PROPOSTA N.º 720-A / PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA N.º 720/2018 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES, NOS TERMOS DA PROPOSTA;

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Transcrição:

PROPOSTA N.º 718/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL AS GRANDES OPÇÕES DO PLANO PARA O QUADRIÉNIO 2019-2022, BEM COMO O ORÇAMENTO PARA 2019, O MAPA DE PESSOAL E A TABELA DE TAXAS MUNICIPAIS, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 719/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL A FIXAÇÃO DAS TAXAS DO IMPOSTO MUNICIPAL SOBRE IMÓVEIS (IMI), PARA 2019, BEM COMO DAS MAJORAÇÕES E REDUÇÕES, ESTABELECENDO OS MECANISMOS NECESSÁRIOS PARA O RESPETIVO CUMPRIMENTO, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 720/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL O PERCENTUAL RELATIVO AO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS) PARA VIGORAR NO ANO DE 2019, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 720-A /2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA N.º 720/2018 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 720-B/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA N.º 720/2018 AUMENTO NA DEVOLUÇÃO DA PARTICIPAÇÃO VARIÁVEL NO IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS SINGULARES (IRS) PARA 3,0%, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 721/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL O LANÇAMENTO EM 2019 DO PERCENTUAL DA DERRAMA PARA OS SUJEITOS PASSIVOS, CUJO VOLUME DE NEGÓCIOS NO ANO ANTERIOR NÃO ULTRAPASSE OS 150 000 EUROS, BEM COMO PARA OS RESTANTES CASOS, A APLICAR SOBRE O LUCRO TRIBUTÁVEL SUJEITO E NÃO ISENTO DE IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO DAS PESSOAS COLETIVAS, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 721-A/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA N.º 721/2018 DERRAMA, NOS TERMOS DA PROPOSTA; 1

PROPOSTA N.º 721-B/2018 - PROPOSTA DE ALTERAÇÃO À PROPOSTA N.º 721/2018 DERRAMA, NOS TERMOS DA PROPOSTA; PROPOSTA N.º 722/2018 - APROVAR E SUBMETER À ASSEMBLEIA MUNICIPAL O PERCENTUAL RELATIVO À TAXA MUNICIPAL DE DIREITOS DE PASSAGEM (TMDP) PARA VIGORAR NO ANO DE 2019, NOS TERMOS DA PROPOSTA; O Sr. Presidente em exercício: - Pedia-vos então para retomarmos os trabalhos, para se sentarem. Vamos fazer a discussão dos pontos 5, 6, 7, 8, 9, e 10 toda junta, e para tal vou dar a palavra ao Vereador João Paulo Saraiva, faremos a discussão destes pontos toda em conjunto, e depois fazemos a votação em separado. Sr. Vereador João Paulo Saraiva. O Sr. Vereador João Paulo Saraiva: - Muito boa tarde a todos. Já há condições técnicas, ou não? Ora muito bem, então eu vou começar por aquilo que, dada a sequência que fizemos, e à abordagem que foi feita hoje sobre as empresas municipais, eu começo por referir algo que todos puderam constatar, quer da leitura dos documentos, quer das apresentações da reunião anterior, e da primeira parte desta, estamos perante um conjunto de empresas que com as previsões que são apresentadas para, de empresas e do próprio município já lá vou, mas daquilo que foram as apresentações até agora um conjunto de empresas que estão equilibradas, e com o orçamento de 2019 manter-se-ão equilibradas, a fazer, a realizar aquilo que são os seus objetivos, e com a particularidade, como eu já sublinhei há pouco de estarem a receber um conjunto de responsabilidades acrescidas nas suas áreas cuore, mas também naquilo que são áreas colaterais de trabalho que não, muitas delas até numa abordagem mais racional, fazem parte da sua área cuore, mas que até agora tinham sido mantidas no município. A Carris é um caso especial, e portanto obviamente que toda a abordagem que é feita, e que foi aqui apresentada é uma abordagem em que estamos num ciclo de investimento que tenta recuperar todo um défice de investimento ao longo de um conjunto alargado de anos, nomeadamente naquilo que é o seu, no fundo, o seu ativo mais precioso que são os seus trabalhadores, mas também em tudo aquilo que são o conjunto de equipamentos necessários à operação da Carris. 2

Depois temos a EMEL que vai aumentar o seu âmbito de atuação, e vai receber um conjunto de incumbências relativamente a intervenções no espaço público, e muito especificamente relativamente à rede de ciclovias, só para resumir algumas das questões que estão aqui em cima da mesa, estou só a fazer este resumo porque ele impacta muitíssimo naquilo que é o orçamento municipal, e portanto é importante que percebamos estas ligações. A EGEAC tem ali uma oscilação naquilo que são, naquilo que é o seu contratoprograma que se fica a dever também àquilo que foi planeado e aprovado nesta Câmara relativamente a um processo de passagem para a EGEAC de um conjunto de equipamentos, nomeadamente dos equipamentos ligados à área da museologia, em que havia um 1.º impacto um pouco acrescido que tinha contemplado formação, e algum refrescamento de recursos humanos, e que depois, já como estava previsto iria descer ligeiramente em face até do crescimento daquilo que foram, que são, do crescimento previsional e do crescimento que estava planeado, e que foi digamos construída toda essa mudança também para que esse crescimento acontecesse, do lado da receita dos próprios museus, e de toda a atividade da EGEAC, que isso veio a acontecer, e portanto permitiu-nos respeitar essa construção que fizemos de retirar algum do dinheiro, neste caso 500 mil euros do contrato-programa. A Gebalis mantém e sai até um pouco forçado todo o esforço para que se faça o investimento em todo o parque habitacional do município, com especial atenção também no reforço de competências, digamos na concretização desse reforço de competências, que decorre do facto de termos colocado na Gebalis um conjunto de intervenções, e a gestão do património disperso que gradualmente está a passar para a Gebalis, focando-se a Gebalis na gestão do arrendamento de todos os fogos do município. E por último, a SRU que não sendo diferente de nenhuma das outras tem as mesmas responsabilidades, e os mesmos direitos e requisitos do ponto de vista, quer da gestão da contratação pública, quer de tudo aquilo que são as suas áreas de atuação, que já vinham do passado, e portanto não há aí nenhuma novidade, sendo que a única novidade é de facto a expressão dos números, e passámos de uma empresa que tinha a contratos de programa com o município na casa de uma dezena de milhões de euros, passar a ter, numa primeira fase triplicar esse esse valor, e com um pouco ainda mais de ambição de crescimento, aproveitando desta forma com todo o universo municipal, a possibilidade que temos de, e aquilo a que nos comprometemos que é a execução de um plano de investimento designado por Lisboa 21, que contempla todas estas áreas, e que obviamente quando o contratualizámos já 3

