e melhorar a saude. Enfermidades físicas f ou mentais Desemprego, saida cedo do mercado de trabalho por razões de mercado Promoção social (Oportunidades e Resultados) Educação Desenvolvimento Agrário rio Cultura Intermediação, treinamento e incentivos a criação de empregos e renda Habitações precarias, saneamento basico, dificuldades no transporte Acesso, permanencia na escola. Analfabetismo. Acesso a serviços culturais

POLÍTICAS SETORIAIS POLÍTICAS TRANSVERSAIS Previdência Social Geral e Servidor públicop Igualdade de Gênero Proteção social (seguridade social) Saúde Igualdade Racial Assistência Social POLÍTICA SOCIAL Trabalho e Renda Habitação e Urbanismo Saneamento BásicoB Crianças as e adolescentes Juventude Promoção social (Oportunidades e Resultados) Educação Desenvolvimento Agrário rio Idosos Cultura

POLÍTICAS SETORIAIS GESTÃO/ORGANIZAÇÃO APARATO DISPONÍVEL Previdência Social Regime Geral e Servidor públicop Sistema Previdenciário rio RGPS (Centralizado) RPPS (descentralizado) 2.320 Agências da Previdência 193 Prev cidades agencias do RPPS Proteção social (seguridade social) Saúde Sistema Único de Saúde SUS 63.267 ambulatórios 6.101 internações 7.162 urgências 21.357 diagnose e terapia Assistência Social Sistema Único de Assistência Social SUAS 5.142 Cras cadastrados 4.244 Cras c/cofinanciamento fed. 3.635 Cras C/cofinanciamento PAIF Habitação e Urbanismo Ministério das Cidades (centralizado e Descentralizado execução) Agências da Caixa Econômica Federal Política Social Saneamento BásicoB Ministério das Cidades (centralizado e Descentralizado execução) Companhias de Saneamento estaduais Companhias de Saneamento municipais Trabalho e Renda Ministério do Trabalho (centralizado e descentralizado) 1.266 postos do Sine Rede de qualificação Agencias de microcrédito Promoção social (Oportunidades e Resultados) Educação Sistema Federativo de Educação 244 escolas federal 39.833 escolas Estadual 133.844 escolas municipais Desenvolvimento Agrário rio Incra e Territórios rios da cidadania 23 agências do incra Territórios rios da cidadania Cultura Sistema em processo de constituição 252 fundações de cultura 7.048 bibliotecas públicasp

POLÍTICAS SETORIAIS PROGRAMAS/AÇÕES PRODUTOS/RESULTADOS Previdência Social Geral e Servidor públicop Aposentadorias e Pensões 24 milhões de beneficiários Proteção social (seguridade social) Saúde Agentes Comunitários de Saúde Equipes de Saúde da Família Equipes de Saúde Bucal Consultas MédicasM 61% da população coberta (1) (115,4 milhões de pessoas) 51% da população coberta (1) (96,1 milhões de pessoas) 48% da população coberta (1) (91,3 milhões de pessoas) 2,5 consultas per capita/ano (2) POLÍTICA SOCIAL Assistência Social Trabalho Seguro desemprego Programa Bolsa-Fam Família Beneficiários de Prestação Continuada Seguro desemprego 12,4 milhões de famílias (51 milhões de pessoas) (3) 1,6 milhão de pessoas com deficiência; 1,5 milhão de idosos 7,2 milhões de beneficiários Trabalho e Renda Proger Valorização do Salario Minimo 2 milhões de Operações de crédito realizada (2007) Promoção social (Oportunidades e Resultados) Educação Educação Infantil Educação Básica B (Ensino Fundamental e Médio) M 4,2 milhões de alunos 37,6 milhões de alunos Graduação 1,2 milhão de alunos Distribuição de livros didáticos 117,5 milhões de livros (4) Desenvolvimento Agrário rio Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) 1,7 milhão de contratos de financiamento (1) Departamento de Atenção Básica, Ministério da Saúde. Ano: 2009 (2) RIPSA. IDB (2008) (3) MDS. Ano: 2009 (4) Em 2009, de acordo com o MEC, foram adquiridos 103,5 milhões de livros para o Ensino Fundamental, 11,2 milhões para o Ensino Médio e 2,8 milhões para alfabetização de jovens e adultos

