O tornado de projeto é admitido, para fins quantitativos, com as seguintes características [15]:



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4 Tornado de Projeto O tornado de projeto é admitido, para fins quantitativos, com as seguintes características [15]: Tornado do tipo F3-médio; Velocidade máxima de 233km/h = 64,72m/s; Velocidade translacional (V) de 1/5 x 233 = 46,6km/h = 12,9m/s 13m/s; Velocidade tangencial máxima (T max ) acima da camada limite de 4/5 x 233 = 186,4km/h = 51,8m/s 52m/s; Raio máximo (r max ) onde ocorre a velocidade tangencial máxima de 45,7m 46m e Densidade do ar ρ de 1, 226kg/m 3. A espessura da camada limite (δ 0 ) é tomada como 460m; esse valor é adotado com base na proposta de Wen [49], sobre o tornado de Dallas, EUA, em 1957 [33], que também era um tornado do tipo F3. Além disso, está sendo considerada como situação crítica o centro do tornado alinhado com o centro da estrutura, β = 0, sendo β o ângulo entre a trajetória do tornado e o eixo x. E, para a estrutura prismática, uma das faces perpendicular à trajetória do tornado, D = 0, sendo D a distância do centro da estrutura a essa trajetória. Para todas as velocidades calculadas estão sendo desprezadas as dimensões em planta da estrutura e estão sendo variadas apenas as alturas. A distância entre os centros do tornado e da estrutura no início da análise, S 0, está sendo definida como três vezes o valor do r max, o que resulta em S 0 = 138m, sendo assim, o tempo total da análise, t max = 2 S 0 /V = 21,23s. Para maior comodidade aproximam-se os valores de S 0 para 130m e t max para 20s.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 35 4.1 Análise dos Parâmetros Antes de dar início ao cálculo do campo tornádico, é feito um estudo sobre a influência dos parâmetros de entrada no resultado final das velocidades. 4.1.1 Velocidade Translacional Nas figuras 4.1 e 4.2 vêem-se as distribuições das velocidades tangencial e radial ao longo do tempo para diferentes valores de velocidade translacional. Para cada instante de tempo está sendo calculada a média das velocidades até a altura de 100m, equação 4-1: Média das Velocidades = 1 100 100 0 V el (z, t 1 )dz (4-1) Figura 4.1: Velocidade tangencial média, para diferentes velocidades translacionais. Percebe-se que a velocidade translacional modifica apenas o tempo que o tornado leva para atingir a estrutura com a máxima velocidade e o tempo necessário para o centro do tornado coincidir com o centro da estrutura, não alterando os valores das velocidades. Conclui-se então que qualquer variação nesse parâmetro interfere apenas no tempo total da análise.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 36 Figura 4.2: Velocidade radial média, para diferentes velocidades translacionais. 4.1.2 Velocidade Tangencial Máxima Nas figuras 4.3 e 4.4 são mostradas as curvas das velocidades tangencial e radial médias até 100m, ao longo do tempo, para diferentes valores de T max. Figura 4.3: Velocidade tangencial média, para diferentes velocidades tangenciais máximas.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 37 Figura 4.4: Velocidade radial média, para diferentes velocidades tangenciais máximas. Analisando os gráficos das figuras 4.3 e 4.4, nota-se que a velocidade tangencial máxima regula a intensidade das velocidades ao longo do tempo, mantendo a mesma configuração de distribuição. Sendo assim, atribuir um valor maior na velocidade tangencial máxima significa não só valores maiores da velocidade tangencial, para todos os instantes, como também uma distribuição de velocidade radial maior. 4.1.3 Espessura da Camada Limite Na figura 4.5, a curva exibe a fronteira da camada limite normalizado pelo parâmetro δ 0, ao longo do afastamento r dividido pelo valor adotado para o r max. Observa-se que para um valor de r = 3, 5, δ δ 0. Ainda no mesmo gráfico, adotando um valor de r = r max, isto é, r = 1, o valor da relação δ/δ 0 é igual a 0,39. Esse valor fornece a posição da altura em relação a δ 0, onde ocorre a descontinuidade do valor da velocidade, que passa a partir, desse ponto, a ter seu valor constante, o que pode ser comprovado no gráfico da figura 4.6, em que se tem a distribuição da velocidade radial ao longo da altura dividida pelo valor de δ 0. Na figura 4.7 tem-se a mesma curva para a velocidade tangencial, percebe-se que o valor constante coincide com a máxima velocidade tangencial, como já era esperado pela definição de T max. Os gráficos das figuras 4.8 e 4.9 exibem as mesmas distribuições das figuras 4.6 e 4.7, porém para diferentes valores de δ 0.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 38 Figura 4.5: Espessura relativa da camada limite ao longo de r. Figura 4.6: Velocidade radial (r = r max ) ao longo da altura dividida por δ 0. Verifica-se que o parâmetro δ 0 não modifica os valores das velocidades, nem a forma da sua distribuição com a altura, mas sim em que posição vertical cada velocidade ocorre.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 39 Figura 4.7: Velocidade tangencial (r = r max ) ao longo da altura dividida por δ 0. Figura 4.8: Velocidade radial (r = r max ) ao longo da altura para diferentes valores de δ 0. A figura 4.10, mostra as velocidades tangenciais médias de um tornado até uma altura de 100 metros, para diferentes valores de δ 0, ao longo do tempo. Nas três situações, as velocidades médias estão calculadas para alturas abaixo da camada limite. Nota-se que as velocidades são maiores quão menor é o

