PEDRO GONÇALVES JÚNIOR



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Transcrição:

FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS ESCOLA BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E DE EMPRESAS CENTRO DE FORMAÇÃO ACADÊMICA E DE PESQUISA CURSO DE MESTRADO EM GESTÃO EMPRESARIAL PEDRO GONÇALVES JÚNIOR ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE INSTITUIÇÕES DE PÓS-GRADUAÇÃO RIO DE JANEIRO 2010

7 PEDRO GONÇALVES JÚNIOR ANÁLISE DA PERCEPÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE INSTITUIÇÕES DE PÓS-GRADUAÇÃO Dissertação apresentada à Escola Brasileira de Administração Pública da Fundação Getulio Vargas para obtenção do grau de Mestre em Gestão Empresarial. Orientador: Prof. Antonio de Araujo Freitas. RIO DE JANEIRO 2010

8 AGRADECIMENTOS À minha esposa Juliana e aos meus filhos Victoria e Bernardo, por entenderem a minha ausência ao longo desta jornada. Ao meu pai, que sempre me incentivou ao estudo e me mostrou desde cedo o valor da leitura. Ao professor Freitas, por sua serenidade e preciosa orientação.

9 SUMÁRIO RESUMO.... iv ABSTRACT......... v 1 INTRODUÇÃO.......... 6 2OBJETIVOS DO ESTUDO...... 7 2.1 OBJETIVO GERAL... 7 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO....7 2.3. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA... 7 2.3.1 Relevância teórica...... 7 2.3.2 Relevância prática....7 3 REVISÃO DA LITERATURA... 9 3.1 MARKETING....... 9 3.1.1 Marketing de serviços... 10 3.2 SERVIÇOS... 11 3.3 QUALIDADE... 13 3.3.1 Qualidade de serviços...... 15 3.4 MODELOS CONCEITUAIS DE MENSURAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS... 18 3.4.1 Modelo de qualidade de serviços de Grönroos....18 3.4.2 Modelo de qualidade de Gummesson... 20 3.4.3 Modelo de qualidade de Grönroos e Gummesson... 22 3.4.4 Modelo dos cinco hiatos de Parasuraman, Zeithaml e Berry... 23 3.4.5 Escala SERVQUAL... 25 3.4.6 Críticas à escala SERVQUAL... 28 3.4.7 Refinamentos da escala SERVQUAL (1994)... 30 4 METODOLOGIA DE PESQUISA... 32 4.1 TIPO DE PESQUISA... 32 4.2 PERGUNTA DE PESQUISA... 32 4.3 UNIVERSO E AMOSTRA... 33 4.4 COLETA DE DADOS... 33 4.5 ELABORAÇÃO DO QUESTIONÁRIO... 34 4.6 TRATAMENTO DE DADOS... 39 4.7 LIMITAÇÃO DO MÉTODO... 39 5 ANÁLISE E DISCUSSÃO... 40 6 CONCLUSÃO... 42 7 SUGESTÃO PARA TRABALHOS FUTUROS... 42 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 43 REFERÊNCIAS... 44

10 RESUMO O presente estudo busca investigar os aspectos relacionados à qualidade dos serviços prestados em instituições de ensino de pós-graduação na cidade de Curitiba. Para tal, foi realizada uma pesquisa entre os clientes das instituições de ensino que faziam uso regular do serviço investigado. A pesquisa foi desenvolvida com base no modelo SERVQUAL de Parasuraman, Zeithaml e Berry (1994). Os resultados revelaram que, segundo a avaliação dos clientes da instituição de ensino de pós-graduação, as entidades se encontram em situação de vantagem competitiva na maioria dos atributos investigados. Palavras-chave: Qualidade dos serviços; Clientes; Modelo SERVQUAL.

11 ABSTRACT This study investigates the aspects related to the quality of services rendered in postgraduation teaching institutions in Curitiba. For this, it was done a research with the students of these institutions that were doing a regular course of the investigated service.the research was made in the SERVQUAL Parasuraman, Zeithaml e Berry (1994) model. This research showed that institutions have a competitive advantage among others, for the most of invetigated attributes. Key-words: Service Quality, Cliients, Servqual Model.

12 1 INTRODUÇÃO A competição crescente no ambiente dos negócios tem afetado toda a dinâmica da área comercial, em particular da economia de serviços, responsável pela maior parte do Produto Interno Bruto mundial, além de ser o setor que mais emprega nas principais economias do mundo. Nota-se, ainda, que as empresas operam com margens de lucro cada vez mais reduzidas, ao mesmo tempo em que os clientes se tornam mais exigentes e a concorrência passa a ser mais acirrada. Para as empresas, a mudança estrutural na dinâmica econômica e o aumento da competitividade implicam na busca de resultados sustentáveis e, dessa forma, devem se preocupar ainda mais com a qualidade dos serviços oferecidos aos clientes. No setor de educação, a conjuntura não é diferente. O crescimento do setor, o mercado profissional que demanda mais qualificação e os investimentos de grandes grupos educacionais determinam que a qualidade do serviço prestado seja considerado como um fator fundamental. Nesse contexto, o presente estudo propõe a utilização do instrumento desenvolvido por Parasuraman, Zeithaml e Berry (1994) a escala SERVQUAL como ferramenta básica para análise da qualidade dos serviços oferecidos por instituições de ensino de pós-graduação, sob a ótica dos profissionais de RH Recursos Humanos.

13 2 OBJETIVOS DO ESTUDO Avaliar a qualidade dos serviços prestados por instituições de ensino de pósgraduação, de acordo com a perspectiva dos profissionais de RH, empregando o modelo SERVQUAL como ferramenta básica para análise. 2.1 OBJETIVO GERAL Examinar o nível de qualidade na prestação de serviços de instituições de ensino, sob a ótica dos profissionais de RH, e analisar o desempenho do modelo de qualidade de serviços SERVQUAL. 2.2 OBJETIVO ESPECÍFICO Identificar os atributos que os profissionais de RH de instituições de ensino de pós-graduação consideram mais relevantes para avaliar a qualidade dos serviços da entidade. Verificar se o modelo SERVQUAL é facilmente empregado nesse tipo de pesquisa, podendo ser adotado em outras instituições de ensino. 2.3. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA DA PESQUISA 2.3.1 Relevância teórica A relevância teórica deste trabalho se dá, inicialmente, na revisão da literatura voltada para a avaliação da qualidade de serviços, com ênfase no modelo teórico de Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985), aplicado a instituições de ensino de pósgraduação. 2.3.2 Relevância prática A relevância prática da pesquisa está na investigação e na compreensão das expectativas e percepções dos clientes em relação aos serviços prestados por instituições de ensino de pós-graduação.

14 Considerando-se o atual cenário do mercado educacional, cuja competitividade é cada vez mais acirrada, a avaliação da satisfação dos clientes se torna uma ferramenta fundamental para a tomada de decisão dos gestores das entidades. Desse modo, pretende-se oferecer o conhecimento adquirido nesta pesquisa para a comunidade acadêmica e os profissionais gestores do segmento educacional.

15 3 REVISÃO DA LITERATURA Neste capítulo, serão abordados conceitos relevantes que deram o suporte teórico para a pesquisa aqui proposta, destacando-se os seguintes aspectos: os conceitos básicos de marketing e suas implicações para as empresas de serviços; a qualidade de serviços, analisando-se o conceito sob a ótica do cliente; os modelos de mensuração da qualidade de serviços, dando ênfase à escala SERVQUAL e oferecendo ao leitor uma discussão sobre suas críticas e refinamentos. Entende-se que, por meio deste levantamento bibliográfico, a pesquisa pode ter um suporte teórico adequado, facilitando-se a sua execução. 3.1 MARKETING Ao longo do tempo, as orientações e definições de marketing foram sendo modificadas de acordo com as mudanças do mercado e da sociedade. Inicialmente, as orientações tradicionais sobre marketing eram voltadas para produção e vendas. Em seguida, a importância de satisfazer o cliente foi ressaltada. Atualmente, nota-se a preocupação não apenas com a satisfação do cliente, mas com a construção de um relacionamento duradouro entre cliente e empresa. Segundo Grönroos (1994), na década de 1960, ressaltava-se o conceito de marketing mix e dos quatro pês de marketing: produto, preço, praça e promoção, em contraponto à visão de marketing que refletia uma definição orientada para a produção e não para o mercado ou para o cliente. Posteriormente, Kotler (1986) expandiu o conceito de composto de marketing, adicionando mais dois pês: política e relações públicas. O conceito também foi expandido para o contexto de serviços, como postulado por Booms e Bitner (1982), que incluíram pessoas, processos e evidências físicas. A Associação Americana de Marketing (apud GRÖNROOS, 1994) define marketing como o processo de planejar e executar concepção, preço, promoção e

16 distribuição de ideias, bens e serviços para criar satisfação individual e atingir objetivos organizacionais. De acordo com Kotler e Keller (2006), o marketing também desempenha um papel na sociedade, qual seja, o de fornecer um padrão de vida mais elevado. Para o consumidor, esse papel está em concordância com o que os autores chamam de definição social de marketing: marketing é o processo social pelo qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e desejam por meio da criação, da oferta e da livre troca de produtos e serviços de valor com outros. Ainda segundo Kotler e Keller (2006), o gerenciamento de marketing pode ser visto como a capacidade de regular o nível, o tempo e as características das demandas dos produtos da empresa. 3.1.1 Marketing de serviços Há algumas décadas, os fabricantes de produtos e bens (que podem ser definidos como dispositivos físicos que propiciam ao cliente a propriedade), se preocupavam apenas com a qualidade técnica de seus produtos, ou seja, eles não precisavam oferecer muito em forma de serviços para seus clientes (GRÖNROOS, 1998). Os benefícios da utilização de um produto decorriam simplesmente de suas características físicas. Era comum que os padrões de qualidade fossem definidos por gerentes operacionais (LOVELOCK e WRIGHT, 2003). Já a partir de meados do século XX, o setor de serviços passou a ganhar importância cada vez maior em muitos países, os quais, outrora, tiveram sua economia baseada e centrada na atividade industrial (CORRÊA e CAON, 2002). Cowell (apud GRÖNROOS, 1998) menciona que alguns fatores que contribuíram para essas mudanças estão relacionados com a natureza do negócio, ao passo que outros estão vinculados às mudanças na sociedade, nas atitudes e no padrão de vida das pessoas, mas todos os fatores são inter-relacionados. Três principais fatores são detalhados pelo autor. O primeiro fator diz respeito ao volume de mão de obra necessário às demais indústrias, excluindo-se a indústria de serviços. Esse volume decresceu rapidamente, explicando-se, assim, a evolução da indústria de serviços quando comparada a outros setores. Além disso, há uma crescente demanda por empresas de serviços e novos serviços, fazendo com que o setor esteja constantemente em desenvolvimento e necessitando de mais mão de obra.

17 A segunda razão para o crescimento é o aumento da demanda por parte de empresas de insumos, informações e até mesmo atividades que auxiliam na produção de seus produtos ou serviços. Serviços profissionais como consultoria gerencial, trabalhos de engenharia, pesquisa de mercado e outros são cada vez mais solicitados por empresas que voltam os seus esforços para a sua atividade fim. Nota-se, finalmente, um crescimento na demanda dos serviços contratados diretamente pelos consumidores. Com as mudanças na sociedade e a evolução das economias desenvolvidas, as pessoas passaram a gastar mais com serviços, aumentando a demanda por serviços de lazer, esportes, entretenimento, viagens e outras atividades que facilitam o seu dia a dia. Grönroos (1998) também ressalta a importância cada vez maior dos serviços nos negócios e na economia, bem como o surgimento dos diversos tipos de novos serviços que resultaram em uma mudança estrutural na economia. 3.2 SERVIÇOS Na maioria dos países, o setor de serviços é muito diversificado e incluiu uma variedade de atividades. Em razão dessa diversidade e da complexidade da indústria, o conceito de serviços se tornou difícil de ser definido e explicado e, portanto, encontram-se várias definições e abordagens sobre o tema. Uma das acepções é oferecida por Grönroos (1998), que define serviços como uma atividade ou uma série de atividades de natureza mais ou menos intangível que normalmente, mas não necessariamente, acontece durante as interações entre clientes e empregados de serviços e/ou recursos físicos ou bens e/ou sistemas do fornecedor de serviços que é fornecida como solução ao(s) problema(s) do(s) cliente(s). De modo semelhante, Lovelock e Wright (2003) utilizam duas definições para tentar capturar a essência dos serviços. Serviços são um ato ou desempenho oferecido por uma parte a outra, cujo processo pode ou não envolver um produto físico, mas cujo desempenho é essencialmente intangível e normalmente não resulta em propriedade de nenhum fator de produção. Serviços são atividades econômicas que criam valor e fornecem benefícios aos clientes em determinado tempo e lugar.

18 Em outra abordagem, Zeithalm e Bitner (2003) fazem a distinção entre serviços e serviços ao cliente. O primeiro conceito corresponde às definições de Grönroos (1998) e Lovelock e Wright (2003). O segundo conceito diz respeito aos serviços que são prestados para dar apoio ao grupo de produtos principais de uma empresa. Em uma perspectiva própria sobre o termo, Bandeira et al. (1998) identificam serviços como sendo um dos três setores básicos da economia, qual seja, o setor terciário, distinto do setor agropecuário e do setor industrial, que são identificados como primário e secundário, respectivamente. No entanto, mais do que observar as diferentes definições e abordagens sobre serviços, é necessário analisar as suas peculiaridades, as quais os tornam difíceis de serem avaliados pelos clientes, o que demandaria atenção redobrada das empresas e dos profissionais de serviços. Entre as particularidades dos serviços, Zeithaml e Bitner (2003) destacam quatro características que interferem diretamente na avaliação da qualidade dos serviços efetuada pelo cliente e que, portanto, devem ser o foco de atenção das empresas de serviços. A primeira delas é a intangibilidade: os serviços são experiências que o cliente vivencia. Eles não podem ser vistos, provados e nem tocados antes da compra. Em razão do alto grau de intangibilidade, torna-se difícil para o cliente e até mesmo para a empresa a avaliação dos serviços. Dessa maneira, o cliente percebe um risco maior na compra de um serviço e busca determinar alguns componentes tangíveis dos serviços que possam minimizar esse risco, tais como instalações, equipamentos, formas de comunicação e outros. Além de intangíveis, os serviços são heterogêneos. Uma vez que são atuações e ações desempenhadas por pessoas, da mesma forma que os clientes não são os mesmos e possuem diferentes experiências e expectativas em relação ao serviço dois serviços prestados nunca serão exatamente os mesmos. Grönroos (1998) ressalta que essa característica cria um dos maiores problemas do gerenciamento de serviços, que é garantir qualidade uniforme percebida pelo cliente. A terceira característica compreende que os serviços são produzidos e consumidos simultaneamente. Isso torna o prestador de serviço parte integrante do processo de produção, fazendo-o fundamental para garantir a qualidade do serviço.

19 Muitas vezes, além do prestador de serviço, outros clientes também estão presentes nesse processo de produção, podendo interferir diretamente sobre o seu resultado. A quarta característica, a perecibilidade, se refere ao fato de os serviços não poderem ser preservados, estocados, revendidos ou devolvidos, tornando-se difícil o planejamento e a administração da demanda pelo serviço. Lovelock e Wright (2003), em uma abordagem mais ampla, descrevem nove características que diferenciam os serviços dos bens físicos. Além das quatro destacadas anteriormente, os autores mencionam: Os clientes não têm propriedade do serviço. Outras pessoas podem fazer parte do serviço. Muitos serviços são de difícil avaliação pelos clientes. O fator tempo é relativamente mais importante na prestação de serviços do que na venda de produtos. Os sistemas de entrega podem envolver canais eletrônicos e físicos. Em razão dessas particularidades dos serviços, o desafio do profissional de marketing é ainda maior, e parte disso está relacionada com a compreensão das necessidades e das expectativas dos clientes acerca do serviço, no sentido de torná-los tangíveis e de superar essas expectativas, conseguindo, assim, garantir o sucesso da empresa. 3.3 QUALIDADE Os anos 1980 foram marcados pela crescente preocupação das empresas em relação à qualidade de seus produtos e serviços. Os consumidores se tornaram cada vez mais seletivos e sofisticados e o mercado se expandiu, tornando-se mais competitivo. As primeiras definições e mensurações de qualidade vieram do setor de bens. Segundo a filosofia japonesa, qualidade é zero defeitos, fazer certo na primeira vez. De modo semelhante, Crosby (apud PARASURAMAN, ZEITHAML e BERRY, 1985) define qualidade como a conformidade com os requerimentos do cliente. Em uma visão mais ampla, Garvin (apud PARASURAMAN, ZEITHAML e BERRY, 1985) avalia a qualidade em duas etapas: contagem das falhas internas, observadas antes de o produto sair da fábrica, e contagem das falhas externas, aquelas ocorridas após o produto ser entregue ou instalado.

20 Em uma reflexão sobre o conceito de qualidade e suas implicações para a gestão da qualidade, Paladini (2004) estabelece alguns parâmetros: a qualidade pode ser considerada algo abstrato, uma vez que nem sempre os clientes definem concretamente suas necessidades e preferências; muitas vezes, a qualidade é vista como sinônimo de perfeição, ou seja, absoluta falta de defeitos no produto ou serviço prestado; a qualidade nunca se altera para certos produtos ou serviços; a qualidade pode ser considerada um aspecto subjetivo, que varia de pessoa para pessoa; a qualidade é a capacidade de fabricação de um produto ou serviço, exatamente conforme o projeto de sua concepção; a qualidade é um requisito mínimo de funcionamento em situações em que os produtos são extremamente simples; a qualidade pode ser a diversidade de opções que um produto ou serviço oferece; a qualidade pode ser considerada uma área em que se concentra todo o processo de produção da qualidade. Milan e Trez (2005) entendem qualidade como a percepção atual do consumidor sobre o desempenho de um produto ou serviço, diferenciando-o do conceito de satisfação que se baseia não somente na experiência atual, mas em experiências passadas e experiências futuras, antecipadas pelo julgamento do consumidor sobre suas experiências acumuladas. Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988) ressaltam que a qualidade foi uma estratégia adotada por muitas empresas na busca de uma maneira lucrativa de se diferenciar no mercado. Em estudo anterior (1985), os autores apontam algumas pesquisas que demonstraram os benefícios estratégicos da qualidade: aumento do market share, contribuição para o retorno do investimento, redução dos custos de produção e acréscimo da produtividade. Em contrapartida, Zeithaml (2000) ressalta que, no passado, os estudos não conseguiram estabelecer uma relação causal que comprovasse o efeito da qualidade nos lucros das empresas. Posteriormente, surgiu uma série de evidências a respeito da relação entre qualidade e lucratividade.

21 A intensificação da competição em todos os mercados e a crescente redução das barreiras comerciais levaram as empresas de serviços a buscarem uma maneira saudável e lucrativa de se diferenciarem no mercado. Dessa maneira, o tema qualidade de serviços tem se tornado cada vez mais importante, um pré-requisito para a sobrevivência e o sucesso de uma empresa de serviços (PARASURAMAN, ZEITHAML e BERRY, 1988). 3.3.1 Qualidade de serviços Como verificado, diferentemente de bens, que podem ter a sua qualidade facilmente avaliada, por meio de indicadores, como durabilidade e número de defeitos, a definição e a avaliação da qualidade de serviços não é uma tarefa simples. Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) destacam três características de serviços que dificultam a delimitação e análise do conceito qualidade de serviços, tornando-o um construto evasivo e vago. A intangibilidade torna difícil para a empresa o entendimento e a avaliação sobre a percepção do cliente em relação ao serviço prestado; é complexo saber como o cliente avaliou a qualidade. A heterogeneidade implica que aquilo que a empresa pretende entregar pode ser completamente diferente daquilo que de fato o cliente recebe. A inseparabilidade faz com que a qualidade do serviço não possa ser verificada antes da entrega, mas somente durante o processo de prestação do serviço, em uma interação entre o cliente e a pessoa de contato da empresa. Grönroos (1984), por sua vez, ressalta que o termo qualidade de serviço é, frequentemente, utilizado na teoria por acadêmicos e, na prática, por executivos, porém, nunca havia sido definido de modo a orientar decisões gerenciais. Apesar da dificuldade de conceituar o construto qualidade de serviços, há convergência por parte de alguns autores numa mesma linha de pensamento, que considera a qualidade percebida segundo a ótica do cliente. Lewis e Booms, citados por Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) apontam que a qualidade de serviços é a medição de quanto o serviço entregue ao cliente corresponde às suas expectativas. A entrega da qualidade de serviços significa atender às conformidades das expectativas dos clientes.

22 Buzzel e Gale (apud GRÖNROOS, 1998) afirmam que a qualidade é qualquer coisa que os clientes afirmam ser, e a qualidade de um produto ou serviço, em particular, é qualquer coisa que o cliente perceba como tal. Quando se fala em qualidade de serviços, Kotler (1998) afirma que a chave para o sucesso é atender ou exceder as expectativas dos consumidores. Essas expectativas são formadas por experiências passadas, pela divulgação boca a boca e pela própria comunicação da empresa de serviços. Heskett, Sasser e Hart (1994), por sua vez, mencionam que a informação inadequada sobre o que esperar de um serviço, geralmente, representa uma das principais causas de percepção de má qualidade de um serviço. Entretanto, desenvolver expectativas antecipadamente não implica necessariamente em riscos quando o serviço é projetado para atender às promessas. De acordo com Parasuraman, Zeithaml e Berry (1988), a qualidade percebida pelo cliente é resultante do seu julgamento acerca da realização de determinado serviço, ou seja, da comparação do serviço que foi prestado com as suas expectativas, como imaginava que deveria ser prestado. O julgamento da qualidade pode resultar em uma discrepância, positiva ou negativa, entre as expectativas e as percepções do cliente. Também em Lovelock e Wright (2003) é identificada a conceituação de qualidade de serviços como o resultado da comparação entre expectativas e percepções do consumidor. Os autores afirmam que os consumidores, antes da compra de um serviço, possuem uma expectativa sobre a qualidade do serviço com base nas necessidades individuais, nas experiências anteriores, nas recomendações de terceiros e na propaganda do provedor de serviços. Após consumirem o serviço, eles comparam a qualidade esperada com o que de fato receberam. A qualidade superior é percebida pelos consumidores quando os desempenhos de serviços os surpreendem e encantam, ficando acima do nível de serviço desejado. Para Liljander e Strandvikc (1994), a qualidade de serviços é resultado de uma comparação entre as expectativas do consumidor antes da prestação do serviço e a experiência do consumidor decorrente do uso do serviço em questão. Tal comparação encontra suporte teórico no paradigma da desconfirmação das expectativas, o qual postula que o consumidor ficará insatisfeito se o desempenho do serviço estiver abaixo de suas expectativas e ficará satisfeito se as suas expectativas forem confirmadas ou ultrapassadas. Esse paradigma é citado na

23 literatura sobre a satisfação do consumidor, bem como na literatura de qualidade de serviços. Em relação à forma de operacionalização do conceito das expectativas, diversos autores utilizam o conceito de zona, ou seja, um intervalo numérico e não simplesmente um ponto ou valor numérico como proposto anteriormente por outros autores, entre eles Parasuraman, Zeithaml e Berry (1985) na primeira versão da escala SERVQUAL. A importância de se ouvir o cliente para a garantia da qualidade em uma empresa de serviços é analisada por Berry e Parasuraman (1992), que ressaltam a efetividade do sistema de informação de qualidade de serviços, o qual se constituiu de uma ferramenta que auxilia as empresas a se concentrarem no planejamento da melhoria do serviço e alocação de recursos. No entanto, os autores afirmam que, para aquelas empresas que têm como objetivo melhorar o seu nível de serviço, é necessário, constantemente, ouvir não apenas os consumidores (clientes externos que experimentaram os seus serviços), mas os clientes da concorrência, bem como aqueles que a empresa gostaria de trazer para si e, por último, os clientes internos, que dependem de serviços e processos internos para prestar o serviço final ao consumidor. Em uma abordagem mais recente, Berry, Wall e Carbone (2006) relatam que os clientes esperam que as empresas de serviços tenham o conhecimento necessário acerca do seu ramo para manter as promessas de serviços. Sendo assim, as empresas deveriam estar mais atentas aos detalhes, às pequenas informações que podem sinalizar uma excelência em serviços para os consumidores, afetando toda a sua experiência com o serviço. Essas informações podem ser classificadas em três tipos: informações funcionais, informações mecânicas e informações humanas. Zeithaml, Berry e Parasuraman (1996) apontam alguns indícios de um comportamento intencional decorrente da excelência na qualidade de serviços: consumidores relatam pontos positivos da empresa para outras pessoas, recomendam a empresa e estão dispostos a pagar um preço maior pelo serviço, bem como a permanecer fiel àquela empresa. Saravanan e Rao (2006), em uma perspectiva mais abrangente, analisam as dimensões da qualidade total de serviços, dividindo-a em cinco grupos: dimensões orientadas pelos gerentes, dimensões orientadas pelos clientes, dimensões

