O PNCV e seus reflexos na segurança viária

Documentos relacionados
Diretrizes para elaboração do. Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Análise de Situação de Saúde


Elaboração do Plano de Mobilidade Urbana Segurança de Trânsito

Posto Integrado Automatizado de Fiscalização. 15 de setembro de 2015

Procedimento para a Implantação de Sinalização de Regulamentação de Velocidades nas Rodovias Estaduais

PROJETO HUMANIZAÇÃO DAS RODOVIAS CATARINENSES PROPOSTA DO GT RODOVIAS OESTE SC DO FUTURO

9 th ICTCT Extra Workshop Ribeirão Preto - Brasil

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE DISPOSITIVOS DE SINALIZAÇÃO VERTICAL E HORIZONTAL PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES: ESTUDO DE CASO DE INTERVENÇÕES NA RODOVIA MG

ETAPAS. 1. Contextualização; 2. Abrangência; 3. Pregão Nº 811/2012 DNIT; 4. TED Nº 290/2014 DNIT/COTER; 5. Situação Atual; 6.

DIRETORIA DE INFRA-ESTRUTURA RODOVIÁRIA - DIR COORDENAÇÃO-GERAL DE OPERAÇÕES RODOVIÁRIAS CGPERT/DIR. Brasília Setembro de 2008

LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO E LEGISLAÇÃO DE TRANSPORTES URBANOS (PARA O CARGO DE AUXILIAR DE FISCAL DE

COMISSÃO DE VIAÇÃO ETRANSPORTES PROJETO DE LEI Nº DE 2015.

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

CTB Material de apoio Professor Diego Alves.

Ciclo de Palestra da Engenharia Civil ocorrerá entre os dias 19 e 20 de abril de 2017 Qui, 09 de Março de :18

NT 254 FEVEREIRO 2017 MARGINAL SEGURA: AÇÕES OPERACIONAIS E DE ENGENHARIA

VIVA A SEGURANÇA NO TRÂNSITO DADOS DE ACIDENTALIDADE CAMPINAS 2018

DER/PR SRNORTE. Sinalização Horizontal de Curvas à Direita em Rodovias de Pistas Simples

Municipalizaçã o e integração ao Sistema Nacional de Trânsito

ENGENHARIA DE TRÁFEGO

João Paulo Cardoso Joaquim¹ e João Fortini Albano². ¹ Acadêmico de Engenharia Civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

ESTUDO DE CAPACIDADE. Fluxo Interrompido CAPACIDADE ~ FLUXO DE SATURAÇÃO S = fluxo de saturação (V eq /htv) para largura de via entre 5,5 e 18,0m

PRF intensifica a fiscalização de infrações fatais.

Segurança nas Rodovias e Força Centrífuga

Análise das Vias de Acesso ao Futuro Campus da UFU Monte Carmelo, MG.

O DESAFIO CATARINENSE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE E LOGÍSTICA

Aula 19. Segurança de trânsito (parte 1 de 4)

Medicina de Tráfego: conceitos, áreas de atuação e contribuição para segurança viária

A Importância do Planejamento para o DNIT. ANDRÉ MARTINS DE ARAÚJO Diretor de Planejamento e Pesquisa DPP/DNIT

BELÉM - PA. Medicina de Tráfego: conceitos, áreas de atuação e contribuição para segurança viária

BELÉM PA Medicina de Tráfego: conceitos, áreas de atuação e contribuição para segurança viária

Trechos com maior mortalidade nas rodovias federais brasileiras

PROJETO DE LEI Nº DE 2015.

trânsito seguro é um direito de todos e um dever dos órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito.

POR FAVOR, SEMPRE DESLIGUEM CELULARES e computadores!!!

INTRODUÇÃO AO IRAP Internacional Road Assessment Programme

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO

PROJETO DE LEI Nº 602, DE 2003

Gerenciamento Ativo de Tráfego: Avaliação das Condições Operacionais em Trecho de Uso do Acostamento como Faixa de Tráfego

04/09/2014. Curso de Engenharia Civil

Apresentação. 1. Introdução. 2. Metodologia. 3. Coleta de dados. 4. Análise dos dados. 5. Resultados. 6. Indicações

Para mim é sempre uma honra vir ao Congresso Nacional, lugar que frequentei durante alguns anos como senador.

