Resumo. Palavras-chave: desenvolvimento motor, crianças, prevenção. Abstract

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ESTUDO COMPARATIVO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR E PERFIL PSICOSSOCIAL DE CRIANÇAS PRÉ-ESCOLARES ENTRE 03 E 05 ANOS DE IDADE DOS CENTROS EDUCACIONAIS INFANTIS MICKEYLÂNDIA E PIRULITO DE TERMAS DO GRAVATAL-SC Comparative study of development neuropsicomotor and profile psicossocial of preschool children between three and five years of age of educational centers infantile Mickeylândia and Pirulito of spa of the Gravatal-SC Cristiane Fernandes Zappelini dos Santos*, Fabiana Durante de Medeiros** *Acadêmica do 8º semestre do Curso de Fisioterapia, da Universidade do Sul de Santa Catarina, cristianezappelini@yahoo.com.br, (048) 3648-2003. ** Docente da Universidade do Sul de Santa Catarina, fdurante@unisul.br, (048) 99065383. Resumo O desenvolvimento motor é adquirido e aperfeiçoado pela criança através de tentativas e erros, ou seja, ela usa, modifica e adapta suas experiências sensóriomotoras presentes, sempre na dependência da direção e do input sensorial, fornecido pela visão, audição, tato, pressão e propriocepção. Assim esta pesquisa teve como finalidade avaliar o desenvolvimento motor de crianças de 3 a 5 anos de dois Centros Educacionais Infantis (CEI s), sendo uma de caráter público e a outra privado. Foram avaliadas 32 crianças 16 crianças do CEI Pirulito (privado) e 16 crianças do CEI Mickeylândia (público). Para a realização dos testes motores utilizou-se a Escala de Desenvolvimento Motor EDM (ROSA NETO, 2002), além de um questionário psicossocial de autoria do CEFID/UDESC, 2000. Para o tratamento dos dados foi utilizado o programa Epi-Info 6.0, a estatística descritiva e o teste estatístico para amostras independentes de Wilcoxon. As áreas avaliadas foram motricidade fina e global, equilíbrio, esquema corporal, organização espacial e temporal, lateralidade. Os resultados desta pesquisa indicaram que os pré-escolares de ambos os CEI s mostraram-se dentro de um perfil motor considerado normal, com resultado significativo para o CEI Mickeylândia, mostrando a importância das experiências motoras vivenciadas e exploradas pelos escolares. Através deste estudo evidenciamos a importância de um fisioterapeuta atuando com outros profissionais, preconizando a prevenção, que atualmente tem ganhado de maneira lenta e progressiva, um espaço maior na área da saúde, dando um enfoque nos níveis primário e secundário, identificando precocemente o fator causal e proporcionando uma intervenção mais expressiva à atenção básica desta população. Palavras-chave: desenvolvimento motor, crianças, prevenção Abstract The motor development is acquired and perfected for the child through attempts and errors, that is, it uses, modifies and adapt its sensory-motors experiences gifts, always in the dependence of the direction and input sensorial, supplied for the vision,

hearing, tate, pressure and propriocepção. Thus this research had as purpose to evaluate the motor development of children of three the five years of two Infantile Educational Centers - CEI s, being one of private character and another one of public character - through a descriptive-comparative and quantitative research. Sixteen children of the CEI Pirulito (private) and sixteen children of the CEI Mickeylândia had been evaluated thirty and two children - (public). For the accomplishment of the motor tests it was used Scales the motor development - EDM (ROSA NETO, 2002), beyond a psicossocial questionnaire of authorship of CEFID/UDESC, 2000. For the treatment of the data the program was used Epi-Info 6,0, the descriptive statistics and the statistical test for independent samples of Wilcoxon. The evaluated areas had been fine and global motricity, balance, corporal project, space and secular organization, lateralidade. The results of this research had indicated that preschool of both the CEI s had revealed inside of a normal