Relatório de execução PAEL 2016
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- Giuliana Beltrão Bennert
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1 Relatório de execução PAEL 2016 O ano de 2016, foi o ano em que, por recurso a empréstimo bancário, conseguimos amortizar antecipadamente, o empréstimo contraído no âmbito do PAEL e, com esta operação, permitir à Câmara Municipal do Barreiro, uma poupança de juros superior a ,00. Tal operação, só foi possível, uma vez que, fruto de uma gestão atenta, rigorosa e atuante, foi possível cumprir com os limites estabelecidos no artigo 63.º da Lei 7- A/2016 de 30 de março, Lei de Orçamento de Estado para 2016, isto é, ter uma dívida total inferior a 2,25 vezes a média da receita corrente liquida cobrada nos 3 últimos exercícios. De igual forma, foi possível reduzir significativamente o prazo de pagamentos a fornecedores. Se anteriormente o objetivo era de cumprir com os pagamentos em atraso no conceito da LCPA (90 dias após a data de vencimento da fatura), 2016 permitiu que, fechássemos o ano com o mês de outubro liquidado, isto é, a 60 dias da data de emissão da fatura. Esta situação, vai permitir uma redução do prazo médio de pagamentos a fornecedores e adquirir maior confiança junto dos mesmos com possibilidades de fornecimentos a condições mais vantajosas para o Município. Foi atingindo um maior equilíbrio económico-financeiro, no caminho daquilo que já vinha a ser conseguido em anos anteriores. Desde logo, uma redução dos encargos transitados de 2016 para 2017, face ao ano anterior e, um aumento do saldo da gerência. Do ponto de vista patrimonial, um resultado líquido positivo de ,37, aliado a uma valorização do ativo, a um decréscimo do passivo e a uma redução da dívida global, são o reflexo, que a estratégia adotada foi a correta. Aquando da elaboração do programa, e tendo em conta um conjunto de fatores internos e externos que na altura balizaram a elaboração do mesmo, definimos um conjunto de valores a atingir nos anos seguintes. Fruto da atual situação, alguns indicadores não foram atingidos o que leva a alterar o previsto. Independentemente de alguns desvios ocorridos na execução do ano face aos pressupostos da candidatura, uns, devido a fatores externos impossíveis de calcular, outros, porque era necessário fazer face a necessidades de funcionamento do Município, nomeadamente, na sua prestação de serviços aos cidadãos, o resultado alcançado foi largamente positivo. Em 2016, o Município aumentou 12 trabalhadores face ao ano anterior. 1
2 No entanto, este número ainda é inferior ao estipulado na candidatura ao PAEL em 2,39 %. Situação que não deixa de acentuar preocupações já espelhadas anteriormente. O aumento verificado face ao ano anterior e consequente aproximação face ao valor estimado, resulta fundamentalmente, da contratação de auxiliares de ação educativa. Esta situação continua a ter consequências negativas no serviço prestado pelo Município à população do Barreiro. Evolução do n.º de trabalhadores no ano de ,00-2,39% A redução de trabalhadores não teve o respetivo impacto na redução da massa salarial, explicada pelo aumento das contribuições para a CGA e Segurança Social assim como, pela contribuição para o Serviço Nacional de Saúde ( ), valor que influencia de forma significativa o montante liquidado com encargos com saúde. Evolução da massa salarial no ano de 2016 Valor candidatura Valor real Var. Remunerações certas e permanentes , , ,68-2,74% Trabalho Extraordinário e Ajudas de Custo , , ,98 8,55% Prestações Sociais , , ,20-36,63% Segurança Social , , ,09 29,51% Encargos com Saúde , , ,75 65,46% Total , , ,94 3,68% Em matéria de trabalho extraordinário, o número de horas realizadas está acima do estimado em sede de candidatura. Esta situação deriva da necessidade de maior intervenção para ocorrer a todas as situações que diariamente surgem e à falta de meios humanos para o fazer, pelo que, o recurso ao trabalho extraordinário afigura-se, muitas vezes, como a única alternativa possível. 2
3 Evolução do n.º de horas extraordinárias no ano de , , ,00 9,74% Este acréscimo, resulta da situação atrás descrita. Evolução custo de horas extraordinárias e ajudas de custo no ano de 2016 Valor candidatura Valor real Var. Trabalho Extraordinário e Ajudas de Custo , , ,98 8,55% Em 2016, foi necessário proceder à renovação de alguns contratos existentes, assim como, à celebração de novos contratos de aquisição de bens e serviços, alguns com caráter plurianual, necessários a um melhor funcionamento do Município nomeadamente, as refeições escolares para 2 anos (um valor total superior a ), medicina no trabalho, limpeza das instalações, cobrança da faturação de águas, renovação do parque informático e novas licenças de utilização, up grade do sistema de telegestão das águas, manutenção do sistema de climatização as instalações municipais, mercados e escolas, fornecimento de ilhas ecológicas, entre outros, que originou um aumento do valor real, face ao previsto e sede de elaboração do PAF. Evolução dos valores dos contratos no ano de , , ,30 138,44% Valores sem IVA Em relação ao valor das aquisições, o aumento verificado, resulta da necessidade de aquisição de bens e serviços para fazer face ao trabalho a desenvolver pelo Município no âmbito das suas competências. Evolução dos valores das aquisições no ano de , , ,42 132,28% Valores sem IVA 3
4 Ainda no campo da despesa e, continuando a olhar àquelas áreas que foram objeto de particular atenção, verifica-se que as rendas apresentam um valor inferior ao inicialmente estimado. Evolução dos valores das rendas no ano de , , ,24-13,71% Ao longo dos últimos anos, o Município tem tentado intervir na redução dos custos de iluminação pública. Apesar das medidas tomadas de poupança nos gastos com a iluminação pública, o fim da tarifa de IP, provocou aumentos imprevistos em fase de candidatura, apesar desta situação, o valor da IP consumida em 2016 está em consonância com o montante consumido no ano anterior. Evolução dos custos com iluminação pública Var , , ,38 0,66% Os subsídios atribuídos pelo Município atingiram um valor de ,73 em A alteração verificada no fornecimento das refeições escolares e o enquadramento técnico das piscinas do Barreiro, contribuíram para a variação verificada nesta rubrica., face ao montante estimado em sede de elaboração do PAF. Evolução dos subsídios atribuídos ano de , , ,74-22,77% Mercê do protocolo de descentralização e do acordo de cooperação estabelecido, as transferências para as freguesias registam um valor de acordo com o estimado em termos de PAF. 4
5 Evolução das transferências para as juntas ano de , , ,53-0,91% Ao longo dos anos, o Município do Barreiro tem vindo a reduzir de forma sucessiva e com valores significativos o capital em dívida referente aos empréstimos de médio e longo prazo. Em 2016, com a contratação do empréstimo para aquisição da Quinta do Braamcamp no montante de ,00, tal cenário alterou-se. No entanto, a variação de do capital em dívida atual face ao valor da candidatura, é inferior aos do empréstimo contratado pelo que, se esta situação não tivesse ocorrido, a redução do capital em dívida seria muito superior ao estimado. Evolução do capital em dívida no ano de , , ,92 15,85% Apesar do esforço desenvolvido para aumentar o número de concessões, a procura não fez face à oferta disponibilizada pelo Município, nomeadamente, nas bancas e lojas dos diferentes mercados. Ainda assim, foi possível aumentar o valor cobrado por esta via, face ao ano anterior. Evolução das receitas com concessões no ano de Var , , ,10 6,59% Já em matéria tributária, constata-se que o total dos impostos indiretos e das taxas ficaram aquém das previsões realizadas. Esta diferença, verifica-se, essencialmente, ao nível dos impostos indiretos provocada, em grande parte, pelos reflexos da conjuntura macro económica. 5
6 Evolução dos impostos indiretos e taxas no ano de , , ,34-25,37% A redução verificada face a 2015, deve-se, essencialmente, ao fato de nesse ano, o Município, ter recuperado 1 processo que se encontravam em tribunal, nomeadamente, com a SetGás, o que não aconteceu em 2016 e que permitiu a execução apresentada. No entanto, têm vindo a ser desenvolvidos esforços consideráveis de recuperação de dívida em cobrança coerciva com resultados satisfatórios, nomeadamente através da celebração de acordos para liquidação de dívidas com os diferentes devedores, assim como, de outros mecanismos, sempre que tal é possível. Em 2017, acentuaremos o esforço de recuperação. Evolução das cobranças em execução fiscal Var , , ,39-87,92% 2016, foi um ano em que os impostos diretos apresentaram um aumento face ao previsto em sede de candidatura, assim como, face ao ano anterior. De forma geral, todas suas componentes apresentam evoluções positivas face ao ano anterior, com realce exceção para o IUC. No entanto, foi na Derrama que se verificou a maior evolução positiva e que, explica este excesso de cobrança face ao valor estimado, uma vez que, este imposto apresentou uma variação de 1.262,44% face ao orçamentado e que, em termos absolutos, se traduz num aumento de Evolução dos impostos diretos no ano de , , ,88 2,10% 6
7 Na continuação de um trabalho iniciado em anos anteriores, o setor das águas, saneamento e resíduos tem sido alvo de uma atenção particular por parte do Município. As exigências legais, nomeadamente no alcance das metas tarifárias e de cobertura fixados pela ERSAR Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, representam um esforço e uma exigência técnica no sector, no entanto o nosso maior objetivo é pela manutenção e afirmação de um sistema público de crescente qualidade. Evolução das receitas provenientes das tarifas de água e resíduos no ano de , , ,15-1,42% Em 2016, continuámos a consolidar a implementação da contabilidade de custos. Na candidatura apresentada ao PAEL, a implementação deste sistema era uma das medidas propostas como forma de, para além, de produzir melhor informação para a gestão e um auxílio importante na tomada de decisões, seria um instrumento de introdução de melhoria dos processos organizacionais e contabilísticos. Também aqui, cumprimos. Relativamente à norma de controlo interno, está em fase adiantada de revisão, de modo a adequá-la à nova estrutura e à nova legislação entretanto publicada. Da análise aos elementos apresentados, resulta um grau de execução do programa PAEL, que pode-se considerar de satisfatório indo, no fundamental, ao encontro das previsões globais apresentadas em sede de candidatura. O acentuar do equilíbrio orçamental e patrimonial do Município, a redução da dívida a fornecedores do Município e consequentemente, do prazo médio de pagamentos, a redução do passivo, entre outros dados já mencionados, são elementos que nos permitem afirmar que estamos a atingir o fundamental dos objetivos propostos. Com a firme convicção que este caminho está longe de estar concluído, estamos seguros que este trabalho de rigor e equilíbrio na gestão terá que continuar. 7
7.1 Síntese da Situação Financeira Atual e Previsões de Evolução
7. ANALISE AO PAEL De acordo com o estipulado no nº 1 e 2, do Art.º 12 da Lei nº43/2012, de 28 de Agosto, que obriga todos os municípios aderentes ao PAEL, a incluir na Conta de Gerência um anexo à execução
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