ATA DA SEXTA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA MESA SETORIAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - MSNP/MS

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1 ATA DA SEXTA REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA DA MESA SETORIAL DE NEGOCIAÇÃO PERMANENTE DO MINISTÉRIO DA SAÚDE - MSNP/MS ABERTURA: Aos dezenove dias do mês de dezembro de dois mil e treze, no Auditório Emílio Ribas, no térreo do Edifício Sede do Ministério da Saúde, Brasília- DF, realizou-se sob a Coordenação-Executiva da Coordenadora-Geral de Gestão de Pessoas, Elizabete Matheus, a Sexta Reunião Extraordinária da Mesa Setorial de Negociação Permanente do Ministério da Saúde (MSNP/MS), com a presença de representantes da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (CGESP) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI/MS), compondo a bancada governamental, e representantes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal () e da Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social (FENASPS), compondo a bancada sindical. A Coordenadora-Executiva da Mesa Setorial, Elizabete Matheus, procedeu à abertura da reunião cumprimentando e agradecendo a presença de todos os presentes. ITEM I PAUTA: 1. Relações de trabalho: A representante da, Jussara Griffo, afirmou que a SESAI passava por problemas, em especial em relação a diária e lotação. Alertou que em vários estados os pagamentos de diárias para os servidores que trabalhavam na saúde indígena não estavam sendo realizados. Disse que, em decorrência da falta de pagamento de diárias, cada vez mais os trabalhadores deixavam de se deslocar para áreas indígenas. Criticou ainda a terceirização dos motoristas. Encerrou sua fala lembrando que existiam alguns servidores que queriam ser municipalizados, dadas as dificuldades de trabalhar sem recebimento de diária nos Distritos de Saúde Indígena (DSEI). O representante da SESAI, Antônio Alves, esclareceu que questões referentes ao pagamento de pessoal e lotação de servidores nos Distritos de Saúde Indígena eram de competência da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (CGESP), assim como se aplicava a todo o Ministério da Saúde. Explicou 1

2 que a SESAI possuía uma estrutura de desconcentração diferente da que havia nos Núcleos Estaduais do Ministério da Saúde (NEMS) e que embora informal, era composta por uma sede dos DSEI, que abrangia mais de um município e até podia abranger mais de um estado, e por os pólos-base. Disse que quando a SESAI foi estruturada, foram pensados os pólos-base com uma estrutura funcional que não se concretizou porque não vieram os cargos necessários da FUNASA para o Ministério da Saúde. Afirmou que os pólos-base continuam existindo de maneira mais informal, localizados geralmente distantes da sede do DSEI, para o trabalho de campo diretamente com o público indígena. Disse que ideal era que cada servidor pudesse ser lotado num pólo-base, dado que seria lá que se desenvolvia o trabalho de campo onde os Agentes de Endemia e os Agendes de Saúde pública podiam exercer suas funções. Explicou que, se o servidor morasse na sede e se deslocasse para o pólobase com pernoite, teria direito à diária. No entanto, lembrou, se o servidor possuísse a Gratificação de Atividade de Combate e Controle de Endemias (GACEN), a legislação não permitiria o pagamento da diária. Lembrou que muitos dos servidores estavam realizando atividades de motorista em desvio de função e que, em razão disso, a SESAI foi obrigada pelo TCU e pela CGU a coibir este tipo de atividade. Esclareceu que a única exceção era quando se tratava de um servidor que fazia parte da equipe, que conduzia o carro, mas que não atuava simplesmente como motorista. Explicou que tendo em vista que também teria sido extinta a carreira de motorista, a solução encontrada pela SESAI foi a terceirização da frota. Afirmou que naquele momento na maior parte dos DSEI a frota era terceirizada por razão de economicidade, dado que é mais eficiente realizar um contrato de terceirização do serviço do que realizar separadamente diversas licitações separadas para, por exemplo, comprar o carro, garantir a manutenção, contratar o motorista, etc. Reconheceu que havia dificuldade em Minas Gerais e outros estados, pois os servidores em geral tinham residência na sede do DSEI e atuavam nos Pólos-base, realizando deslocamento para isto. A Coordenadora-Executiva da Mesa 2

