Portabilidade em ambientes digitais colaborativos para cursos de Inclusão Digital



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Transcrição:

Portabilidade em ambientes digitais colaborativos para cursos de Inclusão Digital Hilda Carvalho de Oliveira, Alexandre Yukio Yamashita, Izabela C. Amaral Departamento de Estatística, Matemática Aplicada e Computação (DEMAC) Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP) Rio Claro SP, Brasil hildaz@rc.unesp.br, alexandreyy@gmail.com, izabela.amaral@yahoo.com.br Abstract. This paper is directed to the context of computer-supported collaborative learning for planning and executing of digital inclusion courses applied to different age groups and social classes. Collaborative digital environments potentiate digital inclusion, by providing contact with different tools, allowing remote access and preparing for the use of social networking and other activities using the Internet. This paper proposes that the preparation of the content of these courses use the concept of learning objects and SCORM standard, aiming reuse and portability of content. For this purpose, a case study is presented and a SCORM authoring system is made available to simplify the creation of course content. Resumo. Este artigo é voltado ao contexto de aprendizagem colaborativa com suporte computacional para o planejamento e execução de cursos de inclusão digital aplicados a diferentes faixas etárias e classes sociais. Ambientes digitais colaborativos potencializam a inserção digital, por propiciar contato com diferentes ferramentas, permitir acesso remoto e preparar para redes sociais e outras atividades que utilizam a Internet. Este artigo propõe que a preparação do conteúdo desses cursos utilize o conceito de objetos de aprendizagem e o padrão SCORM, visando reutilização e portabilidade do conteúdo. Para isso, apresenta um estudo de caso e disponibiliza um sistema de autoria SCORM, para simplificar a geração de conteúdos dos cursos. 1. Introdução Apesar dos avanços tecnológicos no país e incentivos governamentais à inclusão digital, o Brasil ainda precisa de ações para minimizar a fratura digital existente [CGI.br 2013]. As pesquisas TIC domicílios, que visam medir o uso e o acesso da população brasileira às Tecnologias da Informação e de Comunicação (TIC), vêm mostrando melhorias significativas quanto à inclusão digital dos brasileiros. Contudo, evidenciam que ainda há muita desigualdade de acesso às TIC, considerando diferentes regiões geográficas do país, áreas urbanas e rurais e diferentes classes sociais. Por outro lado, as pesquisas mostram que a população considera a Internet um recurso essencial do cotidiano, provocando mudanças de hábitos sociais. A comunicação por e-mails e redes sociais tem alcançado diferentes faixas etárias e classes sociais, facilitada pelo acesso democrático à Internet a partir de escolas, locais públicos, Lan houses, etc. A mobilidade digital tem sido favorecida com o crescente aumento dos computadores portáteis e celulares, e a convergência digital faz parte da realidade nacional.

Diante desse cenário, é importante que cursos de inclusão digital, de modo geral, sejam providos de recursos tecnológicos atuais e que propiciem condições para o aluno continuar acompanhando a dinâmica evolutiva das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC). Isso requer a concepção de cursos com visão abrangente de várias plataformas integradas que hoje convivem com fronteiras muito sutis de uso. Boas práticas de segurança devem estar alinhadas ao uso de todas as plataformas, de modo que aspectos de privacidade e cidadania possam conviver harmoniosamente no contexto. Assim, este trabalho propõe que cursos de inclusão digital sejam planejados e organizados através de ambientes digitais colaborativos, utilizados como instrumentos de ensino-aprendizagem. Além de apoio às aulas presenciais, esses ambientes possibilitam que o aluno continue participando do processo após as aulas, acessando o conteúdo do curso e os artefatos digitais produzidos de qualquer lugar com acesso à Internet. A proposta visa o uso de sistemas gerenciadores de aprendizagem, também conhecidos como LMS (Learning Management System). Um LMS disponibiliza um conjunto de ferramentas computacionais para a coordenação de cursos, bem como para cooperação e comunicação entre os participantes. Na seção 2 são apresentados alguns comentários sobre os benefícios dos sistemas colaborativos à Educação e, especificamente, à inclusão digital. Mesmo em regiões sem acesso à Internet, pode ser mantido um servidor do LMS compartilhado via rede, configurada como uma intranet com números IPs (Internet Protocol) fictícios. Isso possibilita que o aluno se ambiente ao sistema da World Wide Web (Web) e possa aprender a utilizá-la mesmo sem acesso de fato à Internet global. Restrições de uso do LMS, contudo, podem ser desejáveis em ambientes de segurança pública, como é o caso de cursos de inclusão digital em unidades de reabilitação por prática de ato infracional, como unidades da Fundação CASA (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente) no estado de São Paulo, penitenciárias, entre outras unidades similares. Desenvolver conteúdo para um LMS, no entanto, pode ser feito de maneira dedicada ao LMS adotado, de modo que não seja possível transferir o conteúdo automaticamente para outro LMS, ou pode ser feito segundo um padrão que possibilite portar o conteúdo para outros LMSs. Essa segunda opção é a mais recomendada, por três razões básicas: (1) os conteúdos normalmente são elaborados segundo uma metodologia pedagógica orientada por especialistas educacionais, que não precisam se preocupar com o LMS adotado; (2) o conteúdo pode ser utilizado por várias instituições que podem ter preferências de uso por um LMS específico; (3) o conteúdo pode ser atualizado e estendido sempre que houver necessidade. Assim, este trabalho apoia que os conteúdos dos cursos de inclusão digital sejam tratados como objetos de aprendizagem no formato do padrão SCORM, como apresentado na seção 3. A seção 4 traz um estudo de caso voltado a um curso básico de inclusão digital aplicado a várias faixas etárias e diferentes classes sociais, com predominância às classes C e DE. O conteúdo do curso é desenvolvido e aplicado por especialistas da Universidade em parceria com organizações não governamentais (ONGs). Desde 2006 têm sido utilizado o LMS TelEduc, mantido nas dependências da Universidade, com vários benefícios ao ensino-aprendizagem a partir do ambiente colaborativo. Contudo, a avaliação de outros LMSs para o curso enfrentou problemas de portabilidade. Estudos foram realizados para verificar a complexidade e a adequação do uso do padrão

SCORM. O LMS selecionado para os experimentos iniciais foi o Moodle. Técnicas da área de Interação Humano-Computador (IHC) foram utilizadas com a participação de usuários para configuração do ambiente e análise de usabilidade do sistema. Para facilitar a geração de conteúdos no formato SCORM, a seção 5 apresenta o sistema de autoria Meelo, desenvolvido para ser utilizado por pessoas com conhecimentos básicos de Informática e sem conhecimentos do modelo SCORM. O conteúdo fica armazenado em repositórios do sistema, permitindo composição, alteração e reutilização do conteúdo. 2. Sistemas colaborativos para inclusão digital Segundo Castro e Menezes (2012), apesar dos avanços na área de Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional ou CSCL (Computer Supported Collaborative Learning), práticas de aprendizagem colaborativa ainda ocorrem mais em ambientes totalmente presenciais, com pouco uso de sistemas computacionais para gestão das atividades, como faz um LMSs. Além da coordenação e organização de um curso poderem ser feitas a distância, esse tipo de sistema traz ferramentas que potencializam as experiências de aprendizagem até mesmo em cursos básicos de alfabetização digital. As aulas presenciais dos cursos de inclusão digital contribuem para estimular o uso do LMS e da Internet. As ferramentas de comunicação apoiam os primeiros passos para uso de correio eletrônico e redes sociais, fazendo uso de fóruns de discussão, bate-papos, campos de comentários, etc. A colaboração do ambiente contribui para a vida em sociedade, pois, atualmente, o uso da Web em mídias sociais (redes sociais, blogs, etc.) mostra que a comunicação é um recurso importante de construção coletiva do conhecimento e compartilhamento de ideias. O uso de um ambiente colaborativo de um LMS registra e armazena produções individuais, que podem ser socializadas, possibilitando reflexões sobre os resultados individuais e coletivos. No processo compartilhado de aprendizagem, os alunos são levados a se sentirem responsáveis também pela aprendizagem dos colegas, conduzindo a interações em atividades individuais e em grupo e discussões sobre os problemas solucionados. Mesmo em cursos básicos de inclusão digital, é recomendado que o processo de cadastro do aluno em um LMS seja feito por ele mesmo. Assim, ele começa a perceber os recursos para uso remoto de um sistema, a necessidade de um endereço de correio eletrônico para comunicação e ter contato com o preenchimento de um formulário online. O exercício de habilidades com ambientes colaborativos prepara o aluno para o cenário tecnológico atual da sociedade em vários segmentos. Em termos de inclusão no mercado de trabalho, muitas empresas usam sistemas colaborativos, bem como muitas instituições de ensino, devido aos benefícios da interatividade e da economia de custos da capacitação on-line. Muitos cursos à distância, de curta duração e gratuitos, também estão ao alcance de todas as classes sociais. 3. Objetos de aprendizagem e o padrão SCORM Segundo o Comitê de Padronização de Tecnologias de Aprendizagem do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos ou IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers), um objeto de aprendizagem (OA) é uma entidade material educacional, digital ou não, que pode ser usada, reutilizada e referenciada durante alguma manifestação de ensino-aprendizagem apoiada por recursos tecnológicos [LTSC

2002]. Atualmente, pode-se contar com alguns padrões para a implementação de OAs digitais, como: ARIADNE (Alliance of Remote Instructional Authoring Distribution Networks for Europe), AICC (Aviation Industry CBT Committee), IMS (Instructional Management System), Dublin Core, LOM (Learning Object Metadata) e SCORM (Sharable Content Object Reference Model). Esses modelos definem a construção, execução e armazenamento de OAs digitais [ADL 2009]. São baseados em metadados, visando facilitar a busca em repositórios de OAs, inclusive para serem reutilizados para a construção de outros OAs, em diferentes cursos. Para aumentar a capacidade de reutilização, o conteúdo pode ser organizado em pequenas partes, criando OAs menores, que podem servir para compor outros OAs. O modelo SCORM é uma iniciativa do Departamento de Defesa Americano, juntamente com a indústria tecnológica, para se obter um padrão unificado para sistemas de educação a distância. Para isso foi criado o consórcio de Aprendizagem Avançada Distribuída ou ADL (Advanced Distributed Learning), que avaliou os padrões utilizados no mercado e incorporou, ao SCORM, certas facilidades de utilização dos padrões ARIADNE, AICC, IMS e LOM. A especificação de conteúdos no formato SCORM é adequada aos ambientes computacionais que fazem uso da Web. Por outro lado, também, facilita o acesso e de disponibilização do OA em qualquer ambiente de rede de computadores, conectado ou não à Internet. Segundo o Consórcio ADL (2009), pode-se resumir os motivos para a adoção do SCORM no acrônimo RAID: Reutilizável, Acessível, Interoperável e Durável. Objetos de diferentes cursos podem ser reutilizados para compor conteúdo de outros cursos (OAs reutilizáveis). Os OAs podem ser encontrados por mecanismos de buscas e disponibilizados por desenvolvedores e professores (conteúdo acessível). OAs SCORM podem ser executados em diferentes tipos de hardware, sistemas operacionais e navegadores Web (interoperabilidade). Não são requeridas atualizações significativas nos OAs para se adaptarem a novas versões do software onde são utilizados (durabilidade). O padrão SCORM é organizado em quatro livros, com indicações evidentes das características derivadas de outros padrões de OAs. O primeiro livro inclui um histórico do modelo e uma visão geral sobre os fundamentos, formas de adoção e uso, bem como discussões sobre o seu futuro. O segundo livro define o Modelo de Agregação de Conteúdo (MAC), que visa a construção de conteúdo (estrutura derivada do AICC) e o empacotamento de conteúdos educacionais (derivado do IMS), baseados em estruturas de metadados (derivado do LOM). O terceiro livro traz o modelo de Sequenciamento e Navegação, que inclui regras de sequenciamento e organização de conteúdos dos OAs (baseado no IMS); apresenta como um LMS deve interpretar a informação de sequenciamento e o comportamento dos OAs. O quarto livro aborda o Ambiente de Execução, considerando um mecanismo de interação do conteúdo empacotado com o LMS, através de uma API (Aplication Program Interface) em comum; inclui instruções de inicialização, comunicação e monitoramento de OAs. O modelo de dados e a especificação da API são derivados do modelo LOM. Dentre as versões disponíveis do modelo SCORM, a mais atual é a 2004 4ª edição, lançada em 2009. No entanto, a mais utilizada é a versão 1.2, com 212 produtos

registrados (LMSs e sistemas de autoria) no consórcio ADL em 2013. A principal diferença entre as duas versões é que a v.1.2 não contempla a implementação do modelo de sequenciamento e navegação, que foi adicionado à v.2004. O processo de geração de OAs SCORM pode ser organizado em quatro etapas: (1) criação de conteúdo; (2) organização do sequenciamento; (3) descrição de metadados; (4) empacotamento. Para a criação de conteúdo, deve-se definir os recursos do OA em um arquivo XML (extensible Markup Language), denominado imsmanifest.xml. Recursos de um OA podem ser do tipo SCO (Shareable Content Object) ou asset. Um asset é um recurso simples, estático, como um arquivo de mídia (ex.: música MP3, imagem jpeg, documento pdf, etc.), uma página HTML (Hypertext Markup Language) ou coleções de arquivos. Já SCO é um recurso que se comunica com o ambiente de execução do SCORM através de uma API. Geralmente, um SCO é composto por um conjunto de assets e páginas Web com a API SCORM implementada em JavaScript. A Figura 1 apresenta um exemplo de um OA do tipo SCO com três assets: uma imagem JPEG, uma página HTML e a API SCORM em JavaScript. Após a criação de conteúdo (recursos) dos OAs, é realizada a organização dos recursos já definidos no arquivo imsmanifest.xml. Cada recurso é representado por um item de organização definido nesse mesmo arquivo. Os itens, referentes aos recursos, podem ser organizados linearmente, hierarquicamente, em grade ou em alguma forma de sequenciamento personalizada (Figura 2). Na organização linear, os itens são executados um após o outro, de maneira sequencial. Na organização em grade, os alunos podem escolher a execução de itens acima, abaixo, à esquerda ou à direita do item atual. Na organização hierárquica, é possível estabelecer uma hierarquia dos itens através de agregações, onde os itens mais á esquerda e acima são executados primeiros. Um curso pode ter mais de uma forma de organização, de acordo com o planejamento pedagógico. Em um mesmo curso podem ser oferecidas organizações diferentes tanto em tipo de estrutura como grau de dificuldade. A descrição de metadados também é definida em XML, com base no modelo LOM. Os metadados especificam informações relevantes ao OA, como: título, descrição, palavras-chave, idioma, autor, etc. Depois da indexação dessas informações, é possível encontrar e reutilizar os OAs. Por fim, o conteúdo do curso é compactado e empacotado em um único arquivo.zip. O pacote pode ser importado por diferentes sistemas de gestão de conteúdo de aprendizagem com suporte ao SCORM. Isso permite a portabilidade de conteúdo sem a necessidade de nova implementação de códigos. Para verificar a conformidade do pacote com o padrão, o consórcio ADL fornece um ambiente de testes e validação. Figura 1. Exemplo de um OA SCORM do tipo SCO. Figura 2. Estruturas de sequenciamento SCORM.

4. Estudo de caso com o padrão SCORM Para os experimentos com o padrão SCORM, foi considerado o conteúdo de um curso denominado Inclusão Digital e Cidadania (ID&C), aplicado desde 2006 pela Universidade em parceria com ONGs, utilizando o LMS TelEduc (sem suporte ao padrão SCORM) e uma metodologia denominada Indinia [Oliveira, Micotti e Franco 2006]. Para avaliação de outros LMSs para o curso, a padronização em formato SCORM foi necessária. Além disso, o conteúdo do curso pode ser passado a outras universidades e instituições, que podem adotar o LMS desejado. O conteúdo do curso é modular e estruturado em tópicos funcionais, visando estimular investigações para se atingir metas. A metodologia possui duas abordagens integradas: (1) a Informática como fim e os temas de reflexão sociais como meio; (2) reflexões e análises sobre temas sociais como fim e a Informática como meio. Os OAs para essas duas abordagens estão organizados, respectivamente, em duas bibliotecas: InfoSOC e ConSOC. Esses OAs consistem em textos, figuras, páginas Web, aplicativos de software, entre outros formatos digitais. A biblioteca ConSOC envolve temas como: mercado de trabalho, qualidade de vida, planejamento familiar, cidadania, redes sociais, entre outros. A biblioteca InfoSOCs é organizada em tópicos, constituídos por etapas, e com temas como: ambientação (hardware, sistema operacional e Internet), processadores de textos, planilhas eletrônicas, desenvolvimento de sites, entre outros. Outros OAs fazem parte do curso de ID&C, como, por exemplo, questionários para coleta de opiniões e dados sobre a vida aluno (aspectos cognitivos, sociológicos e econômicos). Para a experimentação com o formato SCORM, foi considerada a biblioteca InfoSOC e os questionários mencionados. Observa-se que foram utilizadas as versões 1.2 e.2004 4ª edição do SCORM. Cada tópico do conteúdo foi definido como um OA do tipo SCO, bem como cada questionário considerado. Cada SCO foi implementado como um conjunto de páginas Web e arquivos. A criação das páginas foi realizada com a linguagem HTML e folhas de estilo CSS (Cascading Style Sheets). Para a comunicação com o LMS, foram utilizadas as funções da API SCORM em JavaScript. Também foram implementadas funções em JavaScript para a navegação entre as páginas. Para o reconhecimento dos SCOs pelo LMS, foram implementados recursos do tipo SCO e asset no arquivo imsmanifest.xml. Isso foi realizado, referenciando-se os arquivos e páginas do curso em seções XML, representando cada recurso. Os metadados do curso foram especificados segundo o modelo LOM. Depois da definição do conteúdo, foi definida a organização do curso no arquivo imsmanifest.xml. Por fim, o conteúdo foi empacotado no formato zip e validado com os ambientes de testes Reload SCORM Editor, ADL SCORM Test Suite 1.2.7 e ADL SCORM 2004 4th Ed. RTE v1.1.1. Para efeitos de testes de portabilidade, o conteúdo do curso foi importado nos LMSs Chamilo, Dokeos e Moodle - todos gratuitos e de código aberto (Figura 3). Chamilo Dokeos Moodle Figura 3. Parte do curso de ID&C nos LMS Chamilo, Dokeos e Moodle.

A próxima etapa do trabalho consistiu em avaliar alguns LMSs para utilização no curso de ID&C para diferentes faixas etárias. As atividades foram iniciadas com o Moodle, devido ser o mais utilizado em mais de 220 países. Como seu ambiente provê um grande número de recursos que podem ser utilizados pelo usuário, é importante que a comunicabilidade da interface seja adequada. Assim, para contribuir com a especificação da configuração da interface do usuário, foi aplicada a técnica Card sorting sob a forma de uma oficina de projeto (design) com um grupo de 17 aprendizes do curso ID&C, com aproximadamente um mês de experiência no ambiente TelEduc (Figura 4). Essa técnica foi utilizada para obter dados sobre o modelo mental dos usuários no que diz respeito ao espaço de informação, de modo que se aumente a probabilidade do usuário encontrar informações referentes a cada funcionalidade do ambiente [Cybis, Betiol e Faust, 2007]. Assim, foram compostas três equipes, sem distinção de perfis. A todas elas foram apresentadas as principais categorias do ambiente em cartões coloridos, que as diferenciassem dos demais termos, que representavam os subitens. Os cartões foram entregues sem qualquer ordem de organização, para que cada uma das equipes organizasse as categorias e seus respectivos subitens em painéis, da maneira que lhes fosse mais conveniente, considerando a maneira que imaginavam que seria a interação com uma interface do curso. Ao término da atividade, os modelos finais propostos por cada uma das equipes foram representados na forma de painéis, sendo que cada uma das equipes pôde explicar seus modelos de mapas de sites, ressaltando quais termos tiveram seus nomes alterados e quais as categorias foram acrescentadas. Todas as alterações foram seguidas de justificativas. O resultado de cada equipe foi uma proposta de interface com as categorias pertencentes às funcionalidades disponíveis no Moodle. A partir das percepções dos adolescentes, foi configurada a interface do Moodle para o curso ID&C, contemplando o conteúdo do curso formatado para SCORM v.1.2 (a versão do Moodle utilizada não aceitava a v.2004 4ª ed.). A avaliação dessa interface foi realizada através de testes de usabilidade. Foi adotado o método de teste com a participação dos usuários, e aplicado em um Laboratório da Universidade, configurado de modo a simular um ambiente de uso no Curso de ID&C. O teste de usabilidade foi realizado individualmente com nove aprendizes do curso de ID&C. Cada teste foi realizado com a ajuda de um avaliador (mediador) para conduzir o usuário (Figura 5). O teste consistiu em apresentar, ao usuário, o ambiente virtual Moodle, com o material do curso de ID&C. A finalidade é que utilizassem os recursos disponíveis e tentassem cumprir as tarefas propostas. Foi enfatizado que não estava sendo avaliado o desempenho ou nível intelectual das pessoas envolvidas; podiam errar e fazer perguntas, pois o objeto de teste era avaliar as funcionalidades, navegação e layout da aplicação. O plano de testes incluiu entrevistas guiadas e documentos, como questionários, termo de consentimento e roteiro. Foi utilizado o software Morae TechSmith, que inclui as métricas e gráficos. As análises permitiram detectar possíveis inadequações na interface quanto à utilização das funcionalidades do curso. Voltou-se, então, a analisar os resultados da oficina de Card sorting. As heurísticas de Nielsen também contribuíram para a organização das informações. Assim, foi proposto um guia de recomendações de usabilidade para configuração da interface do Moodle, objetivando um modo mais adequado aos propósitos do projeto. Consequentemente, foi possível avaliar melhorias na estrutura e signos utilizados no curso ID&C em SCORM. Os resultados mostraram que o ambiente foi considerado simples e intuitivo para uso no curso.

Figura 4. Oficina de Card Sorting com aprendizes. Figura 5. Participante do teste de usabilidade com o Moodle. 5. Sistema de autoria de objetos SCORM Sistemas de autoria de conteúdos educacionais consistem em ferramentas para construção de cursos e arquivos digitais para educação. Para facilitar a criação de OAs SCORM, existem vários sistemas autoria livres e de código aberto, como exe, OpaleSup e Xerte, e sistemas proprietários, como Camtasia, Captivate e ispring. Contudo, nesse trabalho foi desenvolvido um sistema diferenciado pela sua simplicidade de uso, denominado Meelo (adaptação de My e-learning objects), disponível on-line, gratuitamente. Os OAs podem ser acessados pela Web e por dispositivos móveis através de um aplicativo Android. Assim, educadores sem o conhecimento do SCORM podem criar OAs portáveis para a Web e dispositivos móveis. O sistema Meelo também se diferencia de outros LCMSs por possuir um repositório de OAs disponibilizado on-line e integrado ao sistema. O Xerte possui um repositório de OAs, no entanto o repositório não é integrado ao sistema como no Meelo. Segundo Vieira, Costa e Raabe (2012), ainda há poucos repositórios de OAs SCORM, apesar do SCORM ser um padrão bastante estabelecido. O sistema Meelo providencia suporte a todo o processo de construção de OAs SCORM v.1.2, bem como permite exportar e importar OAs nesse formato. Observa-se que sistema está sendo uma importante ferramenta para a formatação dos OAs do curso ID&C (ver seção 4) no formato SCORM, para utilização com o LMS Moodle ou outros com suporte ao SCORM v.1.2. A tela inicial de criação de OAs possui um menu lateral com cinco itens. O primeiro item, informações, se refere às páginas de descrição de metadados, distribuídos em seis categorias, organizadas em abas: (1) informações gerais do OA; (2) informações sobre versões e pessoas que contribuíram para a construção do OA; (3) requisitos técnicos exigidos para a execução do OA; (4) informações relacionadas ao nível educacional, de dificuldade e idade do público alvo; (5) restrições de custos e direitos autorais do OA; (6) outras informações para classificar o OA e facilitar sua busca em repositórios SCORM. O Meelo reduz significativamente os esforços para descrição de metadados do SCORM. Na especificação manual dos metadados, é exigido o conhecimento de muitos termos adotados pelo modelo LOM. Como é difícil decorar todos os seus termos, é necessário consultar o livro do modelo várias vezes. Além disso, a codificação dos metadados em XML não é simples, devido à complexidade da estrutura do LOM. A criação de conteúdo no Meelo pode ser feita, acessando-se os itens conteúdo, exercícios e leituras (Figura 6). Cada item de conteúdo é representado

por um conjunto de páginas. Através de um editor simples WYSIWYG (What You See Is What You Get), é possível criar as páginas HTML do OA sem a necessidade de codificação em HTML. O editor, apresentado na Figura 6, possui recursos de formatação de texto, inserção de vídeos do YouTube e de outras mídias. Com esses recursos, o conteúdo é visualizado da mesma forma tanto no editor como nos LMSs. Ao salvar a página, o Meelo se encarrega de implementar as funções de comunicação com o LMS. Isso agiliza o processo de criação de conteúdo, eliminando o tempo implementação de funções em JavaScript. O sistema também possui uma ferramenta para incluir arquivos para o OA. Todo conteúdo do OA é referenciado automaticamente no arquivo imsmanifest do SCORM. Figura 6. Editor HTML no Meelo. Na seção referenciada pelo item organização, os recursos do