Acta Scientiarum. Agronomy ISSN: 1679-9275 eduem@uem.br Universidade Estadual de Maringá Brasil

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Acta Scientiarum. Agronomy ISSN: 1679-9275 eduem@uem.br Universidade Estadual de Maringá Brasil Polanczyk, Ricardo Antonio; Pratissoli, Dirceu; Rodrigues Vianna, Ulysses; Gonçalves dos Santos Oliveira, Regina; Santos Andrade, Gilberto Interação entre inimigos naturais: Trichogramma e Bacillus thuringiensis no controle biológico de pragas agrícolas Acta Scientiarum. Agronomy, vol. 28, núm. 2, abril-junio, 26, pp. 233-239 Universidade Estadual de Maringá Maringá, Brasil Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=33265691 Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc Sistema de Informação Científica Rede de Revistas Científicas da América Latina, Caribe, Espanha e Portugal Projeto acadêmico sem fins lucrativos desenvolvido no âmbito da iniciativa Acesso Aberto

Interação entre inimigos naturais: Trichogramma e Bacillus thuringiensis no controle biológico de pragas agrícolas Ricardo Antonio Polanczyk 1*, Dirceu Pratissoli 1, Ulysses Rodrigues Vianna 2, Regina Gonçalves dos Santos Oliveira 3 e Gilberto Santos Andrade 4 1 Laboratório de Entomologia, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo. Alegre, Espírito Santo, Brasil. 2 Departamento de Biologia Animal, Setor de Entomologia, Universidade Federal de Viçosa. Viçosa, Minas Gerais, Brasil. 3 Laboratório de Fitopatologia, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo. 4 Departamento de Agronomia/Fitossanidade, Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife, Pernambuco, Brasil. *Autor para correspondência. e-mail: ricardo@cca.ufes.br RESUMO. O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos adversos de Bacillus thuringiensis (Bt) nos parasitóides de ovos Trichogramma pratissolii e Trichogramma pretiosum. Suspensões de 6 isolados de Bt: E-3, E-1, E-15, E-16, E-19, E-2 e Bt kurstaki foram misturadas com mel (1:1), como fonte de alimento, e cartelas com ovos de Anagasta kuehniella foram fornecidas para o parasitismo. O experimento foi mantido em BOD a 25 + 1ºC, umidade relativa de 7+ 1% e fotofase de 14 horas. Foram analisados a longevidade, os parasitismos diário, acumulado e total. Não houve influência dos tratamentos sobre a longevidade e todos os tratamentos em T. pratissolii e E-3, E-1, E-16 e E- 19 em T. pretiosum diminuíram o tempo necessário para os parasitóides atingirem 8% de parasitismo. Apesar dessa aceleração do parasitismo, o Bt não influenciou o total de ovos parasitados, mostrando-se como tática de controle que pode ser usada com Trichogramma em programas de MIP. Palavras-chave: controle biológico, parasitóide de ovos, bioinseticida, MIP. ABSTRACT. Interaction between natural enemies: Trichogramma and Bacillus thuringiensis in pest control. The goal of this work was to detect the possible side-effects provoked by Bacillus thuringiensis (Bt) strains on eggs parasitoids Thichogramma pratissolii and Trichogramma pretiosum. Six strains of Bt: E-3, E-1, E-15, E-16, E-19, and E-2 and Bt kurstaki were assayed in honey drop to stimulate the feeding of the parasitoids in each treatment and offered simultaneously displays with Anagasta kuehniella eggs. The experiment was maintained in a climatized chamber at 25+ 1ºC, RH 7+ 1%, and photophase of 14 hours. The longevity, the daily, the accumulated, and the total parasitism were observed. No treatments affected the longevity of both parasitoids. All treatments in T. pratissolii and E-3, E-1, E-16, and E-19 in T. pretiosum decreased the time necessary to reach 8% of parasitism. The lack of deleterious effects of Bt on these parasitoids suggests that these natural enemies can be used together in IPM programs. Key words: biological control, egg parasitoid, biopesticide, IPM. Introdução A intensificação da atividade agrícola tem provocado um desequilíbrio ecológico, fazendo-se necessária a utilização de produtos seletivos que não afetem o equilíbrio entre as pragas e seus predadores, parasitóides e patógenos responsáveis por boa parte do controle biológico natural, já que eles mantém as pragas em níveis populacionais aceitáveis (Dent, 2). De forma a reverter esse quadro, preconiza-se o desenvolvimento de programas de manejo