BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO DEPARTAMENTO DE LICITAÇÕES



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Transcrição:

BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL ÁREA DE ADMINISTRAÇÃO DEPARTAMENTO DE LICITAÇÕES NOTA AA/DELIC N.º 25, de 24/10/2012. ASSUNTO: PREGÃO ELETRÔNICO AA Nº 36/2012 BNDES Esclarecimentos sobre Representação formulada ao Tribunal de Contas da União pela empresa EVENTOS SIDEAL SERVIÇOS LTDA em face do BNDES (Processo nº TC-041.250/2012-5). RELAÇÃO DE ANEXOS QUE INTEGRAM ESTA RESPOSTA: ANEXO I EDITAL do Pregão Eletrônico AA nº 36/2012 e ANEXOS; ANEXO II Impugnação da empresa EVENTOS SIDEAL SERVIÇOS LTDA; ANEXO III Ata de Julgamento da Impugnação; ANEXO IV Petição apresentada pela empresa EVENTOS SIDEAL SERVIÇOS LTDA; ANEXO V Decisão n.º PL-0514/2004, emanada pelo Plenário do CONFEA, enviada pela empresa EVENTOS SIDEAL SERVIÇOS LTDA; ANEXO VI Ata de Julgamento de Petição; ANEXO VII Ata da Sessão Pública do Comprasnet; ANEXO VIII Documentação de qualificação técnica enviada pela Licitante TENDAS E COMPANHIA RJ LTDA (ITEM 1); ANEXO IX Documentação de qualificação técnica enviada pela Licitante STELZER, SONORIZAÇÃO, ILUMINAÇÃO E COMÉRCIO S/S LTDA (ITENS 2 e 3). ANEXO X Termo de Homologação e aviso publicado no DOU. 1

I. HISTÓRICO DA LICITAÇÃO Por intermédio da IP GP/DEDIV nº 27/2012, de 28/08/2012, foi autorizada pelo Superintendente da Área de Administração, em 30/08/2012, a instauração de procedimento licitatório para a contratação de empresa(s) especializada(s) para prestação dos serviços necessários à estruturação de 3 (três) apresentações musicais externas do projeto Quintas no BNDES, conforme as especificações do edital e de seus ANEXOS, observados os seguintes itens: ITEM 1 - serviços de montagem de palco externo para apresentações musicais ao ar livre e complementação de infraestrutura local; ITEM 2 - serviços de sonorização para apresentações musicais ao ar livre; e ITEM 3 - serviços de iluminação para apresentações musicais ao ar livre. O aviso de licitação foi publicado no DOU e no Jornal O Dia em 25/09/2012, sendo a Sessão Pública agendada para o dia 09/10/2012 no Portal Comprasnet. Em 04/10/2012, foi recebida Impugnação ao Instrumento Convocatório do Pregão Eletrônico ofertada pela empresa EVENTOS SIDEAL SERVIÇOS LTDA, pleiteando a alteração do edital. No mesmo dia, o Pregoeiro e a Equipe de Apoio se reuniram e deliberaram por negar provimento à Impugnação aventada, pelas razões expostas na Ata de Julgamento divulgada no site do BNDES e no Portal Comprasnet (ANEXO III). Em 08/10/2012, a empresa EVENTOS SIDEAL SERVIÇOS LTDA reiterou sua Impugnação, a qual, por ter sido ofertada fora do prazo editalício, foi recebida como direito de petição pelo Pregoeiro e julgada improcedente novamente, pelos argumentos veiculados na Ata de Julgamento de Petição divulgada no site do BNDES e no Portal Comprasnet (ANEXO VI). Vale ressaltar que a irresignação da referida empresa foi a única recebida pelo BNDES. A Sessão Pública inaugural contou com a participação de 13 (treze) Licitantes para o ITEM 1, 11 (onze) Licitantes para o ITEM 2, e 12 (doze) Licitantes para o ITEM 3. Finalizada a fase de lances, em relação ao ITEM 1, o menor valor foi ofertado pela Licitante TENDAS E COMPANHIA RJ LTDA, cujo lance final atingiu o valor global de R$ 50.050,00 (cinquenta mil e cinquenta reais), com valor negociado pelo Pregoeiro a R$ 49.000,00 (quarenta e nove mil reais). Nos ITENS 2 e 3, o menor valor foi ofertado pela Licitante STELZER, SONORIZAÇÃO, ILUMINAÇÃO E COMÉRCIO S/S LTDA, pelo valor global de, respectivamente, R$ 16.249,81 (dezesseis mil duzentos e quarenta e nove 2

