Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações. e dos ADRs e Demonstrações Contábeis



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Transcrição:

Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009

Sumário Análise Gerencial da Operação 2 Desempenho das Ações e dos ADRs 15 Relatório da Administração 20 Administração e Diretoria 27 Demonstrações Contábeis 30 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis 40 Parecer dos Auditores Independentes 106 Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria 107 Parecer do Conselho Fiscal 109 Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 1

Análise Gerencial da Operação O ano de 2009 O ano de 2009 foi para o Itaú Unibanco um ano de transição. Ao final de 2008, comunicamos a unificação das operações financeiras do Itaú e do Unibanco. O anúncio desta associação constituiu-se em um marco na história do mercado financeiro brasileiro, tanto pela dimensão do negócio quanto pelas novas oportunidades que surgiram a partir da criação de um global player brasileiro no mercado financeiro internacional. No entanto, para que os objetivos que motivaram essa operação fossem atingidos, seria antes necessário realizarmos um processo de integração das estruturas organizacionais que consumiria vários meses, podendo chegar, até mesmo, a anos. O fator crítico de sucesso desse processo seria a rapidez na definição das novas estruturas decisórias, modelos de negócio e portfólio de produtos e serviços, de forma a não permitir o avanço dos concorrentes em um momento em que a organização estava voltada à discussão de questões internas. Assim, ainda em 2008, iniciamos o processo de definição dos gestores da nova instituição, escolhendo os membros do Comitê Administrativo, do Comitê Executivo e Diretorias que ficariam responsáveis pela condução do processo de integração. Ao longo do primeiro semestre de 2009, ampliamos esse processo para todos os demais níveis hierárquicos. As oportunidades mercadológicas e os modelos de negócio foram avaliados e definidos, estabelecendo diretrizes claras de atuação comercial. O processo de migração de agência teve início, devendo ser concluído até o final de 2010. Em resumo, o processo de integração da administração central foi concluído em tempo recorde, restando apenas a integração da rede de agências para que todo o processo seja concluído. Em relação ao ambiente externo, o anuncio da fusão se deu em um momento extremamente desafiador. A crise financeira internacional, iniciada em meados de 2007, havia se intensificado e atingiu níveis dramáticos durante o segundo semestre de 2008, alcançando praticamente todos os países. A intensa redução dos níveis de liquidez levou à intervenção coordenada de vários governos nos mercados financeiros, bem como à ampliação de estímulos fiscais e monetários com o objetivo de não permitir a deflagração de um período de depressão econômica. Diante desse cenário, iniciamos o ano de 2009 adotando uma política de maior seletividade na concessão de empréstimos e financiamentos, privilegiando as operações que apresentavam melhor qualidade de risco. Entretanto, os efeitos adversos da crise econômico-financeira internacional se alastraram sobre vários setores de atividade e comprometeram a demanda e a renda de diversos agentes econômicos. Em consequência, verificamos o aumento do risco das carteiras de crédito, com impacto nas carteiras de grandes empresas, micro, pequenas e médias empresas e de clientes pessoa física. Lucro Líquido Pro Forma (R$ milhões) 11.921 9.779 10.571 10.491 10.004 10.067 2007 2008 2009 Lucro Líquido Consolidado Lucro Líquido Recorrente 2 Itaú Unibanco Holding S.A.

Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 3

Análise Gerencial da Operação Retorno Anualizado sobre o Patrimônio Líquido Médio ROE % 32,0% 26,2% 24,8% 23,4% 22,3% 21,4% líquidos recorrentes do Itaú e do Unibanco até 30 de setembro de 2008, juntamente com o resultado consolidado recorrente alcançado pelo Itaú Unibanco no quarto trimestre do mesmo ano. Destacamos que, em decorrência da associação realizada com a Porto Seguro em agosto de 2009, passamos a consolidar esta empresa no quarto trimestre de 2009, considerando a proporção de 30% de nossa participação. 2007 2008 2009 ROE ROE Recorrente Até meados de 2009, os níveis de inadimplência mantiveram tendência de alta iniciada em setembro de 2008. A partir de então, constatamos a reversão desta tendência, primeiramente na carteira de clientes pessoa física, e posteriormente na carteira de clientes pessoa jurídica. Contribuíram para a melhora das expectativas a estabilidade da massa salarial, os pacotes de estímulo fiscal ao consumo e o aumento do nível de atividade econômica, que se beneficiou da rápida retomada do crédito bancário. Ao longo do período, para fazer frente à deterioração da carteira de crédito, utilizamos R$ 1.687 milhões de nossa provisão adicional para créditos de liquidação duvidosa. Em 31 de dezembro de 2009, mantínhamos ainda um saldo desta provisão de R$ 6.104 milhões. A constituição de provisão adicional está baseada na crença de que o nível de aprovisionamento deve ter robustez necessária para absorver eventuais aumentos de inadimplência previstos em cenários de perda. No final de 2009, as expectativas eram significativamente diferentes daquelas observada no início do ano. A notável capacidade de reação à crise demonstrada pelos países emergentes, em geral, e pelo Brasil, em particular, ampliou o otimismo dos agentes econômicos e criou um ambiente de negócios extremamente favorável, fazendo com que as perspectivas para o ano de 2010 sejam muito boas. Este relatório está baseado na Demonstração do Resultado Gerencial que, por sua vez, decorre de reclassificações realizadas na demonstração do resultado contábil. Basicamente, reclassificamos para a Margem Financeira os efeitos fiscais do hedge dos investimentos no exterior, originalmente contabilizados nas linhas de despesas tributárias (PIS e Cofins) e de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido da demonstração do resultado contábil. Em 2009, verificamos uma apreciação do real em relação ao dólar norte-americano de 25,5%, enquanto no ano anterior tivemos uma depreciação de 31,9%. O impacto da variação cambial ocorrida em 2009, juntamente com a política de gestão do risco cambial dos investimentos no exterior, fez com que os efeitos fiscais do hedge dos nossos investimentos no exterior, bem como dos títulos soberanos emitidos por governos estrangeiros, correspondesse a uma despesa de R$ 3.368 milhões no período. Lembramos, ainda, que fizemos ajustes nas demonstrações contábeis de 2008 para refletir a consolidação de 100% da empresa Redecard. Índices Macroeconômicos 31/12/2009 31/12/2008 Risco País (EMBI) 196 425 CDI Taxa do Ano 9,9% 12,4% Dólar (Var. Anual) -25,5% 31,9% Dólar (Cotação em R$) 1,7412 2.3370 IGP-M Taxa do Ano -1,7% 9,8% Poupança Taxa do Ano 6,9% 7,9% Demonstração de Resultado Gerencial O Relatório de Análise Gerencial da Operação, que se segue, irá discutir o resultado recorrente obtido pelo Itaú Unibanco no ano de 2009, em comparação com o resultado recorrente pro forma do ano de 2008, obtido a partir da soma dos lucros 4 Itaú Unibanco Holding S.A.

