A Evolução do Controlo de Infecção em Portugal

Documentos relacionados
Relatório da VE-INCS PROGRAMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA RELATÓRIO DADOS DE 2013

Prevenção e controlo de infeção e de resistências a antimicrobianos

10 ANOS DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA INFEÇÃO NOSOCOMIAL DA CORRENTE SANGUÍNEA ADRIANA RIBEIRO LUIS MIRANDA MARTA SILVA

Vigilância Epidemiológica da Infecção Resultados de Inquéritos de Prevalência num Hospital Pediátrico

Evolução de Resistências e Carta microbiológica 2018

O Programa Nacional de Prevenção e Controlo de Infeção e de Resistência aos Antimicrobianos Equipa do Programa:

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA

Mortalidade e Morbilidade das I.A.C.S. em Portugal

A Microbiologia no controlo das IACS. Valquíria Alves Coimbra 2014

O papel do Laboratório de Microbiologia na Prevenção e Controlo das Infeções associadas aos Cuidados de Saúde

Monitorização Epidemiológica numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais

PROGRAMA NACIONAL para a Prevenção e Controlo de Infeção e Resistência aos Antimicrobianos

RELATÓRIO VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS INFEÇÕES NOSOCOMIAIS DA CORRENTE SANGUÍNEA

O problema das resistências aos antimicrobianos em Portugal: causas e soluções

SUSCEPTIBILIDADE DOS AGENTES DE INFECÇÃO URINÁRIA AOS ANTIMICROBIANOS

PREVALÊNCIA DE INFEÇÃO ADQUIRIDA NO HOSPITAL E DO USO DE ANTIMICROBIANOS NOS HOSPITAIS PORTUGUESES

Vigilância Epidemiológica nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais

Infecções do Local Cirúrgico em Portugal Ana Cristina Costa

RELATÓRIO CUMULATIVO DA SUSCETIBILIDADE DOS AGENTES DE INFEÇÃO URINÁRIA AOS ANTIMICROBIANOS

INDICADORES DE RESULTADOS

Antibiograma em controlo de infecção e resistências antimicrobianas. Valquíria Alves 2015

Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde. 12 de novembro 2013 Amália Espada

Relatório. Inquérito de Prevalência de. Infeção Programa Nacional de Prevenção e. Controlo da Infeção Associada aos Cuidados.

Antibióticos e Multirresistência

HOSPITAIS. O indicador de Controlo das IRCS nos Objectivos do Contrato-Programa 2007

RELATÓRIO CUMULATIVO DA SUSCETIBILIDADE DOS AGENTES DE INFEÇÃO URINÁRIA AOS ANTIMICROBIANOS

Orientações Programáticas

Plano Nacional Segurança do Doente Formação-Ação

Portugal Controlo da Infeção e Resistências aos Antimicrobianos em números 2013

Plano Nacional Segurança do Doente Formação-Ação

Coordenação de Controle de Infecção Hospitalar Hospital Universitário Clementino Fraga Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro

UCCI. I Jornadas PPCIRA. Uma Prioridade Nacional. 16 a 18 novembro Artur Paiva, Paulo André, Goreti Silva e Paula Cruz

Políticas de Saúde na Prevenção e Controlo de Infeção e Resistências aos Antimicrobianos

Doripenem, o novo agente na pneumonia nosocomial PERFIL DE SUSCEPTIBILIDADE AOS BACILOS GRAM NEGATIVO MAIS PREVALENTES

PBCI e Resistências aos Antimicrobianos a perspetiva nacional. Isabel Neves Equipa nacional PPCIRA

A INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A UCC DATA DO ENPI A GENERAL INFORMATION ABOUT THE FACILITY

Direcção-Geral da Saúde

Histórias de Sucesso no Controle da Infecção Hospitalar. Utilização da informática no controle da pneumonia hospitalar

Bastonetes Gram Negativos Multi-Resistentes. SCIH Hospital Pró-Cardíaco Marisa Santos, Kátia Marie Senna, Giovanna Ferraiuoli.

