IV REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DA CIDADE DE ÁGUA

Documentos relacionados
IT 1819 R.4 - INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE PARCELAMENTO DO SOLO

Programa de Melhoria da Qualidade de Vida e da Governança Municipal de Teresina. Teresina (PI), Fevereiro de 2016

Estratégia para a Aplicação de Planos de Intervenção em Espaço Rural em Espaço Periurbano. O caso de Setúbal.

A SITUAÇÃO DA DRENAGEM PLUVIAL URBANA NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA, BA, BRASIL

Confresa, Julho de 2018.

Plano Diretor Participativo de Desenvolvimento Territorial do Município de Içara

Complexo Cantinho do Céu

SUSTENTABILIDADE EM ÁREAS URBANAS

Plano de Urbanização da Área Envolvente à VL10 - Nó de Gervide/ Rua Rocha Silvestre Termos de referência

GESTÃO DA DENSIFICAÇÃO DO AMBIENTE CONSTRUÍDO FRENTE AOS RISCOS GEOLÓGICOS: UM ESTUDO DE CASO NA AMAZÔNIA ORIENTAL

PROJETO DE LEI Nº /2015

Procedimentos para apresentação de documentação para licenciamento municipal ambiental.

REALIZAÇÃO: APOIO TÉCNICO:

Propostas referentes ao incentivo do rio como caminho:

Fórum Social Temático 2012 Crise Capitalista, Justiça Social e Ambiental

Caderno de Questões Arquitetura: Planejamento Urbano e Legislação Urbana Vol.1 Didática Editorial Materiais Específicos para Concursos Públicos

Prezado senhor gestor público do município de Florianópolis,

POLÍTICAS PÚBLICAS NA ENGENHARIA

Qualidade da Água em Rios e Lagos Urbanos

Dois temas, muitas pautas. Saneamento e meio ambiente

PROGRAMA LAGOAS DO NORTE

Tema 9 -O Papel do Arquiteto na Gestão de Águas Urbanas

LISTA DE FIGURAS...ix LISTA DE TABELAS...xii LISTA DE ANEXOS... xiv INTRODUÇÃO DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO METODOLOGIA...

PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE. Servidores municipais: Resp. SASB:

âo Luiz do Paraitinga Cidade Permeável José Xaides de Sampaio Alves/ UNESP/FAAC/Bauru

D/P 03 D/P D/PEO - Educação/ D/P 05 /Formação/ /Treinamento D/P 06. (continua) (continua) D/P 07

DRENAGEM URBANA E MANEJO DE ÁGUAS PLUVIAIS. Medidas estruturais e não estruturais. Prazo Curto Médio Longo (1 a 4 anos) (4 a 8 anos) (8 a 20 anos)

IT-1302.R-1 - INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA REQUERIMENTO DE LICENÇAS PARA ATERROS SANITÁRIOS

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA APROVAÇÃO DE PROJETOS HABITACIONAIS SECRETARIA DE ESTADO DA HABITAÇÃO

Para efeito desta Instrução Técnica são adotadas as seguintes definições:

Proposta de Diretrizes de Engenharia para o Planejamento da Ocupação de Área dentro da Bacia do Córrego Floresta (zona norte de Belo Horizonte)

SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E COORDENAÇÃO SEMPLAN PROGRAMA DE MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA E DA GOVERNANÇA MUNICIPAL DE TERESINA FASE II

Manejo de Águas Pluviais Urbanas em Porto Alegre - RS

Execução Anual do Plano Plurianual de Investimentos

O gerenciamento dos recursos hídricos nas grandes cidades: Um olhar sobre a RMRJ

AUP 652 PLANEJAMENTO DA PAISAGEM PLANO DE PAISAGEM E DO SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES

Legislação Florestal e pressão antrópica na sub-bacia hidrográfica do riacho Jacaré, baixo São Francisco sergipano

NÚCLEO DE ESTUDOS & APERFEIÇOAMENTO CIENTÍFICO NEAC

SANEAMENTO INTEGRADO EM ASSENTAMENTOS PRECÁRIOS

ANEXO I - Organização dos objetos nas plantas dos planos territoriais A - Planta de Ordenamento ou Planta de Zonamento

Ações Convênio SEOBRAS - SEBRAE

GESTÃO DOS RIOS URBANOS: OS DESAFIOS DA REVITALIZAÇÃO E AS NOVAS TECNOLOGIAS DE MANEJO DE ÁGUAS URBANAS. Jaime Cabral

Norma Técnica Interna SABESP NTS 019

SÍNTESE DOS APRIMORAMENTOS DA MINUTA III MAPAS

Escola Politécnica da Universidade de São Paulo Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitária PHD2537-Águas em Ambientes Urbanos.