Demonstração de Resultado Gerencial Pro Forma (R$ Milhões) Itaú Unibanco 2009 Contábil Efeitos não Efeito Fiscal do Recorrentes Redecard Hedge e Títulos Soberanos Gerencial Margem Financeira Gerencial 46.147 - - (3.368) 42.779 Margem Financeira com Clientes 37.158 - - - 37.158 Margem Financeira com o Mercado 8.989 - - (3.368) 5.621 Resultado de Créditos de Liquidação Duvidosa (14.165) - - - (14.165) Despesa de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (16.399) - - - (16.399) Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo 2.234 - - - 2.234 Resultado Bruto da Intermediação Financeira 31.981 - - (3.368) 28.614 Outras Receitas/(Despesas) Operacionais (12.365) 1.160-423 (10.782) Receitas de Prestação de Serviços e de Tarifas Bancárias 15.227 - - - 15.227 Resultado de Operações com Seg., Prev. e Cap. 2.432 - - - 2.432 Despesas não Decorrentes de Juros (27.249) 1.443 - - (25.806) Despesas Tributárias de ISS, PIS, Cofins e Outras (3.893) 3-423 (3.467) Resultado de Participações em Coligadas 178 - - - 178 Outras Receitas Operacionais 941 (287) - - 654 Resultado Operacional 19.617 1.160 - (2.945) 17.832 Resultado não Operacional 430 (362) - - 68 Resultado antes da Tributação e Participações 20.047 798 - (2.945) 17.900 Imposto de Renda e Contribuição Social (7.421) (374) - 2.945 (4.850) Participações no Lucro (1.695) - - - (1.695) Participações Minoritárias nas Subsidiárias (864) - - - (864) Lucro Líquido 10.067 424 - - 10.491 2008 Pro Forma Efeitos não Recorrentes Itaú Unibanco Pro Forma Redecard Efeito Fiscal do Hedge e Títulos Soberanos Gerencial Margem Financeira Gerencial 31.213 79 281 4.698 36.271 Margem Financeira com Clientes 33.745 79 281-34.105 Margem Financeira com o Mercado (2.532) - - 4.698 2.166 Resultado de Créditos de Liquidação Duvidosa (14.728) 5.008 - - (9.720) Despesa de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (16.294) 5.008 - - (11.286) Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo 1.566 - - - 1.566 Resultado Bruto da Intermediação Financeira 16.485 5.087 281 4.698 26.551 Outras Receitas/(Despesas) Operacionais (14.490) 4.974 642 (401) (9.275) Receitas de Prestação de Serviços e de Tarifas Bancárias 14.243-1.199-15.442 Resultado de Operações com Seg., Prev. e Cap. 1.952 265 - - 2.216 Despesas não Decorrentes de Juros (29.681) 5.360 (468) - (24.789) Despesas Tributárias de ISS, PIS e Cofins (2.981) - (119) (401) (3.501) Resultado de Participações em Coligadas 194 0 - - 194 Outras Receitas Operacionais 1.783 (651) 30-1.162 Resultado Operacional 1.995 10.061 923 4.297 17.276 Resultado não Operacional 295 (279) 45-61 Resultado antes da Tributação e Participações 2.289 9.783 968 4.297 17.337 Imposto de Renda e Contribuição Social 9.611 (9.215) (317) (4.297) (4.217) Participações no Lucro (1.365) - (10) - (1.376) Participações Minoritárias nas Subsidiárias (533) - (641) - (1.173) Lucro Líquido 10.004 567 - - 10.571 Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 5