Direcção-Geral da Saúde Circular Normativa

Programa de Prevenção e Controlo de Infeção e Resistências aos Antimicrobianos (PPCIRA)

Programas de vigilância das IACS. Margarida Câmara

BEPA 2012;9(106):15-23

SEMINÁRIO INFEÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE. O papel do GCR - PPCIRA Articulação entre as várias Unidades de Saúde

Inquérito Nacional de prevalência de Infecção Nosocomial

Análise dos dados do Sistema de Vigilância de Infecção Hospitalar do Estado de São Paulo Ano 2010

Os Antibióticos - Profilaxia e Terapêutica das IACS

PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO E CONTROLO DAS INFECÇÕES ASSOCIADAS AOS CUIDADOS DE SAÚDE

Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos em números 2014

Gonçalo Rodrigues Unidade de Farmacologia Clínica 13 Março 2015

PERFIL DE SENSIBILIDADE APRESENTADO POR BACTÉRIAS ISOLADAS DE CULTURAS DE SECREÇÃO TRAQUEAL

Quando Suspender as Precauções?

Associação Nacional de Controlo de infecção

PREVALÊNCIA E PERFIL DE SENSIBILIDADE DE MICROORGANISMOS ISOLADOS DE MATERIAIS BIOLÓGICOS DE PACIENTES SUBMETIDOS A TERAPIA RENAL SUBSTITUTIVA

[RELATÓRIO REGIONAL DA NOTIFICAÇÃO DE MICRORGANISMOS EPIDEMIOLOGICAMENTE SIGNIFICATIVOS]

A Direcção-Geral da Saúde e o SUCH cooperam no Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde

PROTOCOLO DE TRATAMENTO ANTIMICROBIANO EMPÍRICO PARA INFECÇÕES COMUNITÁRIAS, HOSPITALARES E SEPSE

Controlo de Infeção: Trabalho de Equipa e em Equipa

A INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE A UCCI. NÚMERO DE ESTUDO DA UCCI PROPRIETÁRIO DA UCCI Privado Público Sem fins lucrativos

GRUPO COORDENADOR REGIONAL ARSC Coimbra 9 Maio 2013

Prioridades em Segurança do doente

USO RACIONAL DE ANTIBIÓTICOS EM GERMES MULTIRRESISTENTES

PALAVRAS-CHAVE: Sistemas de vigilância. Vigilância epidemiológica. Infecção hospitalar.

Infecções por Bacterias Multiresistentes a Antimicrobianos: Medidas de Controle

Infecções Associadas aos Cuidados de Saúde - particularidades na criança

Planilha de Notificação o de Indicadores Epidemiológicos de IRAS do Estado de São S o Paulo CVE/COVISA: como preencher?

INFECÇÃO HOSPITALAR. InfecçãoHospitalar. Parte 2. Profª PolyAparecida

Prevenção das IACS Ponto da Situação Paulo André Fernandes, Maria Goreti Silva, Ana Paula Cruz, José Artur Paiva

Infecções por Gram Positivos multirresistentes em Pediatria

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DO PARANÁ. Boletim Informativo

IDENTIFICAÇÃO E SUSCEPTIBILIDADE BACTERIANA DE UMA UNIDADE HOSPITALAR PÚBLICA

PROGRAMA PREVENÇÃO e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

Questionário - Proficiência Clínica

Projeto. Implantação da Rede Nacional de Monitoramento da Resistência Microbiana em Serviços de Saúde

Prevalence and bacterial susceptibility of urinary tract infections in renal transplant patients attended in a school laboratory from 2011 to 2016.

III JORNADAS NACIONAIS DE CONTROLO DE INFECÇÃO. O Controlo da Infecção do Hospital à Comunidade

Audiência Comissão de Saúde Assembleia da República, 28 Setembro Surto de infeções hospitalares por bactérias multirresistentes

PLANO DE ATIVIDADES de 2015 do GRUPO COORDENADOR REGIONAL DE CONTROLO DE INFEÇÃO

Infecções por microrganismos multirresistentes Hospital / Comunidade José Artur Paiva

Infeções Associadas aos Cuidados de Saúde e articulação entre as várias Unidades de Saúde. Isabel Neves S. Infeciologia e GCL-PPCIRA ULS Matosinhos

SUPERBACTÉRIAS: UM PROBLEMA EMERGENTE

Projeto. Implantação da Rede Nacional de Monitoramento Resistência Microbiana em Serviços de Saúde