POLÍTICAS SETORIAIS INDICADORES SOCIAIS Proteção social (seguridade social) Previdência Social Regime Geral e Servidor públicop Saúde 64,9% de cobertura da PIA (16 a 64 anos) 93,3% de cobertura da pop. de 65 anos ou mais 73% de domicílios com indivíduos duos de mais de 60 anos que recebem aposentadoria ou pensão 21,3 por mil nascidos vivos é a taxa de mortalidade infantil 72,1 anos é a Esperança a de Vida Assistência Social 20,1% é a Proporção da população vivendo com menos de R$ 120 per capita (linha de elegibilidade para o Bolsa Família em 2006) Política Social Saneamento BásicoB 91,3% de abastecimento de água (Urbano) 81,0% de esgoto Sanitário (Urbano) 97,6 % de coleta de lixo (Urbano) Trabalho e Renda 7,9% é a taxa de desemprego 62,9 % é a Taxa de Cobertura Efetiva do seguro-desemprego Promoção social (Oportunidades e Resultados) Educação 97,6% é a Taxa de freqüência liquida à escola (7 a 14 anos) 9,9% é Taxa de analfabetismo (15 anos ou mais) 7,4 anos é Número médio m de anos de estudos (15 anos ou mais) Desenvolvimento Agrário rio 0,816 é o índice de Gini para propriedade da terra (Concentração Fundiária)

Gasto público na Política Social Em % do PIB 25 21,9 20 19,0 19,2 % do PIB 15 10 13,9 13,3 5 0 1980 1985 1990 1995 2005 Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria

Gasto público na Política Social, por Áreas de atuação (em % do PIB) 12,0 11,3 10,0 8,0 6,0 5,9 4,0 2,0 0,0 Previdência Social (RGPS+RPPS) 2,7 4,1 Educação e Cultura 2,3 Saúde 3,3 1,9 0,8 Habitação e Urbanismo 0,2 1,0 Assistência Social 0,0 0,6 Emprego e Defesa Trabalhador 0,7 0,3 0,4 0,1 Saneamento Outros 1980 2005 Fontes: Para 1980,1985 e 1990: Médici e Maciel (1996); Para 1995: Fernandes et alli (1998); 2005: elaboração própria

Circuito do Financiamento e gasto da Política Social no Brasil Financiamento PúblicoP Orçamento PúblicoP Gasto PúblicoP Fontes Arrecadação Orçamento não seguridade Gastos não seguridade. Contribuições sociais segurado Tributos Contribuições sociais geralda população Impostos Orçamento da Política Social Gasto na política social Não-tributário De cada $ 1,00 gasto no social retorna $ 0,56 Sistema Tributário rio Regressivo: 1º. Decil recolhe 32,8% de sua renda 10º. Decil recolhe 22,7% de sua renda De cada $ 1,00 gasto no social ocorre um aumento $ 1,86 na renda das familias

Taxa de crescimento médio da renda domiciliar per capita por décimos da distribuição nos últimos 6 anos: Brasil, 2001 a 2008

Efeito das transferências da Política Social sobre a renda das familias 1978,1988, 1988 e 2008 100 80 86,7 86,0 79,3 76,5 (%) 60 40 20 8,1 5,2 9,5 4,4 15,6 5,2 19,3 4,1 0 1978 1988 1998 2008 Ocupação Transferências monetárias Outras

Pobreza extrema é hoje menos de um quinto daquela em 1990... Porcentagem da população sobrevivendo com menos de US$ PPC 1,25 por dia 25,6 20,8 19,6 16,4 16,8 17,0 15,4 14,9 14,0 Meta ONU = 12,8% 11,3 12,0 9,7 8,1 Meta Brasil = 6,4% 6,7 6,1 4,8 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fontes: Renda: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD. Fatores PPC: Nações Unidas, Divisão de Estatísticas (Banco Mundial, ICP 2005). Inflação média anual do Brasil e dos EUA: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, 2009.

