trabalho apresentado no: VI SENABRAILLE - João Pessoa/Paraíba (20 a 23 de novembro de 2009)



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Transcrição:

trabalho apresentado no: VI SENABRAILLE - João Pessoa/Paraíba (20 a 23 de novembro de 2009) ÁREA TEMÁTICA: Acesso à informação: cidadania, acessibilidade e sociedade do conhecimento. TÍTULO: ACESSIBILIDADE À INFORMAÇÃO NO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ AUTORES Angela Pereira de Farias Mengatto 1 Eliane Maria Stroparo 2 Eutália Cristina do Nascimento Moreto 3 Ligia Eliana Setenareski 4 Maria Simone Utida dos Santos Amadeu 5 INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ R. Gen. Carneiro, 460 Curitiba Paraná - Brasil Endereços eletrônicos: 1 angelamen@ufpr.br 2 eliane@ufpr.br 3 crismoreto@ufpr.br 4 ligia@ufpr.br 5 simoneamadeu@ufpr.br

RESUMO Apresenta um estudo preliminar sobre a acessibilidade nas 15 unidades do Sistema de Bibliotecas (SIBI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Os dados levantados evidenciaram que três bibliotecas já apresentam itens indicados pela legislação vigente NBR 9050/1994, as demais bibliotecas necessitam de reforma e ampliação parcial ou total no espaço físico para melhor atender os usuários portadores de necessidades especiais (PNE). Palavras-chave: Acessibilidade. Inclusão social. Bibliotecas. ABSTRACT Presents a study about accessibility in the 15 units of the Sistema de Bibliotecas (SIBI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR). The data collected showed that three libraries have already presented items indicated by the current legislation NBR 9050/1994, the other libraries need to reform and parcial or total expansion in physical space to serve better the users with disabilities (PNE). Key-words Accessibility. Social inclusion. Libraries. 1 INTRODUÇÃO Para uma sociedade inclusiva, que valoriza a igualdade de tratamento para todas as pessoas, é importante que propostas de acessibilidade sejam adotadas, possibilitando uma melhoria na qualidade de vida das pessoas com necessidades diferenciadas. Neste contexto, avaliamos a biblioteca cujo objetivo principal é a informação, e refletimos sobre a possibilidade de modificar os ambientes para que o acesso ao conhecimento seja compartilhado em benefício das pessoas idosas e pessoas com deficiência (visual, cognitiva, motora, múltipla). Como as bibliotecas

deveriam ser consideradas quanto aos seus aspectos: arquitetônico, virtual, comunicacional e atitudinal? Acessibilidade à informação a todas as pessoas, independente de suas limitações físicas ou sensoriais no Sistema de Bibliotecas (SIBI) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) foi a motivação deste trabalho. Foram analisadas as 15 bibliotecas que compõe o SIBI: uma sede administrativa, uma biblioteca de ensino médio e 13 bibliotecas universitárias. Destas, nove estão localizadas nos campi de Curitiba e as outras três nos municípios de Palotina, Pontal do Paraná e Matinhos. Levando-se em conta a Portaria n.1679 de 2 de dezembro de 1999 do Ministério de Educação (MEC), que assegura aos portadores de necessidades especiais condições básicas de acesso aos equipamentos e instrumentos das Instituições de Ensino Superior, considera-se necessário permitir o acesso às bibliotecas, seus serviços e aos seus recursos informacionais, precedido de uma reflexão a respeito da missão dos bibliotecários que é facilitar o acesso a informação nos vários meios que se apresenta: impresso, audível, digital, visual, assim como as tecnologias assistivas a todas as pessoas. 2 REVISÃO DE LITERATURA As bibliotecas hoje devem ofertar uma grande variedade de materiais com diversidade de conteúdos, atender e acolher a maior variedade de usuários permitindo o seu acesso as diversas coleções. De acordo com a Federação Internacional das Associações de Bibliotecários (IFLA), de 29 de março de 1999 citada por Pupo (2008, p.18), compete aos bibliotecários: garantirem e facilitarem o acesso a todas às manifestações do conhecimento e da atividade intelectual; a adquirirem preservarem e tornarem acessíveis a mais ampla variedades de materiais que reflitam a pluralidade e a diversidade da sociedade. Usuários com necessidades especiais não devem se sentir excluídos. Na verdade, eles devem ser os maiores beneficiados com as inovações tecnológicas.