Infecções Associadas aos cuidados de Saude na Beira Interior

O Controlo de Infeção em Cuidados Continuados Integrados. Constança Carneiro

Infeções e Resistências aos Antimicrobianos. Relatório Anual do Programa Prioritário

NÚMERO: 004/2013 DATA: 21/02/2013 ATUALIZAÇÃO 08/08/2013 ASSUNTO: PALAVRAS-CHAVE: PARA: CONTACTOS:

1. A dinamização do Sistema de Vigilância Epidemiológica das Resistências aos Antimicrobianos tem de

European Committee on Antimicrobial Susceptibility Testing - EUCAST Tabelas de pontos de corte para interpretação de CIMs e diâmetro de halos

Antibióticos. O impacto causado pelo mau uso no desenvolvimento de resistência bacteriana. Caio Roberto Salvino

Sistema de Vigilância Epidemiológica das Infecções Hospitalares do Estado de São Paulo Análise dos dados de 2005

Infecção do Trato Urinário (ITU) - uma das doenças infecciosas + frequentes no ser humano Afecta:

LABORATÓRIO DE MICROBIOLOGIA PREVENÇÃO CONTROLO. Infecções Associadas aos Cuidados de saúde. Graça Ribeiro 2013

Eventos adversos nos cuidados de saúde

I Data:28/11/06. III Tema: Meropenem. IV Especialidade: Medicina Interna - Infectologia

Avaliação do impacto clínico da infecção do líquido ascítico por bactéricas multiresistentes

ALIANÇA INTERSECTORIAL PARA A PRESERVAÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS

Etiologia de infecções hospitalares e perfil de sensibilidade aos antimicrobianos em um hospital do sudoeste do Paraná, Brasil

HALT-3 FORMULÁRIOS DO INQUÉRITO DE PREVALÊNCIA DE PONTO (IPP/PPS) NAS UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS E LARES (LTCF) Setembro 2017

PROGRAMA PREVENÇÃO e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos

Transcrição:

A Evolução do Controlo de Infecção em Portugal Maria Teresa Neto Grupo Coordenador do PNCI Coordenadora do Programa de Controlo de IACS em UCIN UCIN Hospital de Dona Estefânia Faculdade de Ciências Médicas, M Universidade Nova de Lisboa Escola Superior de Enfermagem de Santa Maria, Porto. 7 Outubro 2011

Sumário Trajecto do controlo de infecção em Portugal Mais-valias que podem ser obtidas com o conhecimentos dos indicadores que o controlo de infecção produz Perspectivas para o futuro Conclusões

Trajecto do controlo de infecção em Portugal 1930 Primeira referência a infecção hospitalar - Direcção ão-geral da Saúde 1979 - Circular Informativa N.º6 6 /79, de 9/2/79,, - Direcção ão-geral dos Hospitais divulgação da Resolução (72) 31 do Conselho da Europa - institucionalização das CCIH. Divulgação a todos os serviços e unidades de saúde.

Trajecto do controlo de infecção em Portugal 1986 - O controlo da infecção foi recomendado pela Direcção ão-geral dos Hospitais a todas as unidades de saúde - Circular Informativa N.º 8/86 de 25/3/86 divulgação da Recomendação n.º 84/ 20 de 25 de Outubro do Conselho da Europa 1993 Foi difundida a necessidade da institucionalização de CCIH, jáj preconizada na Resolução (72) 31 - Circular Normativa N.º4/93 de 10/2/93, da Direcção ão-geral dos Hospitais -

Trajecto do controlo de infecção em Portugal 1996 Despacho da DGS publicado em DR II Série, S nº n 246 de 23/10 Determina a criação de CCIH em toda a rede de hospitais do SNS públicos p e privados Define as CCIH como órgãos de assessoria técnica t de gestão dos CA e determina que lhes sejam afectados meios humanos, físicos f e financeiros adequados Define a composição e as atribuições

Trajecto do controlo de infecção em Portugal 1999 Despacho do Director-Geral da Saúde de 14 de Maio - Criado o Programa Nacional de Controlo da Infecção (PNCI), divulgado pela Circular Informativa da Direcção ão-geral da Saúde N.º 20/GAB/DG de 30/7/99 Objectivo - dar a conhecer a verdadeira dimensão do problema e promover as medidas necessárias para a prevenção da infecção através s da identificação e modificação das práticas de risco.

Trajecto do controlo de infecção em Portugal 1999-2006 1999 - O PNCI foi transferido da DGS para o Instituto Nacional de Saúde, Dr. Ricardo Jorge (INSA). 2006 (10 de Outubro), o PNCI foi transferido do INSA, para a DGS Despacho do Ministro da Saúde, 256/2006

Trajecto do controlo de infecção em Portugal 2007 Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde (PNCI), foi aprovado por Despacho do Sr. Ministro da Saúde, Dr. Correia de Campos, n.º 14178/2007, publicado em Diário Da República, 2.ª Série, N.º 127, de 4 de Julho de 2007, está sedeado na Direcção ão-geral da Saúde, no Departamento da Qualidade na Saúde / Divisão de Segurança a do Doente.

Trajecto do controlo de infecção em Portugal 2007 - Despacho do Director-Geral da Saúde, N.º 18052/2007, publicado no Diário da República, II Série S N.º 156, de 14 de Agosto - revê o Despacho publicado no Diário da República, II Série S N.º 246 de 23/10/1996 e determina a reestruturação das CCI em todas as unidades de saúde

2007 - Definida a organização das CCI e o POPCI para os Agrupamentos de Centros de Saúde - Circular Normativa da Direcção ão-geral da Saúde, N.º 20/DSQC/DSC de 24/10 2007 - Definida a organização, constituição e atribuições dos Grupos Coordenadores Regionais de Prevenção e Controlo de Infecção a nível n das Administrações Regionais de Saúde Circular Normativa da Direcção ão- Geral da Saúde, N.º 24/DSQC/DSC de 17/12 2009- Definida a organização das CCI e o POPCI para as Unidades de Cuidados Continuados Integrados. Circular Normativa da Direcção ão-geral da Saúde, N.º 17/DSQC/DSC de 20/09

Programa Nacional de Prevenção e Controlo da Infecção Associada aos Cuidados de Saúde Missão: Melhorar a qualidade dos cuidados prestados nas unidades de saúde, através s de uma abordagem integrada e multidisciplinar para a vigilância, a prevenção e o controlo das infecções associadas aos cuidados de saúde. Os projectos em desenvolvimento estão dirigidos às seguintes áreas: Vigilância epidemiológica Desenvolvimento de normas de boas práticas Consultoria e apoio

Vigilância Epidemiológica HELICS-UCI HELICS-Cirurgia Cirurgia Infecções Nosocomiais da Corrente Sanguínea nea Infecções nas UCI-Rec Recém-Nascidos Inquéritos Nacionais de Prevalência

Desenvolvimento de Normas de Boa Prática Normas de Orientação Clínica Higienização do Ambiente nas Unidades de Saúde - Recomendações de Boa Prática 2004 Recomendações para a Prevenção da Infecção Associada aos Dispositivos Intravasculares 2004 Recomendações para a Prevenção da Infecção Cirúrgica rgica 2004 Recomendações para a Prevenção da Infecção Respiratória ria em Doente Ventilado 2004 Recomendações para a Prevenção da Infecção Urinária ria em Doente Algaliado 2004

Desenvolvimento de Normas de Boa Prática Normas de Orientação Clínica Recomendações para as Precauções de Isolamento. Precauções Básicas B e Precauções Dependentes das Vias de Transmissão 2004 Recomendações para Controlo do Ambiente - Princípios Básicos 2004 Reforço o das Medidas de Controlo da Infecção na Perspectiva de Ocorrência de Pandemia de Gripe 2004 Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde 2010

Desenvolvimento de Normas de Boa Prática Normas de Orientação Clínica Reprocessamento dos endoscópios - em curso Precauções básicas b - revisão Prevenção da infecção do local cirúrgico rgico - revisão Prevenção da IU em doentes algaliados - nova norma Prevenção da infecção por Clostridium difficile - nova norma

Desenvolvimento de Normas de Boa Prática Protocolos Protocolo de Actuação em Caso de Suspeita de Surto de Infecção - 2004

Desenvolvimento de Normas de Boa Prática Manuais de Boas Práticas Orientações para a Elaboração de um Manual de Boas Práticas em Bacteriologia 2004 Prevenção de Infecções Adquiridas no Hospital - Um Guia - 2004

