LUDENS 2011: jogos e brincadeiras na matemática i. Palavras-chaves: lúdico na matemática, jogo, ensino da matemática.



Documentos relacionados
PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

FORMAÇÃO DE PROFESSORES EM LOGO: APRENDIZAGEM DE PROGRAMAÇÃO E GEOMETRIA * 1. COSTA, Igor de Oliveira 1, TEIXEIRA JÚNIOR, Waine 2

O olhar do professor das séries iniciais sobre o trabalho com situações problemas em sala de aula

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID

UMA PROPOSTA PARA O ENSINO-APRENDIZAGEM DE INTERVALOS REAIS POR MEIO DE JOGOS

INTEGRAÇÃO DE MÍDIAS E A RECONSTRUÇÃO DA PRÁTICA PEDAGÓGICA

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES 1

GUIA DE SUGESTÕES DE AÇÕES PARA IMPLEMENTAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PROGRAMA DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA E ENSINO DE FÍSICA E AS NOVAS TECNOLOGIAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A EXPLORAÇÃO DE SITUAÇÕES -PROBLEMA NA INTRODUÇÃO DO ESTUDO DE FRAÇÕES. GT 01 - Educação Matemática nos Anos Iniciais e Ensino Fundamental

Um espaço colaborativo de formação continuada de professores de Matemática: Reflexões acerca de atividades com o GeoGebra

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS SÓCIO-ECONÔMICAS E HUMANAS DE ANÁPOLIS

A inserção de jogos e tecnologias no ensino da matemática

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

A MATEMÁTICA ATRÁVES DE JOGOS E BRINCADEIRAS: UMA PROPOSTA PARA ALUNOS DE 5º SÉRIES

GÊNEROS TEXTUAIS E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: UM BREVE ESTUDO

O ENSINO DA MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS ATRAVÉS DA UTILIZAÇÃO DE JOGOS EM SALA DE AULA E DE UM OLHAR SENSÍVEL DO PROFESSOR

A EXTENSÃO EM MATEMÁTICA: UMA PRÁTICA DESENVOLVIDA NA COMUNIDADE ESCOLAR. GT 05 Educação Matemática: tecnologias informáticas e educação à distância

Projeto recuperação paralela Escola Otávio

ASSESSORIA PEDAGÓGICA PORTFÓLIO DE PALESTRAS E OFICINAS

Plano de Ensino Docente

CONCREGAÇÃO DAS IRMÃS MISSIONÁRIAS DA IMACULADA CONCEIÇÃO COLÉGIO SANTA CLARA PROJETO MATEMATICANDO: BRINCANDO TAMBÉM SE APRENDE

VII E P A E M Encontro Paraense de Educação Matemática Cultura e Educação Matemática na Amazônia

JOGOS ELETRÔNICOS CONTRIBUINDO NO ENSINO APRENDIZAGEM DE CONCEITOS MATEMÁTICOS NAS SÉRIES INICIAIS

Um mundo de formas do concreto ao abstrato

RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO DE EXTENSÃO PRÁTICA DE ENSINO E FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES

UM RETRATO DAS MUITAS DIFICULDADES DO COTIDIANO DOS EDUCADORES

PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO PARA TUTORES - PCAT

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

PLANTANDO NOVAS SEMENTES NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

INTERPRETANDO A GEOMETRIA DE RODAS DE UM CARRO: UMA EXPERIÊNCIA COM MODELAGEM MATEMÁTICA

Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

A IMPORTÂNCIA DO LÚDICO NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS NOS ANOS INICIAIS RESUMO

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

REFLEXÕES SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO EM UM CURSO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE MATEMÁTICA A DISTÂNCIA

ESCOLA ESTADUAL IRMAN RIBEIRO DE ALMEIDA SILVA LUCIENE MARIA DA SILVA OLIVEIRA NÚMEROS INTEIROS UMA NOVA MANEIRA DE CONSTRUIR CONCEITOS OPERATÓRIOS

FORMAÇÃO CONTINUADA CAMINHOS PARA O ENSINO

O ENSINO FUNDAMENTAL DE 9 ANOS: CONTRIBUIÇÕES PARA UM DEBATE

Colégio Casimiro de Abreu Sistema Dom Bosco de ensino

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens

O AMBIENTE MOTIVADOR E A UTILIZAÇÃO DE JOGOS COMO RECURSO PEDAGÓGICO PARA O ENSINO DE MATEMÁTICA

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO

A EDUCAÇAO INFANTIL DA MATEMÁTICA COM A LUDICIDADE EM SALA DE AULA

COORDENADORA: Profa. Herica Maria Castro dos Santos Paixão. Mestre em Letras (Literatura, Artes e Cultura Regional)

A formação do licenciado em matemática

Núcleo de Educação Infantil Solarium

Guia do professor. Introdução

OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS

ALFABETIZAÇÃO DE ESTUDANTES SURDOS: UMA ANÁLISE DE ATIVIDADES DO ENSINO REGULAR

Instrumento para revisão do Projeto Político Pedagógico

Empresa Júnior como espaço de aprendizagem: uma análise da integração teoria/prática. Comunicação Oral Relato de Experiência

A ORALIZAÇÃO COMO MANIFESTAÇÃO LITERÁRIA EM SALA DE AULA

PROPOSTA PEDAGOGICA CENETEC Educação Profissional. Índice Sistemático. Capitulo I Da apresentação Capitulo II

PROJETO CONVIVÊNCIA E VALORES

Projeto de Redesenho Curricular

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

Pedagogia. Comunicação matemática e resolução de problemas. PCNs, RCNEI e a resolução de problemas. Comunicação matemática

ESPAÇO INCLUSIVO Coordenação Geral Profa. Dra. Roberta Puccetti Coordenação Do Projeto Profa. Espa. Susy Mary Vieira Ferraz RESUMO

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO

XI Encontro de Iniciação à Docência

OS JOGOS E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE LÌNGUA ESTRANGEIRA

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

O uso de jogos no ensino da Matemática

Faculdade de Educação de Alta Floresta FEAFLOR

Faculdade de Direito Ipatinga Núcleo de Investigação Científica e Extensão NICE Coordenadoria de Extensão. Identificação da Ação Proposta

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual

VENCENDO DESAFIOS NA ESCOLA BÁSICA... O PROJETO DE OFICINAS DE MATEMATICA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Orientações para a elaboração do projeto escolar

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um

Sua Escola, Nossa Escola

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

INSTITUTO SINGULARIDADES CURSO PEDAGOGIA MATRIZ CURRICULAR POR ANO E SEMESTRE DE CURSO

APRESENTAÇÃO DE AÇÃO DE FORMAÇÃO NAS MODALIDADES DE ESTÁGIO, PROJETO, OFICINA DE FORMAÇÃO E CÍRCULO DE ESTUDOS

Investindo em Novos Talentos da Rede de Educação Pública para Inclusão Social e Desenvolvimento da Cultura Científica em Três lagoas - MS

FATORES PARA A INCLUSÃO NO MERCADO DE TRABALHO: EDUCAÇÃO, CIDADANIA E DESENVOLVIMENTO DAS QUALIDADES PESSOAIS

JOGO DAS FICHAS COLORIDAS

O USO DE SOFTWARES EDUCATIVOS: E as suas contribuições no processo de ensino e aprendizagem de uma aluna com Síndrome de Down

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Educação de qualidade ao seu alcance SUBPROJETO: PEDAGOGIA

O JOGO NO ENSINO DE POTÊNCIAS DE NÚMEROS INTEIROS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

A IMPORTÂNCIA DO USO DO LABORATÓRIO DE GEOMETRIA NA FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

SUPERANDO TRAUMAS EM MATEMÁTICA

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO-CURRICULAR, ORGANIZAÇÃO ESCOLAR E DOS PLANOS DE ENSINO 1

Capitão Tormenta e Paco em Estações do Ano

FUNÇÕES POLINOMIAIS DO SEGUNDO GRAU MEDIADOS PELO SOFTWARE GEOGEBRA NA PERSPECTIVA DOS REGISTROS DE REPRESENTAÇÃO SEMIÓTICA

EXPLORANDO ALGUMAS IDEIAS CENTRAIS DO PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS ENSINO MÉDIO. Giovani Cammarota

POLÍTICAS PÚBLICAS PARA AS ALTAS HABILIDADES / SUPERDOTAÇÃO. Secretaria de Educação Especial/ MEC

OFICINAS CORPORAIS, JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS - UMA INTERVENÇÃO COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES EM SITUAÇÃO DE RISCO

Transcrição:

LUDENS 2011: jogos e brincadeiras na matemática i Palavras-chaves: lúdico na matemática, jogo, ensino da matemática. Justificativa A Matemática faz parte do cotidiano das pessoas. Nas diversas atividades humanas, dificilmente encontra-se alguma dessas atividades em que não seja necessário codificar, quantificar, analisar, contar, interpretar, ordenar, generalizar e estabelecer relações. Essas características também estão presentes no conhecimento matemático e o credenciam como um dos principais recursos necessários para a análise, interpretação de fenômenos e de informações recebidas e vivenciadas pelo indivíduo no meio no qual ele está inserido. Embora esteja presente no cotidiano das pessoas, a Matemática tem sido abordada nas escolas, com raras exceções, com ênfase no simbolismo e na lógica matemática, cuja origem remonta a virada do século vinte, quando tomou forma em âmbito mundial, a Matemática Moderna, a qual o Brasil tomou-a como foco para o ensino da Matemática nas escolas, seguindo a tendência mundial da época. Nos dias atuais já se percebe uma mudança no ensino da Matemática, porém, ainda prevalece, na maioria das escolas, um ensino centrado no formalismo, no rigor das demonstrações e nas aulas expositivas. Essa forma de abordar o conhecimento matemático tem contribuído para que uma parte significativa dos educandos continue a desenvolver uma aversão ao estudo da Matemática. Resgatar a alegria do aluno percebendo-se capaz de compreender, aprender e a utilizar a Matemática não apenas na escola, mas também no seu cotidiano, é um dos grandes desafios enfrentado pelo ensino dessa disciplina nas escolas de hoje. Tal ação requer mudanças profundas e significativas que vão desde a formação do professor e nos currículos desenvolvidos nas escolas até as implicações nas políticas para a educação. Neste processo, a postura e ação dos professores de matemática são fundamentais para desenvolver e implementar ações efetivas capazes de modificar a relação conflituosa dos alunos com a matemática. Lucas. Resumo revisado pelo Coordenador da Ação de Extensão e Cultura, código CEPAE 115, Prof. Marcello

Exibir o conhecimento matemático de um modo diferente da sala de aula, que não seja centrado no formalismo da sua linguagem característica e das demonstrações para contextualizá-lo através de jogos e brincadeiras que abordam o conhecimento matemático por meio de atividades lúdicas, é um dos caminhos para estimular os alunos a fazerem uso desse raciocínio contextualizado para falar da matemática, ajudando-os [...] a reduzir a complexidade da representação simbólica 1 [...] (JANVIER, apud MOYSÉS, 1997, p. 78), uma vez que, eles poderão utilizar outras linguagens para expressar sua compreensão sobre o conteúdo matemático favorecendo, num primeiro momento, irem [...] diretamente às relações fundamentais, simplificando ou dispensando, muitas vezes, a recorrência a fórmulas algébricas [...] (MOYSÉS, 1997, p.78) favorecendo a compreensão dos conceitos envolvidos, uma vez que, [...] possuir representações de conceitos e procedimentos é tão importante quanto possuir as habilidades e condições necessárias para o seu uso num contexto determinado (GÓMEZ-GRANELL, 1998, p.275). Ao fazer o uso de jogos e brincadeiras para a abordagem do conhecimento matemático possibilita que o aluno se aproxime desse conhecimento de uma forma que lhe permite explicitar mais facilmente a semântica 2 da operação e assim construir uma representação mental interna da mesma (GÓMEZ-GRANELL, 1998, p.276), tornando-o mais capaz de explicar as relações e transformações relacionadas ao conhecimento contido na atividade. Desse modo, tais atividades podem contribuir para o entendimento e a aprendizagem da matemática e assim, modificar a postura dos alunos frente à abordagem dos aspectos sintáticos 3 do conteúdo matemático gerando condições favoráveis para a construção do conhecimento matemático do aluno. Outro aspecto importante ao fazer uso dos jogos e brincadeiras para a aproximação do conhecimento matemático reside na possibilidade de lançar mão da 1 Tal redução é compreendida no sentido de diminuir a distância da compreensão do aluno e a complexidade da linguagem. 2 Num sistema linguístico, o componente do sentido das palavras e da interpretação das sentenças e dos enunciados; o significado das palavras, por oposição à sua forma; estudo da linguagem humana do ponto de vista do significado das palavras e dos enunciados. 3 Parte da semiótica que trata da combinação dos signos entre si, que se interessam especificamente pelas relações entre os signos Parte da estrutura gramatical de uma língua que contém as regras relativas à combinação das palavras em unidades maiores (como as orações), e as relações existentes entre as palavras dentro dessas unidades; parte da gramática que estuda estas relações.

característica presente no desenvolvimento humano, uma vez que, desde a antiguidade, os jogos constituíram uma forma de atividade inerente ao ser humano (ALMEIDA, 1987, p.15), pois, desde daquela época, os jogos e brincadeiras deixavam de assumir apenas o lado restrito do divertimento e do prazer para se constituir numa preparação a sobrevivência. Assim, como recurso didático para motivar o estudo da matemática os jogos e as brincadeiras auxiliam, enriquecem a incorporação desse conhecimento sem fazê-las perder a satisfação ou prazer de realizar e buscar esse conhecimento (ALMEIDA, 1987, P.38). O projeto Ludens: jogos e brincadeiras na matemática foi pensado e é desenvolvido com o propósito de se consolidar como uma ação efetiva capaz de criar as condições favoráveis para que os alunos vivenciem situações potenciais de lhes mostrar outra forma de abordar e discutir o conhecimento matemático sem ficar restrito ao formalismo e simbolismo característicos da Matemática. Objetivos Estimular a curiosidade, o espírito de investigação e o interesse pela Matemática através de jogos e brincadeiras educativas, Possibilitar a interação da comunidade do CEPAE e das escolas vizinhas com o conhecimento matemático, abordando-o por meio de jogos e brincadeiras. Promover a cultura de relacionar a Matemática e seu ensino com atividades lúdicas capazes de facilitar a compreensão de todos; Promover a cultura do jogo e da brincadeira como recursos didáticos, integrando-os ao ambiente escolar e ao ensino da Matemática. Metodologia O Projeto LUDENS 2011: jogos e brincadeiras na matemática têm como propósito contribuir para despertar no jovem aprendiz, o interesse pela Matemática e por seu estudo. Caracteriza-se por oficinas ministradas por professores do CEPAE e convidados, nas quais o conhecimento matemático é abordado e discutido por meio de atividades lúdicas fazendo uso de jogos e brincadeiras que desafiam e instigam a investigação e a discussão desse conhecimento.

O público alvo desse projeto são os alunos e seus respectivos responsáveis legais que cursam a partir da segunda fase do Ensino Fundamental e do Ensino Médio no CEPAE e nas escolas vizinhas. As oficinas são planejadas e desenvolvidas de modo a abordar o conhecimento matemático por meio de atividades lúdicas que instigam a investigação, o interesse e o desafio com vistas a incentivar e motivar o aluno a estudar e aprender Matemática. O evento ocorre anualmente numa manhã no período das 08h às 11h 30m em horário extraclasse. Nesse período cada participante pode participar de até duas oficinas diferentes com duração de 01h e 30m cada. Há um intervalo de 30min, as 09h30min, e os trabalhos reinicia às 10h00min com término às 11h30min. As oficinas acontecem simultaneamente e conta com, no máximo, de 30 participantes que se inscrevem gratuitamente e de forma antecipada nas oficinas, através do site do evento, de acordo com seu interesse e independentemente de sua idade. Os participantes de cada oficina são organizados em postos, previamente preparados sob a coordenação de um ou mais professores. Cada posto tem uma atividade proposta, podendo se um jogo ou uma brincadeira que explora o conhecimento matemático. O espaço ocupado pelos postos de atividades corresponde aos prédios da 2ª Fase e Ensino Médio, pátio interno e as quadras poli esportivas do CEPAE. Resultados Esperados O Projeto Ludens está na sua terceira edição. Em cada uma delas há um aumento significativo de participantes. As avaliações das oficinas realizadas pelos participantes vêm confirmando a validade da proposta do evento. Ao propiciar condições para que o aluno explore o conhecimento matemático, a partir de atividades lúdicas que instigam a investigação e o desafio, aumenta as possibilidades de modificar a postura de recusa do aluno frente ao conhecimento matemático, para uma postura mais amena e favorável ao seu estudo, o que pode facilitar a aprendizagem e levar a construção desse conhecimento. Referência Bibliográfica

ALMEIDA, P. N. Educação Lúdica: técnicas e jogos pedagógicos. Edições Loyola, São Paulo, 1987. GÓMEZ-GRANELL, C. A aquisição da linguagem matemática: símbolo e significado. In. TEBEROSKY, A; TOLCHINSKY (org.) Além da alfabetização a aprendizagem fonológica, ortográfica, textual e matemática. São Paulo: Ática, 1998. HOUAISS, A. Et ali. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. MOYSÉS, L. Aplicações de Vygotsky à educação matemática. Campinas: Papirus, 1997. i LUCAS, Marcello. Professor CEPAE UFG mlucas@cepae.ufg.br SPINETTI, Karolina Oliveira Alves. Estagiaria IME UFG karolina_spinetti@hotmail.com