Implantação de diretrizes e protocolos clínicos



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Transcrição:

Implantação de diretrizes e protocolos clínicos V1.01 - Novembro de 2012 1. Sigla E-EFT-01 Sumário: Sigla Nome Conceituação Domínio Relevância Importância Estágio do Ciclo de Vida Método de Cálculo Definição de Termos utilizados no Indicador: Interpretação Periodicidade de Envio dos Dados Público-alvo Usos Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações Meta 2. Nome Implantação de diretrizes e protocolos clínicos 3. Conceituação Monitorar a implantação, nos prestadores hospitalares, de protocolos clínicos institucionais a partir de diretrizes para a prática clínica baseadas em evidências. 4. Domínio Efetividade 5. Relevância Essencial 6. Importância O avanço tecnológico na área da saúde proporciona inúmeras opções diagnósticas e terapêuticas para o cuidado à saúde. Entretanto, esta variabilidade não necessariamente está relacionada às melhores práticas assistenciais e às melhores opções de tratamento. A aplicação de protocolos clínicos permite a implementação de recomendações válidas preconizadas nas diretrizes clínicas, padronizando o fluxo e as principais condutas diagnósticas e terapêuticas para o agravo selecionado. A aplicação das recomendações das diretrizes clínicas por meio de protocolos clínicos aumenta a efetividade na assistência assim como a segurança. 7. Estágio do Ciclo de Vida E.2 Fontes dos Dados Ações Esperadas para Causar Impacto no Indicador Limitações e Vieses Referências

PÁGINA 2 E-EFT-01 8. Método de Cálculo 9. Definição de Termos utilizados no Indicador: 10. a) Numerador 11. b) Denominador Evidências de elaboração, desenvolvimento e implementação de protocolos clínicos para infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico isquêmico, insuficiência cardíaca congestiva, pneumonia comunitária e sepse, há pelo menos quatro meses. Devem ser explicitadas as estratégias de disseminação dos protocolos na instituição. a) Não se aplica. b) Não se aplica. Os protocolos deverão ser baseados em Diretrizes Clínicas atualizadas, nacionais, para o infarto agudo do miocárdio (Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2007; 2009; Ministério da Saúde, 2011a; c), acidente vascular encefálico isquêmico (Ministério da Saúde, 2012a), insuficiência cardíaca congestiva (Bocchi et al., 2009), pneumonia comunitária (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, 2007; Corrêa et al., 2009) e sepse (Diament et al., 2011; Salomão et al., 2011; Westphal, Gonçalves, et al., 2011; Westphal, Silva, et al., 2011). Igualmente são aceitáveis Diretrizes Clínicas internacionais validadas, aplicáveis ao contexto nacional, para o infarto agudo do miocárdio (Van de Werf et al., 2008; Kushner et al., 2009; Hamm et al., 2011; Wright et al., 2011), acidente vascular encefálico isquêmico (Adams et al., 2007; ESO, 2008), insuficiência cardíaca congestiva (Hunt et al., 2009; McMurray et al., 2012), pneumonia comunitária (Mandell et al., 2007; Bradley et al., 2011a; b; Harris et al., 2011; Woodhead et al., 2011a; b) e sepse (Dellinger et al., 2008) 1. Outras Diretrizes Clínicas aqui não mencionadas também poderão ser utilizadas, desde que tenham sido validadas para o Sistema de Saúde Brasileiro (público, suplementar ou privado). Definições: 1. Diretrizes clínicas: recomendações desenvolvidos de forma sistemática, com o objetivo de auxiliar profissionais e pacientes, na tomada de decisão em relação à alternativa mais adequada para o cuidado de sua saúde em circunstâncias clínicas específicas (Field, Lohr e Institute of Medicine, 1990). São desenvolvidas com o objetivo de sintetizar as evidências científicas em relação à prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação, sistematizando o conhecimento científico em relação a determinado agravo e propondo recomendações para o atendimento efetivo e seguro dos pacientes nas condições clínicas explicitadas. As diretrizes clínicas, deste modo, são mais completas e detalhadas e devem ser atualizados a cada três anos. Os protocolos clínicos são adaptações das recomendações e orientações das diretrizes para os serviços em particular e definem fluxos de atendimento e algoritmos voltados para garantir o melhor cuidado em determinado serviço de saúde. Fixam-se, os protocolos clínicos, numa parte do processo da condição ou doença e, em geral, num único ponto de atenção à saúde (Mendes, 2007). 2. Protocolos clínicos (definição 1): rotinas dos cuidados e das ações de gestão de um determinado serviço, equipe ou departamento, elaboradas, a partir do conhecimento científico atual, respaldado em evidências científicas, por profissionais experientes e especialistas em uma dada área, e que servem para orientar fluxos, condutas e procedimentos clínicos dos trabalhadores dos serviços de saúde (Werneck et al., 2009, apud Araújo, 2011). 1 Em resposta à retirada voluntária de Xigris (alfadrotrecogina ativada) do mercado mundial pelo fabricante, após os resultados do estudo PROWESS-SHOCK, as sugestões de uso deste medicamento devem ser retiradas de todos os protocolos clínicos, a exemplo da posição da Surviving Sepsis Campaign (Surviving Sepsis Campaign Executive Committee, 2011). A empresa Eli Lilly do Brasil solicitou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 13/12/2011, o cancelamento do registro do medicamento Xigris (ANVISA, 2011). 2