SALVANDO VIDAS. A importância de reduzir limites de velocidade em áreas urbanas

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL INFRAESTRUTURA E GERÊNCIA VIÁRIA. Camila Belleza Maciel Barreto

NOTA TÉCNICA Nº 32/2017

GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO SF.CRETARIA DE ESTADO DE OBRAS FUNDAÇÃO DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM ASSESSORIA TÉCNICA JURÍDICA

VII ENCONTRO BIENAL DE LOGÍSTICA E CADEIAS DE VALOR E SUPRIMENTOS MACKENZIE

63ª Reunião do Fórum Paulista de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana

equipamentos eletrônicos de trânsito e segurança pública

Universidade Presbiteriana Mackenzie Escola de Engenharia Depto. de Engenharia Civil 1 0 semestre de Aula 2. Sinalização Viária

IV Workshop Rodovias Federais Região Central Alto Paraopeba BR 040, 265, 383, 482 e 499

57% das rodovias brasileiras apresentam problemas, constata Pesquisa da CNT

CTB 20 ANOS PROJETOS EXITOSOS. Fórum Nacional de Secretários e. Dirigentes Públicos de Mobilidade. Maio/ 2018

CT. FN MOBURB 004/2019 São Paulo/SP, 25 de Março de 2019.

Universidade Presbiteriana Mackenzie Escola de Engenharia Depto. de Engenharia Civil 1 0 semestre de Aula 7. Sinalização semafórica: definições

Plano de Curso. Nome do Curso Curso Direção Segura em Pontos Críticos para Motoristas de Ônibus

Educação para o Trânsito como Fator de Segurança. Rosely Fantoni

PROGRAMAS E INDICADORES DE SEGURANÇA VIÁRIA

Avaliação da Sinalização Viária através do Uso de Simulador de Direção

Plano de Curso. Curso Direção Segura em Pontos Críticos - Taxista

Palavras chave: acidente, análise, espacial, distribuição, trânsito.

Atropelamentos. Não seja mais uma vítima! Gestão Ambiental da nova BR-135. cartilha_atropelados.indd :39:04

Trechos com maior índice de periculosidade em acidentes envolvendo caminhões 2017

Análise e Soluções de Baixo Custo para Prevenção de Acidentes de Trânsito

CÂMARA PARA ASSUNTOS DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA DA FIESC 27/02/2013

ACIDENTES NAS RODOVIAS FEDERAIS BRASILEIRAS

Acidentes de Trânsito com Vítimas Fatais no RS. Fonte de dados: Sistema de Consultas Integradas - SSP

31/08/2014. Curso de Engenharia Civil

SEGURANÇA VIÁRIA EM TRECHOS URBANOS DE RODOVIAS FEDERAIS NO ESTADO DE SÃO PAULO, BRASIL. C. L. Carmo, A. A. Raia Junior

ATRIBUIÇÕES DA SECRETARIA MUNICIPAL DE INFRAESTRUTURA, TRANSPORTE E TRÂNSITO

RS 10: Projeto Bloomberg de Segurança no trânsito

00 29/06/2018 Julio Amorim Rev. Data Resp. Téc/Proj. Resp. Téc/Concess. ANTT Verificado. - ANTT Aprovado - ANTT

BRT Experiência no Rio de Janeiro. Eunice Horácio Gerente de Mobilidade Urbana

COMUNICAÇÕES TÉCNICAS 21º CONGRESSO BRASILEIRO DE TRANSPORTE E TRÂNSITO SÃO PAULO 28, 29 E 30 DE JUNHO DE 2017

MINISTÉRIO DAS CIDADES CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONTRAN DEPARTAMENTO NACIONAL DE TRÂNSITO - DENATRAN

AUTOPISTA FLUMINENSE Odílio Ferreira, Diretor Superintendente

Evolução das normas e regulamentos no setor automotivo: fatos e consequências. Daniel Bassoli Campos SGS do Brasil

Secretaria de Transportes e Trânsito

FÓRUM DE LOGÍSTICA INDUSTRIAL SITUAÇÃO DA INFRAESTRUTURA/RODOVIÁRIA E AQUAVIÁRIA NOVEMBRO/2017

PROJETO DE LEI DA CÂMARA Nº, DE 2006 ( Do Sr. José Roberto Arruda )

Aula 10 - Exercício. c) nesse trecho (200 m) deverão ser propostas duas lombadas, seguindo o exposto no item (a);

CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO

PEROTTO, Fabiana 2 ; BARROSO,Lidiane Bittencourt 3 ; WOLFF, Delmira Beatriz 4

2º treinamento de fiscalização do sistema CONFEA/CREAs 2015 Engenharia Industrial e as possibilidades de Fiscalização

V CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE SEGURIDAD VIAL 7, 8 e 9 de novembro de La Seguridad de los Usuarios Vulnerables

PLANO REGIONAL DE MOBILIDADE - PLANMOB ALTO VALE

Panorama do Ciclo 2017 de Levantamentos Caracterização Funcional de Rodovias Federais