Consultoria e apoio A Coordenadora do PNCI responde às s questões que lhe são enviadas após s discussão em reuniões do Grupo Coordenador e consultados os órgãos adequados em cada questão. Os pareceres emitidos na sequência de pedidos específicos ficarão acessíveis ao público p no sítio s do PNCI/DGS

O conhecimento que os indicadores do controlo de infecção produz

Conhecimento adquirido a nível n local por cada uma das CCIH e a nível n nacional pela DGS: Prevalência e incidência de IACS em unidades de saúde Microrganismos mais frequentes Resistência aos antimicrobianos e sua evolução Prescrição de antimicrobianos

Mais valias conhecimento adquirido Inquéritos Nacionais de Prevalência Evolução da Prevalência da Infecção 2003 67 hospitais 16373 doentes 2009 114 hospitais 21459 doentes 2010 97 hospitais 21011 doentes Doentes com IACS Taxa de prevalência 8,4% 9,9% 9,8% 11% 9,9% 11,7% Fonte: Relatórios dos inquéritos de prevalência de 2003, 2009 e 2010

Mais valias conhecimento adquirido Inquéritos Nacionais de Prevalência Taxa de MRSA e VRE Taxa de MRSA Taxa de VRE 2003 41,1% 3,5% 2004 50%? 2009 71%? 2010 69,2%? Fonte: Relatórios dos inquéritos de prevalência de 2003, 2009 e 2010

Mais valias conhecimento adquirido Inquéritos Nacionais de Prevalência Primeiros 5 AB mais prescritos 2003 2009 2010 Amoxi/Clav Ciprofloxacina Amoxi/Clav Cefazolina Amoxi/Clav Quinolonas Ceftriaxone Cefazolina Gentamicina Pipera/Tazob Ceftriaxone Ciprofloxacina Cefalosp 3ªG Pipera/Tazob Carbapen Fonte: Relatórios dos inquéritos de prevalência de 2003, 2009 e 2010

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Registo Nacional da IACS em UCIN Doentes com infecção /100 doentes admitidos Episódios infecciosos /1000 dias de risco 1999/2000 10,2 8 2003/2004 15 13,4 2008/2009 9,1 7,5

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Vigilância das Infecções nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais Sepsis associada a CVC/1000dias de CVC PN associada a TET/1000 dias de TET 2008 2009 2010 8 16 17 16 7 6

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Vigilância das Infecções nas Unidades de Cuidados Intensivos Neonatais Microrganismos mais frequentes Antibióticos mais utilizados SCN E.coli Klebsiella Vancomicina Cefotaxime Gentamicina S. aureus Amicacina Metronidazole Ampicilina/meropenem

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Registo Nacional da IACS em UCIN Bactéria Staphylococcus coagulase negativa Zero resistência à vanco e rifampicina Staphylococcus aureus Zero resistência à vanco, rifampicina e Trimetropin/ sulfametoxazol Antibióticos, % de resistência Penicilina 94.3%; Meticilina - 92.9% Gentamicina 73.5% Trimetropin/sulfametoxazol - 34.6% Penicilina 89.7% Meticilina - 13.5%

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Registo Nacional da IACS em UCIN Bactéria Enterobacter Zero resistência aos carbapenem e trimetropin / sulfametoxazol Klebsiella spp Zero resistência aos carbapenem Serratia Zero resistência ao cefotaxime e gentamicina Antibióticos, % de resistência Cefotaxima 77.8% (7/9) Gentamicina 18.8% (3/16) Cefotaxime 40% (4/10) Gentamicina 22% (4/18)

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Registo Nacional da IACS em UCIN Bactéria Acinetobacter Zero resistência aos carbapenem Pseudomonas aeruginosa Zero resistência à amicacina e gentamicina Antibióticos, % de resistência Cefotaxima 100% (2/2) Gentamicina 16.7% (1/6) Trimetropin/sulfametoxazol - 100% (2/2) Ceftazidima 12.5% (1/8) Piparacilina 11% (1/9)

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Vigilância das Infecções nas Unidades de Cuidados Intensivos adultos 2006 2007 2008 2009 Doentes estudados 1119 1147 3219 4005 Taxa de IN 17,5 19 17,7 19,1 Taxa de IN associada a CVC 4,4 5,9 1.3 4,6 Taxa de IU 4,8 3,9 2,6 4,4 Taxa de PN associada a TET 11,3 12,1 12,8 9,9