considered motor profile, with significant result for the CEI Mickeylândia, having shown the importance of the motor experiences lived deeply and explored by the pertaining to school. Through this study we evidence the importance of a physiotherapist acting with other professionals, praising the prevention, that currently has earned in slow and gradual way, a bigger space in the area of the health, giving an approach in the levels primary and secondary, identifying precociously the causal factor and providing a expressy intervention to the basic attention of this population. Key-words: motor development, children, prevention Introdução O padrão de crescimento, comportamento e desenvolvimento evolutivo do aparelho motor humano, são facilmente modificados através do tempo, sofrendo influências, que são inúmeras, comprometendo, afetando sua evolução. A adaptação de uma necessidade específica a um movimento, um ato motor, caracteriza em bases científicas o movimento intencional, provocado, com significância para o ser humano. De tal forma que, as influências sofridas pelo mesmo em seu aparelho motor, nada mais é do que a combinação das mesmas, ou seja, a maturação biológica com ação do meio. Com isso, o ser humano tende a se adaptar neuropsicomotoramente ao meio onde vive. Desde o momento da concepção o organismo humano tem uma lógica biológica, uma organização, um calendário maturativo e evolutivo, uma porta aberta à interação e a estimulação. As possibilidades motoras da criança evolucionam amplamente com sua idade, sendo cada vez mais variadas e complexas. Durante a gestação, o feto começa a dar sinais de vida ao mundo exterior fundamentalmente através de uma atividade motora (ROSA NETO, 1996). Schwartzman (2000) afirma que o desenvolvimento se refere ao conjunto de alterações seqüenciais na vida de um organismo e que podem ocorrer a nível molecular, funcional ou comportamental. Estas modificações são idade-dependentes sendo quantitativas e qualitativas. O desenvolvimento será, em última instância, o resultado final da interação contínua entre potenciais biológicos geneticamente determinados e circunstâncias ambientais. Segundo Gesell (1996), a maneira como a criança utiliza seu potencial é sempre influenciada pelo ambiente, considerando a importância do contexto sócioafetivo.

Portanto, podemos afirmar que o desenvolvimento motor é adquirido e aperfeiçoado pela criança através de tentativas e erros, ou seja, ela usa, modifica e adapta suas experiências sensório-motoras presentes, sempre na dependência da direção e do input sensorial, fornecido pela visão, audição, tato, pressão e propriocepção. A qualidade da atividade motora é de grande importância no desenvolvimento global da criança, considerando que um bom controle motor permitirá a criança explorar seu meio, oferecendo-lhe experiências concretas sobre as quais formar-se-ão as noções básicas para o seu desenvolvimento intelectual. Para Andraca (1998), um ambiente carente em estímulos pode atrasar o ritmo de desenvolvimento, o que diminuiria a qualidade de interação da criança com o seu meio, restringindo sua capacidade de aprendizagem. É através da estimulação que a criança adquire maturação suficiente para desenvolver suas potencialidades, sendo indispensável que as crianças sejam estimuladas desde o nascimento e principalmente no início da vida escolar. Em 1925 Heuyer (apud ROSA NETO, 2002, p. 13), que partiu da perspectiva de Dupré, empregou o termo psicomotricidade a fim de ressaltar a associação estreita entre o desenvolvimento da motricidade, da inteligência e da afetividade. Em sua memória sobre os transtornos da motricidade em uma criança normal e em outra anormal, propôs o que seria a prática reeducativa. Há uma crescente preocupação em verificar como a dinâmica e o nível sócio-econômico de instituições que se destinam a matricular crianças pré-escolares está ou não afetando o seu processo de desenvolvimento neuropsicomotor. Atualmente, neste sistema de