Capítulo 4. Tornado de Projeto 40 Figura 4.9: Velocidade tangencial (r = r max ) ao longo da altura para diferentes valores de δ 0. valor de δ 0. Porém, adotar valores muito pequenos de δ 0 equivale a desprezar a presença da camada limite e sobrecarregar uma estrutura que estivesse sendo atingida pelo tornado. Por isso, prefere-se manter o valor de δ 0 = 460m, pois este valor fornece uma situação real já verificada anteriormente [33]. Figura 4.10: Velocidade tangencial média ao longo do tempo para diferentes valores de δ 0.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 41 Outro ponto relevante é que, para um mesmo intervalo de tempo, a relação entre as velocidades máxima e inicial é maior quão menor o valor de δ 0, como pode ser visto na tabela 4.1. Sendo assim, se o tempo total de análise estiver vinculado a essa relação, quão menor o valor de δ 0 maior o tempo total de análise. Tabela 4.1: Valores máximos e iniciais das velocidades tangenciais e sua relação para diferentes valores de δ 0. δ 0 (m) V T max (m/s) V T ini (m/s) V T max /V T ini 100 50,1 18,0 2,7 250 47,9 11,2 4,2 460 45,9 7,2 6,3 V T max é a máxima velocidade tangencial média até 100 metros ao longo do intervalos analisado na figura 4.10; V T ini é a velocidade tangencial média até 100 metros no início do processo, t=0s na figura 4.10. 4.1.4 Raio Máximo Mantendo-se ainda a idéia que δ δ 0 para r = 3, 5, o valor de r max influencia a distância, em relação ao centro do tornado, para aquela camada limite chega ao seu valor máximo, como pode ser visto na figura 4.11, em que se tem a mesma curva da figura 4.5, porém para diferentes valores de r max. A figura 4.12, mostra as velocidades tangenciais médias de um tornado até uma altura de 100 metros, para diferentes valores de r max, ao longo do tempo. O parâmetro r max atua da mesma forma que a velocidade translacional, figura 4.7, o que significa que qualquer variação no raio máximo interfere apenas no tempo total da análise. Sendo assim, para um mesmo valor de δ 0, quanto maior o r max, maior deve ser o intervalo de tempo da análise para se manter a mesma relação da máxima velocidade média (V T max ) ao longo do tempo e a velocidade inicial média (V T ini ).

Capítulo 4. Tornado de Projeto 42 Figura 4.11: Distribuição da espessura relativa da camada limite, ao longo de r, para diferentes valores de r max. Figura 4.12: Velocidade tangencial média ao longo do tempo para diferentes valores de r max.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 43 4.2 Velocidade do Tornado Após o estudo dos parâmetros para o cálculo das velocidades do tornado, segue a interpretação dos valores das velocidades em relação ao ponto de análise. Considerando um ponto qualquer situado na linha da trajetória do tornado, distante de S 0 do centro do tornado, com as coordenadas locadas de acordo com a figura 4.13, nota-se que a velocidade tangencial corresponde à velocidade na direção y no ponto em questão e a velocidade radial à velocidade na direção x. A mudança de sinal ocorre no instante em que o tornado passa pelo ponto. Figura 4.13: Esquema indicando a posição inicial e final do tornado em relação ao ponto de interesse. A figura 4.14 mostra a distribuição da velocidade radial pelo tempo para diferentes posições da altura. Figura 4.14: Velocidade radial para diferentes alturas.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 44 Na figura 4.15 é possível perceber o que é mostrado na figura 4.13, que a velocidade radial transforma-se na velocidade na direção x no ponto de interesse, com a inversão de sinais antes do tornado cruzar a estrutura. Essa situação só ocorre porque a estrutura está alinhada à trajetória do tornado e porque está sendo considerado que uma das faces da estrutura está perpendicular à trajetória, senão haveria uma combinação das componentes radias e tangencias. Figura 4.15: Velocidade na direção x para diferentes alturas. O mesmo procedimento está sendo feito nas figuras 4.16 e 4.17, em que se tem a velocidade tangencial para diferentes alturas e a transformação dessas velocidades para a componente y no ponto, respectivamente.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 45 Figura 4.16: Velocidade tangencial para diferentes alturas. Figura 4.17: Velocidade na direção y para diferentes alturas.

Capítulo 4. Tornado de Projeto 46 No gráfico da figura 4.18 tem-se a velocidade vertical para diferentes alturas, que equivale à velocidade na direção z no ponto. Figura 4.18: Velocidade vertical para diferentes alturas. 4.3 Conclusões Imediatas Definido o tornado de projeto e feita a análise dos parâmetros principais que compõem o campo de vento do tornado proposto por Kuo/Wen, pode-se chegar a um conjunto de observações importantes sobre o comportamento do modelo: A velocidade translacional (V) interfere no tempo que o centro do tornado leva para atingir uma certa posição e, com isso, o tempo de aplicação dos carregamentos, não alterando os valores máximos do campo de velocidades; Da mesma forma que a velocidade translacional, o raio máximo (r max ) modifica o intervalo de tempo (t 1 ) da ação de um tornado num ponto. Então, para uma estrutura com freqüência natural (f 0 ), alterar o valor de t 1 significa mudar o fator de amplificação dinâmica; Alterações na velocidade tangencial máxima (T max ) implicam modificações grandes na distribuição do campo de ventos ao longo do tempo; A espessura da camada limite (δ 0 ) torna-se uma medida importante por ser determinada através de comparações feitas entre os resultados das

Capítulo 4. Tornado de Projeto 47 velocidades do campo de ventos de Wen/Kuo e valores reais medidos do tornado de Dallas [33]. Alterações nesse parâmetro interferem na velocidade média ao longo do tempo, quanto menor o valor da espessura da camada limite, maiores os valores das velocidades, porém as alterações não são tão significativas quanto as geradas pelas mudanças de T max.