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Vigilância das Infecções nas Unidades de Cuidados Intensivos adultos Microrganismos mais frequentes Pseudomonas aeruginosa Staph aureus Staph epidermidis E.coli Acinetobacter baumannii Candida albicans Antibióticos mais utilizados Carbapenems Vancomicina Piperacilina/Tazobactam Linezolide

Mais valias conhecimento adquirido Estudos de incidência Vigilância das infecções do local cirúrgico rgico 2006 2007 2008 2009 2010 Hospitais 15 16 22 24 21 Taxa de Infecção global Taxa de infecção segundo critérios NNIS (gravidade 3) 2,6 2,9 2,5 2 2,3 17,2 26,8 16,1 17,1 15,2

UCI Intensive Care Units Epidemiological differences between neonatal and Neonatal Adults Sepsis CVC/1000 days CVC 17 4,6 PNM/ 1000 days MV 6 9,9 adults Microorganisms SCN, E. coli Klebsiella Pseudomonas S. aureus S.epidermidis MRSA (%) 13,5 55 AB Vanco, cefotaxime gentamicin amikacin Carbapenems vancomicin pipera/tazobact linezolid

Programa de Vigilância Epidemiológica das Infecções nosocomiais da corrente sanguínea nea Maria Goreti Silva, Junho/Julho de 2008

Taxas de IACS associadas a dispositivo, estratificadas por grupos de serviços (por 1000 dias de exposição) 2002-004 GRUPOS DE SERVIÇOS Taxa de IACS Relacionada com CVC Taxa de IACS Relacionada Com a VA Taxa de IACS Relacionada Com a algalia UCI'S Polivalentes 3,5 2,5 0,5 Outras UCI'S 2,9 1,9 0,4 UCI Pediátricas 3,5 2,0 ----------------- Total UCIs 3,2 2,1 0,4 Hematologia/Oncologia 4,7 ---------------- 5,3 Medicina Interna 4,1 6,6 1,1 Especialidades Médicas 2,0 2,0 1,0 Cirurgia Geral 2,3 3,8 0,2 Especialidades 3,3 1,9 0,6 Cirúrgicas Outros Pediátr icos Serviços 0,8 0,6 --------------

Microrganismos nas IACS 2002-2004 / 2005-2007 Microrganismos isolados % % Total % Staphylococcus aureus sensíveis à 45,1 S. Aureus 10,1 Meticilina (MSSA) (22,3%) Staphylococcus aureus resistente à 54,9 12,2 Meticilina (MRSA) Staphylococcus epidermidis 61,5 S. coagulase negativo 13,7 Staphylococcus haemolyticus 14,1 (22,0%) 3,1 Outros Staphylococcus coagulase negativo 24,5 5,4 Escherichia coli 11,3 11,3 Klebsiela pneumoniae 90,0 Klebsiella spp 7,2 Klebsiela sp 10,0 (8,0%) 0,8 Pseudomonas aeruginosa 7,9 7,9 Enterococcus faecalis 70,4 Enterococcus 5,0 Enterococcus faecium 29,6 (7,1%) 2,1 Enterobacter cloacae 72,2 Total 3,3 Enterobacter sp 27,8 Enterobacter 1,3 (4,5%) Candida albicans 43,8 Cândida 1,8 Candida sp 56,2 (4,1 %) 2,3 Serratia sp 2,7 2,7

Microrganismos nas IACS 2002-2004 / 2005-2007 Acinetobacter baumannii 85,4 Acinetobacter 2,0 Acinetobacter sp 14,6 (2,3%) 0,3 Streptococcus pneumoniae/ Pneumococcus 20,7 0,2 Streptococcus viridans 20,7 Streptococcus 0,2 Streptococcus Grupo A 10,3 (1,7%) Outros Streptococcus B-Hemolíticos 3,4 0,2 Ooutros Streptococcus A-Hemolíticos 24,1 0,3 Streptococcus Grupo B 20,7 0,1 Ooutros Streptococcus A-Hemolíticos 24,1 0,4 Streptococcus Grupo B 20,7 0,3 Proteus mirabilis 73,1 Proteus 1,1 Proteus sp e Morganella morganii 26,9 (1,5%) 0,3 Aspergillus sp 1,0 1,0 Outros Gram Positivo 0,7 0,7 Outros GramNegativo 0,7 0,7 Stenotrophomonas maltophilia 0,6 0,6 Citrobacter freundii 55,6 Citrobacter 0,3 Citrobacter sp 44,4 (0,5%) 0,2 Salmonella spp 0,4 0,4 Outros Gram negativos não fermentativos 0,3 0,3 Anaeróbios 0,1 0,1 Haemophilus influenzae 0,1 0,1 Outros fungos 0,1 0,1