E-EFT-01 PÁGINA 3 12. Definição de termos utilizados no Indicador (cont.) 13. Interpretação 14. Periodicidade de Envio dos Dados 3. Protocolos clínicos (definição 2): conjunto de diretrizes, de estratégias, de critérios e de pautas, provenientes de uma revisão sistemática da evidência científica disponível e de uma avaliação profissional, apresentado de maneira estruturada e elaborado com o objetivo de ajudar os profissionais de saúde e os pacientes em suas decisões. Nota: nos protocolos clínicos, são estabelecidos claramente os critérios de diagnóstico de cada doença, o tratamento preconizado, com os medicamentos disponíveis nas respectivas doses corretas, os mecanismos de controle, o acompanhamento e a verificação de resultados e a racionalização da prescrição e do fornecimento dos medicamentos (Ministério da Saúde, 2005). O desenvolvimento e a implementação de protocolos clínicos ajuda a melhorar a qualidade das decisões clínicas e a uniformizar as condutas, com resultados significativos sobre o cuidado à saúde, diminuindo a morbidade e a mortalidade e aumentando a qualidade de vida e a segurança dos pacientes. Mensal 15. Público-alvo Pacientes internados em hospitais 16. Usos Padronização e sistematização das condutas, melhorando as práticas dos profissionais de saúde, minimizando a variabilidade dos processos assistenciais e a solicitação de exames e procedimentos desnecessários. Supervisão, monitoramento e acompanhamento da qualidade das ações e serviços em saúde prestados pela instituição hospitalar, incentivando a excelência profissional, o uso eficiente de recursos e o atendimento às necessidades dos pacientes. 17. Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações Uma revisão sistemática sobre o efeito das diretrizes clínicas na prática clínica mostrou que 93% (55 de 59) das avaliações publicadas de diretrizes clínicas detectaram melhorias significativas no processo de cuidado após a introdução de diretrizes. No entanto, o tamanho da melhoria variou consideravelmente. Dentro da mesma revisão, 82% (9 de 11) dos estudos que avaliaram os desfechos do cuidado encontraram alguma melhoria significativa (Grimshaw e Russell, 1993). O Ministério da Saúde, reconhecendo a importância das doenças cardiovasculares e cerebrovasculares como causa de morbidade e mortalidade no Brasil e a necessidade de padronizar o tratamento destas condições no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), instituiu Diretrizes Clínicas orientadoras das Linhas de Cuidado na urgência/emergência para o infarto agudo do miocárdio e outras síndromes coronarianas agudas (Ministério da Saúde, 2011b) e para o acidente vascular cerebral (Ministério da Saúde, 2012b; c). A ANS, por intermédio do convênio estabelecido com a Associação Médica Brasileira (AMB) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), publicou protocolos clínicos para diversas condutas clínicas, diagnósticas e terapêuticas, voltadas para a sepse (Agência Nacional de Saúde Suplementar, 2009). 3