integrado de pragas, definido como um sistema de decisão para uso de táticas de controle, isoladamente ou associadas harmoniosamente, em uma estratégia de manejo baseada em análises de custo/benefício que levam em conta o interesse e/ou impacto nos produtores, sociedade e ambiente (Kogan, 1998). Entre as táticas de controle disponíveis para esses sistemas de manejo, estão os entomopatógenos e os insetos parasitóides, que englobam os diferentes segmentos do controle biológico de pragas. Entre os entomopatógenos, Bacillus thuringiensis (Bt) destaca-se como a bactéria mais utilizada e estudada no controle de insetos e responsável por Acta Sci. Agron. Maringá, v. 28, n. 2, p. 233-239, April/June, 26

234 Polanczyk et al. 9% do mercado mundial de bioinseticidas. Sua alta especificidade e seletividade favorecem a preservação do meio ambiente e são uma grande vantagem para o agricultor; por outro lado, no entanto, sua baixa persistência em campo é um dos principais obstáculos a sua utilização em larga escala (Glare e O Callagham, 2). Atualmente, dentre os parasitóides, as espécies de Trichogramma são, sem dúvida, as mais estudadas e utilizadas em todo o mundo, pela sua eficiência e facilidade de criação em laboratório. Em relação ao Brasil, sua importância é relevante devido ao potencial de controle de pragas em diversas culturas como milho, cana, algodão, entre outras (Pinto, 1997). Sua utilização se deve ao fato de que esse micro-heminóptero foi relatado parasitando mais de 2 espécies, pertencentes a 7 famílias de 8 ordens de insetos (Pratissoli e Parra, 21), e em mais de 3 países, contra pragas chave de 34 culturas, sendo liberados, de forma inundativa, em cerca de 15 milhões de hectares (Van Lenteren e Bueno, 23). Países como Rússia, China, Alemanha, França, México e Suíça têm produzido e liberado Trichogramma spp. em extensas áreas, visando ao controle de diversas pragas. A interação desses dois agentes de controle é bastante comum em programas de MIP, como na cultura do tomate no México, na Colômbia e no Brasil (Trumble e Alvarado-Rodriguez, 1993; Haji et al., 22). Embora os efeitos prejudiciais dos bioinseticidas à base de Bt sobre os inimigos naturais sejam mínimos e/ou significativamente menores que os dos agrotóxicos, eles não podem ser desprezados e estudos são necessários em regiões nas quais essas táticas são empregadas em conjunto ou tem potencial de uso. Visando obter dados sobre o efeito de Bt sobre parasitóides adultos, este trabalho foi realizado com diferentes isolados de Bt e Bt kurstaki misturados ao alimento fornecido para Trichogramma pratissolii e Trichogramma pretiosum antes de parasitar ovos de A. kuehniella. Material e método étodos O trabalho foi desenvolvido no Laboratório de Entomologia e Fitopatologia do Centro de Ciências Agrárias da Ufes, em Alegre, Estado do Espírito Santo, utilizando-se os isolados de Bt E-3, E-1, E- 15, E-16, E-19, E-2 e o Bt kurstaki e as espécies de T. pratissolii e T. pretiosum, criadas no laboratório de Entomologia do CCA-UFES. Os isolados de Bt foram cultivados em meio LB (extrato de levedura, 5, g; peptona, 1 g; cloreto de sódio, 5, g; agar, 15 g; em 1 L de água destilada), durante 72 horas à temperatura de 28 o C. Após esse período, as colônias foram raspadas das placas e transferidas para tubos Falcon, contendo 5 ml de água destilada e esterilizada. Os tubos foram centrifugados por minutos por três vezes (5. rpm) para retirada do meio e toxinas indesejáveis. Após a última centrifugação, o material foi ressuspenso, em água destilada esterilizada, e utilizado no experimento. O Bt kurstaki foi obtido de formulação comercial e utilizado conforme recomendação do fabricante. A metodologia empregada na criação do hospedeiro alternativo Anagasta kuehniella foi a desenvolvida por Parra (1997), porém adaptada para as condições do Laboratório de Entomologia do CCA-Ufes, utilizando-se uma dieta à base de farinha de trigo integral e milho (97%) e levedo de cerveja (3%). Essa técnica consiste na utilização de caixas plásticas (3 x 25 x 1 cm), no interior das quais foram acondicionadas fitas de papelão corrugadas (25 cm x 2 cm), sendo a dieta, previamente, homogeneizada e distribuída por sobre essas fitas. Uma quantidade de cerca de 14. ovos de mariposa, o que corresponde a,4 