Resistências aos Antimicrobianos dados 2002-2004 PSEUDOMONAS spp n=138 Testados % testados Resistentes % R * Cefalosporinas Ceftazidima 122 88,4 39 32,0 % Ureidopencilinas Cefepima 10 7,2% 2 20,0% Piperacilina/ Tazobactam 117 84,8 32 27,4 % Carbapenem Imipenem/ meropenem 137 99,2 54 39,4 % Aminoglicosídeos Quinolonas Gentamicina 102 73,9 18 17,6% Amicacina 75 54,3 11 14,7 % Tobramicina 28 20,3 3 10,7% Ciprofloxacina /Ofloxacina 135 94,2 48 35,5 %

Mais-valias que podem ser obtidas com o conhecimentos dos indicadores que o controlo de infecção produz

O PNCI trabalha em estreita colaboração com o Programa Nacional de Prevenção das resistências aos antimicrobianos

Perspectivas para o futuro

Perspectivas para o futuro Contamos ter prontos até ao fim do ano os seguintes documentos: -Pevenção e controlo da doença a associada a Clostridium difficile - NOVO - Prevenção de Infecção Urinária ria no doente algaliado - NOVO - Prevenção de Infecção do local cirúrgico rgico - ACTUALIZAÇÃO - Reprocessamento em Endoscopia Digestiva - NOVO - Precauções Básicas B para Controlo de Infecção - NOVO

Perspectivas para o futuro - Indicadores para o Plano Nacional de Saúde 2011-2016: 2016:. Bacteriémia por S. aureus incluindo o MRSA - Intervenção de acordo com os dados epidemiológicos conhecidos - Bundles para o CVC - Promoção da implementação das Precauções básicasb - Avaliação no terreno da eficácia cia de algumas intervenções nomeadamente rastreio para MRSA e avaliação da qualidade da limpeza em unidades hospitalares

O que é necessário Reconhecimento da importância real dos programas a nível n local, regional e nacional Os programas podem ser construídos no papel mas quem os implementa são as pessoas As condições de trabalho são o fulcro da rendibilidade

O que é necessário Partilha dos resultados obtidos nos estudos de incidência Organizar reunião nacionais com CCIH

O que é necessário Reconhecimento das CCIH como parceiros na construção da qualidade Atribuição de local, equipamento, pessoal Atribuição de tempo Dar às s CCIH e organizações nacionais no terreno uma unidade nacional e reconhecimento da sua importância

O que se pede e o que se espera Não se pede que seja dado mais do que é devido que custa o mesmo quando é feito um programa é afectado orçamento. É esse que é esperado Espera-se se que não seja tirado o que ainda não foi dado pessoal, local, equipamento, tempo, respeitabilidade e ouvidos, às s CCIH

Mas Nem sós de dinheiro vivem os projectos Muita acção, intervenção e melhoria podem ser realizadas sem gastos extra Ver, medir, identificar, quantificar, corrigir Ver, medir, identificar,.. SóS dependem de nósn Incluir o controlo de infecção no projecto da Tróica ica? Isso é que é qualidade! Vg.. Controlo de qualidade!

Resultados Relatório da Inspecção Geral das Actividades em Saúde 2009 15% dos Hospitais do SNS não dispunham de políticas e procedimentos de prevenção e controlo de infecção 25% das unidades privadas de saúde não faziam auditorias periódicas

Todos os elementos do PNCI são voluntários

Conclusões O trajecto do controlo de infecção em Portugal jáj é longo e ainda estamos no princípio pio A informação sobre indicadores que o controlo de infecção produz é grande mas as mais valias não têm sido utilizadas Perspectivas para o futuro vão depender da nossa capacidade criativa (Elaine( Pina)