tínhamos diagnosticado que a única forma de o conseguirmos executar em tempo, e de acordo com aquilo que eram as expectativas da cidade, seria através do fortalecimento da estrutura municipal, mas também das empresas municipais. Dito isto do que estamos a falar é de um orçamento global do universo municipal, de mil já descontados os ajustes de consolidação que decorrem das operações entre o município e as empresas e vice-versa, de 1.387 milhões de euros, é isso que hoje tivemos aqui a decidir um orçamento municipal que atinge 1.387 milhões de euros, desses mil a 387 milhões de euros, o município de Lisboa tem uma significativa expressão neste número, em que significa 1.187 milhões de euros destes 1.387, com crescimento de cerca de 8% mais propriamente 7,9, e já agora as outras empresas cresceram relativamente ao orçamento do ano passado desde, a que crescer menos, até aos 93% que é aquilo que está previsto como crescimento da própria SRU. No total crescemos 8.3 milhões de euros, porque o orçamento consolidado do ano de 2018 eram 1.282 milhões, e este ano são 1.387 milhões. Bem, dito isto, são os grandes números, vamo-nos focar naquilo que são as grandes opções políticas, que nós gostaríamos de destacar na apresentação deste orçamento. Em primeiro lugar o crescimento, e já lá vou depois ao detalhe, mas o crescimento do investimento para as pessoas, e para um conjunto de intervenções e atividades que impactam diretamente na vida dos lisboetas, a consolidação da primeira posição na política fiscal e tributária mais favorável aos munícipes na área, e às empresas na área Metropolitana de Lisboa, a responsabilização dos co-cidadãos, já lá vou explicar o quê, dinamização acentuada, desculpem, diminuição acentuada da dívida e do contencioso municipal, aqui continuando a linha que tem sido seguida, aliás como em qualquer um destes aspetos, que tem sido seguida nos anos anteriores. Por último na minha referência, mas não por último enquanto grau de importância, aqueles, a valorização daqueles que são o principal ativo do município, e do universo municipal e que são o principal instrumento de todas estas políticas, e da sua concretização que são os trabalhadores do município. Quanto ao investimento, o investimento atinge níveis máximos só comparáveis com aquilo que aconteceu no início da primeira década do século XXI, quando se concretizaram os PIMP s e os PERE s, portanto todos os programas de erradicação de barracas, neste momento temos um desafio idêntico de outra natureza, e que está conexo com a habitação, e ele tem aqui uma expressão muito grande neste crescimento investimento, há um crescimento de cerca de 4

20% no investimento municipal, em 2018 eram 352 milhões de euros, em 2019 passará a significar 421 milhões de euros. Detalhando agora alguns dos aspetos fundamentais desta política de crescimento do investimento, por um lado o investimento em habitação que é a prioridade das prioridades deste orçamento, uma primeira linha, a linha do programa renda acessível, o PRA, que não tem expressão orçamental, mas é importante que aqui se refira para perceberem quais os valores que estão aqui em presença, o município de Lisboa em 2019 vai disponibilizar terrenos que andarão na ordem dos 99 milhões de euros para esse investimento, ainda estamos numa fase em que o investimento privado tem um significado relativamente curto, porque obviamente só concentrámos nestes números a disponibilização do município, o terreno todo de uma só vez, ele aliás, nem nunca deixará de ser municipal, mas está numa concessão, está num processo que vai conduzir a uma disponibilização de um conjunto de fogos muito apreciável, mas dizia eu, que o até 2021 a Câmara Municipal de Lisboa vai disponibilizar em terrenos para esta linha, de intervenção na área da habitação 316 milhões de euros, e os privados 448 milhões de euros, estou a arredondar, e o que significa que, e o que tem relevância aqui é que vamos disponibilizar aos munícipes um número apreciável de habitações, de habitações municipais, e que no final de todo este processo essas mesmas habitações vão fazer parte, um número significativo delas, cerca de 70%, 60 a 70%, farão parte daquilo que é o património municipal, e encontrando desta forma nesta concessão de obra pública, uma das principais alavancas de todo o processo de investimento em habitação no município de Lisboa. Já com reflexo no orçamento municipal, temos quer em construção nova, em reabilitação e manutenção no ano 2019, 36.9 milhões de euros, e até 2021, 282 milhões de euros. As opções ainda dentro das opções políticas, uma outra área que de todos, como é evidente, nos parece fundamental, e tem expressão orçamental que significa isso mesmo, é o investimento em mobilidade, a Carris vai ter como já aqui foi de abordado hoje, em obrigações de serviço público, o município de Lisboa vai disponibilizar à Carris no ano 2019, 29 milhões de euros, a rede ciclável andará na ordem dos 12,3 milhões de euros de investimento em 2019, e isto dará a possibilidade dos tais 150 novos autocarros em 19, cerca de 200 tripulantes, alargamento da oferta, redução dos tarifários, e portanto, e a construção de 40 quilómetros de rede ciclável, no ano de 2019. Uma outra linha fundamental de investimento, é o, no fundo um investimento no plano de sustentabilidade ambiental da cidade, que tem aqui 3 gavetas que 5

eu vou passar a referir, não se esgota aqui, mas eu diria que estas são as 3 principais, o plano geral de drenagem que tem o seu arranque, nomeadamente naquilo que são a despesa mais expressiva, porque ele já têm sido desenvolvidos com um conjunto de reparações e requalificação da rede de saneamento, mas também com a construção de algumas bacias drenagem, de algumas bacias de contenção drenagem novas, mas vai ter, digamos uma enorme expressividade no orçamento de 2019 em face do arranque das obras dos túneis, que são, como todos sabemos, entre os túneis e a parte de intervenção no espaço público e no subsolo, que vai permitir que as águas que sejam coletadas pelos túneis sejam descarregados no rio Tejo, e portanto temos aí um dos maiores concursos públicos que a administração pública em Portugal teve no ano passado, e que é um dos, talvez o maior neste momento, pelo menos é essa a indicação que nós temos, o maior concurso público já feito no município de Lisboa, na ordem dos 111 milhões de euros, mas cuja execução em 2019 serão 31 milhões de euros. A higiene urbana com uma aposta no seu plano já construído ao longo dos últimos anos, e aprovado em Câmara e Assembleia Municipal com um investimento de 25,6 milhões de euros, onde também já constam uma nova parceria com as juntas de freguesia para que, digamos exista ainda uma maior complementaridade de atuação entre o município e juntas, aproveitando e otimizando os recursos, de ambas as partes. E por último neste capítulo, os espaços verdes e os parques urbanos, num esforço de preparação, e de consolidação de todo o trabalho já feito ao longo da última década, e que terá uma expressividade no orçamento 2019, de 24,3 milhões de euros. Prosseguiremos também o investimento no programa escola nova, com 28,8 milhões de euros em alargamento, no conjunto intervenções nas escolas do município de Lisboa em 2019, vão continuar as intervenções de 2018, em cerca de 17 escolas, e portanto terão aí o seu términus, as intervenções a iniciar em 2019, que não terminarão em 2019, mas sim em 2020, serão cerca de 9, e aqui estaremos a investir cerca de 28,8 milhões de euros, em manuais escolares 5,5 milhões de euros, e na construção de creche, na fase ainda de projeto, e estudos, 4.8, sendo que também já aqui há alguma construção, mas lá mais para o final de 2019. A opção de melhorar a competitividade e a inovação, e a diversificação económica da cidade, com um investimento na WEB SUMMIT de 3 milhões de euros, e com um investimento no WEB criativo do Beato de 20,3 milhões de 6

euros, que decorre do facto de passarmos, vamos adquirir em propriedade plena, e não só A Sra. Vereadora (?): - Sr. Vereador peço desculpa repita só a parte da WEB SUMMIT O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - WEB SUMMIT 3 milhões de euros para 2019, o WEB criativo do Beato 20,3 milhões de euros que no fundo decorrem do facto de adquirirmos em propriedade plena, aquilo que já tínhamos em direito de superfície que é toda a zona que já utilizamos à data, e que já está hoje a ser intervencionada, mas também digamos, a aquisição de uma zona que está co adjacente à que já temos hoje, que é a ala Norte, daquela área da manutenção militar (Diálogo fora do microfone) O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - sim, a parte Norte, sim, sim mas depende, não é que a que estamos a ver, não é? Mas sim, da ala Norte, com a Norte é mais fácil que os pontos cardeais não mexem muito. Ora das opções políticas que constam, como sabem e como eu referi há pouco, a consolidação da nossa primeira posição com a política fiscal e tributária mais favorável da Área Metropolitana de Lisboa, manteremos, propomos manter o IMI mais baixo da área Metropolitana de Lisboa, como sabem não podemos ter mais baixo, 0,3, recordo que continuamos só a ser acompanhados por um município que é o de Vila Franca de Xira, todos os outros têm digamos, definido uma percentagem mais elevada relativamente ao IMI, com isto significa que estamos a devolver aos contribuintes 67 milhões de euros, que não arrecadamos em face desta nossa posição, desta nossa medida, nesta nossa opção, o IRS que também tem maior revolução da Área Metropolitana de Lisboa, com 2,5% de devolução, que significa 32,4 milhões de euros. As tarifas de saneamento e resíduos urbanos mais baixas da Área Metropolitana de Lisboa, aqui dá-se uma curiosidade muito interessante é, como sabem nós uma das políticas e uma das construções que fizemos ao longo dos últimos anos, para além de tentarmos ter sempre a política fiscal mais favorável, foi uma grande estabilidade, e essa estabilidade no que diz respeito às tarifas de saneamento e resíduos urbanos teve uma consequência, diria eu, interessante, daqui sublinhar que é como os outros foram fazendo 7

alterações, em face dos seus próprios custos, nós éramos os 5.º, se bem se recordam em 2015, eu tenho esse de memória porque foi na altura em que eu cheguei, e hoje passámos a ser salvo erro, os 3.º o ano passado, e este ano somos os primeiros, portanto em 2018 éramos os primeiros, tínhamos as tarifas mais baixas da Área Metropolitana de Lisboa, conjugando saneamento com resíduos urbanos. Estes gráficos são bastante elucidativos, eu não vou mostrá-los, quem nos acompanha mais de próximo, quem tem no IRS a política mais próxima da nossa é a Amadora, que tem 1,2 de devolução para os nossos 2,5, depois há mais 3 municípios que uns de forma mais efetiva, 2 que é Montijo e Sintra devolvem também na casa de 1%, Mafra e Oeiras que devolvem na casa dos do 0,2, 0,3%, e todos os outros municípios não devolvem zero aos munícipes no IRS, portanto nós não somos os primeiros, somos os primeiros destacados, sem comparação. No IMI também é muito interessante, porque temos só com Vila Franca de Xira, depois há aqui quem nos siga próximo, que é Oeiras, mas todos os outros têm o IMI sempre na casa dos, pelo menos meio ponto percentual acima de nós, quanto às tarifas de saneamento, é este o gráfico, é muito giro, é pena é não poder estar a projetar, isto foi assim uma coisa muito rápida, não, é uma página, eu tenho ideia que está aí também no, está no sumário, executivo, mas é muito interessante porque permite verificar que o município de Lisboa, há municípios para consumirem, consumindo a mesma água, uma família consome a mesma água, que uma família lisboeta, e portanto como sabem os metros cúbicos de consumo é que dão, fazem contribuir para o cálculo das tarifas, cada família paga, e portanto esse mesmo consumo noutro município e nós, pagamos cerca de 10 euros, e quem paga mais na área Metropolitana paga cerca de 18, quase 19, o que também é interessante de verificar. A taxa turística naquela abordagem de que, há aqui uns senhores, há aqui um conjunto de pessoas que eu acho que nós devemos considerar, já os consideramos para efeitos da forma como os recebemos, e como todas essas pessoas são bem-vindas a Lisboa, e usufruem de tudo aquilo que Lisboa tem, e nós disponibilizamo-nos com simpatia e qualidade crescente, também nos parece legítimo que essas pessoas, no fundo sejam, tenho aqui uma perspetiva de co cidadania, em que não só contribuem certamente para a receita daquilo que são as necessidades coletivas dos sítios onde têm a sua residência permanente, mas também, e hoje neste mundo de mobilidade global, também naquilo que é, naquilo que são os impactos que provocam nas zonas que visitam, têm, ou que visitam mais ou menos regularmente, mas têm aqui 8

