SOBREPESO E OBESIDADE

Documentos relacionados
Introdução. Nutricionista FACISA/UNIVIÇOSA. 2

PERFIL NUTRICIONAL E DE SAÚDE DE IDOSOS DIABÉTICOS ATENDIDOS NO AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO LAURO WANDERLEY

Guilherme Lourenço de Macedo Matheus Alves dos Santos Fabiana Postiglione Mansani

Guias sobre tratamento da obesidade infantil

EMAGRECIMENTO: caso. Annie Bello PhD. Doutora em Fisiopatologia - UERJ Prof. Adjunto Nutrição clínica - UERJ Nutricionista Ensino e Pesquisa - INC

ESTADO NUTRICIONAL E FREQUÊNCIA ALIMENTAR DE PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS USUÁRIOS DE CENTROS DE CONVIVÊNCIA PARA IDOSOS NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

Bons hábitos alimentares. Coma cinco vezes por dia (menor quantidade de alimentos por refeição).

ESTADO NUTRICIONAL DE COLABORADORES DE REDE HOTELEIRA

OBESIDADE E ATIVIDADE FÍSICA

Apostila de Avaliação Nutricional NUT/UFS 2010 CAPÍTULO 3 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL ADULTOS

Promoção da alimentação adequada e saudável na prevenção de câncer

O que é a obesidade? Nas doenças associadas destacam-se a diabetes tipo II e as doenças cardiovasculares.

Alimentação saudável para o sobrevivente de câncer. Nutr. Maria Emilia de S. Fabre

Apoio nutricional em Grupo para Pacientes Adultos com Sobrepeso

CLIMATÉRIO E AUMENTO DE PESO

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE FREQUENTADORES DE GRUPO HIPER- DIA DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE, EM BAGÉ/RS.

Minha Saúde Análise Detalhada

Minha Saúde Análise Detalhada

PROCESSO ASSISTENCIAL INTEGRADO DA PRÉ-OBESIDADE NO ADULTO

EXCESSO DE PESO, OBESIDADE ABDOMINAL E NÍVEIS PRESSÓRICOS EM UNIVERSITÁRIOS

19/04/2016. Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia E -mail:

A INFLUÊNCIA DE UM PROGRAMA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS NA GORDURA CORPORAL DOS PARTICIPANTES DO PIBEX INTERVALO ATIVO 1

FATORES DE RISCO CARDIOVASCULAR EM MULHERES NA PÓS-MENOPAUSA

Avaliação da Eficácia de um Instrumento para a Educação Nutricional na Prevenção e Controle de Fatores de Risco das Doenças Crônicas

Intervenção nutricional em indivíduos com sobrepeso e obesidade

CARTILHA PRÁTICA PARA O CONTROLE DA OBESIDADE

INTERVENÇÃO NUTRICIONAL COM OBJETIVO DE PROMOVER HÁBITOS ALIMENTARES SAUDÁVEIS EM INDIVÍDUOS COM SOBREPESO E OBESIDADE

ÍNDICES ANTROPOMÉTRICOS DE PARTICIPANTES DO PROJETO DE EXTENSÃO NO PIQUE DA PUCC

Obesidade Infantil. Nutrição & Atenção à Saúde. Grupo: Camila Barbosa, Clarisse Morioka, Laura Azevedo, Letícia Takarabe e Nathália Saffioti.

Obesidade. O que pesa na sua saúde.

ESTADO NUTRICIONAL DE MULHERES NO PERÍODO DO CLIMATÉRIO 2017 E NUTRITIONAL STATUS OF WOMAN IN THE CLIMATERIC PERIOD 2017 E 2018

PORTIFÓLIO DE SERVIÇOS

OBESIDADE NA INFÂNCIA. Dra M aria Fernanda Bádue Pereira

PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL E A RELAÇÃO CINTURA/QUADRIL (RCQ ) E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) EM ESTUDANTES

RELATO DE EXPERIÊNCIA: FEIRAS DE SAÚDE COMO INSTRUMENTO PARA VIGILÂNCIA E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL DE ADULTOS E IDOSOS EM GOVERNADOR VALADARES - MG.

A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NA CONCEPÇÃO DO USO DE SUPLEMENTOS ESPORTIVOS ENTRE ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA EM NATAL/RN

Programa Mais Saúde. Endereço: Av. Araxá, nº 156, Lagomar, Macaé RJ. CEP

XIV Encontro Nacional de Rede de Alimentação e Nutrição do SUS. Janaína V. dos S. Motta

AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL E DO RISCO CARDIOVASCULAR DA CORPORAÇÃO DE BOMBEIROS DE MARINGÁ/PR

Erly Catarina de Moura NUPENS - USP

TRATAMENTO DO EXCESSO DE PESO CONDUTA DIETÉTICA PARTE 1

18fev2016/CÉLIA COLLI FBA 417 Apresentação Do Curso Importância Do Estudo Da Nutrição GRUPO DE NUTRIÇÃO ALIMENTOS E NUTRIÇÃO II/ FBA 417

CIRURGIA DA OBESIDADE

ESCOLA MUNICIPAL LEITÃO DA CUNHA PROJETO BOM DE PESO

DEPTO. DE ALIMENTOS E NUTRIÇÃO EXPERIMENTAL B14 Célia Colli. intervenções preventivas no início da vida trazem benefícios para a vida inteira

INFLUÊNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NAS MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS DE COLABORADORES DE UMA PANIFICADORA

Frutas, Legumes e Verduras

OBESIDADE E A INFLUÊNCIA DO ESTILO DE VIDA

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE IDOSOS ASSISTIDOS POR CENTROS DE REFERÊNCIA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL NO MUNICÍPIO DE NATAL- RN

LITERATURA MERATRIM REDUTOR DE MEDIDAS DIMINUÇÃO DAS MEDIDAS DE CINTURA E QUADRIL EM 2 SEMANAS!

NAE Campus São Paulo

AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO NOS PRIMEIROS ANOS DE VIDA

TÍTULO: ANÁLISE DO PROTEOMA CARDÍACO DE MODELO ANIMAL OBESO-INDUZIDO E SUBMETIDO A EXERCÍCIO AERÓBIO

NUT-154 NUTRIÇÃO NORMAL III. Thiago Onofre Freire

* Obesidade e Desnutrição. Equipe: Divair Doneda, Vanuska Lima, Clevi Rapkiewicz, Júlia S. Prates

CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAUDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL DA OBESIDADE E DA COMPULSÃO ALIMENTAR

O QUE VOCÊ DEVE SABER SOBRE DOENÇA METABÓLICA

PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E OBESIDADE EM FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PARTICIPANTES DO PROJETO EXTENSIONISTA QUALIDADE DE VIDA

SAÚDE COLETIVA: ESTRATÉGIAS NUTRICIONAIS PARA DIMINUIR OS DESAFIOS ENCONTRADOS NA CONTEMPORANEIDADE 1

ALTERAÇÕES NA SATISFAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL A PARTIR DA INTERVENÇÃO COGNITIVO-COMPORTAMENTAL EM UM PROGRAMA DE REEDUCAÇÃO ALIMENTAR MULTIDISCIPLINAR.

AVALIAÇÃO DO CONSUMO ALIMENTAR DE MULHERES QUE REALIZAM MASSAGENS COM FINALIDADE DE EMAGRECIMENTO

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DE IDOSOS FREQUENTADORES DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE

Estudo avalia beneficiários de planos de saúde

CICLO DA VIDA CONCEPÇÃO

Vigitel Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico

DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL EM POPULAÇÃO ATENDIDA DURANTE ESTÁGIO EM NUTRIÇÃO EM SAÚDE PÚBLICA DA UNIVERSIDADE DO SAGRADO CORAÇÃO

INVESTIGAÇÃO DE FATORES DE RISCO PARA SÍNDROME METABÓLICA EM UNIVERSITÁRIOS

O &D OBESITY & DIABETIC

PERFIL NUTRICIONAL E PREVALÊNCIA DE DOENÇAS EM PACIENTES ATENDIDOS NO LABORATÓRIO DE NUTRIÇÃO CLÍNICA DA UNIFRA 1

10 passos para uma vida saudável

SEGUNDO RELATÓRIO 2007 AICR/WCRF

Fonte: V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006.