Os acervos digitalizados e a transmissão eletrônica de documentos são a tônica da informação hoje. O objetivo da distribuição da informação é facilitar a partilha da informação, conforme Choo (2006, p. 414) a informação correta atinja a pessoa certa no momento, lugar e formatos adequados. Oferecer acesso às pessoas com necessidades especiais, adequando o espaço físico, acervo e serviços prestados, é uma das maneiras de possibilitar e promover o ingresso, a manutenção e a frequência desses usuários na biblioteca. Baptista (2006, p. 25) declara que: não basta simplesmente tornar os ambientes acessíveis (espaços físicos, disponibilizar conhecimentos, etc). As barreiras mais difíceis de serem contornadas são as barreiras de atitudes. É preciso que nos tornemos pessoas acessíveis e inclusivas, ou seja, fazer uma revisão de nossas atitudes e mudá-las, tendo como foco principal a idéia de que todas as pessoas tem direitos e deveres em uma sociedade democrática e que ninguém deve ser excluído por qualquer razão que seja. Mazzoni et al. (2001, p. 34) recomendam que: Para um bom atendimento às pessoas portadoras de deficiência no espaço físico da biblioteca, é necessário que seja preparada uma sala com recursos de acessibilidade, tanto em termos de mobiliário, como em software e hardware. O objetivo é que nesta sala exista a infra-estrutura necessária aos estudos e pesquisas das pessoas portadoras de deficiência, mas não é aconselhável que esta sala seja de uso exclusivo delas. Os sistemas de sinalização devem ser concebidos de forma a observar as necessidades de usuários cegos, com baixa visão, daltônicos, surdos e com outros problemas. Todos os serviços disponibilizados na forma digital devem poder ser acessados também via Internet, observando a acessibilidade no espaço digital. A comutação de material bibliográfico deve incluir também versões digitais. Devese aumentar o acervo com obras digitais e tornar a versão Digital parte indissociável dos trabalhos acadêmicos de mestrado e doutorado recebidos pela biblioteca. Alocar pessoas portadoras de deficiência para atuar na biblioteca, assim as dificuldades enfrentadas por estes usuários serão mais bem compreendidas e mais facilmente solucionadas. A construção de ambientes acessíveis em bibliotecas universitárias beneficia todos os usuários, promovendo um atendimento qualificado.

...a proposta não é criar espaços em ambientes separados, para uso exclusivo para pessoas portadoras de deficiências, o que seria outra forma de discriminação, e sim, desde o projeto, pensar em sistemas e ambientes que possam ser utilizados por todos (MAZZONI et al., 2001, p.4). Considerando a questão de inclusão social, respondendo aos critérios estabelecidos pelo Ministério da Educação (MEC) e levando-se em conta o sistema de cotas para pessoas com necessidades especiais na UFPR, é preciso que as bibliotecas do SIBI estejam preparadas para oferecer, ambiente, acervo e serviços que atendam a demanda dessas pessoas. 3 METODOLOGIA O trabalho foi dividido em duas etapas: levantamento e análise dos dados. O levantamento dos dados foi realizado nas 15 bibliotecas do SIBI, a fim de verificar a existência de infraestrutura de ambientes inclusivos nas mesmas. O instrumento utilizado para coletas de dados foi um questionário enviado à todas as bibliotecas do SIBI, contemplando os seguintes aspectos: a) Acessibilidade urbana - Urbanização circulante da biblioteca, estacionamento - Entrada: rampa, elevadores e escadas b) Acessibilidade arquitetônica - Porta de entrada: medidas, faixa tátil, cores, faixa (se for de vidro) - Recepção: sinalização impressa, tátil, balcão, catraca, armários - Espaço interno: faixas, guias táteis, pisos, tapetes, forrações, disposição de mobiliário, corredores, portas interiores, extintores, estantes, murais, telefones - Pavimento: estável, antideslizante, sem rugosidade, trajetórias sinalizadas - Acervo: largura dos corredores entre as estantes, distribuição do mobiliário, distribuição dos livros, mesas, cadeiras - Banheiros: dimensões, pavimento - Sinalização: visibilidade, símbolo, cor, sinalização tátil - Iluminação: cor, contraste

