Prof. Me. Alexandre Correia Rocha www.professoralexandrerocha.com.br alexandre.personal@hotmail.com Docência Personal Trainer Exercício e CORONARIOPATA 1
DEFINIÇÃO CORONARIOPATIA? Patologia associada à alterações degenerativas da íntima ou do revestimento interno das artérias mais calibrosas que irrigam o miocárdio. McArdlle, 2003. ANATOMIA ARTÉRIA CORONÁRIA ESQUERDA 2
ANATOMIA ARTÉRIA CORONÁRIA DIREITA ATEROSCLEROSE DEFINIÇÃO: Doença inflamatória crônica de origem multifatorial que ocorre em resposta à agressão endotelial, acometendo principalmente a camada íntima de artérias de médio e grande calibre ¹. Disfunção Endotelial ¹ Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Vol 88, 2007. 3
PLACA DE ATEROMA É constituída por elementos celulares, componentes da matriz extracelular do tecido conjuntivo (colágeno, fibras de elastinas) e núcleo lipídico, levando a oclusão parcial ou total da luz do vaso ¹. Placa de ateroma ¹ Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Vol 88, 2007. PLACA DE ATEROMA ¹ Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Vol 88, 2007. 4
PLACA DE ATEROMA Localiza-se, preferencialmente na aorta abdominal, nas artérias coronárias, no segmento arterial ilíofemoral poplítea e na região encefálica carótidas internas Placa de ateroma ¹ Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Vol 88, 2007. HISTÓRICO DA ATEROGÊNESE Duas teorias históricas Proliferação celular na íntima como reação a entrada de proteínas e lipídios. Espessamento da íntima por crescimentos repetidos de trombos murais. Hoje, a hipótese de resposta a lesão considera a aterosclerose como uma resposta inflamatória crônica da parede arterial iniciada por lesão endotelial. 5
PRINCIPAIS CAUSAS Principais causas das lesões vasculares Anormalidade metabólica: Diabetes Mellitus; Anormalidade nutricional: Hiperlipidemias; Forças mecânicas: Hipertensão arterial; Toxinas exógenas: Tabaco Proteínas anormais: Glicolisadas (DM) Genética: Homocisteína (aminoácido que quando em grandes quantidades provoca o endurecimento prematuro das artérias. PRINCIPAIS CAUSAS 6
LIPOPROTEÍNAS As lipoproteínas permitem a solubilização e transporte dos lipídios. São compostas de lípides e proteínas denominadas apolipoproteínas (apos) ¹. ATEROGÊNICOS Adesão às paredes das artérias Quilomícron Intestino Fígado Tecido adiposo VLDL Produzida no fígado IDL? LDL Fígado VLDL LDL HDL Produzido no fígado e intestino ANTIATEROGÊNICO Antioxidante e anti-inflamatório; Antiagregante plaquetário e anticoagulante; Protetor endotelial. ¹ McArdle, 2003. LIPOPROTEÍNAS 7
RECOMENDAÇÕES ¹ Third Report of the National Cholesterol Education Program, 2002. FORMAÇÃO DO ATEROMA Fatores de risco agem sobre o endotélio vascular Permeabilidade; Aderência de leucócitos Anticoagulantes; e plaquetas; Pró coagulantes; Moléculas vasoativas; Citosinas; Fatores de crescimento ESTADO INFLAMATÓRIO 8
FORMAÇÃO DO ATEROMA FORMAÇÃO DO ATEROMA 9
FORMAÇÃO DO ATEROMA FORMAÇÃO DO ATEROMA 10
FORMAÇÃO DO ATEROMA Evolução saudável sub-clínica sintomático Instabilização Modelo Convencional Luz Intima Media Placa Modelo Atual SINTOMAS INDIVÍDUO SEDENTÁRIO REPOUSO AUMENTO DA DEMANDA ± 70% ± 70% Assintomático. Obstrução passa a ser importante; Falta sangue para o coração; Isquemia; Alterações eletrocardiográficas. 11
SINTOMAS VERTIGEM: Tontura ²; ANGINA: Dor no peito ²; DISPNÉIA: Sensação de desconforto respiratório ²; SÍNCOPE: Breve perda da consciência ²; CANSAÇO: Débito cardíaco prejudicado ³; INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: Hipóxia ²; ISQUEMIA MIOCÁRDICA: do fluxo sangüíneo para o miocárdio e conseqüente privação de oxigênio ²; INFARTO DO MIOCÁRDIO: É quando o suprimento sangüíneo a uma parte do miocárdio é grave ou totalmente restringido ¹. MORTE ¹ Wilmore and Costill, 2001. ² World Health Organization Europa, 2006. ³ McArdle, 2003. CIRÚRGICA e MEDICAMENTOSA Angioplastia - aplicação de stent ²; Revascularização ²; Revascularização transmiocárdica a laser ²; Terapia Gênica: estratégia terapêutica para a revascularização de tecidos hipoperfundidos mediante uso de fatores de crescimento (angiogênese terapêutica) ². Agentes hipolipemiantes ²; Antiagregante plaquetário (aspirina) ²; Derivados tienopiridínicos (alternativa à completa intolerância à aspirina) ²; Anticoagulantes (alternativa à completa intolerância à aspirina) ²; Infusão intravenosa de HDL ou apoa-i (em estudo) ¹. NÃO MEDICAMENTOSA Exercício físico regular. ¹ Jama, november 5, vol 290, nº17, 2003. ² Arquivos Brasileiros de Cardiologia, vol 83, supl II, 2004. 12