Manual para Elaboração dos Planos Municipais para a Mata Atlântica

Proposta de Criação da APA da Serra de Santo Amaro e do Corredor Ecológico do Guarujá. projetos

GESTÃO INTEGRADA DE RECURSOS ESTRUTURA ECOLÓGICA DO MUNICIPIO DE SETÚBAL

RIO: UMA CIDADE MAIS INTEGRADA 1

EIXO 1. Por uma cidade justa e inclusiva O DIREITO À CIDADE AOS SEGMENTOS EM SITUAÇÃO DE POBREZA, VULNERÁVEIS E DISCRIMINADOS HISTORICAMENTE.

Programa Estratégico de Reabilitação Urbana ARU Mem Martins/ Rio de Mouro

DE OLHO NO FUTURO: COMO ESTARÁ GOIÂNIA DAQUI A 25 ANOS? Elaboração: DEBORAH DE ALMEIDA REZENDE 2 Apresentação: SÉRGIO EDWARD WIEDERHECKER 3

1º LUGAR. 1º Workshop de projetos em engenharia urbana: da ciência à prática projetual

Rozely Ferreira dos Santos

Execução Anual do Plano Plurianual de Investimentos

MEMÓRIA DE EVENTO TRANCOSO Leitura Social do Diagnóstico em Oficina do PMSBP

TIM-1. Proposta de Diretrizes de Engenharia para o Planejamento da Ocupação da Área da Bacia do Córrego Navio

ESTRUTURA ECOLÓGICA DA ÁREA URBANA DE BEJA

II Municípios Mato-Grossenses em Foco

TÍTULO DO TRABALHO: Comitê de Bacia Hidrográfica - Poderosa Ferramenta para o Saneamento - Experiência do Baixo Tietê.

AUDIÊNCIA PÚBLICA. Prospectiva, Planejamento Estratégico e Prognóstico do PMSB e PMGIRS

T E R M O S D E R E F E R Ê N C I A

GERENCIAMENTO DE BACIAS HIDROGRÁFICAS

P L A N O S DIRETORES

Operação Urbana Porto Maravilha Reurbanização e Desenvolvimento Socioeconômico

Procuradoria Geral do Município

As influências das políticas e do planejamento urbano no desenho de cidades mais sustentáveis:

GESIG Gestão Estratégica com Sistema de Informação Geográfica

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

ESTUDOS URBANO-AMBIENTAIS parte 02

Plano e projeto em São Paulo. Instituto de Engenharia 20 de setembro de 2011 Paula Freire Santoro

AUP 652 PLANEJAMENTO DA PAISAGEM Disciplina Obrigatória 10 créditos (08créditos-aula + 02créditos-trabalho)

Proteção e recuperação de mananciais para abastecimento público de água

CAMPO ALEGRE Plano Diretor Participativo

Plano PluriAnual de Investimentos do ano 2017

POLÍTICAS TERRITORIAIS URBANAS NO PROCESSO DE GOVERNANÇA LOCAL

A Área ( AIAR) (1) I Várzea do Rio Atibaia

Plano da Bacia Hidrográfica da Lagoa Mirim e Canal de São Gonçalo. 25 Mai 2018

FERRAMENTA DE GESTÃO AMBIENTAL - MUNICÍPIO

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

MODALIDADE CIVIL NIVALDO J. BOSIO

Seminários EXEMPLOS DE PLANOS DIRETORES DE DRENAGEM URBANA

IV AVALIAÇÃO AMBIENTAL DA BACIA DO RIO TIMBÓ - PE

AEAMESP 21ª. Avaliação do potencial mercadológico de empreendimentos ferroviários SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA

ESTUDOS DE IMPACTOS AMBIENTAIS NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO MORTO JACAREPAGUÁ/RJ

MEMÓRIA DE EVENTO ARRAIAL D AJUDA Leitura Social do Diagnóstico em Oficina do PMSBP

Campinas, segunda-feira, 24 de setembro de 2012 Diário Oficial do Município de Campinas

ANEXO C Exemplo de Protocolo de Auditoria Ambiental para Identificação de Aspectos Ambientais

Gestão Ambiental e Saneamento Conflitos com a Urbanização

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NA LEI ESTADUAL DE PARCELAMENTO DO SOLO. Lei nº , de 22 de janeiro de 2018, revogou a Lei Estadual n 6.

