ATA DA ASSEMBLEIA GERAL DA ADUFG, REALIZADA EM 05/08/2015. Aos dias oito do mês de agosto de dois mil e quinze, no Centro de Cultura e Eventos Prof. Ricardo Freua Bufaiçal, localizado no Campus Samambaia, nesta capital, as quatorze horas realizou-se a primeira chamada, com segunda chamada as quatorze horas e trinta minutos, iniciou-se a Assembleia Geral do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás - Adufg Sindicato, com o registro de presença de seiscentos e trinta e três docentes com direito a voto, três integrantes do DCE, dois técnico-administrativos, dois estudantes da Pós-graduação, três integrantes de cursos diferentes e três representantes da UNE, todos participantes, sem direito a voto. O Diretor Presidente da Adufg Sindicato, Prof. Flávio Alves da Silva presidiu a direção da assembleia e, para secretariar a Prof.ª. Bartira Macedo de Miranda Santos, diretora adjunta secretária, o Prof. Daniel Christino, diretor vice-presidente da entidade e o advogado Hugo, também como integrante da mesa. Inicialmente, o Diretor Presidente informou aos presentes a pauta com os seguintes itens: 1) Aprovação da Ata do dia 23/06; 2) Informes; 3) Avaliação da mesa de negociação no MPOG; 4) Encaminhamentos. Em seguida, passou-se a tratar os pontos da pauta: 1) Aprovação da Ata do dia 23/06/2015; O Prof. Flávio Alves da Silva coloca em votação a aprovação da pauta. Aprovada por unanimidade. O Item 2 da pauta que trata sobre os Informes. Inicialmente, o Prof. Flávio informou sobre o Ofício encaminhado ao reitor no dia 22/07/2015, solicitando uma Assembleia Universitária, com o intuito de debater sobre a real situação econômica da UFG, os cortes realizados pelo governo, dentre outros assuntos. A resposta foi positiva e o reitor concordou em realizar esta assembleia. Em seguida, o Prof. Daniel Christino repassou o informe sobre as negociações que estão acontecendo este ano, divididas em dois fóruns. O fórum geral de negociação dirigido pelos trabalhadores das carreiras de estados, trabalhadores federais e as mesas setoriais. Há duas pautas sendo
discutidas, uma direcionada a todos os servidores públicos federais e outra para cada categoria específica. A última proposta apresentada pelo governo foi dia 20/07/2015, que inclui o índice de reajuste salarial distribuído em 4 anos, totalizando 21,3% e a revisão dos benefícios para todo o funcionalismo público federal. Segundo o governo federal, isso significa um impacto muito grande na economia a partir de 2016. No dia 22/07/2015 houve uma mesa setorial que não apresentou perspectiva para a categoria dos docentes, o governo reafirmou que irá manter esta proposta geral e não tratou de nenhum ponto específico, não flexibilizou. O governo espera receber contraproposta, levando em conta o que seria específico aos professores. O Proifes apresenta como contraproposta não aceitar uma negociação de 4 anos e que não dá para abrir mão da inflação de no mínimo este último ano. A proposta para pauta específica seria um reajuste de 10% a mais na reestruturação da carreira, este reajuste poderá ser negociado desde que não haja diminuição do salário. O Prof. Alexandre Aguiar dos Santos inicia o informe reafirmando que o governo não abriu mão dos 21,3% em 4 anos e nem irá discutir reposição da inflação na pauta. A pauta do governo é apenas para discutir redução da folha de pagamento em relação ao PIB. Ele acredita que a greve está se fortalecendo, o governo está indo para mesa de negociação, tentando avançar para consolidar as propostas apresentadas. Como representante do Andes, argumentou sobre a luta pela data base e reajuste anual. O Prof. Flávio informou que no dia 11/08/2015 a Adufg Sindicato juntamente com o Sint-ifes, DCE UFG e UNE irão promover um ato unificado pela educação, realizando assembleia estudantil e atividades culturais. No Item 3, Avaliação da mesa de negociação no MPOG, o Prof. Flávio sugeriu a divisão de dois blocos de falas, o primeiro com oito falas de 4 minutos cada e o segundo com sete falas de 4 minutos, totalizando 60 minutos previstos. O Prof. Sérgio iniciou o primeiro bloco de falas descrevendo o cenário atual que a UFG vem vivenciando, os problemas financeiros e cortes do governo e acredita ser um momento
