BIC. Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior

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Transcrição:

BIC Encarte Estatístico da Indústria e do Comércio Exterior Nº 02.2013 ABRIL JUNHO DE 2013

MARTA DOS REIS CASTILHO Coordenadora JULIA TORRACCA Gestor de Informações / RJ CAROLINA DIAS Gerente Administrativa Grupo Indústria e Competitividade do IE-UFRJ Avenida Pasteur, 250 / sl114 Campus da Praia Vermelha, Urca Rio de Janeiro, RJ - CEP 22.290-240 Tel: 55 21 3873-5242 / Fax: 55 21 2548-8148 www.ie.ufrj.br/gic - gic@ie.ufrj.br

PRODUÇÃO A produção industrial brasileira apresentou uma trajetória de recuperação no 2º trimestre de 2013, após o fraco desempenho observado no 1º trimestre do ano. Relativamente ao mesmo período de 2012, houve aumento da produção, evolução observada tanto para o valor da produção medido em reais quanto em dólares. A taxa de crescimento do valor bruto da produção (exclusive petróleo, medido em dólar) foi de 8% em relação ao trimestre anterior e de 2% em comparação ao mesmo trimestre de 2012. Por consequência, o valor acumulado no 1º semestre de 2013 foi 2,3% superior ao acumulado no 1º semestre de 2012. Os fluxos de comércio de produtos industrializados também apresentaram crescimento em comparação com o 1º trimestre do ano, tendo as exportações crescido a uma taxa superior à das importações. Com isso, houve uma redução do déficit da balança comercial. Quando medida em reais, a taxa de crescimento da produção de industrializados (exclusive petróleo) foi bem superior àquela medida em dólares, em virtude da desvalorização da moeda brasileira, que foi de 10% frente ao dólar. O valor da produção medido em reais cresceu 12,3% em relação ao 1º trimestre do ano e 7,5% em comparação com o mesmo trimestre de 2012. O grupo de produtos que apresentou maior taxa de crescimento foi o de Commodities Agroindustriais, que cresceu 37,1% relativamente ao trimestre anterior, tendo contribuído com 5,3% para o crescimento total de 12,3% da produção industrial. Nesse grupo, os setores de refino de açúcar e produtos do fumo foram aqueles que mais se destacaram, tendo tido o valor de produção de cada um deles multiplicado, respectivamente, por 4,2 e 2,6. O Grupo CI foi o segundo a apresentar maior taxa de crescimento 16,9% relativamente ao 1º trimestre de 2013 e contribuindo com 3,8% para o crescimento da produção total. A expansão da produção desse grupo foi puxada pelo expressivo aumento da produção de biocombustíveis, que cresceu 672% relativamente ao trimestre anterior. Vale registrar que o vigoroso crescimento da produção de açúcar e etanol no 2º trimestre tem um forte componente sazonal, visto que a colheita e moagem de cana no Centro-Sul do país, que responde por cerca de 90% da produção brasileira, ocorrem entre abril e novembro. Porém, vale salientar que a produção de açúcar e de etanol apresentou forte crescimento relativamente ao 2º trimestre de 2012, evidenciando que as razões para o crescimento da produção não são apenas de ordem sazonal, estando relacionados ao crescimento da colheita de cana e ao aumento da produtividade na safra 2013/2014, iniciada em março de 2013. O Grupo IN cresceu 8% relativamente ao trimestre anterior e contribuiu com 2,5% para o crescimento da produção industrial total. Esse resultado foi influenciado principalmente pelo bom desempenho das atividades associadas à indústria automobilística.