globalização, a mulher começou a participar de forma mais ativa na sociedade, precisando dispor de mais tempo fora de casa. Neste processo os pais até aqui responsáveis pelos cuidados diários de seus filhos, estão sendo substituídos pelas creches, escolinhas e centros educacionais. A avaliação do desenvolvimento motor geral destas crianças é importante no diagnóstico de possíveis atrasos, evitando assim complicações que possam vir a ocorrer futuramente. De acordo com o exposto acima, pode-se conhecer melhor as alterações precocemente nos pré-escolares, traçando desta maneira melhores objetivos e técnicas para a população analisada. Quanto mais precocemente for identificado tais alterações, melhor será o desenvolvimento motor da criança, pois a fisioterapia atua de maneira efetiva junto as alterações motoras, propiciando à mesma uma condição melhor de aprendizagem, minimizando o fator causal que possa vir a provocar as alterações e complicações no letramento do pré-escolar. Neste estudo, o objetivo geral foi o de analisar o desenvolvimento motor em crianças pré-escolares. Esta pesquisa tem ainda como objetivos específicos, avaliar o quociente motor geral, avaliar a motricidade fina e global, o equilíbrio, a organização espacial e temporal, a lateralidade, comparar os quocientes motores entre as instituições. Tendo como principais questionamentos, se o quociente motor geral é mais baixo na rede pública ou na particular? Qual quociente motor específico está em maior desenvolvimento? Há diferença entre as instituições? Se sim, qual a relação desta análise? Materiais e Métodos O estudo teve como base metodológica a pesquisa descritiva, pois abordou as características de uma população visando comparar o desenvolvimento

neuropsicomotor e perfil psicossocial de dois grupos escolares pertencentes a redes educacionais diferentes. Quanto ao nível, ele é quantitativo, sendo a coleta de dados constituída de quantificação de valores, em números, procedimento sistemático para a descrição e explicação do estudo em questão. E quanto ao procedimento utilizado na coleta de dados foi comparativo, relacionando dois grupos diferentes de préescolares correlacionando o desenvolvimento neuropsicomotor e perfil psicossocial entre eles. A amostra foi composta por 32 pré-escolares, entre 03 e 05 anos de idade - 16 pertencentes à rede pública de ensino e 16 da rede particular de ensino do município de Gravatal-SC, selecionados a partir de uma escolha aleatória, neste caso utilizou-se de sorteio simples. O método utilizado na investigação foi primeiramente ligar para as instituições dos CEI s já citados relatando sobre a pesquisa e a sua importância. Foi então marcada uma reunião com os pais e responsáveis pelas instituições, colocando de maneira clara e objetiva o trabalho que seria realizado com as crianças, desta forma pedindo autorização para realiza-la, entregando o questionário elaborado pelo CEFID/UDESC(2000), aos mesmos, e nas datas combinadas com os responsáveis pela instituição aplicando os testes, ou seja, os instrumentos de coleta de dados. O questionário foi entregue para os pais levarem para casa e responderem, e posteriormente entrega-los. As atividades foram realizadas nas instituições com a presença do professor. Os responsáveis das instituições assinaram um termo de acordo, e os responsáveis pelas crianças assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Para a análise dos dados foi utilizado o programa Epi-Info versão 6.0 (FERNÁNDEZ MERINO, 1996), com o intuito de avaliar a variação dos padrões motores dos grupos pertencentes à amostra, sendo empregado a estatística descritiva, a qual analisa a freqüência simples e percentual; análise de variância; desvio padrão; valores mínimo, máximo e mediana. Foi utilizado o teste estatístico de Wilcoxon para amostras independentes com um nível de significância de 95% (α= 0,05) para verificar se existe diferença estatística entre os resultados encontrados nas coletas nos CEI s. Resultados