Contrato de Empréstimo 2549/OC-IR Programa Recuperação das Hidrelétricas Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho. Rio de Janeiro/FU, 2013



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Transcrição:

Contrato de Empréstimo 2549/OC-IR Programa Recuperação das Hidrelétricas Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho m Rio de Janeiro/FU, 2013

RELATÓRIO DOS AUDITORES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS BÁSICAS A: FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. PROGRAMA: Programa de Recuperação das Hidrelétricas de Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho Procedemos à auditoria da Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC), referente ao período de 22 de dezembro de 2011 a 31 de dezembro de 2012, do Demonstrativo de Investimentos Acumulados (DIA) em 31 de dezembro de 2012 e respectivas Notas Explicativas correspondentes ao Programa de Recuperação das Hidrelétricas de Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho, executado por FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A., parcialmente financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, por intermédio do Contrato de Empréstimo BID 2549/OC-BR e com aportes de contrapartida de FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S.A. Essas demonstrações financeiras são de responsabilidade da administração do Programa. Nossa responsabilidade é emitir um parecer sobre essas demonstrações financeiras, com base em nossa auditoria. 2. Realizamos nossa auditoria de acordo com as normas e procedimentos de auditora aplicáveis ao Serviço Público Federal, os quais são compatíveis com as Normas Internacionais de Auditoria, emitidas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC), e com as Guias de Relatórios Financeiros e Auditoria Externa de Operações Financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. Essas normas exigem que planejemos e realizemos a auditoria para obter uma certeza razoável de que as demonstrações financeiras estão isentas de erros significativos. Uma auditoria inclui o exame, sobre uma base seletiva, da evidência que respalda os valores e as informações contidas nas demonstrações financeiras. Uma auditoria inclui a avaliação tanto dos princípios de contabilidade utilizados e das estimativas contábeis significativas feitas pela administração do Programa, quanto a apresentação, em conjunto, das demonstrações financeiras. Consideramos que nossa auditoria oferece uma base razoável para nosso parecer. 3. Conforme descrito no Item 2 das Notas Explicativas, o Demonstrativo de Fluxo de Caixa (DFC) e o Demonstrativo de Investimentos Acumulados (DIA), foi elaborado com base no método de fundos (caixa), que é uma base contábil diferente daquela dos princípios de contabilidade geralmente aceitos. O Demonstrativo de Investimento foi elaborado tendo por base as justificativas de gastos submetidas ao Banco até o encerramento do exercício de 2012. 4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima mencionadas refletem, razoavelmente, em todos os seus aspectos importantes, a conversão dos valores executados em moeda nacional para Dólares dos Estados Unidos, os fundos recebidos, os desembolsos efetuados no período encerrado em 31 de dezembro de 2012, bem como os investimentos acumulados do Programa de Recuperação das Hidrelétricas de Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho em 31 de dezembro de 2012, em conformidade com as políticas contábeis descritas no Item 2 das Notas Explicativas e

com os termos do Contrato de Empréstimo nº 2549/OC-BR do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Rio de Janeiro, 20 de MARÇO de 2013.

1 de 10 PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO SECRETARIA FEDERAL DE CONTROLE INTERNO RELATÓRIO Nº : 201217349 UCI 170130 : CONTROLADORIA REGIONAL DA UNIÃO NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO EXERCÍCIO : 2012 PROCESSO Nº : UNIDADE AUDITADA : FURNAS CENTRAIS ELETRICAS S/A CÓDIGO : 910811 CIDADE : Rio de Janeiro UF : RJ RELATÓRIO DE AUDITORIA I - INTRODUÇÃO Em atendimento à determinação contida na Ordem de Serviço nº 201217349, e consoante o estabelecido na Seção VII do Capítulo VII da Instrução Normativa SFC nº 01, de 06/04/2001, apresentamos os resultados dos exames realizados na gestão do Programa de Recuperação das Hidrelétricas de Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho, parcialmente financiado com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento - BID, por intermédio do Contrato de Empréstimo BID 2549/OC-BR, executado sob a responsabilidade da Furnas Centrais Elétricas, durante o exercício encerrado em 31 de dezembro de 2012. II ESCOPO DO TRABALHO Os trabalhos de auditoria foram realizados na sede da Unidade Executora, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, no período de 21/01/2013 a 15/02/2013, em estrita observância às normas de auditoria aplicáveis ao Serviço Público Federal, as quais são compatíveis com as Normas Internacionais de Auditoria (NIA), aprovadas pela Federação Internacional de Contadores (IFAC), tendo como objetivo verificar: a) a execução do Projeto em confronto com as metas estabelecidas no plano de trabalho; b) a adequabilidade dos controles internos contábeis, financeiros, patrimoniais e administrativos mantidos pela coordenação do projeto; c) o cumprimento, pelo mutuário, das cláusulas contratuais de caráter contábil, financeiro e gerencial; d) de forma integrada, a conformidade dos processos de licitação/seleção com as políticas do Banco e da legislação nacional aplicável, a adequabilidade dos pagamentos realizados e das solicitações de desembolso apresentadas ao Banco; e) a adequada apresentação das Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas do Projeto. Nenhuma restrição foi imposta aos nossos exames, tendo sido prestadas todas as informações e explicações solicitadas. Os critérios de seleção e a representatividade das amostras de gastos que foram aplicados pela equipe estão a seguir indicados: a) Diárias e Passagens: Não houve pagamento de diárias com recursos do Programa. b) Aquisição de Bens, Obras e Serviços: Examinamos seis processos de licitação, sendo quatro pregões eletrônicos e duas concorrências. A amostra foi composta pela totalidade do gasto com contratação de pessoa jurídica. Os referidos processos somaram R$ 830.522.260,00 (oitocentos e trinta milhões, quinhentos e vinte e dois mil e duzentos e sessenta reais). A análise dos processos não alcançou o detalhamento do Projeto, tanto em relação às obras civis, quanto aos equipamentos elétricos, eletrônicos e mecânicos. A Equipe de Auditoria analisou os procedimentos pertinentes aos

2 de 10 aspectos formas das aquisições, sob o enfoque da legislação nacional aplicável às licitações públicas. c) Contratação de Serviços de Consultoria: Não houve contratação de consultoria. d) Gerenciamento de Bens Patrimoniais: Não há registro de bens patrimoniais no âmbito do Programa. e) Acompanhamento das Recomendações da CGU: Não houve recomendações da CGU para o Programa. Outrossim, foram realizadas auditorias complementares na UHE de Furnas e UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho que ensejaram, respectivamente, os Relatórios CGU n.º 201217352 e CGU n.º 201217353, anexos ao presente trabalho. III - RESULTADO DOS EXAMES 1 - RECURSOS EXTERNOS 1.1 SUBÁREA - BID 1.1.1 ASSUNTO - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS 1.1.1.1 - INFORMAÇÃO - 011 Análise do atingimento dos resultados O principal objetivo do Projeto é contribuir para a recuperação e conservação da capacidade de geração de energia elétrica por meio de fontes renováveis, com um impacto importante na eficiência energética e na emissão de gases de efeito estufa. O Projeto está estruturado em dois componentes, quais sejam: Componente 1 Investimentos Este componente contempla a recuperação dos elementos eletromecânicos e de transformação de energia, o que inclui: (i) a recuperação de turbinas, geradores, equipamentos hidromecânicos e sistema associados; (ii) a modernização dos sistemas de controle, supervisão e proteção, inclusive a atualização e/ou implantação de novos sistemas de controle, comando, supervisão e proteção; e (iii) obras civis associadas. Componente 2 Engenharia, Administração e Auditoria- Este componente apoiará a adequada execução do Programa mediante recursos para a realização da supervisão do Programa, incluindo a supervisão socioambiental, bem como os serviços técnicos e logísticos para a administração, auditoria e avaliação do Programa. Os objetivos específicos do Programa são financiar a recuperação e modernização da Usina Hidrelétrica de Furnas e da Usina Hidrelétrica Luiz Carlos Barreto de Carvalho para: (i) recuperar a capacidade de geração de energia elétrica; (ii) aumentar a eficiência, a confiabilidade e a redução do período de manutenção; (iii) aumentar a vida útil das usinas; e (iv) fazer uma atualização tecnológica. O Programa conta com um financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento BID, por intermédio do Contrato de Empréstimo 2549/OC-BR, no valor de US$ 128.660.000,00 (cento e vinte e oito milhões, seiscentos e sessenta mil dólares), e uma previsão de aporte local no montante de US$ 24.500.000,00 (vinte e quatro milhões e quinhentos mil dólares) totalizando recursos da ordem de US$ 153.160.000,00 (cento e cinquenta e três milhões, cento e sessenta mil dólares) para execução das atividades programadas. Desse total, até a data de 31/12/2012, foram realizados gastos da ordem de US$ 78.793.885,08 (setenta e oito milhões, setecentos e noventa e três mil, oitocentos e oitenta e cinco dólares e oito centavos), equivalentes a 61,24 % do valor previsto para financiamento do Banco, e aplicados US$ 8.065.907,14 (oito milhões, sessenta e cinco mil, novecentos e sete dólares e quatorze centavos) em investimentos custeados com recursos da contrapartida nacional, equivalentes a 32,92 % do montante previsto para tal. Deve aqui ser frisado que, dos gastos realizados na Fonte BID, US$ 14.746.934,82 (quatorze