Palavras-Chave: Obesidade; Educação Nutricional; Avaliação Nutricional

AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA EM CRIANÇAS DE UMA CRECHE NA CIDADE DE FORTALEZA UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

COMPORTAMENTO ALIMENTAR

I SIMPÓSIO DE ATUAÇÃO MULTIDISCIPLINAR EM OBESIDADE, CIRURGIA BARIÁTRICA E METABÓLICA

Desafios do emagrecimento na consulta VISÃO DO NUTRICIONISTA E DOS PACIENTES

LITERATURA LOWAT PERCA PESO 2X MAIS RÁPIDO

Estado nutricional e risco de doença cardiovascular de moradores da comunidade do Bixopá, município de Limoeiro do Norte - Ceará

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DOS POLICIAIS MILITARES DE UM BATALHÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO GONÇALO RIO DE JANEIRO

PERFIL CLÍNICO E NUTRICIONAL DOS INDIVÍDUOS ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DE NUTRIÇÃO DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO (HUPAA/UFAL)

NUTRIÇÃO MATERNO INFANTIL CASOS CLÍNICOS LACTENTE A TERMO E PRÉ ESCOLAR

Prática Clínica Nutrição Esportiva

VIGITEL BRASIL Hábitos dos brasileiros impactam no crescimento da obesidade e aumenta prevalência de diabetes e hipertensão

Ano V Nov./2018. Prof. Dr. André Lucirton Costa, Prof. Dr. Amaury L. Dal Fabbro, Adrieli L. Dias dos Santos e Paulo Henrique dos S.

Atualização em Obesidade Infanto Juvenil. Profa. Dra. Fernanda Miraglia CRN2 4526

Projecto Obesidade Zero (POZ) Carvalho MA, Ramos C, Breda J, Rito A

Material Resumido Obesidade Caderno de Atenção Básica - Min. da Saúde

DIA DO CORAÇÃO POR UM BATER SAUDÁVEL

PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES

GRUPO VIDA SAUDÁVEL: UMA ESTRATÉGIA MULTIPROFISSIONAL DE PROMOÇÃO À SAÚDE NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA

PROBLEMAS NUTRICIONAIS EM CÃES E GATOS OBESIDADE VISÃO GERAL

Universidade do Algarve Faculdade das Ciências e Tecnologias Redes de Telecomunicações 2005/2006. Relatório não técnico. Dieta para adultos

EDUCAÇÃO CONTINUADA E ATENDIMENTO NUTRICIONAL PARA PACIENTES DIABÉTICOS: relato de experiência

, Considerando Considerando Considerando Considerando Considerando Considerando

ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PROCESSO NUTRICIONAL. DIETAS Aula 7. Profª. Tatiane da Silva Campos

Desenvolvendo o Pensamento Matemático em Diversos Espaços Educativos A MATEMÁTICA EM SITUAÇÕES QUE ENGLOBAM ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

PERFIL NUTRICIONAL DE ESCOLARES DA REDE MUNICIPAL DE CAMBIRA- PR

Transcrição:

ATENÇÃO ÀS MULHERES

A promoção da alimentação saudável e a manutenção do peso adequado são fundamentais para promover a saúde e o bem-estar durante toda a vida da mulher e principalmente no período do climatério. O peso inadequado é fator de risco para o desenvolvimento e/ou agravamento de doenças e o diagnóstico nutricional deve integrar o atendimento clínico da mulher.

Introdução As prevalências de sobrepeso e obesidade e do grupo das outras doenças crônicas nãotransmissíveis (DCNT) cresceram de maneira importante nos últimos 30 anos. Neste cenário epidemiológico, destaca-se a obesidade por ser simultaneamente uma doença e um fator de risco para outras DCNT, com destaque para as cardiovasculares e diabetes que consistem nas principais causa de óbitos em adultos. Os atendimentos às mulheres no período do climatério devem incluir a avaliação adequada do estado nutricional e por conseguinte de sobrepeso e obesidade. N Engl J Med 2017; 377: 13-27

Evolução de indicadores na população de 20+ anos de idade, por sexo Brasil. O sobrepeso e a obesidade cresceram entre os anos de 2002-2003 e 2008 e 2009. http://www.ibge.gov.br. Acesso em 10/08/17.

Como realizar o diagnóstico nutricional nas consultas clínicas? Para realizar o diagnóstico nutricional em mulheres adultas ( 20 e < 60 anos) o profissional de saúde deve calcular o IMC (Índice de Massa Corporal) e utilizar o parâmetro indicado pela (ABESO, 2016; OMS,2000; ) para classificar IMC = Peso (Kg) = Kg Altura (m) X Altura (m) m 2 IMC Classificação Obesidade Grau/Classe Risco de Doença < 18,5 Magro ou baixo peso 0 Normal ou Elevado 18,5 24,9 Normal ou eutrófico 0 Normal 25 29,9 Sobrepeso ou pré-obeso 0 Pouco elevado Vale relembrar a fórmula e os parâmetros atuais utilizados 30 34,9 Obesidade I Elevado 30-39 Obesidade II Muito elevado 40,0 Obesidade grave III Muitíssimo elevado ABESO, 2016; OMS 2000

Como realizar o diagnóstico nutricional nas consultas clínicas? Para complementar o diagnóstico nutricional da mulher adulta, o profissional poderá utilizar a medida da circunferência da cintura. Medida de Circunferência Abdominal ELEVADO Maior ou igual a 80cm MUITO ELEVADO Maior ou igual a 88cm OMS, 2000 Este indicador correlaciona-se com o IMC e avalia o tecido adiposo visceral.

Fatores participantes na obesidade Ambiente Disruptores endócrinos Ambiente termoneutro Diminuição do tabagismo Aumento da idade das grávidas Obesidade de origem infecciosa Poluição Estilo de vida urbano e moderno Genética Diretrizes ABESO 2016

Se for identificado Sobrepeso ou Obesidade, por onde começar? Nas mulheres obesas ou com sobrepeso, as calorias devem ser reduzidas a um ponto em que os estoques de gorduras sejam utilizados para se atingir as necessidades diárias de energia, o qual varia de acordo com as atividades realizadas pela mulher. A maioria dos adultos consegue redução de peso com uma ingestão de 1.200 a 1.300 Kcal/dia. Portanto é necessária a participação de uma equipe multidisciplinar. N Engl J Med 2017; 377: 13-27

Se for identificado Sobrepeso ou Obesidade, por onde começar? A alimentação saudável, associada à prática de atividade física e modos de vida saudáveis são os principais elementos para promover saúde e melhoria da qualidade de vida. Uma alimentação saudável inclui refeições preparadas com alimentos variados, com tipos e quantidades adequadas a cada fase do curso da vida, compondo refeições coloridas e saborosas que incluam nutrientes tanto de origem vegetal como animal. Deve ser composta por três refeições ao dia (café da manhã, almoço e jantar), intercaladas por pequenos lanches. As mulheres devem ser incentivadas a tornarem o seu dia-a-dia mais ativo. N Engl J Med 2017; 377: 13-27.