oportuno para greve. Em seguida, o Prof. Romualdo afirma que o momento é de crise, é complexo, dificuldades de repasses, que o movimento deve continuar e seria interessante aguardar pelo reajuste que o governo ficou de oferecer e também os resultados das negociações das mesas setoriais que ainda não foram concluídos. A Prof.ª. Bianca defendeu a continuação da greve tanto para avançar nas conquistas que já se anunciam, quanto para lutar por novas conquistas, fortalecer o movimento. O Prof. Alexandre reafirmou o cenário econômico da universidade que não é nada positivo e acredita ser o momento certo de lutar pela categoria, a greve é forte. Posteriormente, a Prof.ª. Ângela descreveu o momento importante para fortalecer e reforçar o movimento, visto que existe uma distância do que a categoria necessita. Sugeriu discutir mais a greve e criar um comando local de greve. Segundo o Prof. Alcir, a proposta que foi elaborada pelo governo não foi elaborada por ele e sim pelos movimentos que através de suas pressões chegaram até aqui. Também comentou sobre os salários da categoria que até hoje só foram reajustados por meio de lutas e greves da categoria. Afirma que a categoria tem autonomia para lutar por melhorias. A Prof.ª. Mona citou o chamado "grupo indeciso" que são os docentes que ainda tem dúvidas como ela, sobre a greve. Defende a continuidade da greve para que se pense melhor sobre a greve. Encerrando o primeiro bloco de falas, o Prof. Fernando argumenta que para se fazer greve é necessário saber das condições objetivas de fazê-la e perspectivas de vitória e a perspectiva que ele enxerga hoje é negativa, pois o governo não irá atender a categoria diante do cenário econômico do país. Ele propõe a saída da greve. O Prof. Flávio consulta a todos docentes presentes sobre mais dois informes que representantes do DCE gostariam de fazer e propõe que cada um tenha 2 minutos de fala, aprovado por maioria os informes. O primeiro informe foi falado por um estudante do curso de Relações Públicas da UFG, que apresenta a situação do Brasil de crise econômica e que reflexo disso são as diversas greves que estão acontecendo. Fez o pedido aos
professores que são contrários à greve de respeitarem aqueles que aderirem ao movimento, pois esta situação pode acabar dividindo o calendário acadêmico em dois e prejudicar os estudantes. Também salientou a importância que é a participação dos estudantes nas assembleias de maneira a compreenderem todo o processo de greve, já que são os principais afetados. Em seguida, um estudante do curso de Direito da Cidade de Goiás informou que o que deve pautar a discussão não é o individualismo que nega a coletividade mais sim a coletividade e solidariedade. E que apóiam a luta dos professores pelo caráter público. O segundo bloco, iniciou-se com a fala do Prof. Bryon que argumentou que a greve na UFG representa o medo do governo que sabe que quando a greve termina todos os docentes irão repor suas aulas. Ele acredita que a greve em uma universidade não é um meio efetivo de luta, existem outros meios para isso, como por exemplo, a pressão que o Proifes tem feito ao governo sem apelar para estratégia de greve. Afirmou que vai votar contra a greve, porque neste momento não acredita ser recomendável. O Prof. Cássio levanta a questão de ordem para que haja o reconhecimento da verdade sobre a relação pedagógica com os estudantes que foi falada anteriormente e sugere a entrada dos estudantes para assistir a assembleia. O Prof. Flávio abri votação para permitir a entrada dos estudantes, desde que haja organização e ordem entre eles e a maioria dos docentes vota a favor desta permissão. Dando continuidade as falas do segundo bloco a Prof.ª. Maria Ângela espera que a criação de um comando local de greve possa permitir uma organização mais ampla de mecanismos que favoreça a luta unificada para atingir os objetivos buscados. Em seguida o Prof. Sérgio coloca a greve como sendo irresponsável que o argumento básico teria sido do Prof. Bryon, acredita na influência dos partidos sobre as decisões de alguns docentes. O Prof. Humberto também se posicionou e enxerga que parte das dúvidas que alguns docentes ainda possuem sobre a greve, talvez seja por conta de que a Adufg não tenha se disposto publicamente em relação à greve