Na analise dos dados considerou-se os elementos citados na norma NBR 9050/1994 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e artigo 6. do Decreto 5296/2004. 4 RESULTADOS Na análise sobre a acessibilidade urbana, 7 bibliotecas possuem prédio próprio e 8 estão inseridas em prédios setoriais. Nove (9) bibliotecas já oferecem vagas preferenciais nos estacionamentos para PNE (GRAFICO 1). prédio próprio prédio setorial vagas preferencias GRAFICO 1 ACESSIBILIDADE URBANA O acesso ao prédio das bibliotecas é feito da seguinte forma: 6 bibliotecas por escadas; 3 por rampa, 2 por escada e rampa; 1 por rampa e elevador; 1 por escada e elevador e 2 por escada, rampa e elevador (GRÁFICO 2). escada escada/ elevador rampa/ elevador rampa/ escada/ elevador rampa/ escada rampa

GRAFICO 2 FORMA DE ACESSO Na análise sobre a acessibilidade arquitetônica, 12 das bibliotecas já possuem portas com medidas (0,80x2,10cm) permitindo a passagem de cadeirantes e 3 não obedecem a este padrão. Três (3) bibliotecas possuem faixa sinalizando porta de vidro e 5 apresentam cores contrastantes entre a porta, paredes e batentes, sendo que nenhuma biblioteca possui faixa tátil de orientação. Em relação a recepção, 10 bibliotecas possuem portão eletrônico permitindo o acesso dos portadores de necessidades especiais e apenas 2 possuem catraca dificultando a entrada de cadeirante. Todas as bibliotecas possuem guarda-volumes, porém nenhuma oferece escaninhos reservados e sinalizados para PNE (GRAFICO 3). Portas padrão Cores contrastantes Faixas sinalização Vidros sinalização Catracas GRÁFICO 3 - ACESSIBILIDADE ARQUITETÔNICA Na analise do espaço interno, dos terminais de consulta existentes nas bibliotecas constatou-se que apenas 3 estão de acordo com as normas estabelecidas pela ABNT. Com relação aos balcões de empréstimo, mesas e cadeiras da área de leitura, 13 bibliotecas não estão adaptadas. Somente 2 possuem cabines individuais de estudos adaptadas. Quanto a banheiros e portas internas adaptadas para os PNE, apenas 6 apresentaram esse item (GRAFICO 4).

Banheiros adaptado s Terminais de consulta Cabines individuais GRAFICO 4 ESPAÇO INTERNO / MOBILIÁRIO Em relação a circulação interna nas bibliotecas, 7 permitem a movimentação de pessoas com acessórios (bastões, muletas, bengalas e cadeiras de roda). Quanto a circulação entre as estantes de livros, em 6 bibliotecas o espaço é adequado e em 9 é inadequado. Nas estantes de periódicos em 2 bibliotecas o espaço é adequado para a circulação e em 13 a circulação é inadequada (GRAFICO 5). movimentação com acessórios Circulação entre estantes de livros circulação entre estantes de periodicos GRÁFICO 5 CIRCULAÇÃO INTERNA Os itens sinalização, piso tátil e antiderrapante, capachos e forrações embutidos, não estão de acordo com as normas da ABNT em nenhuma das bibliotecas analisadas.

5 CONCLUSÃO Os resultados demonstraram que as bibliotecas do SIBI/UFPR não possuem hoje as condições necessárias para atender aos portadores de necessidades especiais, e a maioria delas precisa de total reforma para promover uma reestruturação física adequada. As bibliotecas de Ciências Agrárias (AG) e Ciências Humanas e Educação (HE) que já foram reformadas e conseguiram adequar alguns itens como: elevador, rampa, banheiros para facilitar o acesso aos seus espaços internos e às suas coleções. A biblioteca de Ciência e Tecnologia que está sendo reformada, conta com espaço destinado para a implementação de um laboratório de atendimento aos PNE, que servirá de modelo às demais bibliotecas. Outro item relevante é a sinalização interna adequada aos PNE que brevemente será implementada para todo o Sistema de Bibliotecas. Para 2010 estão previstas as reformas e/ou construções nas bibliotecas de Ciências Florestais e da Madeira (CF), Ciências da Saúde (SD) e a Biblioteca de Educação Profissional e Tecnológica. Recomenda-se às demais bibliotecas setoriais, que acessibilidade seja um item a ser investido de forma prioritária para que os usuários PNE possam ter acesso e serem atendidos em todas as bibliotecas do SIBI. Vale lembrar que este é um estudo preliminar sobre acessibilidade nas bibliotecas do SIBI, havendo necessidade de aprofundamentos nas questões referentes a tecnologia assistiva, treinamento e capacitação de pessoal, e acervos específicos e adequados para promover a igualdade de tratamento a todos os usuários do Sistema de Bibliotecas.

REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT). NBR 9050 Acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro, 1994. BAPTISTA, M. I. S. P. Convivendo com as diferenças. In: PUPO, D.; MELO, A. M.; FERRES, S. F. Acessibilidade: discurso e prática nos cotidianos das bibliotecas. Campinas: Unicamp, 2008. BRASIL. Ministério da Educação. Portaria n. 1.679, de 02 de dezembro de 1999. Dispõe sobre requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de deficiências, para instruir os processos de autorização e de reconhecimento de cursos, e de credenciamento de instituições. Disponível em: <http://portal.mec.gov/sesu>. Acesso em: 14/11/2008. CHOO, C. W. A organização do conhecimento: como as organizações usam a informação para criar significado, construir conhecimento e tomar decisões. 2. ed. São Paulo: Editora Senac, 2006. MAZZONI, A. A. et.al. Aspectos que interferem na construção da acessibilidade em bibliotecas universitárias. Ciência da Informação, Brasília, v. 30, n. 2, p. 34, maio/ago. 2001. PUPO, D. T. Acessibilidade e inclusão: o que isto tem haver com os bibliotecários. In: PUPO, D.; MELO, A. M.; FERRES, S. F. Acessibilidade: discurso e prática nos cotidianos das bibliotecas. Campinas: Unicamp, 2008.

ANEXO ACESSIBILIDADE NAS BIBLIOTECAS DO SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ BIBLIOTECA: RESPONDIDO POR: DATA: / /. 1 ACESSIBILIDADE URBANA 1.1 A biblioteca possui prédio próprio? ( ) sim ( ) não 1.2 Forma de acesso ao prédio: ( ) rampa ( ) elevador ( ) escada 1.3 Estacionamento com vagas preferenciais para PNE? ( ) sim ( ) não 2 ACESSIBILIDADE ARQUITETONICA 2.1 Entrada 2.1.1 A porta de entrada permite a passagem de cadeira de rodas (0,80 x 2,10 cm)? ( ) sim ( ) não 2.1.2 Possui faixa tátil de orientação? ( ) sim ( ) não 2.1.3 No caso de porta de vidro, possui faixa de sinalização? ( ) sim ( ) não 2.1.4 Possui cores contrastantes entre porta e paredes ou entre paredes e batentes? ( ) sim ( ) não 2.2 Recepção 2.2.1 A entrada da biblioteca possui: ( ) catraca ( ) portão eletronico 2.2.2 O guarda volumes possui escaninhos reservados e sinalizados para os PNE? ( ) sim ( ) não 2.3 Espaço interno 2.3.1 Os terminais de consulta são adaptados para PNE? ( ) sim ( ) não 2.3.2 O balcão de empréstimo permite aproximação frontal para cadeirante com redução de altura para 0,75 ou 0,85 cm? ( ) sim ( ) não 2.3.3 A área de leitura possui mesas e cadeiras adaptadas? ( ) sim ( ) não 2.3.4 As cabines individuais de estudo são adaptadas? ( ) sim ( ) não 2.3.5 A largura dos corredores entre as estantes permite a circulação de cadeirante? Livros ( ) sim ( ) não Periódicos ( ) sim ( ) não

2.3.6 As dimensões internas de circulação na biblioteca permitem a circulação de pessoas com acessórios de mobilidade (bastões, muletas, bengalas, cadeiras de roda, entre outros)? ( ) sim ( ) não ( ) alguns 2.3.7 Existe na biblioteca algum tipo de sinalização para atender aos PNE? ( ) sim ( ) não 2.3.8 A biblioteca possui banheiros adaptados? ( ) sim ( ) não 2.3.9 A biblioteca possui piso tátil e antiderrapante? ( ) sim ( ) não 2.3.10 Capachos e forrações são embutidos, fixados e nivelados com o piso circulante? ( ) sim ( ) não 2.3.11 As portas internas são adaptadas? ( ) sim ( ) não 2.3.12 A iluminação é adequada aos PNE? ( ) sim ( ) não SUGESTÕES: