Evolução das normas e regulamentos no setor automotivo: fatos e consequências. Daniel Bassoli Campos SGS do Brasil

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Juan Marroquim Bugalho
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1 Evolução das normas e regulamentos no setor automotivo: fatos e consequências Daniel Bassoli Campos SGS do Brasil São Paulo, 12 de Setembro de 2016

PORQUE EVOLUIR? 1. Legislação Aumento da frota: tráfego, investimentos. Redução de impactos ambientais. Redução acidentes: infraestrutura viária, sinalização, fiscalização. 2.

2 PORQUE EVOLUIR? 1. Legislação Aumento da frota: tráfego, investimentos. Redução de impactos ambientais. Redução acidentes: infraestrutura viária, sinalização, fiscalização. 2. Competitividade da indústria Menores TTM: projeto, processo. Novas tecnologias: maior eficiência, evolução da performance, menores custos. Globalização: harmonização de regulamentação (WP29), unificação plataformas. 3. Requisitos dos clientes Design, preço. Conforto e segurança. Maior conectividade e conveniência. Maior performance e menor consumo de combustível.

3 CONTRAN: ÓRGÃO REGULAMENTADOR PARA REQUISITOS TÉCNICOS OBRIGATÓRIOS Fonte: Denatran. Seminário Segurança Veicular AEA, 2013.

4 CASE ESC ELECTRONIC STABILITY CONTROL A aplicação do ESC nos veículos reduz riscos de acidentes de trânsito, segundo estudos de diversos países e entidades, com respectivas premissas. *RES CONTRAN 567/15 Fonte: compilação Bosch, CT Segurança Veicular AEA.

5 CASE ESC ELECTRONIC STABILITY CONTROL Porém... Falta de manutenção pode comprometer o funcionamento de sistemas de segurança. Variáveis que podem comprometer a eficácia do sistema: Pneus: gastos, com pressão incorreta ou inadequados Suspensão: alterada ou danificada Distribuição de carga: sobrepeso ou distribuição inadequada

6 SEM MANUTENÇÃO, NÃO HÁ REGULAMENTAÇÃO OU NORMA QUE SEJA EFETIVA NO TEMPO......AUMENTANDO RISCOS DE ACIDENTES E EMISSÕES ATMOSFÉRICAS. Imagens da internet, meramente ilustrativas

CICLO DE VIDA VEICULAR Conceito e projeto Fabricação e venda Pós vendas em garantia Utilização e manutenção Descarte PROCESSO CONSOLIDADO PROCESSO INCIPIENTE No período de garantia: maior

7 CICLO DE VIDA VEICULAR Conceito e projeto Fabricação e venda Pós vendas em garantia Utilização e manutenção Descarte PROCESSO CONSOLIDADO PROCESSO INCIPIENTE No período de garantia: maior probabilidade de realização de manutenção preventiva. Veículo sem garantia, maior probabilidade de necessitar manutenção corretiva. Falhas mecânicas: acidentes e quebras em vias públicas. Emissões excessivas de poluentes. Descarte inapropriado (poluição, contaminação, reaproveitamento inadequado de componentes, fomento ao roubo para mercado paralelo, etc.) Manutenção inadequada: baixa capacitação e infraestrutura despreparada, escassa. Utilização de componentes paralelos na reposição.

8 AS FERRAMENTAS PARA REDUÇÃO DE ACIDENTES Decade of action for road safety (WHO): Gestão da segurança viária 2. Melhoramento da infraestrutura viária 3. Veículos mais seguros 4. Comportamento: educação no trânsito e fiscalização 5. Ações após o acidente Inspeção técnica veicular, de segurança e emissões, é ferramenta essencial para diagnóstico da frota e promoção da sua manutenção

9 PROGRAMAS DE INSPEÇÃO/MANUTENÇÃO PROLONGAM A VIDA DE UM COMPONENTE I M A manutenção bem executada faz com que o componente se comporte conforme o seu propósito. A inspeção/fiscalização garante que a manutenção seja executada.

10 Mais de 40 países possuem programas de inspeção periódica da frota: Segurança veicular+emissões OU Emissões: frotas com baixos níveis de acidentes.

11 O PROCESSO TRADICIONAL PARA ITV Automatizado e controlado Rápido e confiável minutos

para controle do inspetor. Preço conforme mercado de livre concorrência. Fiscalização pelo governo e concorrência.

12 CASE: O PROGRAMA DE INSPEÇÃO EM SANTIAGO DO CHILE 31 plantas para veículos de passeio,ônibus, taxis e caminhões. Exigências técnicas para maior confiabilidade e agilidade para o cliente, como: agendamento on-line, filmagem da operação, cartão para controle do inspetor. Preço conforme mercado de livre concorrência. Fiscalização pelo governo e concorrência. Procedimentos de inspeção e critérios técnicos definidos pelo Governo. Cerca de 400 inspeções/dia por planta, podendo chegar a 1000/dia, em empresa com 5 linhas.

DÉCADA DE AÇÃO PARA SEGURANÇA VIÁRIA DA ONU: 2011-2020. O QUE SERÁ FEITO NO BRASIL?

106. Desde então, somente as inspeções em veículos modificados, com GNV,

representando menos de 3% da frota brasileira de automóveis.

13 DÉCADA DE AÇÃO PARA SEGURANÇA VIÁRIA DA ONU: O QUE SERÁ FEITO NO BRASIL? A inspeção veicular brasileira foi instituída no CTB, em 1997, pelos artigos 104 e 106. Desde então, somente as inspeções em veículos modificados, com GNV, recuperados de sinistro e de fabricação artesanal foram regulamentadas, representando menos de 3% da frota brasileira de automóveis. Em 2009, as inspeções periódicas de emissões foram regulamentadas pela RES CONAMA 418, mas pouco se avançou. Apesar do cenário desfavorável quanto à acidentes de trânsito e falta de informações sobre o estado da frota, não há previsão de execução do programa de Inspeção Técnica Veicular.

SEGURANÇA VIÁRIA E EMISSÕES NO BRASIL: QUESTÕES PARA AVALIAR Estado da frota desconhecido: riscos de acidente por falhas mecânicas, necessidade de descarte dos veículos?

14 SEGURANÇA VIÁRIA E EMISSÕES NO BRASIL: QUESTÕES PARA AVALIAR Estado da frota desconhecido: riscos de acidente por falhas mecânicas, necessidade de descarte dos veículos? Estima-se mais de 10% devido a falhas mecânicas. Altos índices de acidentes nas vias de circulação pública: mais de 22 mortes por habitantes/ano. Não há estatísticas confiáveis. Altos custos gerados por acidentes: ~R$40 bilhões/ano (IPEA). Inexistência de regras claras para renovação da frota, descarte, reciclagem, remanufatura, etc. Estrutura de manutenção veicular deficitária.

15 ATÉ QUANDO?

16 OBRIGADO!

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