e discussão Na medida em que o meio externo ajuda a criança em si, a afirmar-se como uma unidade afetiva e expressiva, favorece então o equilíbrio entre o dito espontâneo e o controlado, sua motricidade global coordenada e rítmica traduz o bom desenvolvimento de sua função de ajustamento. Atualmente a visão da educação psicomotora não é bem difundida, pois muitos educadores não percebem o quanto é importante a efetiva atuação junto à criança de modo que a mesma possa passar por este estágio (3 aos 6 anos) sem produzir uma ruptura entre o universo mágico, seu mundo imaginário no qual se projeta sua subjetividade e o universo onde impera uma organização e uma estrutura. Para Ajuriaguerra (1983), o desenvolvimento passa por três etapas distintas. A primeira fase compreende a organização da constituição motora, a organização tônica de fundo, a organização proprioceptiva e o desaparecimento das reações primitivas. As crianças nascem com as condições anatomofisiológicas de

seus reflexos. Para que estes se tornem atos é preciso que o ser tenha experiências em relação ao meio, através de estímulos que vem a romper o equilíbrio de sua organização. O segundo período é da organização do plano motor, onde ocorre a passagem da interação sucessiva para a integração simultânea. O ser humano evolui para a mobilidade funcional, cujo desenvolvimento traz consigo a base de sua construção em relação a uma maior plasticidade do funcionamento das formas anatômicas, em relação à função cognitiva descoberta progressivamente. Por fim, a terceira etapa caracteriza-se pela automatização do movimento. Este, por sua vez, torna-se mais eficiente, adequando-se de maneira mais eficaz às intenções da criança. Tabela I Distribuição por gênero e idade da amostra dos pré-escolares dos CEI s, da rede particular e pública de ensino respectivamente Gênero CEI Pirulito CEI Mickeylândia Masculino Feminino Masculino Feminino Idade Nº % Nº % Nº % Nº % 03 04 05 01 02 02 20 40 40 00 04 07-36 64 Total 05 100 11 100 05 100 11 100 01-04 20-80 00 06 05-55 45 Através da tabela 1 pode-se constatar que a população feminina é maior que a masculina, em ambos os CEI s, tanto da rede pública quanto da particular de ensino. Nesta situação, totalizando um valor de 68,75% do total da amostra. Tabela II Análise do desenvolvimento motor/16 crianças do CEI Pirulito de 3 a 5 anos Média Variância Desvio Valor Mediana Valor Variáveis Padrão Mínimo Máximo IDADE CRONOLÓGICA IC IDADE MOTORA GERAL IMG Motricidade Fina IM1 Motricidade Global IM2 Equilíbrio IM3 Esquema Corporal IM4 Organização Espacial IM5 Organização Temporal IM6 QUOCIENTE MOTOR GERAL QMG Motricidade Fina QM1 Motricidade Global QM2 Equilíbrio QM3 Esquema Corporal QM4 Organização Espacial QM5 Organização Temporal QM6 58.62 58.12 55.50 63.75 52.50 59.25 61.50 56.25 99.95 96.45 110.55 91.85 102.31 107.31 99.05 64.78 40.78 74.50 129.00 112.80 181.80 93.60 33.00 96.96 142.85 213.85 395.85 268.08 286.55 283.63 8.04 6.38 8.62 11.35 10.62 13.48 9.67 5.74 9.84 11.95 14.62 19.89 16.37 16.92 16.84 43.00 24.00 85.70 76.20 90.60 42.90 75.00 82.80 66.70 59.00 56.00 54.00 54.00 100.70 109.10 93.05 105.70 107.70 98.40 Obs.: A média, valor mínimo, máximo e mediana da IC, IMG e IM1 IM6 estão dispostas em meses. 70.00 84.00 84.00 120.90 117.60 139.50 120.00 124.10 139.50 120.00

Os resultados da tabela 2 quando analisada, mostram um desempenho motor adequado para a idade cronológica quando comparada com a idade motora geral. Segundo Rosa Neto (1996), a idade motora representa a média da capacidade individual da criança em todas as habilidades motoras e deve corresponder à idade cronológica. Observa-se ainda que este grupo apresentou diferenças positivas consideráveis nas áreas de motricidade global (IM2=63.75), esquema corporal (IM4=59.25), organização espacial (IM5=61.50) e no quociente da motricidade global (QM2=110.55). Tabela III Análise do desenvolvimento motor/16 crianças do CEI Mickeylândia de 3 a 5 anos Variáveis Média Variância Desvio Padrão Valor Mínimo Mediana Valor Máximo IDADE CRONOLÓGICA IC IDADE MOTORA GERAL IMG Motricidade Fina IM1 Motricidade Global IM2 Equilíbrio IM3 Esquema Corporal IM4 Organização Espacial IM5 Organização Temporal IM6 QUOCIENTE MOTOR GERAL QMG Motricidade Fina QM1 Motricidade Global QM2 Equilíbrio QM3 Esquema Corporal QM4 Organização Espacial QM5 Organização Temporal QM6 61.00 62.50 58.50 76.50 63.75 57.00 59.25 103.04 97.18 125.59 105.38 93.00 97.52 99.56 39.86 24.26 16.80 228.00 129.00 201.60 124.20 19.20 73.26 207.75 491.85 435.52 288.28 286.79 203.59 6.31 4.92 4.09 15.10 11.35 14.19 11.14 4.38 8.55 14.41 22.17 20.86 16.97 16.93 14.26 47.00 56.00 86.20 69.60 92.30 73.80 72.70 73.80 73.80 62.50 62.00 103.20 118.90 99.25 89.75 93.75 Obs.: A média, valor mínimo, máximo e mediana da IC, IMG e IM1 IM6 estão dispostas em meses. 71.00 84.00 84.00 119.10 127.70 165.50 144.80 135.20 127.70 127.70 Os resultados apresentados na tabela acima apontam uma discrepância entre a média da idade cronológica (IC=61.00) quando comparado com a média da idade motora geral (IMG=62.50). Como já citado acima, a idade motora geral deve corresponder à idade cronológica da criança. Neste caso obtivemos uma grande variação entre as variáveis, o que indica uma idade positiva superior à normalidade. Observa-se ainda que o grupo apresentou também discrepâncias nas variáveis de motricidade global (IM2=76.50), quociente da motricidade global (QM2=125.59), indicando um alto índice de desenvolvimento quando comparado com o outro grupo. Segundo Papalia e Olds (2000), a habilidade das crianças varia conforme sua herança genética e suas oportunidades para aprender e praticar habilidades motoras. [...] as áreas sensoriais e motoras do córtex estão mais desenvolvidas do que antes, permitindo melhor coordenação entre o que as crianças querem fazer e o que podem fazer.

Segundo Le Boulch (1984) a criança delimita seu corpo próprio do mundo dos objetos através da atividade práxica realizada na pesquisa do ambiente. Os jogos e o trabalho de coordenação global permitem prolongar esta experiência vivenciada com o corpo durante o período pré-escolar. Tabela IV - Distribuição da renda familiar dos pais das crianças do CEI Pirulito Renda Familiar N o % Até 1 salário mínimo - - De 1 a 5 salários mínimos 7 43,75 De 5 a 10 salários mínimos 8 50,00 Mais de 10 salários mínimos 1 6,25 Total 16 100,00 Entre o grupo pesquisado na tabela acima, 43,75% possuía como renda per capita a quantidade de 1 a 5 salários-mínimos, 50% de 5 a 10 salários e 6,25% acima de 10 salários. Tabela V Distribuição da renda familiar dos pais das crianças do CEI Mickeylândia Renda Familiar N o % Até 1 salário mínimo 03 18,75 De 1 a 5 salários mínimos 12 75,00 De 5 a 10 salários mínimos - - Mais de 10 salários mínimos 01 6,25 Total 16 100,00 Já no grupo acima, da tabela 5, 23, 75% possuía como renda per capita a quantidade de 1 a 5 salários-mínimos, 18,75% até 1 salário mínimo e 6,25% acima de 10 salários. Nestes dados observa-se uma grande diferença em relação à renda per capita dos grupos, evidenciando o nível econômico das famílias dos CEI s. A principal conclusão que chega a partir dos resultados é que efetivamente existe evidência de que as desigualdades de renda e de educação estão negativamente correlacionadas com a renda per capita. Além disso, verifica-se que há indicação de que o grau de participação política têm correlação positiva com a renda. Destaca-se também a verificação de que as evidências apontam a existência de correlação entre desigualdade de renda e desigualdade educacional, a qual influencia diretamente no desenvolvimento motor dos pré-escolares. As dificuldades financeiras interferem na área nutricional, psicossocial, motora e principalmente na afetiva, pois os pais quando passam por situações difíceis, refletem seus desgostos no lar, muitas vezes sobre seus filhos, os quais de uma maneira sutil se voltam para si, tornando-se introvertidos, agressivos e carentes de afeto.