Análise Gerencial da Operação (R$ Milhões) Balanço Patrimonial Pro Forma Consolidado ATIVO Variação 31/12/2009 31/12/2008 dez/09 - dez/08 % Circulante e Realizável a Longo Prazo 597.978 627.563 (29.585) -4,7% Disponibilidades 10.594 15.853 (5.258) -33,2% Aplicações Interfinanceiras de Liquidez 139.195 124.546 14.649 11,8% Títulos Mobiliários e Inst. Financ. Derivativos 120.189 138.344 (18.155) -13,1% Relações Interfinanceiras e Interdependências 14.570 14.268 302 2,1% Operações de Crédito, Arrendamento e Outros Créditos 245.951 241.043 4.908 2,0% (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (24.052) (19.972) (4.080) 20,4% Outros Ativos 91.531 113.482 (21.951) -19,3% Carteira de Câmbio 27.239 51.829 (24.589) -47,4% Outros 64.292 61.653 2.639 4,3% Permanente 10.295 10.545 (250) -2,4% Investimentos 2.187 2.258 (71) -3,1% Imobilizado de Uso e de Arrend. Merc. Operacional 4.360 4.154 206 5,0% Diferido 3.748 4.133 (385) -9,3% TOTAL DO ATIVO 608.273 638.108 (29.835) -4,7% Balanço Patrimonial Pro Forma Consolidado PASSIVO Variação 31/12/2009 31/12/2008 dez/09 - dez/08 % Circulante e Exigível a Longo Prazo 553.856 591.058 (37.202) -6.3% Depósitos 190.772 206.189 (15.417) -7.5% Depósitos à Vista 25.834 28.071 (2.238) -8.0% Depósitos de Poupança 48.222 39.296 8.925 22.7% Depósitos Interfinanceiros 2.046 2.921 (875) -29.9% Depósitos a Prazo 114.671 135.901 (21.230) -15.6% Captações no Mercado Aberto 131.935 124.358 7.576 6.1% Recursos de Aceites e Emissão de Títulos 17.320 19.596 (2.276) -11.6% Relações Interfinanceiras e Interdependências 3.077 3.008 69 2.3% Obrigações por Empréstimos e Repasses 34.692 42.741 (8.048) -18.8% Instrumentos Financeiros e Derivativos 5.476 14.807 (9.331) -63.0% Provisões Técnicas de Seg., Prev. e Capitalização 52.404 43.182 9.222 21.4% Outras Obrigações 118.180 137.177 (18.996) -13.8% Carteira de Câmbio 27.682 50.761 (23.079) -45.5% Dívida Subordinada 22.038 22.426 (388) -1.7% Diversos 68.460 63.990 4.470 7.0% Resultados de Exercícios Futuros 194 231 (37) -16.2% Participações Minoritárias nas Subsidiárias 3.540 3.154 386 12.2% Patrimônio Líquido da Controladora 50.683 43.664 7.019 16.1% TOTAL DO PASSIVO 608.273 638.108 (29.835) -4.7% Depósitos 190.772 206.189 (15.417) -7.5% Ativos sob Administração (AUM) 333.869 258.252 75.617 29.3% Total de Depósitos + Ativos sob Administração (AUM) 524.641 464.441 60.200 13.0% 6 Itaú Unibanco Holding S.A.

Demonstração de Resultado Recorrente Pro Forma Variação 2009 2008 2009-2008 % Margem Financeira Gerencial 42.779 36.271 6.508 17,9% Margem Financeira com Clientes 37.158 34.105 3.053 9,0% Margem Financeira com o Mercado 5.621 2.166 3.455 159,6% Resultado de Créditos de Liquidação Duvidosa (14.165) (9.720) (4.445) 45,7% Despesa de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (16.399) (11.286) (5.113) 45,3% Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo 2.234 1.566 668 42,6% Resultado Bruto da Intermediação Financeira 28.614 26.551 2.063 7,8% Outras Receitas/(Despesas) Operacionais (10.782) (9.275) (1.506) 16,2% Receitas de Prestação de Serviços e de Tarifas Bancárias 15.227 15.442 (215) -1,4% Resultado com Operações de Seg., Prev. e Cap. 2.432 2.216 215 9,7% Despesas não Decorrentes de Juros (25.806) (24.789) (1.017) 4,1% Despesas Tributárias de ISS, PIS e Cofins (3.467) (3.501) 34-1,0% Resultado de Participações em Coligadas 178 194 (16) -8,2% Outras Receitas Operacionais 654 1.162 (508) -43,7% Resultado Operacional 17.832 17.276 556 3,2% Resultado não Operacional 68 61 8 12,3% Resultado antes da Tributação e Participações 17.900 17.337 564 3,3% Imposto de Renda e Contribuição Social (4.850) (4.217) (633) 15,0% Participações no Lucro (1.695) (1.376) (320) 23,3% Participações Minoritárias nas Subsidiárias (864) (1.173) 309-26,4% Lucro Líquido Recorrente 10.491 10.571 (80) -0,8% (R$ Milhões) Número de Ações em Circulação em milhares 4.527.346 4.506.297 Valor Patrimonial por Ação R$ 11,19 9,69 1,51 15,5% Lucro Líquido Recorrente por Ação R$ 2,32 2,35 (0,02) -1,0% Apresentamos, na tabela abaixo, os hightlights do Itaú Unibanco para os anos de 2009 e 2008, destacando os principais indicadores de performance dos períodos. (R$ Milhões) Highlights 2009 2008 Lucro Líquido 10.067 10.004 Lucro Líquido Recorrente 10.491 10.571 Lucro Líquido por Ação (1) 2,23 2,22 Lucro Líquido Recorrente por Ação (1) 2,32 2,35 Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio (2) 21,4% 23,4% Retorno Recorrente sobre o Patrimônio Líquido Médio (2) 22,3% 24,8% Índice de Eficiência 42,4% 45,3% 31/12/2009 31/12/2008 Ativos Totais 608.273 638.108 Operações de Crédito (3) 278.382 271.938 Depósitos + Debêntures + Obrigações por TVM e Empréstimos e Repasses 270.938 282.605 Patrimônio Líquido Final 50.683 43.664 1. Calculado considerando a média ponderada da quantidade de ações em circulação. 2. O cálculo do retorno foi efetuado dividindo-se o Lucro Líquido pelo Patrimônio Líquido Médio. 3. Inclui avais e fianças. Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 7

Análise Gerencial da Operação O Resultado O lucro líquido consolidado do Itaú Unibanco atingiu R$ 10.067 milhões no ano de 2009. Desconsiderando os de eventos não recorrentes no resultado, apresentados abaixo, obtivemos um resultado recorrente de R$ 10.491 milhões no período. O patrimônio líquido consolidado totalizou R$ 50.683 milhões em 31 de dezembro de 2009, com acréscimo de 16,1% em relação ao ano anterior. Assim, o retorno recorrente sobre o patrimônio líquido médio alcançou a taxa de 22,3%. O saldo total de ativos somou R$ 608.273 milhões ao final do exercício, com retorno recorrente sobre o ativo médio de 1,7%. O índice de Basileia atingiu 16,7% ao término do ano de 2009, o que coloca o Itaú Unibanco em segundo lugar em relação à solvabilidade dentre os quinze bancos de maior capitalização de mercado no mundo(1). Apesar de todos os desafios enfrentados em 2009, mantivemos um elevado nível de performance financeira, fundamentalmente baseada no alto grau de segmentação e especialização de nossa atuação no mercado. A oferta de produtos e serviços financeiros diferenciados, desenvolvidos especificamente para os mais diversos tipos de clientes e comercializados em plataformas e canais exclusivos, é característica fundamental de nossa atuação. (R$ Milhões) 2009 2008 Lucro Líquido Recorrente 10.491 10.571 Efeitos Decorrentes da Associação Itaú Unibanco (incorporação de ações) - 5.183 Equalização de Critérios Contábeis - (1.414) Provisão para Gastos com a Integração Itaú Unibanco - (888) Provisão Adicional para Créditos de Liquidação Duvidosa - (3.089) Efeitos da Adoção da Lei nº 11.638 - (136) Provisão para Planos Econômicos (191) (174) Alienação de Investimentos 228 233 Amortização de Ágios (753) (223) Programa de Pagamento ou Parcelamento de Tributos Federais - Lei 11.941/09 292 - Outros Efeitos não Recorrentes - (59) Total de Efeitos não Recorrentes (424) (567) Lucro Líquido 10.067 10.004 1. Fonte: Bloomberg 8 Itaú Unibanco Holding S.A.

Operações de Crédito Adotamos uma política de crédito condizente com o contexto adverso que o país enfrentou e, à medida que as perspectivas melhoraram, flexibilizamos os critérios e parâmetros empregados. Nossa carteira de crédito, incluindo avais e fianças, atingiu o saldo de R$ 278.382 milhões, com acréscimo de 2,4% em relação ao ano anterior. Considerando-se apenas as operações de empréstimos e financiamentos dirigidas ao varejo, constatamos um crescimento de 14,0% no saldo da carteira, atingindo R$ 177.491 milhões. Por outro lado, observamos redução de 13,6% no saldo das operações de crédito realizadas com grandes empresas, e de 12,6% nas carteiras da Argentina, Chile, Uruguai e Paraguai, fruto da valorização do real frente a moedas estrangeiras e da recuperação do mercado de capitais, que passou novamente a representar importante fonte de financiamento para os projetos de investimento de grandes conglomerados. A evolução da carteira de crédito do varejo teve como destaques os acréscimos de R$ 10.352 milhões, ou 20,4%, no saldo das operações das micro, pequenas e médias empresas, R$ 5.458 milhões, ou 23,1%, no saldo de cartões de crédito, R$ 4.351 milhões, ou 9,1%, nas operações de financiamento de veículos e R$ 2.266 milhões, ou 36,3%, na carteira de crédito imobiliário. Assim, apesar da retração ocorrida no nível de atividade econômica, avançamos na concessão de crédito e mantivemos nossa posição de liderança em diversos segmentos de atuação. Carteira de Crédito* 31/12/2009 31/12/2008 31/12/2007 dez/09 - dez/08 dez/08 - dez/07 Pessoas Físicas 102.845 93.172 74.966 10,4% 24,3% Cartão de Crédito 29.096 23.638 19.792 23,1% 19,4% Crédito Pessoal 21.545 21.681 19.929-0,6% 8,8% Veículos 52.204 47.853 35.245 9,1% 35,8% Empréstimos Empresas 149.873 153.466 108.168-2,3% 41,9% Grandes 88.880 102.826 71.414-13,6% 44,0% Micro, Peq. e Médias 60.992 50.640 36.755 20,4% 37,8% Créditos Direcionados 13.654 11.898 9.771 14,8% 21,8% Crédito Rural 5.143 5.654 5.349-9,0% 5,7% Crédito Imobiliário 8.510 6.244 4.423 36,3% 41,2% Argentina/Chile/Uruguai/Paraguai 11.708 13.402 9.991-12,6% 34,1% Carteira Porto Seguro 303 - - Total 278.382 271.938 202.896 2,4% 34,0% Total Varejo** 177.491 155.710 121.492 14,0% 28,2% * Inclui avais e fianças **Inclui Cartão de Crédito, Crédito Pessoal, Veículos, Micro, Peq. e Médias Empresas, Crédito Rural e Crédito Imobiliário (R$ Milhões) Carteira de crédito* (R$ Bilhões) 2009 2009 36,3 242,0 278,4 2008 2008 54,3 217,7 271,9 2007 2007 36,3 166,7 202,9 Em Moeda Estrangeira Em Moeda Nacional * Inclui avais e fianças Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 9