DRG:CASES MARCELO T. CARNIELO

Plano Intermunicipal de Segurança Rodoviária da CIMLT 2020

AGENDA Grandes shows perto de você DICAS DE LEITURA E FILMES SUA DÚVIDA

Sistema de Transporte Inteligente de Pessoas - ITS- Distrito Federal

CURSO DE TREINAMENTO EM MEDICINA DE TRÁFEGO - 02 ANOS - BA

! Avaliar as rodovias brasileiras pavimentadas, identificando as condições em relação ao pavimento, sinalização e geometria viária

Dr. Renato Couto Camila Silveira Daniele Guedes Juliana Fantini Luna Consenza Viviane Gerken

IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA PELA NÃO EXPANSÃO DAS REDES SUBTERRÂNEAS DE METRO NA CIDADE DE SÃO PAULO

Departamento de Estradas de Rodagem

Brasília, 17 de setembro de 2009.

VIVA A SEGURANÇA NO TRÂNSITO EMDEC CAMPINAS 2018

Transcrição:

Workshop PNCV Programa Nacional de Controle Eletrônico de Velocidade O PNCV e seus reflexos na segurança viária Camila Belleza Maciel Barreto, M. Eng. Brasília, 12 de dezembro de 2014.

Cenário Atual 1,3 milhão de mortes por ano no trânsito (uma das principais causas de mortes no Brasil) (WHO, 2013); 20 a 50 milhões de pessoas feridas; 43 mil pessoas perderam suas vidas no trânsito no Brasil (MS, 2013).

1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Número de mortes O PNCV e seus reflexos na segurança viária 45.000 40.000 35.000 30.000 25.000 20.000 15.000 Ano

Figura 1 - Mapa da taxa de mortalidade no trânsito no mundo Fonte: Adaptado de WHO (2014)

Acidentes de Trânsito Segundo maior responsável por mortes por causas externas no país; Está entre as maiores causas de internação nos hospitais; Um dos principais problemas de saúde pública do país (MS, 2013).

Gestão de Segurança no Trânsito Infraestrutur a Viária Adequada Segurança Veicular Comportament o Segurança do Usuário Atendimento Pré- Hospitalar Hospitalar Pós- Hospitalar

Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020: Ações de fiscalização, educação, saúde, infraestrutura e segurança veicular, a curto, médio e longo prazo.

Averiguação dos fatores que contribuem para a ocorrência dos acidentes Essas medidas têm balizado as ações do DNIT Redução de acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras

Reduzir o número de acidentes PNCV Aumentar os níveis de segurança dos usuários das rodovias federais Reduzir a gravidade dos acidentes ocorridos

Resolução n 396/2011 Contran: Dispõe sobre requisitos técnicos mínimos para a fiscalização da velocidade de veículos automotores, reboques e semirreboques, conforme o Código de Trânsito Brasileiro: A - Estudo Técnico: instalação de instrumentos ou equipamentos medidores de velocidade do tipo fixo. B Estudo Técnico: monitoramento da eficácia dos instrumentos ou equipamentos medidores de velocidade do tipo fixo.

Resolução n 396/2011 Contran: ANEXO I Estudo Técnico A (Instalação): 6) N de Acidentes no Local (considerar-se um trecho de quinhentos metros antes e quinhentos metros depois do local); - Até 12 meses antes do início da fiscalização. 7) Potencial de Risco no Local: - Descrição dos fatores de risco; - Histórico descritivo das medidas de engenharia adotadas antes da instalação do equipamento.

Resolução n 396/2011 Contran: ANEXO I Estudo Técnico B (monitoramento): 6) N de Acidentes no Local (considerar-se um trecho de quinhentos metros antes e quinhentos metros depois do local): - Antes e depois o início da fiscalização, por 06 meses de igual período; - Antes do início da operação do equipamento (dados do estudo técnico do tipo A).

Estudo Técnico de Monitoramento da Eficácia (PNCV): Antes: S= 1xD+4xV+6xP+13xF Depois:

Estudo Técnico de Monitoramento da Eficácia (PNCV): Antes: Depois:

A velocidade é frequentemente um fator contribuinte dos acidentes, mas em alguns trechos específicos os acidentes estão mais relacionados com a variação da velocidade, do que com a velocidade propriamente dita; Trechos em obras; Trechos com deficiência na sinalização...

Resolução n 396/2011 Contran: ANEXO I Estudo Técnico B (monitoramento): 7) Potencial de Risco no Local: - Descrição dos fatores de risco; - Histórico descritivo das medidas de engenharia adotadas antes da instalação do equipamento.

Integração do Programas do DNIT, buscando reduzir ainda mais a quantidade e gravidade dos acidentes ocorridos em rodovias federais: Auditorias de Segurança Viária; Proposição de melhorias; Programas de Educação; BR-Legal e PNCV.

Obrigada! camila.maciel@labtrans.ufsc.br