Tabela VI Distribuição dos valores da idade motora IM2 segundo o teste de Wilcoxon para amostras independentes nos CEI s Mickeylândia e Pirulito Soma da Ordem do Teste de Wilcoxon de duas amostras Independentes Significância α: 0.05 Número total da amostra 32 Soma da Ordem do CEI - Pública 326.00 Soma da Ordem do CEI - Particular 202.00 Média, µ R 264.00 Desvio Padrão, σ R 26.533 Teste Estatístico, z -2.3367 Critical z ±1.9600 Rejeitar a hipótese nula Os dados fornecem a evidência que as amostras vêm de populações diferentes Tabela VII Distribuição dos valores do quociente motor - QM2 segundo o teste de Wilcoxon para amostras independentes nos CEI s Mickeylândia e Pirulito Soma da Ordem do Teste de Wilcoxon de duas amostras Independentes Significância α: 0.05 Número total da amostra 32 Soma da Ordem do CEI - Pública 318.50 Soma da Ordem do CEI - Particular 209.50 Média, µ R 264.00 Desvio Padrão, σ R 26.533 Teste Estatístico, z 2.0540 Critical z ±1.9600 Rejeitar a hipótese nula Os dados fornecem a evidência que as amostras vêm de populações diferentes De acordo com Teste de Wilcoxon para amostras independentes, as únicas variáveis que apresentaram diferenças entre os pré-escolares, foram: a idade motora 2 IM2, e o quociente motor 2 QM2, mostrando que as demais variáveis analisadas, mostraram um bom desempenho em ambas as escolas, caracterizando um desenvolvimento motor geral de normal médio. A lateralidade avaliada na EDM, refere-se a preferência que a criança como indivíduo, adota o emprego de um dos lados do corpo (predomínio) sobre o outro lado, ou seja, prefere o esquerdo ao invés do direito, e vice-versa. Segundo Rosa Neto (2002) a lateralidade é a preferência da utilização de uma das partes simétricas do corpo: mão, olho, ouvido, perna; a lateralização cortical é a especialidade de um dos dois hemisférios quanto ao tratamento da informação sensorial ou quanto ao controle de certas funções.