PÁGINA 4 E-EFT-01 18. Parâmetros, Dados Estatísticos e Recomendações (cont.) Em 2011, para um universo de 43 hospitais associados à ANAHP, 26 informaram indicadores do protocolo de infarto agudo do miocárdio, 22 do protocolo de insuficiência cárdica congestiva, 17 do protocolo de acidente vascular cerebral e 23 do protocolo de sepse (ANAHP - Associação Nacional de Hospitais Privados, 2012). Nos EUA, a Joint Commission em parceria com os Centers for Medicare & Medicaid Services (CMS) estabeleceram indicadores para os prestadores de serviços nas áreas de assistência hospitalar, entre outras, ao infarto agudo do miocárdio 9 indicadores, insuficiência cardíaca 3 indicadores, pneumonia 5 indicadores, e acidente vascular cerebral 8 indicadores (Centers for Medicare & Medicaid Services and The Joint Commission, 2012). 19. Meta Implantação, em um período de três anos, de protocolos clínicos para as cinco condições: infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico isquêmico, insuficiência cardíaca congestiva, pneumonia comunitária e sepse. 20. Fontes dos Dados 21. Ações Esperadas para Causar Impacto no Indicador 22. Limitações e Vieses Prontuário do paciente, em papel ou eletrônico, contendo as informações essenciais ao cuidado à saúde em conformidade com os protocolos clínicos implantados. Definição das estratégias de disseminação dos protocolos clínicos, incluindo o treinamento e a sensibilização de todos os profissionais envolvidos na sua utilização final por meio de reuniões internas amplamente divulgadas. Validação interna dos protocolos pelo corpo clínico da instituição hospitalar, com a revisão dos processos de trabalho, definição dos fluxogramas e dos instrumentos de monitoramento e avaliação dos resultados assistenciais da implantação dos protocolos, visando a identificação e correção das inconformidades. Constituição formal de Comissão de Protocolos Clínicos responsável pela condução do processo de implantação dos protocolos, bem como pela revisão periódica dos protocolos implantados. Realização de reuniões de implementação, integrando os gestores aos profissionais da linha de frente, para identificar as dificuldades dos diversos setores do hospital e propor soluções, incluindo o treinamento dos profissionais envolvidos em todas as rotinas abrangidas pelos protocolos. Diretrizes clínicas de má qualidade, baseadas em conhecimento científico incompleto ou mal interpretado, ou desatualizadas podem incentivar a disseminação de procedimentos ineficazes ou que põem em risco a segurança dos pacientes. As orientações dos protocolos clínicos podem ser vistas pelos profissionais de saúde como sendo restritivas da autonomia. Protocolos clínicos inflexíveis podem desestimular os profissionais de saúde a a- tender condições específicas dos pacientes e a adaptar a assistência a circunstâncias especiais. Recomendações de intervenções dispendiosas podem ser inadequadas para a prática clínica cotidiana, na qual os recursos são mais limitados, além de deslocar recursos que são necessários para outros procedimentos de maior custobenefício para os usuários. 4

E-EFT-01 PÁGINA 5 23. Referências Adams, H. P., Jr., et al. Guidelines for the early management of adults with ischemic stroke: a guideline from the American Heart Association/American Stroke Association Stroke Council, Clinical Cardiology Council, Cardiovascular Radiology and Intervention Council, and the Atherosclerotic Peripheral Vascular Disease and Quality of Care Outcomes in Research Interdisciplinary Working Groups: the American Academy of Neurology affirms the value of this guideline as an educational tool for neurologists. Stroke, v.38, n.5, May, p.1655-1711. 2007. Agência Nacional de Saúde Suplementar. Primeiras diretrizes clínicas na saúde suplementar versão preliminar. Rio de Janeiro: Agência Nacional de Saúde Suplementar, Associação Médica Brasileira. 2009. 273 p. ANAHP - Associação Nacional de Hospitais Privados. Observatório ANAHP. 4 ed. São Paulo: ANAHP. 2012. 148 p. ANVISA. Em Destaque: Medicamento Xigris é retirado do mercado. Boletim Brasileiro de Avaliação de Tecnologias em Saúde, n.17, p.15. 2011. Araújo, J. M. d. Construção, composição e implantação de protocolos clínicos nas ações de atenção primária. (Trabalho de Conclusão de Curso). Curso de Especialização em Atenção Básica em Saúde da Família, Universidade Federal de Minas Gerais, Corinto, MG, 2011. 37 p. Bocchi, E. A., et al. III Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica. Arq. Bras. Cardiol., v.93, n.1 Suppl 1, p.3-70. 2009. Bradley, J. S., et al. Executive summary: the management of community-acquired pneumonia in infants and children older than 3 months of age: clinical practice guidelines by the Pediatric Infectious Diseases Society and the Infectious Diseases Society of America. Clin. Infect. Dis., v.53, n.7, Oct, p.617-630. 2011a. Bradley, J. S., et al. The management of community-acquired pneumonia in infants and children older than 3 months of age: clinical practice guidelines by the Pediatric Infectious Diseases Society and the Infectious Diseases Society of America. Clin. Infect. Dis., v.53, n.7, Oct, p.e25-76. 2011b. Centers for Medicare & Medicaid Services and The Joint Commission. Specifications Manual for National Hospital Inpatient Quality Measures. Version 4.0c. 2012. Disponível em: http://www.jointcommission.org/assets/1/6/nhqm_v4_0_c_pdf_12_29_2011.zip. Acesso em: Corrêa, R. A., et al. Brazilian guidelines for community-acquired pneumonia in immunocompetent adults - 2009. J. Bras. Pneumol., v.35, n.6, Jun, p.574-601. 2009. Dellinger, R. P., et al. Surviving Sepsis Campaign: international guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008. Crit. Care Med., v.36, n.1, Jan, p.296-327. 2008. Diament, D., et al. Diretrizes para tratamento da sepse grave/choque séptico - abordagem do agente infeccioso - diagnóstico / Guidelines for the treatment of severe sepsis and septic shock - management of the infectious agent - diagnosis. Rev. Bras. Ter. Intensiva, v.23, n.2, p.134-144. 2011. ESO. Guidelines for Management of Ischaemic Stroke and Transient Ischaemic Attack 2008. The European Stroke Organization. Basel, Switzerland. 2008. Disponível em: http://www.esostroke.org/pdf/eso08_guidelines_original_english.pdf. Acesso em: 08/06/2012. Field, M. J.; Lohr, K. N.; Institute of Medicine, Eds. Clinical Practice Guidelines: Directions for a New Program. Washington, DC: National Academy Press, p.38. 1990. Grimshaw, J. M.; Russell, I. T. Effect of clinical guidelines on medical practice: a systematic review of rigorous evaluations. Lancet, v.342, n.8883, Nov 27, p.1317-1322. 1993. 5