também um dever de contribuição que nós resolvemos apelidar, não de forma original como uma abordagem co cidadã relativamente às responsabilidades, relativamente às receitas a apurar, para não, não é nenhuma originalidade, não inventei nada, estamos apenas a gulosar, temos muita parceria internacional, mas dizia eu que em 2018, 14,5 milhões de euros de previsão de taxa turística, 36.5 com a duplicação da mesma em 2019, ou seja mais 22 milhões de euros. Também há uma novidade que está vertida nos documentos, é que, e vai estar em breve também nalguns dos documentos mais específicos relacionados com a taxa turística, e com a sua forma de os gerir, há uma continuidade na aposta nos equipamentos e na promoção turística, mas no fundo ela vai ser equilibrada 50/50, entre esta vertente que nos parece fundamental, nomeadamente para consolidar as políticas de crescimento, do emprego na cidade de Lisboa, ligados nomeadamente à questão do turismo, mas também, e agora de forma muito mais expressiva do ponto de vista financeiro, no reforço da estrutura de cidade que permite também responder, evidentemente àquilo que são as suas solicitações de todos aqueles que nos visitam, mas também evidentemente melhorando e atenuando os impactos negativos que podem advir dessa mesma utilização, nomeadamente nas áreas de mobilidade e transportes, da higiene urbana e da segurança. A dívida a fornecedores, boas notícias, tenho mais boas notícias para os Srs. Vereadores, porque a dívida a fornecedores, apesar de todo este crescimento do investimento mantém-se nos níveis que os temos já acostumado, e portanto temos uma dívida técnica, e mantemo-la ao longo do último semestre cerca de, entre os 3 e os 5 milhões de euros, que é aquilo que temos estado, para o qual temos estado a trabalhar, o prazo médio de pagamento também se mantém entre os 2 e os 4 dias, no compromisso assumido aqui perante vós, ao longo dos últimos anos, o que nos deixa com alguma tranquilidade sobre a nossa política de gestão, da relação com os nossos fornecedores, e como é evidente com o impacto que isso tem naquilo que é a economia da cidade, o impacto positivo que vem juntar-se também a uma das políticas mais favoráveis relativamente às empresas, onde propomos manter a isenção de derrama para negócios com faturação inferior a 150 mil euros, e a isenção para atividades de restauração e pequeno comércio que tenham faturação inferior a 1 milhão de euros, esta nossa política até hoje tem um impacto orçamental de cerca de 4.5 milhões de euros, que deixamos de cobrar às empresas por esta via, como também na linha que temos seguido nos últimos anos, e que temos vindo a aprofundar, nomeadamente no último orçamento que é uma dívida, que é uma abordagem de enorme prudência, quer relativamente àquilo que são as 9

contingências que o município foi tendo ao longo de muitas décadas, e que agora chegam a períodos de desfecho, como aconteceu em 2019 relativamente ao processo Arês Romão, que como devem ter dado conta foi encaixado em face da política prevenção, e de acautela, seguida no último orçamento foi encaixada quer essa, quer a devolução da taxa municipal de proteção civil, com enorme tranquilidade, como puderam dar conta, também aqui, e porque temos ainda alguns grandes processos, nomeadamente um estamos a propor que façamos uma, novamente uma reserva de contingência que atinja neste caso um valor de 124 milhões de euros, e que ao mesmo tempo, e que portanto não entrando com esta reserva, já tínhamos contemplado em orçamento uma amortização corrente da dívida que decorre dos compromissos contratuais assumidos de uma redução de 91,1 milhões de euros na dívida do município, que quando no final do 1.º semestre já tinha, já se encontrava muito próximo dos 400 milhões de euros, e que certamente esperamos que até ao final do ano, acabe por baixar dos 400 milhões de euros, e recordando-nos a todos que estávamos próximos dos mil milhões aqui há 10 anos atrás, portanto reafirmando uma opção que é a redução da dívida, e a gestão prudencial das contingências a que o município pode estar sujeito. Por último a renovação do mapa de pessoal com a abertura de 29 concursos externos, e 9 concursos internos, a valorização dos trabalhadores com 37 procedimentos de mobilidade inter carreiras, a estabilidade no emprego com a integração dos precários, e o descongelamento de carreiras têm um impacto de cerca de 4,5 milhões de euros no nosso orçamento de 2019, e um conjunto de intervenções de modernização e melhoria, e conservação dos edifícios e equipamentos do município tem um impacto no orçamento de cerca de um pouco mais de 16, 17 milhões de euros, perdão. (Diálogo fora do microfone) O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - não me querem deixar acabar? Não me quer deixar acabar, que depois já respondo a todas as questões Sra. Vereadora, depois ainda me tolda aqui o raciocínio, depois vão perder aqui a oportunidade de perceber alguma coisa muito importante A Sra. Vereadora O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - isto já é assim em autogestão Sr. Presidente 10

A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho: - É só o processo é só o processo (Diálogo fora do microfone) O Sr. Presidente em exercício: - e pelo menos A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - é só os 91 milhões, só, porque assim poupa depois o O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - os 91 milhões? Os 91 milhões, como eu disse é a amortização corrente, e portanto são amortizações de empréstimos, não! Amortizações que nós temos o compromisso assumido de as fazer em 2019 A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - 2019 O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - portanto, e que vão significar 91 A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - e o processo grande? Além do Romão? O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - eu fui interrompido O Sr. Presidente em exercício: - Sra. Vereadora, não é o momento A Sra. Vereadora Teresa Leal Coelho (Cont.): - tem toda a razão O Sr. Vereador João Paulo Saraiva (Cont.): - depois já me pergunta tudo Sra. Vereadora. Muito bem, eu já referiu o PMP, tal, tal, tal, a fornecedores, dívida legal, portanto as suas referências que eu fiz, eu já fiz todas estas referências, isto depois dá um crescimento da margem de endividamento para 135 milhões de euros, que é a margem de endividamento que o município tem para o final do 1.º semestre, ou tinha ao final do 1.º semestre, dá um crescimento da autonomia financeira que passa a ser 67,8%, e a sua validade financeira 210.7% relativamente a 31 de Dezembro de 2017, portanto todos os 11