Por fim, o grupo que obteve o menor crescimento e que menos contribuiu para o crescimento da produção industrial foi o IT, cujo crescimento relativamente ao trimestre anterior foi de apenas 1,9%. O setor de vestuário foi o que apresentou maior crescimento nesse grupo, tendo a produção crescido 21,6% relativamente ao 1º trimestre de 2013. A composição da produção no 2º trimestre pouco se alterou em relação à média dos mesmos trimestres entre 2007 e 2012, com leve redução da participação dos produtos do Grupo IN e pequeno avanço das Commodities Agroindustriais e Industriais. Exportações e de importações Exportações As exportações dos bens industriais da economia registraram crescimento de 14,1% em relação ao trimestre anterior. Quando consideradas apenas as exportações de bens industriais sem petróleo, a taxa de crescimento se eleva para 15,4%. A melhora do desempenho das exportações no 2º trimestre levou a um resultado acumulado no 1º semestre de 2013 superior ao observado no 1º semestre de 2012 (2,3%). O crescimento das exportações no 2º trimestre de 2013 foi generalizado entre os grupos de produtos, seja na comparação com o trimestre anterior, seja em relação à média dos iguais trimestres de 2007 a 2012. Para o crescimento de 14,1% das exportações em relação ao trimestre anterior, a maior contribuição foi do Grupo IN, responsável por 7,2% do total. Esse grupo apresentou crescimento recorde de 32,4%. Os setores que alavancaram esse resultado foram os de construção de embarcações, com crescimento superior a 100% (devido ao alto valor unitário dos bens exportados), o de automóveis e os de aeronáutica. O Grupo CA contribuiu com 4,6%, sendo os setores de fabricação de óleos e gorduras vegetais e processamento industrial do fumo aqueles de maior destaque. Já o Grupo CI contribuiu com 2,8% do crescimento total, com os setores de extração de minério de ferro e de minerais metálicos não-ferrosos se destacando. Por fim, o Grupo IT foi o que menos contribuiu para o crescimento das exportações de industrializados (0,8%), devido tanto ao seu baixo crescimento no trimestre relativamente ao anterior (7%) quanto à sua baixa participação nas exportações totais (10,7%). Em uma perspectiva de mais longo prazo, ao se comparar com a média dos iguais trimestres de 2007 a 2012, o Grupo CI cresceu 7,6% e foi o que mais se destacou, enquanto que os Grupos IN e CA apresentaram taxas de crescimento similares (de 5,4%). O crescimento de IT relativamente à média foi pífio 0,3%.

A composição das exportações segundo os quatro grupos tem mantido perfil estável ao longo dos anos, sem alteração significativa no peso de cada grupo relativamente à média dos iguais trimestres dos cinco anos anteriores. Relativamente ao 1º trimestre de 2013, aumentou a participação de IN em detrimento de uma redução da participação do grupo CI. Dentre os cinco principais mercados de destino das exportações brasileiras, aqueles que mais cresceram foram Argentina e Ásia. As exportações para esses mercados apresentaram taxas de crescimento elevadas tanto na comparação com o trimestre anterior (26,9% e 29,9%, respectivamente) quanto na comparação com a média dos iguais trimestres de 2007 a 2012 (27,6% e 36,5%, respectivamente). As exportações para a China, que atualmente é o 2º mercado de destino das exportações brasileiras, apresentou uma taxa relativamente baixa na comparação com o trimestre anterior (7,6%). Tal resultado contrasta com o elevado crescimento observado ao longo dos últimos anos (incremento de 39,7% na comparação com os iguais trimestres dos anos anteriores). As exportações para a UE e os EUA mostraram taxas de crescimento intermediárias na comparação com o trimestre anterior, após um período de baixo dinamismo revelado na comparação com os iguais trimestres dos últimos cinco anos. O mercado que mais se destacou nesse trimestre foi o da América Central e Caribe. As exportações para aquele grupo de países saltou de US$ 742 milhões no 1º trimestre para US$ 2,3 bilhões no 2º trimestre, em função de um excepcional crescimento de vendas de embarcações. Isso fez com que esses países tivessem uma contribuição mais significativa para o crescimento das exportações brasileiras do que outros parceiros mais importantes, como UE, EUA e Argentina. O perfil exportador brasileiro quanto ao destino de suas exportações não apresentou grandes alterações, predominando as exportações de commodities para países europeus e asiáticos, os produtos intensivos em tecnologia para as regiões vizinhas e um perfil intermediário (predominância das exportações de CI e IN) para os EUA. Vale assinalar que, nesse último trimestre, sobretudo na comparação com o trimestre anterior, as exportações do Grupo IN se mostraram bastante dinâmicas, tanto para a Argentina e América Central e Caribe quanto para outros destinos, como EUA e Ásia. Importações As importações de produtos industrializados mantiveram sua trajetória ascendente no 2º trimestre de 2013. Após uma relativa estabilidade das importações entre o 4º trimestre de 2011 e o 1º trimestre de 2013, as importações voltaram a apresentar uma taxa de crescimento de dois dígitos 11,5%, no período em foco. O valor das importações trimestrais de produtos industriais exceto petróleo US$ 49 bilhões só foi inferior ao valor observado no 3º trimestre de 2011. Relativamente à média dos iguais trimestres de 2007 a 2012, todos os grupos apresentaram crescimento. O Grupo IN continua sendo o maior responsável por tal crescimento, em decorrência de ser o de maior importância relativa (58,7% das importações totais de industrializados) e também de ter apresentado um vigoroso crescimento, na comparação tanto com o trimestre anterior quanto com a média dos iguais trimestres de 2007 a 2012.