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E-EFT-01 PÁGINA 7 Ministério da Saúde. Portaria nº 665, de 12 de abril de 2012. Ministério da Saúde, Gabinete do Ministro. Brasília. 2012c. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pt_gm_ms_665_2012.pdf. Acesso em: Salomão, R., et al. Diretrizes para tratamento da sepse grave/choque séptico: abordagem do agente infeccioso - controle do foco infeccioso e tratamento antimicrobiano / Guidelines for the treatment of severe sepsis and septic shock - management of the infectious agent - source control and antimicrobial treatment. Rev. Bras. Ter. Intensiva, v.23, n.2, p.145-157. 2011. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Diretrizes (II Edição, 2007) da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre angina instável e infarto agudo do miocárdio sem supradesnível do segmento ST. Arq. Bras. Cardiol., v.89, n.4, Oct, p.e89-131. 2007. Sociedade Brasileira de Cardiologia. IV Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do Segmento ST. Diretrizes. Arq. Bras. Cardiol., v.93, n.6 Suppl 2, p.e179-264. 2009. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Diretrizes brasileiras em pneumonia adquirida na comunidade em pediatria - 2007. J. Bras. Pneumol., v.33 Suppl 1, Apr, p.s31-50. 2007. Surviving Sepsis Campaign Executive Committee. Update regarding rhapc Recommendation in Surviving Sepsis Campaign Guidelines. Society of Critical Care Medicine and European Society of Intensive Care Medicine. Mount Prospect, IL, USA and Brussels, Belgium. 2011. Disponível em: http://www.survivingsepsis.org/guidelines/pages/default.aspx. Acesso em: Van de Werf, F., et al. Management of acute myocardial infarction in patients presenting with persistent ST-segment elevation: the Task Force on the Management of ST-Segment Elevation Acute Myocardial Infarction of the European Society of Cardiology. Eur. Heart J., v.29, n.23, Dec, p.2909-2945. 2008. Westphal, G. A., et al. Diretrizes para tratamento da sepse grave/choque séptico: avaliação da perfusão tecidual / Guidelines for treatment of severe sepsis/septic shock: tissue perfusion assessment. Rev. Bras. Ter. Intensiva, v.23, n.1, p.6-12. 2011. Westphal, G. A., et al. Diretrizes para tratamento da sepse grave/choque séptico: ressuscitação hemodinâmica / Guidelines for the treatment of severe sepsis and septic shock: hemodynamic resuscitation. Rev. Bras. Ter. Intensiva, v.23, n.1, p.13-23. 2011. Woodhead, M., et al. Guidelines for the management of adult lower respiratory tract infections--full version. Clin. Microbiol. Infect., v.17 Suppl 6, Nov, p.e1-59. 2011a. Woodhead, M., et al. Guidelines for the management of adult lower respiratory tract infections--summary. Clin. Microbiol. Infect., v.17 Suppl 6, Nov, p.1-24. 2011b. Wright, R. S., et al. 2011 ACCF/AHA focused update of the Guidelines for the Management of Patients with Unstable Angina/Non-ST-Elevation Myocardial Infarction (updating the 2007 guideline): a report of the American College of Cardiology Foundation/American Heart Association Task Force on Practice Guidelines developed in collaboration with the American College of Emergency Physicians, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, and Society of Thoracic Surgeons. J. Am. Coll. Cardiol., v.57, n.19, May 10, p.1920-1959. 2011. 7