reais e oitenta e um centavos) e R$ 15.888,00 (quinze mil, oitocentos e oitenta e oito reais), negociados com o Pregoeiro, respectivamente, para R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) e R$ 15.500,00 (quinze mil e quinhentos reais). As propostas das Licitantes TENDAS E COMPANHIA RJ LTDA (ITEM 1) e STELZER, SONORIZAÇÃO, ILUMINAÇÃO E COMÉRCIO S/S LTDA (ITENS 2 e 3) foram aceitas pelo Pregoeiro, ante manifestação da Equipe Técnica de Apoio, por estarem preenchidas todas as condições de aceitação da proposta previstas no edital, conforme subitem 4.13 do edital. Ato contínuo, as empresas enviaram a documentação de habilitação em total acordo com as disposições do edital (subitem 4.18), razão pela qual foram habilitadas pelo Pregoeiro. Aberto o prazo para recursos, nenhuma Licitante manifestou intenção de recorrer, sendo a Sessão Pública encerrada. Cabe ressaltar que a empresa EVENTOS SIDEAL SERVIÇOS LTDA, além de não ter participado da licitação, não apresentou qualquer inconformismo ao BNDES quanto ao resultado final da licitação. Após o recebimento da documentação original das Licitantes, o Pregoeiro, em 16/10/2012, adjudicou-lhes o objeto da licitação. Na sequência, o Departamento de Licitações remeteu o procedimento para a homologação do certame ao Superintendente da Área de Administração. Em 23/10/2012, o resultado final da licitação foi homologado, publicado o aviso no Diário Oficial da União em 24/10/2012 (ANEXO X). Sendo assim, servimo-nos da presente para prestar os esclarecimentos necessários em razão da representação formulada pela empresa EVENTOS SIDEAL SERVIÇOS LTDA. II. REGULARIDADE DA EXIGÊNCIA EDITALÍCIA DE REGISTROS TÉCNICOS PROFISSIONAIS MOMENTO DIFERIDO DE COMPROVAÇÃO AMPLIAÇÃO DA COMPETITIVIDADE O representante insurge-se contra a falta de exigência pelo edital do PE 36/2012, no momento da habilitação, de atestado de capacidade técnica registrado no CREA bem como do registro da empresa e de seus profissionais responsáveis naquele Conselho. Por esse motivo, a seu ver, o edital estaria em desacordo com o Art. 30 da Lei 8.666/93. A interpretação do representante mostra-se totalmente equivocada em todos os pontos levantados. 3

Em relação ao registro dos profissionais e da empresa licitante, o Termo de Referência (Anexo I ao edital), é claro em seu subitem 3.2, ao dispor como obrigação da contratada: Providenciar, em relação aos serviços a serem prestados: a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) do engenheiro no CREA e o registro da empresa também no CREA, no prazo de até 10 dias corridos após a contratação. Assim, é clara a regularidade do edital em relação à necessidade de registro da empresa e dos profissionais responsáveis (ART) para a prestação dos serviços licitados, sendo inequívoco que o edital do PE 36/2012 está em total acordo com a normatização do sistema CONFEA/CREA. A Lei n.º 5.194/66, em seu art. 55, dispõe que os profissionais das áreas de Engenharia e Agronomia somente poderão exercer legalmente a profissão se registrados no CREA do local da atividade a ser desempenhada. Por isso, o BNDES exigiu, no subitem 3.2 do Termo de Referência Anexo I ao edital, que a contratada deveria providenciar a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) em relação aos serviços a serem prestados e o registro da empresa no CREA, em até 10 dias corridos após a contratação. A comprovação da qualificação técnica da Licitante vencedora logo após a assinatura do CONTRATO ao invés de no momento de habilitação como erroneamente defende o representante - foi motivada pela busca da competitividade, permitindo, assim, que empresas inscritas no CREA de outras unidades da Federação pudessem participar. Com essa medida, o BNDES garantiu a competitividade do certame e, ao mesmo tempo, garantiu o cumprimento das exigências legais e normativas expedidas pelos Conselhos de Fiscalização competentes. Essa medida foi adotada com base no entendimento pacificado do Tribunal de Contas da União, que possui inúmeros julgados nesse sentido. Como exemplo, pode-se destacar o Acórdão n.º 979/2005, emanado pelo seu Plenário, em que o TCU decidiu que o registro na entidade profissional competente para fiscalizar a atividade deve ocorrer somente no momento da contratação, ou seja, como fez o BNDES no presente certame. Não é demais ressaltar que todos os argumentos aqui levantados foram mencionados nas Atas de Julgamento da Impugnação e da Petição (ANEXOS III e VI), em resposta ao pleito de alteração do edital formulado pelo representante, deixando expresso naqueles documentos que No caso do Pregão Eletrônico AA nº 36/2012, conforme já exposto, o serviço não poderá 4