g, foi distribuída aleatoriamente na dieta, da qual se alimentaram, tendo o papelão como o local para pupação. Com a emergência dos adultos, foi iniciado um processo diário de coleta, através de um aspirador de pó adaptado, sendo as mariposas transferidas para tubos de PVC de 2 mm de diâmetro por 25 cm de altura, no interior dos quais havia tiras de tela de nylon, dobradas em zig-zag, onde ocorreu a oviposição. As extremidades do tubo de PVC foram fechadas com tela tipo filó para evitar a fuga das mariposas. Os ovos foram coletados diariamente, por um período de 5 dias, e, posteriormente, armazenados e conservados em geladeira a uma temperatura de 4 + 1 C, por um período máximo de 2 dias. A criação e a manutenção de A. kuehniella foram executadas em sala climatizada com temperatura de 25 + 1 C e umidade relativa de 7 + 1% e fotofase de 14 horas. Para a criação das espécies de Trichogramma, foram utilizados recipientes de vidro (14 x 7 cm), em cujas paredes internas foram colocadas gotículas de mel para a alimentação dos adultos. Esses frascos foram fechados com filme plástico de PVC, a fim de evitar a fuga dos parasitóides, e perfurados com alfinete entomológico número para a aeração dos frascos. Para a manutenção dos parasitóides, foram oferecidos ovos do hospedeiro alternativo, colados Acta Sci. Agron. Maringá, v. 28, n. 2, p. 233-239, April/June, 26

Trichogramma e Bacillus thuringiensis no controle biológico 235 em retângulos de cartolina azul celeste (2, cm x 8, cm), através de goma arábica diluída a 3%, e inviabilizados pela exposição à lâmpada germicida, por um período de 45 minutos (Stein e Parra, 1987). Para a execução do experimento, foram individualizadas, para cada tratamento (isolados E- E-3, E-1, E-15, E-16, E-19, E-2 + Bt kurstaki), 2 fêmeas do parasitóide, recém-emergidas (2 repetições), em tubos de Duran, contendo uma gotícula de mel inoculado com diferentes isolados de Bt em suas paredes (proporção 1:1), a cada 24 horas, era oferecido, para cada fêmea, cartelas de cartolina azul celeste (2,5 x,5 cm), contendo ovos do hospedeiro alternativo A. kuehniella colados com goma arábica a 1% e inviabilizados pela exposição à lâmpada germicida por minutos. Os tubos foram posteriormente lacrados com filme plástico de PVC. Na testemunha, foi fornecida gotícula de mel sem Bt. O experimento foi mantido em câmaras climatizadas reguladas à temperatura de 25+1 C, umidade relativa de 7±1% e fotofase de 14 horas, até à emergência dos descendentes, quando foram avaliados os parasitismos diário, acumulado e total e a longevidade dos indivíduos. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, os resultados de longevidade e de número total de ovos parasitados foram submetidos à análise de variância e médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5% de probabilidade. Os parasitismos diário e acumulado foram analisados através de análise de regressão linear. Resultados e discussão O parasitismo diário de T. pretiosum em ovos de A. kuehniella não sofreu alterações devido à presença do Bt no alimento. Com exceção do Bt kurstaki, em que o parasitismo no primeiro dia ficou abaixo de %, para todos os outros tratamentos este se situou entre % e %, sofrendo um decréscimo para menos de 2% já no segundo dia. A partir do segundo dia, o parasitismo oscilou e manteve-se entre % e 2% (Figura 1). A queda do parasitismo verificada para T. pretiosum é uma característica dessa espécie, pois esse parasitóide concentra as posturas nos primeiros dias de vida (Pratissoli, 1995). O parasitismo de T. pratissolii em ovos de A. kuehniella, alimentado com e sem Bt, seguiu a mesma tendência de T. pretiosum (Figura 2). A diferença entre as duas espécies é que o parasitismo por T. pratissolii no primeiro dia ficou entre 2% e %, um pouco abaixo daquele verificado para T. pretiosum (% a %) e somente foi observada queda brusca de parasitismo, semelhante ao ocorrido com T. pretiosum, entre o primeiro e o segundo dia no tratamento E-16 (Figura 2). Para T. Pretiosum, o índice de 8% de parasitismo acumulado em ovos de A. kuehniella foi alcançado aos 4 dias na testemunha, Bt kurstaki e os isolados E-15 e E-2; aos 3 dias, para E-16 e E-19 e, aos 2,5 dias, para E-3 e E-1 (Figura 1). Na testemunha, o índice de 8% de parasitismo acumulado de