Análise Gerencial da Operação Margem Financeira Em 2009, a ampliação de 18,6% do saldo médio das operações de empréstimos e financiamentos, juntamente com a alteração do mix de clientes e produtos, contribuiu para que a taxa da margem financeira com clientes apresentasse crescimento de 0,3 ponto percentual em relação ao ano anterior, em um contexto em que a taxa básica de juros (Selic) teve redução de 5,0 pontos percentuais. Assim, a margem financeira gerencial com clientes totalizou R$ 37.158 milhões, com acréscimo de 9,0% em comparação com a margem obtida em 2008. Em relação à margem financeira com o mercado, verificamos um desempenho extremamente favorável, fruto do impacto da queda da taxa de juros e do cupom cambial nas posições de renda fixa e câmbio no mercado local. Em decorrência dos eventos apresentados acima, nossa margem financeira gerencial cresceu 17,9% em relação à margem financeira obtida em 2008, somando R$ 42.779 milhões. Margem Financeira Gerencial Operações Sensíveis à Variação na Taxa de Juros Realizadas com Clientes (A) Operações Sensíveis a Spreads Realizadas com Clientes (B) Saldo Médio 2009 2008 Margem Financeira Tx. (a.a.) Saldo Médio Margem Financeira Tx. (a.a.) 47.928 4.730 9,9% 64.926 8.038 12,4% 312.784 32.428 10,4% 257.083 26.067 10,1% Net Interest Margin (C=A+B) 360.712 37.158 10,3% 322.009 34.105 10,6% Margem Financeira da Tesouraria (D) 5.621 2.166 Margem Financeira (E=C+D) 42.779 36.271 (R$ Milhões) Evolução da Margem Financeira Gerencial NIM x selic 2009 2008 2007 2.166 3.006 5.621 26.967 34.105 37.158 42.779 36.271 29.973 12,1% 11,8% 11,6% 12,4% 12,2% 10,6% 10,5% 10,3% 9,9% 2007 2008 2009 Margem Financeira com o Mercado NIM CDI Taxa Pré-BM&F 1 ano Margem Financeira com Clientes. 10 Itaú Unibanco Holding S.A.

Despesa de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa Nossas despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa cresceram 45,3% em relação a 2008, totalizando R$ 16.399 milhões. Ao longo do ano de 2009, observamos o impacto de dois eventos que se somaram e resultaram na ampliação dessas despesas: primeiramente, alteramos nosso mix de clientes e ampliamos o saldo de recursos direcionados a operações de empréstimo e financiamentos ao varejo, exigindo, em consequência, um maior volume de provisões. Em segundo lugar, a crise financeira internacional ampliou o risco de concessão de crédito e fez com que aumentassem as despesas relacionadas às operações. Índice de Inadimplência 90 dias e Nonperforming Loans (NPL) % NPL 60 Dias 8,3% 5,1% 1,9% 8,1% 4,8% 1,7% 9,1% 6,6% 4,5% dez/07 dez/08 dez/09 Particularmente, observamos o aumento da inadimplência ao longo de todo o primeiro semestre de 2009, sendo que, a partir de então, a inadimplência das operações de clientes pessoa física com atraso superior a 90 dias - estabilizou no nível de 8,1%, caindo para 7,6% no último trimestre do ano. Por outro lado, as operações de clientes pessoa jurídica atingiram o pico de inadimplência no terceiro trimestre, alcançando a taxa de 4,1% e recuando para 4,0% no quarto trimestre de 2009. Pessoa Física Total Pessoa Jurídica Inadimplência 90 Dias 6,8% 6,9% 4,2% 3,9% 1,6% 1,3% 7,6% 5,6% 4,0% A recuperação de créditos anteriormente baixados como prejuízo cresceu 42,6% em comparação com a recuperação do ano anterior, resultado das políticas de cobrança adotadas, as quais visam à reintegração de clientes correntistas e não correntistas ao universo creditício. dez/07 dez/08 dez/09 Pessoa Física Total Pessoa Jurídica Inadimplência 61-90 Dias Índice de Cobertura dez/2009 148% dez/2008 184% dez/2007 147% 1,5% 0,8% 0,2% 1,2% 0,9% 0,3% 1,5% 1,0% 0,5% O índice de cobertura é obtido por meio da divisão do saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa pelo saldo das operações vencidas há mais de 60 dias. A redução de 36 pontos percentuais em relação a 2008 decorre basicamente da reversão de provisão adicional para créditos de liquidação duvidosa. dez/07 dez/08 dez/09 Pessoa Física Total Pessoa Jurídica Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 11

Análise Gerencial da Operação Receitas de Prestação de Serviços e de Tarifas Bancárias Em 2009, as receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias atingiram R$ 15.227 milhões, o que equivale à redução de 1,4% em relação ao ano anterior. RECEITA DE SERVIÇOS (R$ milhões) 2009 15.227 2008 15.442 2007 14.216 2009 2008 Variação 2009 2008 Administração de Recursos 2.249 2.198 52 2,4% Serviços de Conta-corrente 2.147 2.690 (543) -20,2% Operações de Crédito e Garantias Prestadas 2.414 2.469 (55) -2,2% Serviços de Recebimentos 1.205 1.177 28 2,4% Cartões de Crédito 5.817 5.437 380 7,0% Outros 1.395 1.471 (76) -5,2% Total 15.227 15.442 (215) -1,4% O ano de 2009 não só foi marcado pelas conseqüências da crise financeira internacional, mas também por alterações em marcos regulatórios, afetando significativamente as nossas rendas. Este é o caso da proibição da cobrança da tarifa de renovação de cadastro, a qual fez com que as nossas receitas de serviços de conta-corrente fossem afetadas. Apesar da retomada da atividade econômica após a crise, muitas empresas continuaram adotando posições conservadoras em relação a novos investimentos e captações no mercado. Tal conservadorismo fez com que nossas receitas de colocação de títulos no mercado de capitais e de assessoria econômica e financeira apresentassem redução, principalmente no primeiro semestre de 2009. Entretanto, no segundo semestre observamos a crescente retomada dessas atividades. Em 2009, observamos o aumento das receitas advindas de cartões de crédito, na comparação dos períodos, consequência da popularização do uso dos cartões nas transações comerciais e da expansão de nossa base de cartões. Também observamos acréscimo das receitas advindas dos ativos sob administração, que contribuíram com R$ 2.249 milhões para as receitas de prestação de serviços, sendo que o saldo de ativos sob administração apresentou crescimento de 29,3% em relação a 2008, totalizando R$ 333.869 milhões. (R$ Milhões) Participação sobre o Total das Receitas de Prestação de Serviços e Tarifas Bancárias 8% 16% 8% 16% 2009 14% 2008 17% Administração de Recursos 38% 35% 15% Operações de Crédito e Garantias Prestadas Cartões de Crédito Serviços de Conta-corrente Serviços de Recebimentos Outros 14% 9% 10% 12 Itaú Unibanco Holding S.A.