ser executado enquanto não for comprovado o registro da empresa junto ao CREA/RJ e efetivada a ART. Portanto, verifica-se que BNDES observou toda a legislação aplicável ao tema, sobretudo a Lei n.º 5.194/66, exigindo no Termo de Referência que a empresa contratada, antes de iniciar o serviço, apresentasse o registro no Conselho competente. Assim, apresenta-se sem embasamento jurídico a alegação do representante de que os normativos sobre as atividades a serem desempenhadas não foram observados nesta licitação. III. IMPOSSIBILIDADE DE EXIGÊNCIA DE REGISTRO DOS ATESTADOS DE CAPACIDADE TÉCNICA DAS EMPRESAS LICITANTES NA HABILITAÇÃO NORMATIZAÇÃO DO CONFEA JURISPRUDÊNCIA DO TCU REGULARIDADE DO EDITAL AMPLIAÇÃO DA COMPETITIVIDADE O outro ponto, também sem sustentação jurídica, levantado pelo representante versa sobre o atestado de capacidade técnica exigido para a para habilitação. Segundo a tese defendida pelo representante, o edital deveria ter previsto, obrigatoriamente, que os atestados a serem apresentados pelos licitantes fossem registrados no CREA. Essa teoria, que, numa leitura isolada e desatualizada do Art. 30, 1º, da Lei 8.666/93, poderia parecer razoável, na verdade não possui embasamento legal nem jurisprudencial, como se mostrará a seguir. A postura reclamada pelo representante aniquila o princípio da competitividade e fere as orientações emanadas pelo CONFEA e pelo TCU. O art. 30, 1º, da Lei n.º 8.666/93 dispõe que a comprovação da capacidade técnica poderá ser feita por atestados fornecidos por pessoas jurídicas de direito público ou privado, devidamente registrados nas entidades profissionais competentes. No entanto, como inclusive já exposto ao representante na Ata de Julgamento da Petição impetrada contra o edital, o BNDES deixou de exigir que o atestado de capacidade técnica fosse registrado junto ao CREA por orientação expressa do próprio CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia). 5

O Manual de Procedimentos Operacionais para a aplicação da Resolução n 1.025, de 30/10/2009 1 do CONFEA, não deixa dúvidas ao dispor que tal exigência resta vedada, como se depreende da leitura dos seguintes trechos: CAPÍTULO III 1.5.2. Da capacidade técnico-operacional Da leitura do art. 30, 1º, da Lei nº 8.666, de 1993, observamos que inexiste dispositivo legal na Lei de Licitações que obrigue o Crea ao registro do atestado para comprovação da capacidade técnicooperacional, uma vez que esta exigência, constante do art. 30, 1º, inciso II, foi vetada pelo Presidente da República por meio da Lei nº 8.883, de 1994, fundamentado nos argumentos de que esta exigência contrariava os princípios propostos no projeto de lei, como demonstra o extrato do veto abaixo transcrito: CAPÍTULO IV. 1.3. Recomendação Esclarecer às comissões de licitação, aos profissionais e às empresas que: o Crea não emitirá CAT em nome da pessoa jurídica contratada para prova de capacidade técnico-operacional por falta de dispositivo legal que o autorize a fazê-lo. (grifado) O Tribunal de Contas da União esposa o mesmo entendimento, conforme se depreende da leitura do Acórdão n.º 128/2012 TCU 2, em cuja parte dispositiva foi recomendado à UFRJ, in verbis: 1.7. Recomendar à UFRJ que exclua dos editais para contratação de empresa para a execução de obra de engenharia a exigência de registro no CREA dos atestados para comprovação da capacitação técnica operacional das licitantes, tendo em conta a recomendação inserta no subitem 1.3 do Capítulo IV combinado com o subitem 1.5.2 do Capítulo III do Manual de Procedimentos Operacionais para aplicação da Resolução CONFEA nº 1.025/2009, aprovado pela Decisão Normativa CONFEA nº 085/2011 (grifado) 1 Disponível em http://www.confea.org.br/media/dn85_2011_anexo.pdf 2 Acórdão n.º 128/2012 - Órgão Julgador: Segunda Câmara - Relator: JOSÉ JORGE - Processo: 030.802/2011-3 - Número ata: 01/2012 6

É latente que a pretensão do representante está em total desacordo com o que determinam o CONFEA e o TCU. Ao deixar de exigir o registro do atestado no CREA, o BNDES agiu em estrita conformidade com a normatização sobre o tema. O subitem 4.18.3 do edital do PE 36/2012 exige a apresentação de atestado de capacidade técnica para a habilitação dos licitantes em estrita conformidade com a jurisprudência do TCU. O atestado foi formatado para que fosse aferida a experiência do licitante, o que foi regularmente efetivado na licitação, e não para restringir a participação de empresas capazes, como defende o impugnante, A exigência do registro do atestado no CREA, como reclama o representante, feriria a determinação do CONFEA e do TCU e restringiria indevidamente a competitividade do certame. Em sua impugnação ao edital, o representante enviou a Decisão n.º PL-0514/2004, emanada pelo Plenário do CONFEA, a qual trata de situação que de modo algum se assemelha ao do Pregão Eletrônico AA n.º 36/2012. Naquele caso julgado pelo CONFEA, determinada empresa, após ter sido autuada por executar o serviço de montagem do palco sem possuir o registro no CREA, requereu o cancelamento da multa aplicada pelo fato de, posteriormente à prestação dos serviços, ter regularizado seu registro junto ao Conselho Profissional competente. No caso do Pregão Eletrônico AA nº 36/2012, conforme já exposto, o serviço não poderá ser executado enquanto não for comprovado o registro da empresa junto ao CREA/RJ e efetivada a ART do profissional responsável, motivo bastante para elidir a afirmação contida na petição de que haverá riscos para o público. O acolhimento dos argumentos do representante feriria a jurisprudência do TCU e teria como única consequência permitir o alijamento do certame de potenciais vencedores capazes, prejudicando a ampla competitividade sem qualquer benefício ao interesse público, motivo pelo qual foi rejeitado. Vale ressaltar que todos os pontos aqui levantados foram exaustivamente expostos pelo BNDES ao Licitante nas Atas de Julgamento de Impugnação e de Petição. Contudo, o representante insiste na reapresentação dos mesmos argumentos infundados através da representação que ora se rebate, não trazendo, portanto, qualquer fundamento juridicamente sustentável que pudesse alentar sua pretensão administrativa. 7

IV. QUALIFICAÇÃO TÉCNICA DAS EMPRESAS VENCEDORAS DO CERTAME REGISTROS REGULARES Prova do acerto da decisão do BNDES foi o resultado final da licitação: ambas as empresas vencedoras possuem registro junto ao CREA e ao CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo) para desempenhar as atividades inerentes aos contratos a serem firmados. Ressalta-se que não houve registro de intenção de recurso no certame. A empresa TENDAS E COMPANHIA RJ LTDA EPP, vencedora do ITEM 1 (serviços de montagem de palco externo para apresentações musicais ao ar livre e complementação de infraestrutura local) já apresentou registro no CREA/RJ para toda a parte operacional de Engenharia Elétrica e no CAU/RJ para a parte de montagem de palco, conforme comprovam os documentos enviados durante a Sessão Pública (ANEXO VIII). Assim, a empresa mostra-se totalmente regular para a prestação dos serviços. Ressalte-se que os atestados de capacidade técnica acompanhados das Certidões de Acervo Técnico nº 4249/2009 e n.º 4355/2009, enviados pela Licitante TENDAS E COMPANHIA RJ LTDA EPP durante a Sessão Pública, foram registrados no CREA/RJ em nome do profissional LUIS EDUARDO CORREA DE AZEVEDO, inscrito como arquiteto naquele Conselho, comprovando o desempenho da atividade de montagem de palcos, de tendas e de arquibancadas, o suficiente para comprovar que já foram executados regularmente serviços similares ao da licitação proposta. Além disso, na Certidão de Registro da empresa TENDAS E COMPANHIA RJ LTDA EPP perante o CAU, o arquiteto LUIS EDUARDO CORREIA DE AZEVEDO consta como Responsável Técnico, bastando para comprovar a qualificação técnica da empresa vencedora e de seus profissionais, de acordo com as exigências do edital. Em relação aos ITENS 2 e 3, a empresa STELZER, SONORIZAÇÃO, ILUMINAÇÃO E COMÉRCIO S/S LTDA apresentou durante a Sessão Pública a certidão de registro junto ao CREA/RJ (ANEXO IX), na qual constam como Responsáveis Técnicos CARLOS ALBERTO DE AZEVEDO LINS (ENGENHEIRO ELETRICISTA) e JACQUES STELZER CARDOSO (TECNICO ELETRONICA). Além disso, a empresa apresentou as Certidões de Acervo Técnico nº 148442/2012 e n.º 143802/2012, emitidas em seu nome pelo CREA/RJ, comprovando que o Engenheiro Eletricista CARLOS ALBERTO DE AZEVEDO LINS já realizou serviços de SONORIZAÇÃO e ILUMINAÇÃO CÊNICA para a RIOTUR, em eventos de grande porte, o suficiente para comprovar que já foram executados regularmente serviços similares ao da licitação proposta. 8

Assim, verifica-se que ambas as empresas vencedoras dos três itens do PE 36/2012, apresentaram toda a documentação regular para a prestação dos serviços de acordo com as normas dos Conselhos profissionais e jurisprudência do TCU, mesmo com a disposição editalícia (subitem 3.2 do TR) no sentido dessa obrigação apenas incidir após a assinatura do contrato. V. CONSELHO PROFISSIONAL COMPETENTE PARA A FISCALIZAÇÃO DA ATIVIDADE DE MONTAGEM DE PALCO CAU Quanto ao Conselho competente para fiscalizar a atividade de montagem de palco, cabe ressaltar que, com o advento da Lei n.º 12.378/2010, foram criados os Conselhos de Arquitetura e Urbanismo dos Estados (CAUs), desconcentrando parte das atribuições dos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREAs). Na aludida lei, que regula o exercício da profissão de Arquiteto e Urbanista, foi disposto, em seu art. 3º, 1º, que: O Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil - CAU/BR especificará, atentando para o disposto no caput, as áreas de atuação privativas dos arquitetos e urbanistas e as áreas de atuação compartilhadas com outras profissões regulamentadas. Sendo assim, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) expediu a Resolução n 21/2012, dispondo s obre as atividades e atribuições profissionais do arquiteto e urbanista, na qual estão compreendidos os projetos e a montagem de palcos, como demonstra a inteligência dos dispositivos transcritos a seguir: Art. 3º. Para fins de Registro de Responsabilidade Técnica (RRT), definido em Resolução própria do CAU/BR, as atribuições profissionais dos arquitetos e urbanistas serão representadas no Sistema de Informação e Comunicação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (SICCAU) através das seguintes atividades: 1. PROJETO 1.2. SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAIS 1.2.1. Projeto de estrutura de madeira; 1.2.2. Projeto de estrutura de concreto; 1.2.3. Projeto de estrutura pré-fabricada; 9

1.2.4. Projeto de estrutura metálica; 1.2.5. Projeto de estruturas mistas; 1.2.6. Projeto de outras estruturas. 2. EXECUÇÃO 2.2. SISTEMAS CONSTRUTIVOS E ESTRUTURAIS 2.2.1. Execução de estrutura de madeira; 2.2.2. Execução de estrutura de concreto; 2.2.3. Execução de estrutura pré-fabricada; 2.2.4. Execução de estrutura metálica; 2.2.5. Execução de estruturas mistas; 2.2.6. Execução de outras estruturas; Portanto, analisando os normativos acima mencionados, conclui-se pela atribuição dos CAUs em fiscalizar as atividades de projetos e execução de estruturas de palco, razão pela qual a documentação apresentada pela empresa TENDAS E COMPANHIA RJ LTDA EPP, qual seja, o registro junto ao CAU/RJ, com a apresentação de um arquiteto como responsável técnico, torna-a qualificada legalmente para a prestação dos serviços a serem contratados pelo BNDES para o ITEM 1. VI. CONCLUSÃO A tese defendida pelo postulante não encontra embasamento jurídico, vai de encontro à normatização legal do CONFEA e à jurisprudência pacífica do TCU, além de atentar contra o princípio da competitividade. O BNDES pautou sua conduta com toda a diligência e cautela necessárias, a fim de garantir que os serviços a serem contratados através do PE 36/2012 sejam prestados de acordo com os normativos expedidos pelo CONFEA/CREA/CAU e ampliar a competitividade do certame, respaldado, sobretudo, pelo entendimento pacífico do Tribunal de Contas da União. As empresas vencedoras do PE 36/2012 possuem registro regular nos Conselhos profissionais e apresentaram responsáveis técnicos habilitados com ART, não havendo, portanto, qualquer ilegalidade procedimental ou risco para a população, como equivocadamente aventa o representante. 10

Diante de todos os argumentos expostos, verifica-se que a pretensão materializada pelo representante não encontra respaldo jurídico em nenhum dos pontos alegados, não merecendo, portanto, acolhimento ou prosseguimento administrativo. ALESSANDRO MARTINS GOMES Pregoeiro AA/DELIC/GLIC4 PEDRO IVO PEIXOTO DA SILVA Gerente AA/DELIC/GLIC4 ROGÉRIO ABI-RAMIA BARRETO Chefe de Departamento AA/DELIC 11