T. pratissolii em ovos de A. kuehniella foi atingido aos 6 dias, enquanto que para os demais tratamentos os parasitóides atingiram esse índice em menos dias: Bt kurstaki (3 dias); E-2 (4 dias); E-3 e E-19 (5 dias); E-1, E-15 e E-16 (3,5 dias) (Figura 2). A aceleração do parasitismo foi maior em T. pratissolii uma vez que em todos os tratamentos foi observada uma diminuição no número de dias necessários para os parasitóides atingirem 8% de parasitismo acumulado, enquanto que em T. pretiosum apenas 4 tratamentos (E-3, E-1, E-16 e E-19) afetaram os parasitóides dessa maneira. Esses resultados sugerem que adultos de T. Pratissolii, quando submetidos à pressão de algum fator externo, nesse caso Bt, tendem a parasitar o mais rápido possível para assegurar a sobrevivência da progênie. Portanto a combinação Bt + T. pratissolii pode favorecer a atuação do parasitóide em campo, principalmente em casos em que é necessária uma rápida redução dos níveis populacionais da praga. No entanto,, apesar da aceleração do parasitismo observado em alguns tratamentos, conforme descrito acima, o número total de ovos parasitados variou de 22,66% a 34,94% para T. pratissoli e de 27,33% a 36,39% para T. pretiosum, não sendo afetados pelos tratamentos. Os tratamentos não afetaram significativamente a longevidade dos parasitóides de ambas as espécies: para T. Pratissoli, os valores variaram de 6 a 1 dias e, para T. Pretiosum, foram observados valores entre 6 e 9 dias, embora as longevidades máximas tenham variado entre alguns tratamentos, conforme pode ser observado nas Figuras 1 e 2. Nesse sentido, o fato de, em alguns tratamentos, os parasitóides acelerarem o parasitismo pode ter causado a diminuição da sua longevidade máxima. De acordo com Sible e Calow (1986), pode ocorrer a troca na alocação de recursos entre diferentes processos fisiológicos, ou seja, nesse caso, a aceleração do parasitismo levou a uma redução na longevidade pela maior utilização de energia disponível pelo parasitismo (oviposição). Acta Sci. Agron. Maringá, v. 28, n. 2, p. 233-239, April/June, 26

236 Polanczyk et al. 1 E-3 1 1 E-1 1 8 2 8 2 8 2 8 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 1 E-15 1 1 E-16 1 8 2 8 2 8 2 8 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 E-19 1 1 E-2 1 8 2 8 2 8 2 8 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 1 Bt kurstaki 1 1 Testemunha 1 8 2 8 2 8 2 8 2 1 2 3 4 5 6 7 Parasitismo diário Parasitismo acumulado 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 Parasitismo diário Parasitismo acumulado Figura 1. Parasitismos diário e acumulado (%) de T. pretiosum (Hymenoptera: Trichogrammatidae) alimentados com diferentes isolados de B. thuringiensis e Bt kurstaki. Acta Sci. Agron. Maringá, v. 28, n. 2, p. 233-239, April/June, 26

Trichogramma e Bacillus thuringiensis no controle biológico 237 1 E-3 1 1 E-1 1 8 2 8 2 8 2 8 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 1 E-15 1 1 E-16 1 8 2 8 2 8 2 8 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 1 2 3 4 5 6 7 1 E-19 1 1 E-2 1 8 2 8 2 8 2 8 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 Bt kurstaki 1 1 Testemunha 1 8 2 8 2 8 2 8 2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Parasitismo diário Parasitismo acumulado 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 Parasitismo diário Parasitismo acumulado Figura 2. Parasitismos diário e acumulado (%) de T. pratissolii (Hymenoptera: Trichogrammatidae) alimentados com mel e diferentes isolados de B. thuringiensis e Bt kurstaki. Acta Sci. Agron. Maringá, v. 28, n. 2, p. 233-239, April/June, 26

238 Polanczyk et al. Kazakova et al. (1977) observaram a suscetibilidade, em laboratório e em campo, de Trichogramma sp. a Bt dendrolimus e Bt thuringiensis, respectivamente. Marques e Alves (1995) constataram, em campo, a suscetibilidade de Trichogramma cacoeciae Marchal e T. pretiosum ao Bt kurstaki, respectivamente. Deve-se ressaltar que alguns desses estudos anteriormente citados foram realizados na Ex-URSS onde toxinas, hoje indesejáveis (exotoxinas), não eram eliminadas antes da realização dos testes ou no processo de formulação dos bioinseticidas (Glare e O Callagham, 2). A presença dessas toxinas pode explicar os resultados prejudiciais do Bt sobre Trichogramma spp. No presente estudo, essas