Componentes recomendados de uma intervenção abrangente de estilo de vida de alta intensidade para obter e manter uma redução de 5 a 10% no peso corporal. COMPONENTE PERDA DE PESO MANUTENÇÃO DA PERDA DE PESO Aconselhamento Dieta 14 sessões de aconselhamento presencial (individual ou em grupo) com um interventor treinado durante um período de 6 meses; recomendações similares para intervenções abrangentes baseadas na Web, bem como programas comerciais baseados em evidências. Dieta de baixa caloria (tipicamente 1200 1500 kcal por dia para mulheres e 1500 1800 kcal por dia para homens), com composição de macronutrientes baseada nas preferências do paciente e estado de saúde Atividade física 150 min por semana de atividade aeróbica (por exemplo, caminhada rápida) Terapia comportamental Monitoramento diário da ingestão de alimentos e atividade física, facilitado por diários de papel ou aplicativos de celular; monitoramento semanal de peso; currículo estruturado de mudança comportamental (por exemplo, DPP), incluindo estabelecimento de metas, resolução de problemas e controle de estímulos; feedback regular e apoio de um intervencionista treinado Traduzido de Guidelines (2013) for the Management of Overweight and Obesity in Adults, reported by Jensen et al.39 publicado em N Engl J Med 2017; 377: 13-27. Sessões mensais ou com maior frequência, presenciais ou a distância, durante 1 ano com um interventor treinado. Dieta com redução de calorias, consistente com a redução do peso corporal, com composição de macro nutrientes baseada nas preferências do paciente e no estado de saúde 200 a 300 minutos por semana de atividade aeróbica (por exemplo, caminhada rápida) Monitoramento ocasional ou frequente da ingestão de alimentos e atividade física, conforme necessário; monitoramento de peso semanal a diário; currículo de mudança comportamental, incluindo resolução de problemas, reestruturação cognitiva e prevenção de recaída; feedback regular de um intervencionista treinado

Quando e como encaminhar para um especialista? Os profissionais da Atenção Básica/Saúde da Família devem dar orientações gerais relacionadas à alimentação e às práticas corporais/atividade física. Caso sejam necessárias orientações nutricionais e de práticas corporais/atividades físicas específicas, as equipes dos municípios que possuem nutricionista e/ou educador físico na Atenção Básica devem desenvolver um planejamento de ação conjunta. Se o município está organizado de forma a ter o nutricionista apenas na Atenção Especializada, deve, quando necessário, ser garantido à usuária o atendimento nesse nível de atenção. N Engl J Med 2017; 377: 13-27.

Limitações / Insucesso terapêutico Falta de reconhecimento pela equipe assistente e paciente que a obesidade é uma doença crônica. Inadequada formação profissional sobre nutrição e obesidade Desafios contemporâneos para promoção da saúde

O sobrepeso e a obesidade requerem abordagem multidisciplinar e contextualização à saúde integral da mulher. A prevenção e o diagnóstico precoce são importantes aspectos para a promoção da saúde e redução de morbimortalidade, além de aumento na duração e melhoria na qualidade de vida.

No entanto, prevenir a morbimortalidade é apenas um dos ganhos com as medidas de vigilância do sobrepeso e obesidade, pois os resultados desta medida também influenciam as relações sociais e a autoestima da mulher.

Referências World Health Organization. Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a World Health Organization Consultation. Geneva: World Health Organization, 2000. p. 256. WHO Obesity Technical Report Series, n. 284. http://www.who.int/nutrition/publications/obesity/who_trs_894/en/ Health Effects of Overweight and Obesity in 195 Countries over 25 Years. N Engl J Med 2017; 377: 13-27. (N Engl J Med 2017; 377:13-27 DOI: 10.1056/NEJMoa1614362) Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica Diretrizes brasileiras de obesidade 2016 / ABESO - Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 4.ed. - São Paulo, SP - http://www.abeso.org.br/uploads/downloads/92/57fccc403e5da.pdf

ATENÇÃO ÀS MULHERES Material de 21 de maio de 2018 Disponível em: Eixo: Atenção às Mulheres Aprofunde seus conhecimentos acessando artigos disponíveis na biblioteca do Portal.