Enquanto a população brasileira cresceu, a pobreza extrema decresceu... Total Extremamente pobres 142 145 148 152 154 156 158 164 171 174 176 178 181 183 185 187 36,2 30,2 29 24,9 25,9 26,5 24,3 24,5 23,9 19,5 21,1 17,3 14,5 12,3 11,2 8,9 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fontes: Renda: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD. Fatores PPC: Nações Unidas, Divisão de Estatísticas (Banco Mundial, ICP 2005). Inflação média anual do Brasil e dos EUA: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, 2009.

A redução da pobreza extrema foi observada em todas as regiões, mas as desigualdades regionais persistem... Porcentagem da população sobrevivendo com menos de US$ PPC 1,25 por dia, Brasil e regiões 49,1 40,6 40,8 Nordeste Sul Norte Sudeste Centro-Oeste 33,1 34,9 35,5 31,4 30,5 28,3 23,9 25,0 21,2 17,8 15,2 13,4 10,3 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fontes: Renda: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD. Fatores PPC: Nações Unidas, Divisão de Estatísticas (Banco Mundial, ICP 2005). Inflação média anual do Brasil e dos EUA: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, 2009.

Aumentos da renda média são principais responsáveis pela redução da pobreza Porcentagem da renda nacional detida pelos 20% mais pobres 2,2 2,4 2,3 2,3 2,2 2,2 2,3 2,4 2,3 2,5 2,6 2,8 2,9 3,0 2,9 3,1 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 Fontes: Renda: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, PNAD. Fatores PPC: Nações Unidas, Divisão de Estatísticas (Banco Mundial, ICP 2005). Inflação média anual do Brasil e dos EUA: Fundo Monetário Internacional, World Economic Outlook, 2009.

Efeito das Políticas de transferências sobre a pobreza 1978 1978 0,6 proporção de pobres 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 0 16 32 48 64 80 idade Sem transferências Com transferências

Efeito das Políticas de transferências sobre a pobreza 2008 2008 0,6 0,5 proporção de pobres 0,4 0,3 0,2 0,1 0,0 0 16 32 48 64 80 Sem transferências idade Com transferências

Internações hospitalares por desnutrição em cada 1000 internações de crianças de 0 a 11 meses de idade 9,6 9,6 9,8 10,2 10,2 8,1 7,3 6,0 5,1 5,3 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Projeções sobre possível queda nos índices de pobreza até 2016 30,0% 20,0% 20,9% 21,0% 20,6%20,3% 21,0%21,0%21,1% 21,3% 19,9% 17,8% 15,8% 13,3% 12,5% 10,0% 0,0% 10,5% Projeção com base 9,2% no período 2000-2008 8,4% Y = 29-1,4T 6,9% 5,5% 4,1% Projeção com base 2,6% no período 2003-2008 1,2% Y = 42-2,1T 0,0% 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Série1 Série2 Série3

Razão entre a quantidade de crianças de zero a quatro anos com peso abaixo do esperado para a idade e a população total dessa faixa etária, expressa em porcentagem. 1978 1988 2008 2,4 16,4 27,1

Porcentagem de crianças de zero a quatro anos com peso abaixo do esperado para a idade por grandes regiões 6,3 1996 2006 5,4 3,2 3,6 2,2 1,4 1,4 1,9 1,7 1,5 Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Porcentagem de crianças de zero a quatro anos com peso abaixo do esperado para a idade por quintos da distribuição de poder aquisitivo familiar 9,2 1996 2006 5,5 3,7 2,3 2,5 1,2 2 1,6 1,2 0,5 20% inferior 20-40% 40-60% 60-80% 20% superior

Brasil poderá atingir a meta antes do prazo Taxa de mortalidade na infância (por mil nascidos vivos). Brasil, 1990 a 2008* e proteção até 2015 Óbitos por mil nascidos vivos 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 10,0 0,0 53,7 Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS * Dado preliminar 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 Redução de 58% entre 1990 e 2008 22,8 Brasil Projeção Meta 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 2009 2010 2011 2012 2013 17,9 2014 2015