toxinas foram eliminadas durante o processo de centrifugação, assegurando que o estudo somente envolveu as toxinas dos cristais (δ-endotoxina). Outros fatores podem ser responsáveis pela variação dos resultados: hospedeiro, método experimental, clima, formulação do Bt, linhagem do parasitóide. Contrário aos dados observados por esses autores, vários outros mostram que Trichogramma spp. não são afetadas pelo Bt. Em campo, essa característica foi observada para Trichogramma euproctidus Girault (Adashkevich e Rashidov, 1986), Trichogramma evanescens Westwood (Marchenko, 1983) em relação ao Bt dendrolimus. O Bt galleriae não teve efeito, em campo e em laboratório, sobre Trichogramma cacoeciae pallida Marchal (Kapustina, 1975) e T. evanescens (Kim Chi, 1978). Em campo, Trichogramma embryophagum Hartig (Kolmakova, 1971), T. euproctidus (Moiseeva et al., 1979) e Trichogramma pallidum (Hartig) (Moiseeva et al., 1975) não foram afetados pelo Bt galleriae. De acordo com Hassan e Krieg (1975), Peteanu (198) e Kiselek (1975) B. thuringiensis não afeta o desenvolvimento de T. cacoeciae, T. evanescens e T. pallidum, respectivamente. Os dados obtidos com Bt kurstaki no presente estudo corroboram com aqueles descritos em outros trabalhos. Segundo Glare e O Callagham (2), essa subespécie não tem efeito sobre T. cacoeciae, Trichogramma carvarae Oatman e Pinto, T. embryophagum, T. evanescens, Trichogramma exiguum Pinto e Planter, Trichogramma japonicum (Ashmead), Trichogramma maidis Pintureau e Voegele, Trichogramma nubilale Ertle e Davis, T. pallidum, Trichogramma platneri Nagarkatti e T. Pretiosum, tanto em trabalhos realizados em campo quanto no laboratório. A ausência de efeitos prejudiciais de Bt kurstaki sobre Trichogramma spp. é importante se considerarmos a elaboração de estratégias de MIP envolvendo esses dois inimigos naturais, principalmente porque produtos à base de Bt kurstaki são empregados atualmente contra cerca de 17 lepidópteros-praga em todo o mundo (Glare e O Callagham, 2). Além disso, não é rara a utilização de Bt e Trichogramma em conjunto com partes integrantes do manejo integrado de pragas. O emprego de Trichogramma em hortaliças na Rússia tem sido recomendado sempre associado com a aplicação de produtos à base de Bt. Liberações de T. euproctidis, para o controle de Heliothis armigera (Hübner) em tomate e de Loxostege sticticalis (L.) em beterraba são exemplos de sucesso de interação entre esses inimigos naturais. Na Colômbia, a cultura do tomate é um bom exemplo do uso associado de Trichogramma e Bt. A traça do tomateiro, Tuta absoluta (Meyrick), tem sido controlada através de liberações de T. pretiosum e T. exiguum associadas ao uso de produtos à base de Bt, assim como Trichogramma pintoi Voegele, associado com Bt, também tem sido utilizados para o controle das brocas das curcubitáceas, Diaphania hyalinata L. e D. nitidalis Stoll (Kogan et al., 1999). Este trabalho mostra que Bt fornecido via alimento para adultos de T. pretiosum e T. pratissolii não afeta o parasitismo das duas espécies. Esses resultados ressaltam a viabilidade da interação Bt e Trichogramma observada em trabalhos em campo (Haji et al., 22). Os bons resultados, muitas vezes, são essenciais para o sucesso e a continuidade de programas de MIP, contribuindo para a melhoria de vida do agricultor e do consumidor. Conclusão Os isolados de Bt testados e a espécie Bt kurstaki não têm efeitos negativos que possam inviabilizar sua interação com Trichogramma pratissolii e T. pretiosum. Referências ADASHKEVICH, B.P.; RASHIDOV, M.I. Biological control of the cotton bollworm on vegetable crops. Rast. Zashc, Moscow, v. 6, p. 51-52, 1986. DENT, D. Insect pest management. Cambridge: Cabi Bioscience, 2. GLARE, T.R.; O CALLAGHAM. M. Bacillus thuringiensis: biology, ecology and safety. Chichester: John Wiley & Sons, 2. HAJI, F.N.P. et al. Trichogramma pretiosum para o controle de pragas no tomateiro. In: PARRA, J.R.P. et al. (Ed.). Controle biológico no Brasil, parasitóides e predadores. São Paulo: Manole, 22. cap. 28, p. 477-494. HASSAN, S.; KRIEG A. Bacillus thuringiensis preparations harmless to the parasite Trichogramma cacoeciae (Hym., Acta Sci. Agron. Maringá, v. 28, n. 2, p. 233-239, April/June, 26

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