EDIFICAÇÃO E LOTEAMENTO SUSTENTÁVEIS NO RIO VERMELHO

SUMÁRIO. Informação ao Leitor... TÍTULO I DOS FUNDAMENTOS DO DIREITO URBANÍSTICO Capítulo I Do Regime Jurídico da Atividade Urbanística

Execução Anual do Plano Plurianual de Investimentos

Planejamento Territorial e Saneamento Integrado

Apresentação Institucional. Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental

P 3 - Plano urbanístico de uso e ocupação da Esplanada Ferroviária

Execução Anual das Grandes Opções do Plano

LEI Nº 200, DE

Transcrição:

22º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental 14 a 19 de Setembro 2003 - Joinville - Santa Catarina IV-016 - REQUALIFICAÇÃO DO ESPAÇO URBANO DA CIDADE DE ÁGUA PRETA-PE APÓS AS CHEIAS DE 2000. José Mariano de Sá Aragão Professor do Depto. de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco, Mestre em Hidráulica e Saneamento pela Universidade de São Paulo; Chefe do Departamento de Engenharia Civil da UFPE. Membro do Comitê de Resíduos Sólidos da ABES. e-mail: mariano@ufpe.br Luiz Gonzaga Arquiteto da FIDEM Ivan H. Soriano da Silva Estudante de Engenharia Civil da Universidade Federal de Pernambuco e bolsista do CNPq Introdução O Programa de Parceria Voluntária Agenda da Reconstrução composta pelo Governo do Estado de Pernambuco, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), meios de comunicação e Prefeituras Municipais - foi criado com o objetivo de elaborar propostas de reconstrução para as cinco cidades mais atingidas pelas enchentes da Região de Desenvolvimento da Mata Sul do Estado de Pernambuco: Água Preta, Barreiros, Belém de Maria, Catende e Palmares, estudando as alternativas para melhor ocupação e requalificação do espaço urbano. O compromisso com a reconstrução das cidades atingidas pelas enchentes nos meses de julho e agosto de 2000, não se limitou apenas a reerguer imóveis danificados pela força das águas. A reconstrução proposta deverá resultar em um novo direcionamento para o desenvolvimento, levando em conta estudos de alternativas para manter a ocupação e

requalificar o espaço urbano, de forma integrada com o meio ambiente, especialmente com o Rio Una e seus afluentes. Na construção de uma nova cidade é essencial a (re)descoberta do rio como patrimônio natural e de paisagem e indutor de espaços diferenciados, que permitirão ao novo ordenamento urbano, contar com áreas que privilegiem a convivência social e democrática, articulando com maior qualidade o funcionamento da cidade. Vale ressaltar que a valorização do rio como patrimônio da cidade, inclusive como fonte de subsistência de segmentos da população local, integra, em algumas ocasiões, o discurso da sociedade organizada. Entretanto, a forma como aconteceu a ocupação das cidades contradiz, na prática, o objeto do discurso. As edificações são numerosamente construídas ao longo das margens, invadindo até o próprio leito do rio, constituindo-se numa cortina opaca que faz o rio desaparecer do cenário da cidade. Segregado e com o leito parcialmente reduzido, o rio transforma-se em canal de escoamento de dejetos produzidos pelos assentamentos ribeirinhos e pelas demais áreas adjacentes. Esta forma de ocupação e de tratamento se constitui no principal obstáculo ao novo paradigma de desenvolvimento das cidades, considerando o rio como elemento principal na nova organização urbana. Desse modo, o conceito de reconstrução propõe uma nova cidade, levando em conta o rio não mais como ameaça permanente ao patrimônio e à vida das pessoas, mas sim como elemento integrado ao cenário urbano e indutor de espaços de qualidade que privilegiem as atividades de convivência social e, ao mesmo tempo, seja seu referencial de identidade e de valores urbanos e ambientais. Objetivo O presente trabalho tem como objetivo principal diagnosticar a situação do município de Água Preta após o desastre ocasionado pelas enchentes e propor alternativas para uma melhor ocupação do espaço urbano considerando o rio como um elemento do meio ambiente. Metodologia Etapas do Trabalho Levantamento de Campo Todos os dados necessários para o desenvolvimento do trabalho foram obtidos por estudantes da Universidade Federal de Pernambuco que estiveram no município durante