indicadores a melhorar, as empresas municipais ao 1.º semestre estavam também com todas as suas contas equilibradas, e com resultados positivos, e dar-vos só um pouco mais de nota sobre a divisão por eixos, daquilo que é o orçamento e as apostas que foram feitas, eu já referi a renda acessível, a habitação municipal, e o fundo mobilidade, os espaços verdes, e urbanos, o PGDL, a higiene urbana e a rede ciclável, portanto posso passar, isto é tudo eixo A, do nosso programa de governo, melhorar a qualidade de vida e o ambiente da cidade. O eixo B combater as exclusões, defender os direitos com o programa escola nova que já referi 28,8, a escola inclusiva com 1 milhão de euros, um programa novo que vai ser apresentado em breve, a ação social escolar, 11,2 milhões de euros, os manuais escolares já referi, e as creches com 4.8 também já referi. O eixo C dar força à economia, o WEB do Beato já referi, a promoção de mercados e comércio tradicional com 2,2 milhões de euros, o investimento no fundo de desenvolvimento turístico portanto, a componente de dinamização e crescimento do turismo, 15,5 milhões de euros, o WEB SUMMIT 3, a promoção de eventos culturais, agora já no eixo D, afirmar Lisboa como cidade global, 16.7, promoção e eventos culturais, requalificação, equipamentos culturais 11.2, Nova Feira Popular 5.7, o programa municipal de acolhimento de refugiados 1.4, e para terminar os eixos, o eixo E, governação aberta participada e descentralizada com a reserva contingência que coube aqui, a reforma administrativa cresce um pouco, como é de lei, para 75,2 milhões de euros, de transferência corrente para as juntas de freguesia, o orçamento participativo com uma execução em 2019 de 3,2 milhões de euros, e a requalificação das instalações e serviços municipais, portanto este orçamento restritivo, o projeto já estudados e maduros para executar, requalificação, instalações e serviços municipais os tais 14 milhões de euros que eu referi há pouco. Portanto, isto tem em números para o orçamento municipal as receitas que estão previstas são em correntes um aumento de 86 milhões de euros, que ficam a dever-se ao crescimento do IMT, e também da taxa turística, as receitas de capital, a inclusão daquilo que são, do que é o expectável, a expectável venda dos terrenos da Feira Popular. Isto dá um crescimento de 245 milhões de euros na receita, ou seja em receita 1.059 milhões de euros, receita do município excluindo aqui, e por isso é que já lá vamos àquilo que é não definida, e eu explico já a não definida que é mais fácil. 12

Bem, despesa não definida, correntes há um crescimento de 130 milhões, e capital 142, isto fica-se a dever a um conjunto de circunstâncias, mas essencialmente à orçamentação da tal reserva de contingência, o aumento da despesa de capital e a receita e a reserva contingência contribuem para o aumento das despesas de capital, e as despesas correntes aumentam essencialmente pela reserva de contingência também, isto entre, portanto isto tem muito, como está equilibrado tem os mesmos 1.057 milhões de euros em definida, acresce a não definida, a despesa não definida, que cresce mais 129 milhões de euros, que se ficam a dever a duas componentes, elas bastante certas e por isso é que nós quando estamos a abordar esta matéria nos últimos anos temos feito, temos introduzido sempre a componente não definida na discussão orçamental, porque elas, estão aqui duas componentes dentro, uma que é o saldo de gerência, que nós estimamos que ande na ordem dos 100 milhões de euros, e que aliás, depois este número pode ser precisado, e que o remanescente tenha, tem a ver com a inclusão também no próximo Abril, por volta dessa altura que é a data expectável do 3.º empréstimo do Banco Europeu de Investimento, isto tudo perfaz então os tais 1.187 milhões de euros que eu referi há pouco, e assim termino, é um orçamento que foi construído com uma enorme prudência, do lado da despesa, em face até daquilo que é uma, algo que é óbvio, que é a constituição de uma reserva de contingência, em face daquilo que pode vir a acontecer, não é certo que aconteça, nem sabemos bem, por que valores, mas que nos parece que em face daquilo que é a nossa contestação ao próprio processo, isto são valores prudentes, e por outro lado, naquilo que é a receita estimada, fomos prudentes nessa mesma estimativa, e portanto estamos completamente disponíveis para as perguntas, as questões, e as abordagens que irão fazer a partir de agora. Muito obrigado. O Sr. Presidente em exercício: - Muito bem. Srs. Vereadores. Sra. Vereadora Assunção Cristas e vou anotando as inscrições dos Srs. Vereadores. A Sra. Vereadora Assunção Cristas: - Muito obrigada Sr. Presidente em exercício. Muito obrigada Sr. Vereador João Paulo Saraiva pela apresentação que nos fez, eu vou fazer algumas considerações e perguntas numa análise geral sobre o orçamento, a 1.ª nota que queria deixar é de, na nossa análise nos termos deparado com a dificuldade de não termos números sobre a execução de 13

2018, o que nos teria ajudado a fazer comparações mais rigorosas, eu recordo que o CDS tem pedido esses números várias vezes, quer de trimestre, quer de semestre, ainda em Julho passado pedimos o acesso aos relatórios financeiros do 1.º semestre, mas eles não chegaram, e é por isso que nos tivemos que socorrer em alguns pontos que vou focar, dos dados que temos fechados de 2017, e não de 2018. Em relação a uma análise geral, Sr. vereador de facto nós temos um aumento da receita, Sr. Vereador diz que estamos no 1.º lugar na política fiscal da Área Metropolitana de Lisboa, ainda bem que assim é, porque podemos ser um bom exemplo, mas eu atrever-me-ia a dizer que se calhar também estamos no 1.º lugar do aumento das receitas por parte do município de Lisboa, o orçamento da Câmara Municipal de Lisboa não tem comparação com nenhum outro orçamento do país, e portanto isso também nos deveria levar a refletir sobre se este aumento de receita deve ser simplesmente encaixado em despesa, ou se pode motivar uma maior devolução de rendimento aos próprios lisboetas, repare que entre 2015, ano em que o atual Presidente iniciou funções, e este ano de 2019 nós temos um crescimento da carga fiscal, estamos a falar de impostos diretos, e indiretos, taxas, transferências correntes, etc., de 56%, são mais de 222 milhões de euros. É muito dinheiro, e a 1.ª questão é exatamente essa, temos uma Câmara que vai somando felizmente com a recuperação económica, felizmente com o turismo, felizmente com o mercado imobiliário também animado por causa do turismo, e não só, mas muito ligado a essa animação turística, temos uma Câmara que vai arrecadando cada vez mais receitas, podendo ainda assim manter níveis mínimos de IMI, IMT e ainda bem que os mantém, mas não tem o nível máximo de devolução de taxa de IRS, e portanto a 1.ª pergunta é porque não devolver mais IRS aos munícipes? O CDS apresenta uma proposta também aí conservadora, a passar dos 2 e meio, para os 3 de devolução, mas eu acho que nós poderíamos até ir mais além, e já vou a outro ponto. Segunda questão em relação às receitas. Tem a ver, e eu acho que referiu isso, que tem uma abordagem conservadora das receitas. Isso é verdade, a minha pergunta é, se não está a ser excessivamente conservadora, ou então, se a vossa análise sobre a evolução económica é particularmente negativa. Porque é que eu digo isto? Porque, quando nós vamos conferir os valores de IMI, IMT e de rama, e aqui tenho que me socorrer os dados de 2017, vemos que em 2017 foram arrecadados 118 milhões de Euros em IMI, e o que está previsto para 2019 são apenas mais 2.000, 120 milhões. IMT 2017, 225 milhões de Euros, mas para 2019 é só mais 1.000 milhão, 226 milhões de 14

Euros. Já na de rama 2017, arrecadaram-se 98 milhões de Euros e para 2019 a previsão é abaixo, é de 82 milhões de Euros. E portanto, a minha pergunta é, a que é que se deve esta estimativa aparentemente muito conservadora, senão mesmo pessimista, porque estamos a falar de um diferencial de dois anos, onde, é verdade que a economia desacelerou um pouco, mas tem vindo, apesar de tudo, sempre a crescer. E, portanto, em que é que explica, nós não temos estado 2018 para fazer aqui uma conferência intermédia, mas estes valores, acho que são suficientemente relevantes para perguntar, se apesar deste crescimento como eu referi, de 2015 terá agora de 56% nas receitas, se estes valores não são conservadores ou então se a perspetiva é particularmente pessimista. Há uma outra receita que tem uma perspetiva bastante mais otimista que é a da taxa turística. E, neste ponto, o que nós assistimos é a um crescimento de 152% de taxa turística, que não é duplicação, é bastante mais do que a duplicação, portanto, não é apenas o efeito de passar de um euro para 2 euro. De resto, no relatório da fundamentação económica, página 10 anos, fala-se de uma receita estimada de 25 milhões, mas a verdade é que aqui no orçamento, está previsto bem mais do que isso, portanto, estão previstos 36 milhões de taxa turística. A minha pergunta aí é, como justificar este, aparentemente, otimismo vamos ter mais 25 por cento de dormidas na cidade de Lisboa? Numa altura em que se contem hoje o alojamento local, tem a ver com o facto de, de repente, aparecerem alojamentos locais que não estavam formalizados, serem agora formalizados? Quanto aos Hotéis, eles estão em marcha, mas não me parece que tenham impacto já no próximo ano e, portanto, como é que se justificam estes valores d da taxa turística? Em relação a este ponto, é conhecida a posição do CDS. Eu acho bem que os turistas participem e participem de muitas formas, aliás, recordo-me que o então Presidente da Câmara de Lisboa, hoje primeiro-ministro, defendia uma parte do IVA a ser arrecadada pelas Câmaras precisamente para acomodar esses impactos no turismo. Mas, como é sabido, nós divergimos muito da forma como as receitas são utilizadas, ouviu-o com gosto dizer que deveriam ser utilizadas para minimizar os impactos negativos do turismo na cidade, a saber higiene urbana, transportes e segurança, certamente estes 3 tópicos à cabeça. Mas não é isso que tem acontecido, Sr. Vereador, e, quando nós assistimos ao pilar da ponte a ser construído com dinheiro da taxa turística ou a fecho, e eu acho que é ainda mais gritante, do Palácio da Ajuda também com recurso à taxa turística, não é disso que estamos a falar, não estamos a falar de uma taxa. 15

De resto, quando olhamos para a contribuição que os turistas dão, e eles dão quando cá vêm, quando pagam dormidas, quando pagam restaurantes, quando fazem compras, mas ainda assim, se queremos pensar nisso, então, faria sentido baixar os impostos para os munícipes. Se os estamos a arrecadar de outra forma, então que se baixe para os munícipes. E é isso Sr. Vereador, se estivesse disponível para ir para uma devolução até 5%do IRS, nós talvez pudéssemos conversar de outra forma em relação à taxa turística. Ainda sobre receitas, no Orçamento de Estado, foi aprovada ontem a possibilidade de criação de uma taxa de proteção civil e a minha pergunta aqui é muito clara, este executivo, vai ou não utilizar essa possibilidade para propor uma reintrodução da taxa de proteção civil na cidade de Lisboa, coisa que, naturalmente, terá a oposição do CDS. Em relação ainda à questão da economia e do desenvolvimento da economia e enfim, espero por essa explicação, parece-me que é evidente uma clara desaceleração de crescimento económico. Também, começa a haver sinais de estagnação do turismo, várias políticas que têm sido adotadas não terão um impacto irrelevante nessa área. E a minha pergunta é, se não era altura para a Câmara Municipal de Lisboa ter mais cautela na necessidade de promoção e de diversificação da própria economia. Tomámos boa nota da questão do websummit, é verdade que o ano passado, também sabemos que, para se manter na cidade de Lisboa, foi preciso um esforço nacional e municipal significativo, também sabemos que há um retorno grande deste evento para a cidade, de resto foi o Governo de que fiz parte e, curiosamente, um secretário de Estado do CDS que se empenhou em trazer o Websummit para Lisboa, portanto, acho bem que nesta área, não tenha havido retrocesso na política, mas a verdade é que não pode ser só isso. E, quando olhamos para a cidade de Lisboa, entendemos e, por isso, temos também uma proposta nesse sentido, de que há medidas que podem ser tomadas ao nível da de rama que favorecem o crescimento sustentado da economia, a diversificação da economia e, um pilar que eu acho muito importante para a cidade de Lisboa que é o desenvolvimento da economia do mar, porque isso pode ter uma imagem de marca diferenciadora a nível mundial. Para terminar esta fase e porque não quero alongar muito, sobre a despesa de facto, nós ouvimos que a habitação é muito importante e crescem as verbas para essa área, mas ainda assim, quando vamos ser a composição e o peso que tem no orçamento da Câmara, muito aquém daquilo que se pode ser considerado uma prioridade cimeira, de primeira linha. 16

Em relação às questões da higiene urbana, há aqui uma ideia de criar uma nova empresa municipal para este efeito, pergunto-me se é sim ou não e, com que objetivo? Não sei se é o veículo que a permite transformar a política. Em relação à evolução do pessoal da Câmara, eu tomei nota que há um aumento previsto de 156 pessoas, a grande maioria técnicos superiores, portanto, 142 são técnicos superiores. Isto é positivo na medida em que, em muitas áreas, nomeadamente no licenciamento, nós ouvimos queixas sistemáticas da morosidade da ação da Câmara de Lisboa que em muitos casos, penaliza e trava o crescimento económico da própria cidade e os investimentos na própria cidade e, portanto, nada contra isso. O meu problema é perceber, por exemplo, como é que 28 apenas, porventura menos qualificados são aqueles que nós vamos ter, por exemplo, na higiene urbana. É assim ou não é assim? Porque, naturalmente técnicos superiores, é pouco realista que sejam alocados à higiene urbana e nesta área, nós precisamos de muitas pessoas também e de pessoas que ajudem a melhorar a qualidade de vida da cidade que se tem degradado particularmente. Portanto, nesta área, perguntas sobre se este perfil, resolve todos os problemas ou se só está a olhar para parte destes problemas. E, para não me estender demasiado, depois, eventualmente, farei mais alguns comentários, mas por agora, ficaria por aqui. Muito obrigada. O Sr. Presidente:- Vereador Nuno Rocha Correia. O Sr. Vereador Nuno Rocha Correia:- Muito obrigado, Sr. Presidente. Eu começava exatamente pela primeira página das grandes Opções do Plano e o título é a visão e vou citar: Temos uma visão e uma ambição clara, aproveitar o momento único que fizemos para tornar Lisboa uma das melhores cidades do mundo para se viver. Sr. Presidente, Lisboa, já é uma das melhores cidades do mundo para se viver e também para se visitar. E, creio que prosseguir com esta ambição, é um pouco de irresponsabilidade. Este momento único, e são as palavras a questão no relatório, este momento único não se eternizar no tempo. Deverá ele ser aproveitado para consolidar aquilo que já foi feito e para seletivamente fazer o que é urgente ser feito e não para prometer e orçamentar fazer tudo, mas depois como vemos nos relatórios e contas, não conseguir acabar as obras a tempo e horas, e ter temos uma taxa de execução muito, muito abaixo daquilo que é desejável, e isso tem sido o padrão deste executivo ao longo dos últimos anos. 17

1.057 milhões de Euros, mais 30% de despesa que em 2018, é este o orçamento para a Câmara Municipal de Lisboa em 2019,portanto mais 30% de despesa que em 2008. Onde, e volto a citar, temos investimento em níveis máximos, isto é, 421 milhões de Euros. Qualquer coisa como, o que na economia costumamos dizer, um comportamento pro-cíclico, onde se gasta em demasia, porque vivemos em tempos de abundância. Estes 421 milhões de Euros expansionistas e, lendo a proposta e até em alguns casos, eleitoralista, tantas são as medidas que estão casadas com o Estado central é verdade, é verdade é as eleições de 2019. De braço dado com o Governo Central, num conjunto de medidas. Mas, importante também que de frisar, os 622 milhões de Euros de impostos diretos, taxas e outras receitas fiscais, que a Câmara vai arrecadar em 2019, 622 Milhões de Euros. É muito dinheiro, que nós estamos a subtrair às famílias e às empresas que, com certeza fariam bom uso da mesma deste mesmo montante, utilizando-o no desenvolvimento e na sustentabilidade da economia de Lisboa. Este momento único que o Sr. Presidente refere nas grandes opções do Plano, é um momento de 2019, em que temos em todos os blocos económicos, uma desaceleração do crescimento económico e também em Portugal. Temos o arrefecimento do mercado imobiliário. Temos um estrangulamento dos fluxos de turismo, nomeadamente em Lisboa, por via do aeroporto que atingiu o seu limite e das várias restrições que estão agora a surgir ao nível do alojamento local e de outras iniciativas. Temos uma guerra comercial entre os Estados Unidos, a China e a Europa, com impactos significativos nas economias e nas famílias. Temos riscos acrescidos de inversão do ciclo económico, temos incerteza política na zona euro, e, temos por fim, uma subida da inflação, das taxas de juro e dos riscos de crédito e respetivos spreds, e o fim, não nos podemos esquecer, dos estímulos do Banco Central Europeu para a zona euro. Portanto, tudo isto é o 2019 que nós vamos ter. E, este orçamento, não é aquele que Lisboa precisa para enfrentar estes riscos e este momento que iremos ter em 2019. Persistir em investimentos que, de alguma forma tenta tenta-se agradar a todos sem olhar ao que realmente é importante, aumentando os encargos futuros, onde as receitas absolutamente extraordinárias dos últimos anos, do IMT, do IMI e de rama, e das taxas relacionadas com a atividade económica, não se vão repetir nos próximos tempos, parece-nos absolutamente errado. Reforçar na habitação para todos, onde devemos incluir a classe média, devolver parte da enorme receita fiscal às famílias e às empresas e amortizar 18

parte dos mais de 400 milhões de Euros de dívida do município, esse sim, deveria ser o caminho a seguir. Por fim, tinha só aqui mais duas questões que pedia a atenção aqui do Vereador, que são as seguintes, fala-se do sonho das seis mil casas. Era bom, tentarmos concretizar esse sonho, percebendo como é que elas vão aparecer, como é que elas vão chegar às famílias, às pessoas que deles precisam e quando é que esse sonho se vai concretizar das 6 mil casas. E depois, tinha aqui só duas notas, muito rápidas, que gostava de perceber, existe na rubrica de aquisição de serviços, vigilância e segurança, um incremento muito significativo da verba na casa dos mais de 70%, para cerca de 3,8 milhões de Euros É interessante perceber se há alguma alteração em termos da política de vigilância e de segurança na cidade de Lisboa e, portanto, para partilhar connosco, se for possível. E, também registamos que, apesar de do crescimento significativo que saudamos sempre, e é sempre bom vermos que o quadro de pessoal, e sobretudo quadros superiores a na Câmara Municipal de Lisboa, de 156 novos funcionários dos quais 145 são quadros superiores. Mesmo assim, a Câmara vai aumentar em 70 por cento, os estudos, pareceres e consultoria, mais 3 milhões de Euros. Portanto, aqui, parece que não estamos a contratar as pessoas certas e precisamos de continuar a comprar fora, aquilo que não conseguimos fazer em casa. Era bom também que aqui desse alguma justificação. Por fim a há aqui uma questão relacionada com as instituições sem fins lucrativos, depois a minha colega, Vereadora Conceição Zagalo, irá também questionar. Obrigado. O Sr. Presidente:- Muito obrigado. Vereadora Conceição Zagalo. A Sra. Vereadora Conceição Zagalo:- Muito obrigada Sr. Presidente. A questão tem a ver com o reforço de investimento, em cerca de 10 milhões de Euros de 2018 para 2019. A nossa pergunta muito concreta, é, se estes 10 milhões de Euros, vão permitir a assegurar creches e ensino pré-escolar para todas as crianças de Lisboa. Também, se de uma vez por todas, vamos poder garantir uma rede de cuidadores de idosos e independentes através do trabalho coordenado das instituições. Não menos matéria de preocupação, ou de atenção, são as condições de habitação na cidade, que não permitem nem atrair, nem fixar as famílias e as gerações mais novas. Vamos continuar a tratar esta área social com alguma ligeireza, quando do nosso ponto de vista, este é um tema que deveria ter uma proposta direta, 19

concreta, com um orçamento fixo e tratamento adequado, que se calhar também no âmbito do tal sonho de seis mil casas. Fixar jovens que possam aqui fazer a sua vida, aqui se fixar, aqui contribuir para o aumento da natalidade que permita combater o idadismo, tão evidente na cidade. Obrigada. O Sr. Presidente:- Sr. Vereador Jorge Alves. O Sr. Vereador Jorge Alves:- Muito obrigado Sr. Presidente. Relativamente às GOP para 2019, e lendo a o conjunto documento, a primeira nota que temos que deixar é, que tivemos muita dificuldade em encontrar diferenças Dizia eu que a principal dificuldade que tivemos foi, encontrar diferenças entre o documento do ano anterior para este documento de 2019. É de tal maneira, que chegam-se a enunciar e a repetir programas que, entretanto, já se concretizaram. E portanto, não houve sequer, na nossa opinião, da análise que fizemos, por parte da Câmara, tão pouco o cuidado de retirar programas, projetos, que em 2017 se referiam serem objetivos da Câmara, que entretanto foram concretizados ou pela Câmara, ou por outras entidades, e que não foram retirados deste documento. Podemos dar íamos dar vários exemplos, por exemplo os de habitação, os exemplos do Websummit, são exemplos do FMI que são os exemplos mais significativos desta natureza. (intervenção fora do microfone) O Sr. Presidente:- Fomos rápidos na concretização do estudo, já estava no prelo. Muito bem. Srs. Vereadores, posso pedir concisão nos pontos fundamentais por favor? Esses são pontos laterais do... O Sr. Vereador Jorge Alves: - A segunda questão que importa referir e apreciar no âmbito das GOP, é que efectivamente e tal como já foi aqui referido, estamos perante um Orçamento muito grande, no conjunto, do investimento da Câmara e das Empresas Municipais, estamos perante um conjunto avultado, um conjunto, um valor histórico. Contudo não nos parece, pelos Programas, pelos Projectos e pelas definições orçamentais previstas, que Lisboa caminho no sentido de inverter de forma definitiva aquilo que o próprio INE, no Estudo, no Diagnóstico que apresenta no 1.º Semestre de 2017 e que aponta a cidade de Lisboa com uma perca de 20

população de menos 7%, aliás diga-se por comparação, que é o único Município da AML a perder população, da AML Norte, aliás, por comparação, ao Norte aumenta O Sr. Presidente: - De onde é que vêm esses dados? O Sr. Vereador Jorge Alves: - Uma estimativa. O Sr. Presidente: - Certo, esqueça isso. O Sr. Vereador Jorge Alves: - São os dados que nós temos para poder também verificar a da O Sr. Presidente: - Não, esquece porque aliás, já expliquei várias, não, não são oficiais, já expliquei várias vezes como é que essas estimativas são feitas, essas estimativas davam para a cidade de Lisboa, 450 mil habitantes em 2011, 450 mil, a Cidade tinha mais 100 mil, se aplicar o mesmo modelo para a frente chega a essa conclusão, e não é verdade que seja o único, na verdade, que eu me recorde, na Área Metropolitana Norte só havia um a ganhar. O Sr. Vereador Jorge Alves: - Muito obrigado, continuando. Relativamente ao aumento previsto para o Pessoal, 1.26%, não nos parece que seja um aumento suficiente para conseguir acomodar os 2 factores que vão influenciar o aumento desta Rubrica, por um lado, os aumentos que resultam os aumentos salariais que entretanto, forem negociados, e por outro lado, o alargamento do Mapa de Pessoal de acordo com o que está previsto. Dizer ainda, do ponto de vista do Orçamento, que não encontramos expressão no Orçamento da Câmara de algumas matérias que a própria Câmara aprovou, algumas delas até por proposta do PCP, como é a questão do PAC e como é a questão do Encontro Literário. Dizer ainda que verificamos, quer por aquilo que foi expresso no quadro dos, das paus, das Empresas Municipais, quer nas GOP, agora do Município, que existe uma acentuada tendência para o esvaziamento das Competências no quadro do Município e uma transferência dessas Competências para o quadro das Empresas Municipais, existindo mesmo situações, como vimos na parte, na 1.ª parte da reunião, relativamente à Cultura e ao DMC, relativamente à EMEL e à Sinalização, um esvaziamento completo de áreas determinantes para a cidade de Lisboa, para o Município de Lisboa. 21