Os grupos cujas importações apresentaram maior crescimento na comparação com o 1º trimestre do ano foram CI e IN. No caso de CI, o crescimento foi puxado pelo forte aumento das importações de químicos inorgânicos e, em menor medida, dos produtos químicos orgânicos. No caso do grupo de produtos intensivos em tecnologia, os setores que mais contribuíram para o avanço das importações foram fabricação de automóveis e motores e bombas. A composição das importações não sofreu alterações significativas. Ainda assim, o pequeno crescimento de dois pontos percentuais da participação do grupo IN no 2º trimestre de 2013 confirma a tendência de maior peso desse grupo nas importações de produtos industrializados, observada desde 2010. A origem geográfica das importações de produtos industrializados também pouco se alterou. Dentre os 10 primeiros fornecedores desses produtos para o Brasil, a única mudança foi o ganho de importância dos países da América Latina frente ao Japão, desde o início do ano de 2013. Em relação ao último trimestre, houve crescimento das importações para todos os outros blocos considerados, com exceção das importações com origem na China e Rússia. No caso da China, essa redução é pontual, visto que relativamente à média dos iguais trimestres de 2007 a 2012, as importações provenientes daquele país aumentaram de 65% e esse país tornou-se o segundo fornecedor de produtos industrializados para o Brasil, atrás apenas da UE. A redução das importações provenientes da China no 2º trimestre deveu-se principalmente à redução das importações do grupo CA e IT. Em virtude da sua importância na pauta de importação brasileira, a União Europeia foi o bloco que mais contribuiu para o crescimento entre um trimestre e outro (3,1%); depois vem Argentina e Ásia, respectivamente com 2,0% e 1,6%. No caso da Argentina, vale chamar a atenção para a recuperação das importações de produtos do Grupo IN, que apresentaram taxas elevadas de crescimento tanto na comparação com a média 2007-2012 (81,4%) quando na comparação com o trimestre anterior (42,6%). Coeficientes de exportações e importações O coeficiente de exportação para o conjunto dos produtos industrializados (exceto petróleo) aumentou de 0,18 (1º tri/2013) para 0,20 (2º tri/2013) e também aumentou na comparação com o coeficiente médio dos iguais trimestres de 2007 a 2012 (0,18). Na comparação com o trimestre anterior, houve uma redução do referido coeficiente para os Grupos CA e CI, devido ao fato das exportações desses bens terem crescido menos que sua produção no período considerado. Com exceção das commodities agroindustriais, houve aumento significativo do coeficiente de importação para todos os grupos BIC na comparação com a média dos iguais trimestres compreendidos entre 2007 e 2012. Para os produtos industrializados como um todo, o coeficiente passou de 0,16 na média 2007-2012 para 0,21 nesse trimestre, tendo tal aumento sido observado desde o final de 2011, em virtude da retração da produção industrial combinada com um leve crescimento das importações.

Saldo comercial A tendência de redução do saldo comercial registrada nos últimos trimestres foi interrompida por uma pequena redução do déficit na balança. A melhora do saldo comercial dos produtos industrializados foi mais acentuada quando desconsiderada a comercialização de petróleo. Neste caso, a redução de US$ 940 milhões no déficit comercial correspondeu a uma variação de 19% do déficit do 1º trimestre de 2013. No 2º trimestre de 2013, as commodities agroindustriais e industriais apresentaram superávit. No caso de CA, o superávit de US$ 11,6 bilhões correspondeu a um aumento de 20,6% relativamente ao trimestre anterior e uma evolução positiva relativamente à média dos iguais trimestres de anos anteriores (2007-2012). Já no caso de CI, o superávit de US$ 3,8 bilhões foi 15,5% inferior ao observado no trimestre anterior e levemente inferior ao observado na média. Os dois outros grupos apresentaram déficit comercial. O grupo IT, cujo saldo é fortemente deficitário US$ 17,3 bilhões no 2º trimestre, apresentou piora em relação ao trimestre anterior, reforçando a tendência de aprofundamento do déficit comercial do grupo (o déficit médio de 2007 a 2012 foi de US$ 10,1 bilhões). No caso do Grupo IN, a leve redução do déficit (variação de 5,1% relativamente ao trimestre anterior) não conseguiu reverter sua trajetória descendente observada desde 2008.