24 orientadas pelos funcionários, dimensões orientadas pela organização e dimensões orientadas pela tecnologia. Zeithaml e Bitner (2003) ressaltam que os clientes não percebem a qualidade como um conceito unidimensional, ou seja, as avaliações dos clientes sobre a qualidade incluem diversos fatores. São as chamadas dimensões da qualidade, as quais serão discutidas detalhadamente no próximo item. 3.4 MODELOS CONCEITUAIS DE MENSURAÇÃO DA QUALIDADE DE SERVIÇOS Este item do presente capítulo tem como objetivo identificar os conceitos dos principais modelos de mensuração da qualidade de serviços, dando ênfase ao modelo SERVQUAL e às críticas a ele. 3.4.1 Modelo de qualidade de serviços de Grönroos Grönroos (1984) define qualidade percebida de serviços como o resultado de um processo de avaliação do cliente, no qual este compara suas expectativas em relação ao serviço com a sua percepção do serviço recebido. Dessa forma, a qualidade de serviços depende basicamente de duas variáveis: a expectativa do serviço e o serviço percebido. Visando compreender essas variáveis, o autor enfatiza alguns fatores que influenciam e contribuem para a formação das expectativas sobre o serviço. Destacam-se entre eles as tradicionais atividades de marketing: propaganda, preço e distribuição, que geram uma promessa para o cliente sobre o desempenho do serviço. Mencionam-se, ainda, entre influenciadores das expectativas, as tradições e ideologias, experiências anteriores com serviços e a comunicação boca a boca. Swan e Comb, citados por Grönroos (1984), sugerem que o desempenho percebido de um produto pode ser dividido em dois subprocessos, chamados de desempenho instrumental e desempenho expressivo. O primeiro está relacionado com a dimensão técnica do produto, o que representa o resultado final do processo de prestação de serviço, ou seja, o que de fato fica com o cliente quando o processo termina. O segundo subprocesso diz respeito ao nível psicológico de desempenho. Está relacionado aos aspectos comportamentais vinculados ao encontro de serviço, ou seja, a percepção do cliente a respeito das interações com os prestadores de

25 serviços e com os demais recursos e atividades da empresa. Pode-se dizer que o desempenho expressivo é criado durante o processo de prestação do serviço, ou seja, simultaneamente ao provimento do desempenho técnico. Swan e Comb ressaltam, ainda, que a satisfação com o desempenho instrumental é um pré-requisito para a satisfação do cliente, porém, não é condição suficiente. Se o desempenho expressivo não for considerado satisfatório, o cliente ficará insatisfeito, qualquer que seja o nível de satisfação com o desempenho instrumental. Para o desenvolvimento de um modelo de qualidade de serviços, Grönroos (1984) necessitou traduzir os dois diferentes tipos de desempenho em termos de qualidade, originando os conceitos qualidade técnica e qualidade funcional. Na concepção dos autores mencionados, a qualidade técnica do serviço está relacionada ao resultado técnico da prestação do serviço, é decorrente das interações do consumidor com a empresa de serviço, correspondendo, assim, ao desempenho instrumental. Essa dimensão pode ser frequentemente mensurada pelo consumidor de maneira quantitativa e objetiva. No entanto, em razão da característica de simultaneidade dos serviços, a qualidade técnica não é suficiente para avaliação total da qualidade percebida pelo consumidor. Pois o consumidor é influenciado também pela maneira com que a qualidade técnica é a ele repassada: a aparência e o comportamento dos funcionários, o que eles dizem, como se comunicam com o consumidor e mesmo os outros clientes simultâneos podem interferir na percepção do serviço. A dimensão qualitativa, que é percebida de modo subjetivo, é a chamada qualidade funcional, a qual corresponde ao desempenho expressivo. Uma terceira dimensão da qualidade deve ser considerada no modelo de Grönroos, a imagem da empresa. A figura abaixo representa como essas dimensões se relacionam entre si. Error! Objects cannot be created from editing field codes. Figura 1 - Modelo de qualidade de Grönroos Fonte: Grönroos (1984).