e sugere ao Prof. Flávio como presidente do sindicato que faça isso, a fim de garantir o esclarecimento a todos. Complementou falando sobre a dificuldade que seria de enfrentar o governo e que a força que o sindicato possui poderia ajudar muito nesta luta. Diante da fala do Prof. Alberto, o Prof. Flávio se posiciona dizendo que o sindicato apóia a decisão do indicativo de greve aprovado por maioria na última assembleia. A Prof.ª. Ana Lúcia afirma que o momento é de crise tanto aos trabalhadores, quanto a classe dominante expressa nos bancos, nos latifúndios e indústrias, é necessário entender o cenário e para isso propôs trazer a Prof.ª. Maria Lúcia Fatoreli que participou da auditoria da dívida pública da Grécia. O Prof. Domênico acredita que a greve não iniciou no dia 01/08/2015 e sim em maio com a greve dos técnicoadministrativos da UFG, onde boa parte da universidade sente o reflexo dessa paralisação. Entende a greve como sendo positiva e eficaz, pelos resultados das greves anteriores, é uma mobilização e criação de capital humano. Em seguida o Prof. Alexandre chamou atenção para a perspectiva de desestabilização de governos que ocorre em quase toda à América Latina e sugere que no dia 20/08 todos se mobilizem em defesa da democracia, contra o ajuste fiscal, contra a direita, contra o fundamentalismo. A universidade está sendo atacada no seu orçamento, salários corroídos. Aproveitou a palavra para parabenizar todos os professores que estavam presentes. Para encerrar este item da pauta o Prof. Fernando respondeu a fala do Prof. Humberto dizendo que a discussão é sindical e não contra a Presidenta Dilma. O que está em jogo é o compromisso ou não com a universidade e acredita que neste momento vivido pelo país, uma greve não seria uma boa opção. No item 4 da pauta sobre os encaminhamentos, o Prof. Flávio propôs a continuidade da greve que foi aprovada por maioria presente, em seguida o segundo encaminhamento foi a criação de um comando local de greve (CLG), onde a proposta final aprovada foi à composição de dois membros por unidade, dois membros aposentados e a diretoria da Adufg. O Prof. Flávio sugeriu que as
unidades que já pudessem indicar seus membros representativos para o CLG que aproveitassem o momento. A primeira unidade a inscrever seus membros foi a Escola de Agronomia, indicando o Prof. Gilberto Alessandre e o Prof. Wilson Mozena, a Faculdade de Letras indicou o Prof. Marcelo Ferraz e o Prof. Sinval Martins. A Faculdade de História inscreveu os professores João Alberto e David Maciel, no Instituto de Matemática e Estatística o Prof. Bryon Richard e o Prof. José Pedro Machado, na Faculdade de Artes Visuais a indicação foi o Prof. Márcio Alves. Para representar o Instituto de Estudos Sócio-ambientais os professores Romualdo Pessoa e Alecsandro José, na Faculdade de Ciências Sociais a Prof.ª. Lucinéia Scremin e o Prof. Nildo Viana, no Instituto de Química o Prof. Christian Gonçalves. Como indicação da Escola de Engenharia Civil a Prof.ª. Rita de Cássia, na Faculdade de Farmácia a Prof.ª. Jacqueline Rodrigues. No campus da Cidade de Goiás o Prof. Alexandre Aguiar foi indicado. Esses nomes formaram a composição provisória do comando local de greve e as unidades que não indicaram seus representantes se reunirão com os demais colegas para indicarem seus membros. O Prof. Flávio define a primeira reunião do CLG para o dia 10/08/2015 (segunda-feira), às 14h na Sede Administrativa da Adufg Sindicato. O próximo encaminhamento foi à participação no ato nacional do dia 20/08, que será realizado em todas as capitais contra a política de ajustes e contra o golpe, em defesa da democracia. Aprovado pela maioria presente. O quarto encaminhamento proposto para votação foi trazer a Profª. Maria Lúcia Fatoreli para participar de um debate na assembleia universitária, aprovado. O último encaminhamento é a solicitação de moção ao MEC sobre os drásticos cortes dos núcleos de pesquisas das universidades, aprovado o encaminhamento. O Prof. Márcio sugere que as reuniões do CLG sejam abertas e divulgadas e o Prof. Flávio concorda com a sugestão e afirma que tudo será o mais claro possível. Nada mais havendo a tratar, eu, Profª. Bartira Macedo de Miranda Santos, Diretora Adjunta
Secretária, lavrei a presente ata que foi apreciada e aprovada pelos presentes conforme lista de presença anexa. Flávio Alves da Silva Diretor Presidente Bartira Macedo de Miranda Santos Diretora Adjunta Secretária Daniel Christino Diretor Vice-Presidente