Despesas não Decorrentes de Juros As despesas não decorrentes de juros somaram R$ 25.806 milhões em 2009, com elevação de 4,1% em relação a 2008. As despesas de pessoal cresceram 4,6% na comparação anual devido, basicamente, ao acordo da CCT (Convenção Coletiva de Trabalho). As outras despesas administrativas foram afetadas por dois principais motivos: elevação das despesas de depreciação de sistemas de processamento de dados, móveis e equipamentos em geral, e maiores despesas com postagens. As outras despesas operacionais sofreram uma leve queda em relação a 2008, sobretudo em função de menores provisões para contingências, que foram parcialmente compensadas pelo aumento de despesas com comercialização de cartão de crédito, em função da expansão e reestruturação das operações. (R$ Milhões) 2009 2008 2009 2008 Despesas de Pessoal (9.832) (9.399) (433) 4,6% Outras Despesas Administrativas (11.593) (11.017) (576) 5,2% Outras Despesas Operacionais (4.036) (4.057) 21-0,5% Despesas Tributárias (345) (316) (28) 9,0% Total (25.806) (24.789) (1.017) 4,1% O intenso foco na gestão dos custos operacionais, a constate busca de ganhos de produtividade e os ganhos de sinergia decorrentes da unificação das estruturas operacionais do Itaú e Unibanco fizeram com que o nosso índice de eficiência apresentasse melhora, mesmo considerando esse período de transformação e expansão das operações. Assim, o índice de eficiência em 2009 atingiu 42,4%, com redução de 2,9 pontos percentuais. Neste ano introduzimos uma metodologia adicional para acompanhar nossa eficiência, incorporando os impactos das parcelas de risco associadas às operações bancárias (resultado da provisão para créditos de liquidação duvidosa) e as operações de seguros e previdência (sinistros) nos componentes do índice. O índice de eficiência ajustado ao risco alcançou 59,4%, com aumento de 0,2 ponto percentual, basicamente reflexo das adversas condições econômicas encontradas durante a crise financeira. O total de colaboradores do Itaú Unibanco atingiu 101.640 indivíduos, o que representa uma redução de 6,6% em relação a 2008, fruto da racionalização das atividades dentro do processo de integração e pela transferência de funcionários do Itaú Unibanco para a Porto Seguro, dentro do processo de associação das empresas. DESPESAS NÃO DECORRENTES DE JUROS 2009 25.806 2008 24.789 2007 21.813 ÍNDICE DE EFICIÊNCIA ( % ) 2009 42,4% 2008 45,3% 2007 47,6% Índice de Eficiência 2009 2008 % Despesas não recorrentes de juros (A) (25.806) (24.789) 4,1% Margem Financeira Gerencial 42.779 36.271 17,9% Receita de Serviços 15.227 15.442-1,4% Resultado de Operações com Seguros, Previdência e Capitalização antes das Despesas com Sinistros 5.637 5.328 5,8% Despesas Tributárias com ISS, PIS e COFINS (3.467) (3.501) -1,0% Outras Receitas Operacionais 654 1.162-43,7% Subtotal Receitas (B) 60.830 54.702 11,2% Índice de Eficiência (C=A/B) 42,4% 45,3% -2,9 p.p (-) Despesas com Sinistros de Seguros (3.205) (3.111) 3,0% Despesa de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (16.399) (11.286) 45,3% Receita de Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo 2.234 1.566 42,6% Ajuste (D) (17.371) (12.831) 35,4% Índice de Eficiência Ajustado ao Risco [A/(B+D)] 59,4% 59,2% 0,2 p.p Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 13

Análise Gerencial da Operação Participação sobre o Total das Despesas Não Decorrentes de Juros 45% 2009 16% 1% Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido Em 2009, a despesa líquida de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido atingiu R$ 4.850 milhões, representando aumento de 15,0% em relação ao ano anterior. A despesa com Contribuição Social sobre o Lucro Líquido devida a curto prazo continua sem o efeito da majoração da alíquota de 9% para 15%, em função da constituição de crédito tributário em montante suficiente para anular tal efeito, tendo em vista que a Administração do banco acredita que terá sucesso na Ação Direta de Inconstitucionalidade impetrada pela Confederação Nacional do Sistema Financeiro Consif. 38% 2008 44% 16% 1% 38% Outras Despesas Administrativas Despesas de Pessoal Despesas Tributárias Outras Despesas Operacionais Despesas de ISS, PIS e Cofins Nossas despesas tributárias de ISS, PIS e Cofins alcançaram R$ 3.467 milhões, permanecendo praticamente estáveis em relação a 2008. Outras Receitas Operacionais A redução de 43,7% das outras receitas operacionais está basicamente associada a um menor saldo de reversões de provisões operacionais em 2009. 14 Itaú Unibanco Holding S.A.