Observa-se redução significativa da mortalidade em menores de 1 ano 80,0 Taxa de mortalidade infantil (menores de 1 ano) por mil nascidos vivos Brasil e regiões, 1990 a 2008 e projeção até 2015 70,0 60,0 50,0 40,0 30,0 20,0 Meta = 15,7 10,0 0,0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008* 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 Brasil Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste Projeção Fonte: CGIAE/DASIS/SVS/MS

Evolução da desigualdade na renda domiciliar per capita segundo o coeficiente de Gini: Brasil, 1995 a 2008

Taxa de freqüência a escola, segundo as faixas etárias Brasil 1992-2008 Taxa de frequência a escola, segundo as faixas etárias Brasil 1992 a 2008 Faixa Etária 1992 1993 1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 0 a 3 anos 7,6 7,4 8,1 8,7 9,2 10,6 11,7 11,7 13,4 13,0 15,4 17,1 18,1 4 a 6 anos 54,1 57,8 53,5 53,8 56,3 57,9 60,2 65,6 67,0 68,5 70,6 72,0 76,1 77,6 79,8 7 a 14 anos 86,6 88,6 90,2 91,2 93,0 94,7 95,7 96,5 96,9 97,2 97,1 97,3 97,6 97,6 97,9 15 a 17 anos 59,7 61,9 66,6 69,4 73,3 76,5 78,5 81,1 81,5 82,3 81,9 81,7 82,1 82,1 84,1 18 a 24 anos 22,6 24,9 27,1 28,4 29,4 32,1 33,9 34,0 33,9 34,0 32,2 31,6 31,7 30,9 30,5 25 a 29 anos 5,8 6,4 7,0 7,6 8,5 9,4 10,4 12,3 12,5 12,9 12,5 12,5 13,0 12,4 12,3 Fonte: Microdados da Pnad (IBGE). Elaboração:Disoc/Ipea. Nota: 1 A Pnad não foi realizada em 1994 e 2000. 2 Raça negra é composta de pretos e pardos. 3 A partir de 2004 a Pnad passa a contemplar a população rural de Rondônia, Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá. Obs.: Nas pesquisas de 1992 e 1993 a freqüencia à escola era investigada apenas para pessoas com 5 anos ou mais de idade.

Taxa de Frequência bruta à Educação Infantil, por diversas características - Brasil - 1995/2001/2005/2006/ 2007/2008 Taxa de Frequência Bruta à Educação Infantil, por sexo, cor, situação de domicílio, Grandes Regiões e faixas de rendime Características 0 a 3 anos de idade 4 a 6 anos de idade 1995 2001 2005* 2006* 2007* 2008* 1995 2001 2005* 2006* 2007* 2008* Brasil 7,5 10,5 12,9 15,3 16,9 18,1 53,4 65,5 72,0 76,0 77,6 79,7 Norte 5,7 7,2 5,7 8,0 7,7 8,4 55,1 60,1 60,2 64,4 68,5 72,5 Nordeste 7,1 10,6 11,6 13,3 14,1 14,9 56,1 70,6 77,6 80,4 82,7 84,8 Sudeste 8,1 11,3 15,5 19,1 21,7 22,0 55,1 68,0 75,8 80,9 81,5 82,9 Sul 8,6 11,8 15,9 18,3 21,3 24,6 44,9 55,4 62,0 66,3 67,9 69,1 Centro Oeste 5,4 6,6 10,0 11,4 13,2 15,3 47,8 54,4 62,9 66,9 65,9 71,6 Cor Branca 8,7 11,3 14,3 16,9 19,1 20,6 56,2 67,8 74,1 78,4 79,6 81,8 Preta ou parda 6,2 9,6 11,5 13,8 14,8 15,5 50,5 63,3 70,1 74,0 75,9 78,2 Situação do Domicílio Urbano 9,1 11,8 12,9 17,5 19,3 20,5 59,2 69,0 75,7 79,4 80,3 82,2 Rural 2,7 4,6 15,0 6,7 6,4 7,2 35,8 50,8 57,2 62,5 66,2 69,6 Quintos do Rendimento Familiar Per Capita (%) 1 quinto 5,3 6,6 8,4 9,4 9,9 10,7 43,1 56,5 63,5 67,7 70,8 72,7 2 quinto 5,5 7,8 10,2 12,2 13,6 15,0 49,0 60,9 68,8 73,9 75,9 77,5 3 quinto 6,4 10,4 13,7 17,8 18,9 20,7 56,1 67,7 76,3 80,4 79,6 83,0 4 quinto 7,9 13,5 17,1 21,9 25,5 26,2 60,3 74,2 80,8 85,2 86,0 88,5 5 quinto 17,1 25,7 28,6 32,2 35,3 37,0 71,3 88,8 90,2 91,7 91,7 93,8 Fonte: IBGE, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 1995, 2001, 2005, 2006, 2007 e 2008 * Inclusive a população rural da região Norte