Lateralidade do CEI Mickeylândia 44% 0% 56% Lateralidade indefinida Lateralidade cruzada Destro completo Sinistro completo Gráfico 1. Preferência da utilização de uma das partes simétricas do corpo: mão, olho, ouvido e perna Lateralidade do CEI Pirulito 44% 0% 56% Lateralidade indefinida Lateralidade cruzada Destro completo Sinistro completo Gráfico 2. Preferência da utilização de uma das partes simétricas do corpo: mão, olho, ouvido e perna Os resultados apresentados nos gráficos 1 e 2 referentes a lateralidade dos dois grupos da amostra, aponta índices de igual valor, ou seja, uma predominância em todos os aspectos, ficando 56% para lateralidade definida como destro completo e 44% para lateralidade cruzada. Estes mesmos dados são encontrados nos estudos realizados por Rosa Neto (1996) e Rodrigues (2000), que mostram uma predominância da lateralidade destra completa e cruzada. Oliveira (1998) destaca a importância dos estímulos do meio no processo de lateralização da criança sendo fundamental a experimentação dos dois lados do corpo sem imposições feitas pelo adulto. E relata ainda que criança de 0 a 7 anos precisa manipular e explorar materiais diversos usando o lado do corpo de sua

preferência para que a dominância lateral possa se estabelecer com naturalidade e segurança. Considerações finais Esta pesquisa permitiu observar que, ao se comparar os dois grupos, as crianças que permaneciam no CEI da rede particular de ensino, se destacaram na área de organização espacial e esquema corporal, porém as crianças do CEI da rede pública de ensino se saíram melhor nas áreas de equilíbrio e motricidade global. Comparando os resultados obtidos na coleta de dados, em relação ao quociente motor global (QM2=125,59), pode-se notar uma diferença significativa, a qual denota um melhor desempenho do CEI Mickeylândia, caracterizado como um nível superior de motricidade. Na lateralidade, na distribuição quanto à preferência ficou definido que os índices igualaram-se, apontando a destra completa e a cruzada como absolutas. Observando os dados obtidos através da avaliação realizada, aponta-se que as crianças estão com seu desenvolvimento motor classificado na sua maioria como normal médio, caracterizado segundo a EDM, dentro dos padrões de normalidade de acordo com Rosa Neto (1996), Rodrigues (2000). Os resultados desta pesquisa indicaram que os pré-escolares do CEI Mickeylândia da rede pública e do CEI Pirulito da rede particular de ensino matriculados em período parcial com idade entre 3 e 5 anos, mostraram-se dentro de um perfil motor considerado normal, com resultado significativo para o CEI Mickeylândia da rede pública, mostrando a importância das experiências motoras vivenciadas e exploradas pelos pré-escolares desta pesquisa. Através deste estudo evidenciamos a importância de um fisioterapeuta atuando interdisciplinarmente com outros profissionais, neste caso, os professores dos CEI s, como também na saúde coletiva, o qual preconiza-se a prevenção, que atualmente tem ganhado de maneira lenta e progressiva, um espaço maior na área da saúde, de forma gradual, propondo um enfoque nos níveis primário e secundário. Entendemos, também, que um estudo mais amplo considerando que o desenvolvimento neuropsicomotor com análise da idade e do gênero, permitirá mais informações servindo de ajuda no contexto aqui relatado. Referências 1 - AJURIAGUERRA, J. Manual de psiquiatria infantil. 2. ed. São Paulo: Masson, 1983. 2 - ANDRACA, I. et al. Factores de riesgo para el desarrollo psicomotor em lactentes nacidos em óptimas condiciones biológicas. Revista de saúde pública, São Paulo v. 32, n. 2, 1998. 3 - FERNÁNDEZ MERINO, J.C. Epidemiologia com microordenadores. Sevilla: Junta de Andalucía, 1996.

4 - PAPALIA, D.; OLDS, S. W. Desenvolvimento humano. 7ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 5 - RODRIGUES, L. R. Caracterização do Desenvolvimento físico, motor e psicossocial de pré-escolares de Florianópolis (Mestrado em Ciências do Movimento Humano) - Centro de Educação Física, Fisioterapia e Desportos, Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis, 2000. 6 - ROSA NETO, F. Manual de avaliação motora. Porto Alegre: Artmed, 2002. 7 -. Valoración del desarrolo motor y su correlacion com los transtornos del aprendizaje. Tesis doctoral, Falcultad de Medicina, Universidad de Zaragoza, 1996. 8 - SCWARTZMAN, J. S. O desenvolvimento motor normal. Temas sobre Desenvolvimento. v. 9, n.52, p.51-56, 2000. 9 - CEFID. Avaliação Psicossocial: realizada com os pais ou responsáveis. Florianópolis: UDESC, 2000. 10 - OLIVEIRA, G. C. Psicomotricidade: educação e reeducação num enfoque psicopedagógico. Rio de Janeiro: Vozes, 1998. 11 - LE BOULCH, J. O desenvolvimento psicomotor: do nascimento até 6 anos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1984. 12 - GESELL, A. A criança dos 0 a 5 anos. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1996.