3 Setorial, Elizabete Matheus, concordou que a CGESP era o setor responsável pelo processo de lotação de todos os servidores do Ministério da Saúde, mas disse que o processo dependia de uma solicitação da área interessada e também de manifestação do servidor. A representante da, Jussara Griffo, solicitou que fosse feito um levantamento nacional para descobrir o número de servidores que deveriam estar em exercício em pólo-base da SESAI, mas que tinha residência em outros municípios e, em razão da restrição das diárias estavam em casa. O representante da SESAI, Antônio Alves, julgou grave a denúncia e disse que a SESAI iria realizar este levantamento. A representante da, Jussara Griffo, disse que outro problema, que se referia aos processos de municipalização dos servidores da SESAI, era a demora em dar resposta aos pedidos. A Coordenadora-Executiva da Mesa Setorial, Elizabete Matheus, informou que quando os processos chegavam para a CGESP a resposta era dada rapidamente, mas que, no entanto, era necessário que os processos passassem pelos trâmites nos DSEI e nos Núcleos Estaduais, o que podia estar afetando a celeridade de resolução dos processos. O representante da SESAI, Antônio Alves, argumentou que embora alguns servidores estivessem insatisfeitos e quisessem ser cedidos aos Municípios, nem todos desejavam o mesmo. Disse que foi feito um acordo para que na realização do levantamento fosse questionado quais os servidores gostariam de ser municipalizados e quais gostariam de continuar trabalhando na SESAI. 2. Gratificação da Saúde Indígena: A Coordenadora-Executiva da Mesa Setorial, Elizabete Matheus, informou que um debate sobre as diferenças entre a proposta elaborada pelo Ministério da Saúde e a proposta apresentada pelos sindicatos foi remetido ao grupo de trabalho de Saúde Indígena. O representante da, Sérgio Ronaldo, informou que da parte dos sindicatos, após feitos vários debates, continua-se o conflito entre as propostas, pois a elaborada pelo Ministério da Saúde não agrada aos trabalhadores. Apontou a substituição da diária e os valores são regionais como os principais problemas. O representante da, Gilberto 3

4 Jorge, expôs que houve avanço no debate, mas que um acordo não foi feito devido a um posicionamento político do governo de reduzir gastos no orçamento. Explicou que, por mais relevantes que fossem os pontos em conflito, era de interesse dos sindicatos a regulamentação da gratificação. Ressaltou que a preocupação é que a gratificação possa ser incluída no orçamento do ano de Relatou ainda que os moldes da gratificação pretendidos pela bancada sindical era igual ao da FUNAI, e dessa forma o aposentado poderia receber a gratificação de forma integral e também não haveria diferenciação de valores por região. O representante da SESAI, Antônio Alves, argumentou que os trabalhadores da SESAI não podiam ser tratados da mesma forma que outros trabalhadores do Ministério da Saúde, porque existiam diferenças de atribuições. Afirmou que não tinha como tratar da mesma forma o trabalhador que ficava trinta dias em aldeia da mesma forma que outro que ia e voltava no mesmo dia. Ressaltou que a FUNAI e a SESAI eram diferentes pois a única que ficava permanentemente em aldeia era a SESAI. Enfatizou que a proposta da gratificação encaminhada pelo Ministério da Saúde defendia que houvesse equidade e tratasse de forma diferente os diferentes. Declarou que quanto à incorporação da aposentadoria havia acordo, mas acrescentou um outro ponto à discussão: a existência de duas gratificações, uma delas destinada a todos servidores da SESAI, ainda que diferenciada por região, e outra gratificação destinada apenas àqueles com atividades de campo. O representante da, Gilberto Jorge, concordou com a possibilidade de discussão de uma proposta única. Questionou quando o debate poderia ser realizado. A Coordenadora-Executiva da Mesa Setorial, Elizabete Matheus, propôs que o debate fosse feito no mês de janeiro de 2014, na próxima reunião do Grupo de Trabalho de Saúde Indígena. ITEM II - ENCAMINHAMENTO: Realizar reunião do Grupo de Trabalho de Saúde Indígena em janeiro de 2014 para discussão e elaboração de proposta única de projeto de gratificação para servidores da SESAI. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar, Elizabete Vieira Matheus 4

5 agradeceu a presença de todos e encerrou a reunião, da qual eu, Marcos Marcelo Brito de Mesquita, redigi a presente ata que, após ser aprovada, segue assinada por mim, pelos representantes da bancada sindical e da bancada governamental presentes à reunião. Participaram da reunião: Marcos Marcelo Brito de Mesquita; Andréa Carla Martins Bravo Miranda; Antônio Alves; Elizabete Vieira Matheus da Silva; Carlos Roberto dos Santos; Hélio de Jesus; Sergio Ronaldo da Silva; Gilberto Jorge; Jussara Griffo. Brasília, dezembro de Elizabete Matheus CGESP Antônio Alves SESAI Hélio de Jesus FENASPS Gilberto Jorge Cordeiro Carlos Roberto dos Santos FENASPS Sérgio Ronaldo da Silva Jussara Griffo Andréa Carla Martins Bravo Miranda NRT/CGESP Marcos Marcelo Brito de Mesquita NRT/CGESP 5