Desempenho das Ações e dos ADRs Unificação dos Códigos de Negociação A associação Itaú e Unibanco foi aprovada pelos acionistas em Assembleia Geral Extraordinária de 28 de novembro de 2008, e aprovada pelo Banco Central do Brasil em 18 de fevereiro de 2009. Com isso, o Banco Itaú Holding Financeira S.A. deixou de existir e, junto com o Grupo Unibanco, passou a ser chamado Itaú Unibanco Holding S.A., um banco brasileiro com o compromisso, a solidez e a capacidade econômica de transformá-lo em um agente importante para o desenvolvimento das empresas nacionais e do país. Com isso, destacamos: a) Em 31 de março de 2009, ocorreu a substituição das ações do Unibanco Holdings S.A. e Unibanco - União de Bancos Brasileiros S.A., por ações do Itaú Unibanco Holding S.A.; b) Assim, os acionistas do Unibanco que se tornaram acionistas do Itaú Unibanco, passaram a ser remunerados de acordo com a política de dividendos da nova organização, ou seja, por meio de pagamentos de dividendos e/ou juros sobre capital próprio (JCP) mensais e complementares que foram declarados pelo Itaú Unibanco, a partir da data base de 28 de novembro de 2008, inclusive. preferenciais em circulação no último dia de pregão do período, chegou a R$ 175,1 bilhões no fim de dezembro. Segundo a empresa Bloomberg, o Itaú Unibanco ocupava o nono lugar no ranking mundial de bancos, em 31 de dezembro de 2009, tendo como parâmetro o valor de mercado. O valor de mercado das ações preferenciais (ITUB4) correspondia, no término do ano passado, a aproximadamente 3,5 vezes seu valor patrimonial. Valor de Mercado (*) x Índice ibovespa Em 31 de dezembro de 2009, o valor de mercado do Itaú Unibanco atingiu o valor de R$ 175,1 bilhões 23,8 11,3 41,2 22,2 54,5 26,2 80,8 33,4 115,3 44,4 140,5 63,9 107,9 37,5 175,1 68,6 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 Valor de Mercado (R$ bilhões) Ibovespa (mil pontos) (*) Cotação média da ação preferencial no último dia de negociação do período x total de ações em circulação. Desempenho das Ações e dos ADRs em Bolsas de Valores As ações do Itaú Unibanco são negociadas nas seguintes bolsas de valores: São Paulo BM&FBOVESPA, Nova Iorque (NYSE); e Buenos Aires (BCBA). Os certificados negociados em Nova Iorque e Buenos Aires são lastreados em ações preferenciais. A capitalização de mercado, o aumento significativo da liquidez das ações e o lançamento de produtos/serviços diferenciados para o mercado de capitais, entre outras iniciativas, refletem a preocupação com a criação de valor para nossos acionistas e rentabilidade sustentável. O valor de mercado em Bolsas de Valores do Itaú Unibanco, calculado considerando a cotação média das ações O ano de 2009 foi marcado por notável recuperação no desempenho do mercado de capitais brasileiro. As ações do Itaú Unibanco acompanharam esse movimento, apresentando forte recuperação. Ações e Índices Oscilações em 2009 Oscilações em 2008 Ação ON - ITUB3 53,5% -37,5% Ação PN - ITUB4 63,1% -28,3% Ibovespa 82,7% -41,2% Ibrx-50 72,4% -43,1% ISE 66,4% -41,1% IGC 83,4% -45,5% Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 15

Desempenho das Ações e dos ADRs Volume médio diário negociado (bm&fbovespa + nyse) (R$ milhões) IGC (Índice de Governança Corporativa); ITAG (Índice de empresas com Tag Along diferenciado para 2009 2008 191 242 368 632 559 874 acionistas minoritários); ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial). Exterior: 4º T/09 3º T/09 2º T/09 1º T/09 205 178 199 181 304 315 431 425 636 482 514 606 Dow Jones Sustainability World Index (Índice das empresas mais sólidas, éticas e sustentáveis que Negociam ações na NYSE); BNY Composite (Índice do Bank of New York Mellon de todas as empresas que negociam ADRs nos Estados Unidos); NYSE BM&FBOVESPA BNY Latin America 35 ADR (Índice composto pelos 35 ADRs mais negociados de empresas domiciliadas na América Latina); Participação nos índices de mercado A presença em índices de mercado é um fator importante para as companhias abertas. Muitos gestores de fundos e carteiras utilizam esses indicadores como parâmetro na escolha de ações ou investem exclusivamente em carteiras formadas por papéis que compõem determinado índice. As ações do Itaú Unibanco participam de vários índices nos mercados nacional e internacional, tais como: Brasil: BNY Latin America (Índice de todas as companhias da América Latina que negociam ADRs nos EUA); BNY Brazil (Índice de todas as empresas brasileiras que negociam ADRs); BNY Emerging Markets (Índice de todas as companhias abertas sediadas em países emergentes que negociam ADRs); BNY Emerging Markets 50 (Índice composto pelas cinquenta companhias abertas com maior volume de ADRs negociados e sediadas em países emergentes); Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo, composto pelas ações que representam 80% do volume da bolsa); IBX-100 (Índice das cem ações mais negociadas na Bovespa); IBX-50 (Índice das cinquenta ações mais negociadas na Bovespa); IFNC (índice das ações das empresas representativas dos setores de intermediários financeiros, serviços financeiros diversos e previdência e seguros); BNY BRIC Select (Índice das empresas que mais negociam ADRs com sede nos países Brasil, Rússia, Índia e China); BNY BRIC Select Canadian (Índice das empresas que mais negociam ADRs com sede nos países Brasil, Rússia, Índia e China voltado para clientes canadenses e monitorado de acordo com o exchange rate canadense); BNY International 100 (Índice das cem maiores empresas que negociam ADRs); 16 Itaú Unibanco Holding S.A.

S&P Latin America; Global 1200 Financial Sector; S&P ADR Index. Histórico de Eventos Data Tipo de Evento Efeito 31/08/2009 Bonificação 1 nova ação para cada 10 ações possuídas 30/05/2008 Bonificação 1 nova ação para cada 4 ações possuídas 28/09/2007 Desdobramento 1 nova ação para cada 1 ação possuída 30/09/2005 Desdobramento 9 ações para cada 1 ação possuída 19/10/2004 Grupamento Cada 1.000 ações foram substituídas por 1 ação 14/09/1999 Desdobramento 9 ações para cada 1 ação possuída 03/11/1993 Bonificação 1 nova ação para cada 1 ação possuída 26/06/1989 Bonificação 1 nova ação para cada 2 ações possuídas 22/12/1988 Bonificação 1 noca ação para cada 2 ações possuídas 04/04/1988 Bonificação 1 nova ação por cada 1 ação possuída 30/11/1987 Bonificação 1 nova ação para cada 2 ações possuídas 23/03/1987 Bonificação 1 nova ação para cada 2 ações possuídas 27/10/1986 Bonificação 1 nova ação para cada 4 ações possuídas 10/03/1986 Bonificação 1 nova ação por cada 1 ação possuída consolidar e manter a imagem de liderança e inovação do Itaú Unibanco junto ao Mercado de Capitais. O sistema de atendimento aos nossos públicos estratégicos é realizado por: reuniões públicas, reuniões com grupos de investidores no Brasil e no exterior, Fale Conosco, atendimento por telefone e fax, além dos nossos canais de informações regulares, tais como, Relatório Anual (impresso e online), Relatório de Resultados Trimestrais, envio de e-mail e disponibilização no website de comunicados e fatos relevantes, informativos à imprensa, website de RI, nosso CRM (Customer Relationship Management), o informativo aos acionistas, distribuído trimestralmente a todos os nossos acionistas e também aos interessados que se cadastram pelo website de RI para recebê-lo. Em sintonia com a estratégia da organização e por meio do contato permanente com a alta administração e com as várias áreas e empresas da instituição, a área de Relações com Investidores acompanha os principais acontecimentos do Banco, e também o impacto que o cenário brasileiro e internacional podem exercer no seu desempenho. Política de Governança Corporativa Em 10 de agosto de 2009, o Conselho de Administração aprovou a revisão da Política de Governança Corporativa para o Itaú Unibanco. Essa Política: Política de Relações com Investidores A área de Relações com Investidores tem como principais públicos estratégicos: os acionistas, analistas e profissionais de investimentos, mídia especializada em finanças e os acadêmicos que estudam o mercado financeiro e de capitais. O objetivo principal da área de Relações com Investidores do Itaú Unibanco Holding S.A. é agregar/criar valor aos nossos acionistas. Para isso, a área desenvolve um trabalho contínuo que inclui planejamento estratégico, implantação coordenada, acompanhamento permanente, avaliações e feedbacks contínuos. Nossa política de relações com investidores é fornecer subsídios que sejam suficientes para a decisão de investir em ações do Itaú Unibanco, por meio da divulgação de informações com transparência, tempestividade, acessibilidade e qualidade. Respeitando sempre os princípios legais e éticos, buscamos Tem como objetivo refletir as estruturas existentes na Companhia para a proteção dos interesses dos acionistas e do mercado, balizadores da gestão da Companhia; Faz remissões ao Estatuto Social, aos Regimentos Internos do Conselho de Administração e demais órgãos estatutários e Comitês, ao Código de Ética Corporativo e outros regulamentos internos do Itaú Unibanco, além do conceito de Conselheiro Independente. Ciclo Apimec 2009 Itaú Unibanco foi a empresa com maior número de reuniões realizadas Em 2009, o Itaú Unibanco foi a empresa de capital aberto que mais realizou reuniões da Apimec. Mais de 3 mil pessoas estiveram Análise Gerencial da Operação, Desempenho das Ações e dos ADRs e Demonstrações Contábeis 2009 17

Desempenho das Ações e dos ADRs presentes nos 22 eventos realizados no ano. Além disso, seis reuniões foram transmitidas pela internet, com cerca de 900 participantes. O planejamento para 2010 prevê a realização de pelo menos o mesmo número de reuniões pelo país, sempre buscando levar mais informação para os acionistas. Atendimento aos acionistas Além das reuniões da Apimec, o Itaú Unibanco esteve presente em onze conferências e roadshows realizados no Brasil e no exterior em 2009. A instituição atendeu cerca de 900 investidores institucionais e respondeu a mais de mil e-mails recebidos pela área de relações com investidores. Informativo para Assembléia Geral de Acionistas O Itaú Unibanco foi uma das primeiras empresas nacionais de capital aberto a confeccionar material (em português, inglês e espanhol) para a Assembléia Geral de Acionistas. Entre os assuntos abordados neste material estão o detalhamento do assunto a ser abordado no dia da Assembléia e a proposta da Administração. O objetivo desta ação é aumentar a transparência, bem como reforçar o relacionamento com os acionistas e confirmar o compromisso voluntário da companhia com este público. Denominado Informações Adicionais sobre a Assembléia Geral, o material é distribuído com antecedência e possibilita o posicionamento antecipado dos acionistas do Itaú Unibanco sobre os assuntos pertinentes à Assembléia. Distribuição Acionária (em quantidade de ações) Ações Ordinárias 2.289.286.475 Ações Preferenciais 2.281.649.744 Total de Ações 4.570.936.219 Ações Ordinárias (Controladores) 2.010.896.599 Ações Preferenciais (Controladores) 19.972.295 Total de Ações com Controladores / Administradores 2.030.868.894 Ações Ordinárias em Tesouraria 2.202 Ações Preferenciais em Tesouraria 43.588.307 Total de Ações em Tesouraria 43.590.509 Ações Ordinárias em Circulação 278.387.674 Ações Preferenciais em Circulação 2.218.089.142 Total de Ações em Circulação 2.496.476.816 18 Itaú Unibanco Holding S.A.