ANGIOPLASTIA REVASCULARIZAÇÃO 13
EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS TR: 65% CMD Cadeira ext. e Leg press 2 X 12, 15 e 20 Rep. Int: 30 entre as séries BOG: > 16 EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS 14
EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS 15
EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS INDIVÍDUO ATIVO ± 70% ± 50% Obstrução de 70%. Obstrução de 50%; a luz do vaso (vasodilatação); Maior ativação endógena do Óxido Nítrico (Shear Stress). EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS ANGIOGÊNESE: formação de novos vasos ¹; Fator de Crescimento Vascular Endotelial (VEGF) é o maior responsável pela cascata de acontecimentos da angiogênese ¹; O exercício induz o aumento da densidade capilar do miocárdio ¹. ¹ Corte transverso do ventrículo esquerdo Sedentário jovem Sedentário idoso Idoso treinado 100 μm ¹ Am Physiol Heart Circ Physiol, 291: H1290 H1298, 2006. 16
EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS Formação capilar Diâmetro capilar Densidade capilar Reserva de transporte coronariana 17
EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS EFEITOS DO EXERCÍCIO dos níveis plasmáticos de HDL-C ¹ ²; Oxido Nítrico Densidade de Capilar LDL-C ¹ ²; Triglicerídeos ²; Colesterol total ²; Pressão arterial ² ³; Gordura corporal ² ³. ¹ Circulation, 113:2642-2650, 2006. ² Arquivos Brasileiros de Cardiologia, Vol 88, 2007. ³ V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, 2006. 18
EXERCÍCIO X CORONARIOPATAS TESTE ERGOMÉTRICO MÁXIMO EXERCÍCIO AERÓBIO Teste de Esforço Cardiorrespiratório Avaliação Clínica - Função Cardíaca Isquemia e lesão do miocárdio 19
EXERCÍCIO AERÓBIO Teste de Esforço Cardiorrespiratório Avaliação Clínica - Função Cardíaca Alteração Clássica do ECG Depressão do segmento ST 2 mm ou; Inclinação descendente de 80 milissegundos após o ponto J Manifestação mais comum de isquemia do miocárdio induzida pelo exercício. ACSM, 1998 e 2007 EXERCÍCIO AERÓBIO ECG Normal Alteração Clássica do ECG QRS = Início da contração ventricular Onda P = Contração artrial Segmento ST = pausa pós o complexo QRS, seguida pela onda T Onda T = Repolarização ventricular 20
EXERCÍCIO AERÓBIO Alteração Clássica do ECG Normal Infradesnível horizontal de 2mm Infradesnível descendente de 2mm Supradesnível QRS = Início da contração ventricular Onda P = Contração artrial Segmento ST = pausa pós o complexo QRS, seguida pela onda T Onda T = Repolarização ventricular EXERCÍCIO AERÓBIO TESTE ERGOMÉTRICO MÁXIMO 21
EXERCÍCIO AERÓBIO TESTE ERGOMÉTRICO MÁXIMO EXERCÍCIO AERÓBIO TESTE ERGOMÉTRICO MÁXIMO 22
EXERCÍCIO AERÓBIO TESTE ERGOMÉTRICO MÁXIMO TESTE ERGOMÉTRICO MÁXIMO 23
Prescrição do exercício Sinais de isquemia e fadiga Prescrição do exercício TESTE POSITIVO: Utilizar como referência o limiar de isquemia: 10 bpm Trabalhar acima do limiar isquêmico aumenta o risco de complicações cardiovasculares. TESTE POSITIVO EXEMPLO ISQUEMIA: 125 bpm EXERCÍCIO: até 115 bpm SEM REALIZAR O TESTE: Trabalhar até 20 bpm acima do repouso. ACSM, 2003. 24
Consumo de O 2 do miocárdio 17/08/2014 EXERCÍCIO AERÓBIO EFEITO CRÔNICO DO EXERCÍCIO Pré-treino Pós-treino Limiar de angina Intensidade de exercício 25
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Coronariopata - Assintomático RECOMENDAÇÕES FREQUÊNCIA: maioria dos dias da semana ou todos; VOLUME: 30 minutos contínuos ou intermitentes (3 X 10 min); INTENSIDADE: moderada (40 60% do VO² Máx); Podendo chegar até a 85% VO²max EXEMPLO TESTE NEGATIVO TESTE ERGOMÉTRICO PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO (FC de reserva) Idade: 32 anos FC rep: 83 bpm VO² Pico: 48.6 ml/kg/min Aptidão Cardio: Boa FC Máx: 163 bpm FC alvo = [(FC Máx FC rep) x % inten] + FC rep FC 40% = [(163 83) x 0,4] + 83 FC 40% = 115 bpm Zona alvo de treinamento FC 60% = 131 bpm ACSM, 2003; AHA, 2002. 27
EXERCÍCIO AERÓBIO Intensidade: 11 á 13 de BORG Correspondente: 40 a 60%VO²máx EXERCÍCIO DE FORÇA FREQÜÊNCIA SEMANAL: 2 a 3 X por semana; NÚMERO DE EXERCÍCIOS: 8 a 10; SÉRIES: 1 a 3; REPETIÇÕES: 8 a 12; INTERVALO: 2 a 3 minutos; INTENSIDADE: Fadiga moderada. ACSM, 2003. Guedes, Souza Jr e Rocha, 2008. 28