Tabela 6: Evolução de outras dimensões da pobreza entre crianças e jovens de 0 a 17 anos - Brasil, 1992 e 2008 (%) Pobreza (Probabilidade média) Desigualdade (Índice de dissimilaridade) Indicadores 1992 2008 Indicador como porcentagem de seu nível atual mantida a velocidade do período Velocidade do progresso 1992 2008 Indicador como porcentagem de seu nível atual mantida a velocidade do período Velocidade do progresso Acesso a serviços habitacionais básicos Porcentagem de crianças de 0 a 5 anos que vivem em domicílios sem acesso adequado à agua 39 22 0,39 Acelerado 24 13 0,39 Acelerado Porcentagem de crianças de 0 a 5 anos que vivem em domicílios sem acesso adequado a saneamento 53 34 0,50 Significativo 30 17 0,42 Acelerado Acesso à informação Porcentagem de crianças e adolescentes de 7 a 17 anos que vivem em domicílios sem televisão e telefone 85 19 0,10 Acesso à educação Porcentagem de crianças de 5 a 6 anos que não freqüentam a escola 45 12 0,12 Porcentagem de crianças de 7 a 14 anos que não freqüentam a escola 12 2 0,05 Porcentagem de adolescentes de 15 a 17 anos que não freqüentam a escola 37 15 0,23 Progresso e conclusão educacional Extremamente acelerado 55 10 0,07 Extremamente acelerado 14 4 0,12 Extremamente acelerado 5 0 0,02 Extremamente acelerado 13 4 0,16 Porcentagem de crianças de 11 anos que não completaram a 4 a série 69 47 0,55 Significativo 32 13 0,24 Porcentagem de adolescentes de 15 anos que não completaram o ensino fundamental 85 57 0,54 Significativo 43 20 0,30 Extremamente acelerado Extremamente acelerado Extremamente acelerado Extremamente acelerado Extremamente acelerado Extremamente acelerado Porcentagem de jovens de 18 anos que não completaram o ensino médio 93 75 0,71 Lento 53 29 0,39 Acelerado Trabalho precoce e desemprego juvenil Porcentagem de crianças de 10 a 14 anos trabalhando 19 7 0,20 Extremamente acelerado 8 2 0,17 Extremamente acelerado Porcentagem de adolescentes de 15 a 17 anos que buscam trabalho e permanecem desempregados 17 23 1,70 Retrocesso 4 6 1,76 Retrocesso Vulnerabilidade entre mulheres e jovens Porcentagem de meninas de 15 a 17 anos que são cônjugues em alguma família 4 4 0,86 Lento 3 3 0,85 Lento Porcentagem de meninas de 15 a 17 anos que já são mães 5 5 1,17 Retrocesso 2 2 1,00 Lento Mortalidade Taxa de mortalidade dos filhos nascidos vivos entre mulheres de 15 a 44 anos (em mil) 74 37 0,35 Acelerado 17 7 0,26 Extremamente acelerado Fonte: Estimativas produzidas com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 1992 e 2008.

Distribuição etária da população por sexo Brasil, 2000 e 2040

Distribuição percentual dos arranjos domiciliares brasileiros. 1992 e 2008

Evolução anual da população brasileira por faixa etária 1980-2050 35 30 25 20 15 0 a 3 anos 4 a 5 anos 6 a 14 anos 15 a 17 anos População (Milhões) 10 5 0 1980 1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050