OA são organizados através de um mecanismo JavaScript de arrastar e soltar. Isso permite a agregação de conteúdos com apenas um único clique, sem a necessidade de codificação em XML. Por fim, é realizado o empacotamento do OA, clicando-se no item Exportar OA" da seção de organização. O Meelo compacta e empacota o conteúdo em um arquivo.zip conforme o modelo SCORM. Os itens de conteúdo são definidos como SCOs no arquivo imsmanifest.xml. A Figura 7 apresenta um exemplo de estrutura de OA SCORM exportado pelo Meelo. Depois de exportar o OA, o pacote pode ser importado em diferentes LMSs com suporte ao SCORM v.1.2. Para a reutilização de conteúdo, o sistema possui um sistema de busca para encontrar OAs em seu repositório. Esses OAs podem ser reutilizados para criação de novos OAs através da funcionalidade de reaproveitamento de conteúdo. A Figura 8 apresenta um exemplo de reutilização de conteúdo. O conteúdo do OA A é reutilizado no OA B como um novo SCO. Exportar OA Visualização no Moodle Figura 7. Estrutura de um OA SCORM exportado pelo Meelo.

Reaproveitamento de conteúdo Resultado Figura 8. Reutilização de conteúdo com o sistema Meelo. 8. Considerações finais Este trabalho propõe que cursos de inclusão digital potencializem a inserção tecnológica através do apoio de um LMS (Learning Management System). A proposta envolve o desenvolvimento do conteúdo como objetos de aprendizagem (OAs) no formato SCORM. Além de propiciar flexibilidade de composição e reutilização do conteúdo, permite livre seleção do LMS dentre os mais de 200 sistemas registrados pelo consórcio ADL. O trabalho apresentou um estudo de caso com conteúdo de um curso de inclusão digital, formatado tanto para SCORM v.1.2 como v 2004 4ª edição. O conteúdo do curso foi importado pelo LMS Moodle, passando por testes de usabilidade com alunos do curso de inclusão digital. Os resultados da avaliação foram positivos, conduzindo a esforços no desenvolvimento de um sistema de autoria de conteúdo educacional SCORM v.1.2, disponível gratuitamente na Web. O sistema propicia vários recursos, que podem ser utilizados através de uma interface simples e intuitiva, que não requer muitos conhecimentos em Informática e nem conhecimentos do padrão SCORM. Outras pesquisas estão sendo desenvolvidas para a definição de uma estrutura de OA para aplicações educacionais voltadas à TV Digital aberta. Referências ADL - Advanced Distributed Learning (2009) SCORM 2004 4th Edition, http://www.adlnet.org, setembro. Castro, A., Menezes, C. (2012) Aprendizagem colaborativa com suporte computacional. In Pimentel, M., Fuks, H. (Organizadores), Sistemas Colaborativos, Rio de Janeiro: Elsevier, cap.9. CGI.br - Comitê Gestor da Internet no Brasil (2013) TIC Domicílios e Empresas 2012 - Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de informação e comunicação no Brasil, São Paulo, 636p. http://www.cetic.br, novembro. Cybis, W., Betiol, A. H. e Faust, R. (2007) Ergonomia e usabilidade: conhecimentos, métodos e aplicações, São Paulo, Novatec. LTSC - Learning Technology Standards Committee (2002). http://www.ieeeltsc.org. Oliveira, H. C., Micotti, M. C.O. e Franco, B. B. (2006). Metodologia de ensino para apoio ao aprendizado do Sistema de multiplicadores adolescentes em Inclusão digital e cidadania, Conferência Ibero-Americana WWW/Internet, Murcia, Espanha. Vieira, P. V., Costa, A., Raabe, A. L. A. (2012) Um Estudo Comparativo sobre a Utilização dos Padrões Common Cartridge e SCORM no Ambiente, Conferência Latino-Americana de Objetos e Tecnologias de Aprendizagem, Guayaquil, Equador.