duas semanas acompanhados de docentes da UFPE e de técnicos do governo do Estado de Pernambuco O levantamento de campo considerou as seguintes etapas: Estabelecimento do polígono de trabalho (superfície e população estimada); Tendência de expansão urbana. Pesquisa sobre tipologia habitacional. Elementos marcantes: rios, acidentes geográficos e sítios históricos. Áreas de risco: molhadas (sujeitas a enchentes) ou encostas; Identificação com plotagem em mapa do uso do solo atual e de grandes equipamentos; Identificação das características socioeconômicas: traçar um perfil simplificado; Identificação de áreas a serem remanejadas. Levantamento do sistema viário existente; Mapeamento dos aspectos ambientais relevantes: lixo ou pontos de colocação de lixo, esgoto a céu aberto, problemas de drenagem. Propostas As propostas foram definidas em conjunto com a comunidade e discutidas em oficina que contou com a participação de seus representantes. Resumidamente essas propostas tiveram como diretrizes: Definir como "non aedificandi" as áreas de risco permanente; Definir as áreas de expansão urbana (política, comércio, serviço lazer, etc.); Propor soluções para problemas ambientais; Propor intervenções para valorização da paisagem urbana; Alocar os espaços públicos a serem requalificados (critérios de requalificação); Hierarquizar o sistema viário. Resultados e Discussão Os resultados obtidos são apresentados a seguir. Mapa da Situação Atual - Levantamento em campo das áreas alagáveis periodicamente, das áreas inundadas pelas enchentes de julho e agosto de 2000, dos assentamentos em situação de risco permanente e em situação irregular. Estas áreas estão identificadas e delimitadas em planta da cidade. Nesta mesma planta, encontra-se a estruturação urbana atual, inclusive

com algumas atualizações, complementando o mapeamento que serviu de base para o trabalho de campo. Também está indicado o sistema de abastecimento d'água, constituído pelo manancial, ponto de captação, estação de tratamento e distribuição. Um aspecto relevante destacado nesta fase do trabalho foi a identificação de áreas propícias ao desenvolvimento urbano, inclusive com acentuado valor paisagístico, denominadas Barra do D'Ouro ao longo da margem direita do rio (continuação da área urbana atual) e Alegrete, sítio que mantém característica rural (pecuária e cultivo de cana-de-açúcar), localizado à margem esquerda do rio, o que possibilitará a expansão, induzindo ao rebatimento da cidade atual, promovendo a travessia do Una em local de desejo da própria população (nesta área havia uma ponte pênsil que foi levada pela enchente, a travessia se faz atualmente por jangada). A área de requalificação, também se encontra delimitada e corresponde ao território ocupado pelos assentamentos em situação de risco e de implantação irregular. Nesta fase, foram identificadas potencialidades em vários segmentos da cidade. A principal delas é o Rio Una, com extraordinário valor paisagístico pela suas dimensões (margem a margem), desenho, (sinuosidade), potencial turístico e de lazer (ilhotas, corredeira, pequenas praias, etc.). O Centro Histórico, o Mercado, a Feira, as Olarias e o Parque Ecológico, importante área verde à margem do Rio, preservada e mantida pela administração local, são elementos marcantes no potencial encontrado na cidade. Pesquisa de Campo - atividade desenvolvida através da aplicação de questionários abordando temas relativos aos aspectos físicos dos imóveis pesquisados e socioeconômicos da população visitada. Figura 1 Informações sanitárias obtidas no levantamento de campo Proposições - mapa da cidade indicando, entre outros, os vetores de expansão urbana (Barra do D' Ouro e Alegrete), plano de requalificação das áreas alagáveis, com proposta de implantação de parques, jardins, teatro ao ar livre, praça do forró, praça da convenção, quadras esportivas, passeio de pedestres ao longo de toda a área, destacando o rio como elemento central da organização territorial e na sua identidade com a cidade; Documentação Fotográfica - contendo painéis com imagens das áreas de risco, indicadas no mapeamento de situação atual; imagens dos aspectos do saneamento básico - abastecimento d'água, esgoto e lixo; imagens do potencial da cidade - o Rio, a feira, o Centro Histórico, o Parque Ecológico, Barra do D' Ouro, Alegrete, entre outras. Figura 2 Vista Geral das Áreas Críticas

Considerações Finais As considerações finais aqui apresentadas apontam para a importância da elaboração de instrumentos que viabilizem a continuidade do processo de planejamento ora iniciado, a exemplo da elaboração da planta diretora, que possibilitará a legislação urbana mínima indispensável à gestão da cidade. De modo semelhante, a resolução das questões relativas à limpeza urbana e tratamento de esgoto são inadiáveis. Por último, espera-se que este trabalho seja o primeiro passo para a definição de uma política urbana dirigida à Mata Sul, associada à política estadual de recursos hídricos e integrada ao plano de desenvolvimento sustentável da região. BIBLIOGRAFIA 1 GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO, Projeto de Reconstrução da Região de Desenvolvimento da Mata Sul Água Preta, Recife, 2000, 37p