CIRCULAR. ASSUNTO: Apreciação final do Orçamento de Estado para 2019

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1 CIRCULAR N/ REFª: 80/2018 DATA: 30/11/2018 ASSUNTO: Apreciação final do Orçamento de Estado para 2019 Exmos. Senhores, Junto se envia documento elaborado pela CCP sobre a Apreciação Final do Orçamento de Estado para 2019, divulgado hoje na Comunicação Social. Com os melhores cumprimentos, Ana Vieira Secretária-Geral /sa

2 Apreciação Final do Orçamento de Estado para O O.E. para 2019 que a Assembleia da República acaba de aprovar é, no essencial, um Orçamento de continuidade que, alimentado pelos ventos (ainda) favoráveis da conjuntura internacional, mantem uma trajectória de consolidação orçamental visando, se possível já no próximo ano, a obtenção de um saldo sem défice. É, neste sentido, o prolongar de um modelo de crescimento assente na dinâmica da procura, cujos limites, a prazo, são óbvios. Na verdade, a economia não pode continuar a crescer, muito mais anos, acima do seu potencial, pelo que é indispensável desenvolver consistentes políticas de oferta, isto é, políticas que alterem o perfil competitivo da nossa economia e diminuam o risco das mudanças de ciclo. 2. Ao não colocar no centro dos seus objectivos a necessidade de dar prioridade às transformações do lado da oferta, o O.E. para o próximo ano continua a inscrever-se num ciclo de leis orçamentais dominadas por uma visão de curto prazo, em que são manifestamente secundarizados os grandes desafios colocados ao país: encetar uma trajectória de crescimento claramente acima da média da U.E., visando a convergência com esta; ganhar quota de mercado a nível internacional, com as exportações a terem como objectivo crescer acima da chamada procura externa relevante, o que implica modificar o nosso perfil exportador; e, por último, ao mesmo tempo, reduzir a componente importada, quer das exportações, quer da procura interna, aumentando, em valor e em produtividade, aquilo que produzimos. 1

3 3. Apesar das proclamações do Governo em contrário, é notório que o investimento continua a não constituir uma preocupação efectiva deste orçamento, estando a previsão para o seu crescimento em 2019 claramente sobrevalorizada. Ao nível do investimento público que desde o início da presente década caiu para cerca de metade do seu valor, em termos nominais, e em que, sistematicamente, nos últimos anos, os montantes executados ficam abaixo do valor orçamentado mais do que a mera insuficiência dos números inscritos no O.E., o que é notório estarmos a assistir a um arrastar da concretização dos projectos em curso a que se junta a quase ausência de verdadeiros novos projectos (quase todos remetidos para a próxima década). No que, por seu turno, se refere ao investimento privado, alguma retoma, traduzida na recuperação do mesmo nos dois últimos anos, não pode esconder, os constrangimentos que subsistem. Por um lado, olhando para os números conhecidos do Portugal 2020, que registam taxas de execução muito baixas sinal das dificuldades de concretização existentes, seja na aprovação, seja na execução dos projectos e em que não são evidentes perspectivas de mudança; e, por outro, a manifesta frustração suscitada por este O.E., cujo saldo líquido das medidas com impacto no mundo empresarial está longe de se poder considerar positivo. Estas dificuldades são um obstáculo a uma retoma do investimento por parte da grande maioria das empresas, que tendo, muitas, percorrido um caminho de desendividamento, na sequência da crise, carecem agora de um impulso que as faça encetar uma nova dinâmica de inovação. 4. A visão conjunturalista da política orçamental, que referimos, está, aliás, patente na generalidade das medidas inscritas neste O.E., em que a lógica que predomina é a da sua quantidade em desfavor do alcance e profundidade das mesmas. Ou seja, a maioria das medidas, ou são demasiado parcelares, quando não meramente simbólicas, estando, quase sempre, desligadas de uma abordagem integrada dos problemas ou, quando dão algo de mais relevante, logo 2

4 anulam esse efeito aumentando custos para os beneficiários, por outra via (caso das mudanças nos escalões do IRS sem atualizações dos montantes). Uma área essencial, que é a da qualificação das pessoas, visando, em particular, o reforço do emprego qualificado por parte das empresas, não mereceu do O.E. a atenção devida em sede de fiscalidade. Quer ao nível dos encargos das empresas em contribuições associadas a este perfil de emprego, quer nos gastos com acções de formação profissional. Não se detecta, mais uma vez, ter existido um trabalho consistente de avaliação do impacto das medidas, não propriamente no que se refere às contas públicas, mas na alteração da realidade para a qual as mesmas foram convocadas, ficando-se mesmo com a sensação que o alcance real das medidas parece ser factor secundário, quando se procura, pela força comunicacional do seu anúncio, produzir um efeito enfatizante do seu alcance e abrangência (é, neste sentido, que se pode falar de um O.E. «eleitoralista»). 5. Mas, para sermos inteiramente rigorosos e justos, importa deixar expressa a convicção de que este O.E. dificilmente poderia ser muito diferente do que é, quando, a juntar às escolhas que resultam da necessidade de satisfazer uma determinada maioria política na A.R., se aceita a lógica de trocar mais crescimento por uma mais rápida consolidação orçamental. Ao estabelecerem-se trajetórias crescentemente positivas para o saldo primário do O.E. (que a redução do serviço da dívida permitiria, em alguma medida, flexibilizar) com a agravante deste percurso ser igualmente imposto ao nível do chamado saldo estrutural (ou seja, retirando aquele o efeito do ciclo económico) tal implica que, na ausência de mudanças estruturais ao nível do Estado, se tenham que efectuar cortes na despesa primária que atingem, desde logo e, sobretudo, as despesas de investimento. Ao mesmo tempo, deixa de existir margem para que, do lado das receitas, possa ocorrer uma justa e impactante redução da carga contributiva. Ter tudo e ao mesmo tempo não é de facto possível, pelo que, quer o Governo, quer as oposições, iludem os portugueses ao não deixarem claro que têm que ser feitas 3

5 escolhas e furtando-se a identificá-las. Pela nossa parte elas ficam aqui expressas e dificilmente deixaremos de as colocar de novo na preparação do próximo O.E. para

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