3 de 10 milhões, setecentos e quarenta e seis mil, novecentos e trinta e quatro dólares e oitenta e dois centavos) estão pendentes de comprovação junto ao Banco, sendo US$ 391.888,50 (trezentos e noventa e um mil, oitocentos e oitenta e oito dólares e cinquenta centavos) despesas realizadas a título de pagamento de encargos contratuais de juros. Na fonte de contrapartida, US$ 268.932,23 (duzentos e sessenta e oito mil, novecentos e trinta e dois dólares e vinte e três centavos) estão pendentes de comprovação junto ao Banco, sendo US$ 178.676,02 (cento e setenta e oito mil, seiscentos e setenta e seis dólares e dois centavos) despesas realizadas a título de pagamento de encargos contratuais de comissão de crédito. O prazo para o financiamento do Programa com recursos externos teve sua duração inicialmente estimada em 3 anos e 6 meses. No que se refere aos aspectos de implementação das metas operacionais definidas no Contrato de Empréstimo, tomando como base as informações constantes do relatório de progresso e demais controles internos mantidos para o projeto, verificamos que o projeto tem atingido um bom nível de execução das atividades programadas, conforme podemos observar pelo Quadro 1 abaixo: Quadro I Recebimento das Unidades Geradoras das Hidrelétricas de Furnas e Luiz Carlos Barreto - LCB. UG 1 2 3 4 5 6 7 8 UHE 01/07/201320/01/201220/11/2010 30/04/2011 30/12/200930/07/200901/02/201401/09/2014 FURNAS Previsão de conclusão Provisório Previsão de conclusão Previsão de conclusão UHE 05/06/200917/12/200930/09/201010/06/201203/08/2011 08/05/2012 LCB Provisório x x Fonte: Resposta à Solicitação de Auditoria 201215222/08. No que diz respeito ao prazo de execução das obras de modernização, verificou-se um atraso significativo do prazo inicialmente previsto fixado para março de 2010. Questionada sobre os motivos que justificassem esse atraso, a gerência do Programa no âmbito de Furnas se manifestou como descrito abaixo: O ineditismo deste tipo de projeto, principalmente desse vulto, fez com que surgissem fatos e circunstâncias que obrigaram FURNAS a promover modificações no projeto e especificações, de modo a adequar a solução técnica ou tecnológica empregada aos objetivos da contratação. Dessa forma, no curso da execução da obra, constatou-se que os prazos prognosticados no Edital mostraram-se inadequados e insuficientes para tratar a gama de peculiaridades acerca do complexo da Usina, cujos detalhes construtivos, níveis de desgaste e deformidade, entre outras particularidades, somente foram conhecidos quando da desmontagem das máquinas, seus componentes, partes e peças, inviáveis de serem conjecturados na fase de projeto básico e visitas técnicas. Esse cenário, além de impedimentos devido a questões operacionais, trouxe fortes impactos na linha de caminho crítico do planejamento global do empreendimento, dentre os quais, destacamos: Atrasos na liberação de desligamento de unidades geradoras, decorrentes da não autorização pelo Operador Nacional do Sistema do Sistema Elétrico (ONS);

4 de 10 Diversidade na solução técnica de projetos de modernização de cada UG, exigindo tratamentos peculiares e adicionais durante a fase executiva; Atividades altamente complexas, com fatores totalmente imprevisíveis, conhecidos apenas durante a execução de cada etapa dos serviços; Atividades de testes e ensaios que serviram como registro das condições de cada unidade geradora antes da modernização, com o intuito de avaliar práticas a serem adotadas (impossíveis de serem previstas sem essas verificações iniciais) e de se obter parâmetros de referência para avaliação dos serviços executados; Surgimento de serviços imprevistos no decorrer da obra, essenciais à perfeita execução do empreendimento, e que geraram a necessidade de adequações e adaptações técnicas, complementações e melhorias de projeto, incremento de atividades e rotinas técnicas; Busca por alternativas e soluções técnicas, entre elas as de cunho altamente complexo, que requeriam, previamente à sua aplicação, a execução de ensaios e testes, bem como a submissão à análise e aprovação de FURNAS, devido ao seu possível impacto sobre o empreendimento, cuja demanda somente foi constatada na fase executiva da obra; e, Solicitações de FURNAS objetivando melhorias não contempladas no escopo e/ou a ocorrência das manutenções e revisões periódicas da rotina da usina.. Pelo exposto, o gerente do Departamento de Construção de Geração Centro DGC.E de Furnas atribui os atrasos nas obras de modernização das hidrelétricas às circunstâncias imponderáveis que foram se sobrepondo ao longo da execução dos contratos. Tendo em vista a complexidade das atividades de engenharia que deram causa ao atraso, a equipe de auditoria acatou as justificativas apresentadas por Furnas. Cabe ressaltar que foram realizadas auditorias complementares na UHE de Furnas, em São José da Barra/MG, e na UHE Luiz Carlos Barreto de Carvalho, em Pedregulho/SP. Os resultados desses trabalhos estão consubstanciados nos Relatórios CGU n.º 201217353 e 201217352, respectivamente. As equipes verificaram o recebimento das obras, o funcionamento das usinas e os pagamentos aos fornecedores, cuja opinião foi de que as referidas usinas mantém controles internos adequados. 1.1.2 ASSUNTO - Avaliação de Controles Internos 1.1.2.1 - INFORMAÇÃO - 004 Avaliação dos Controles Internos A estrutura de FURNAS para gerir o Programa está estabelecida no Manual Reduzido do Programa. A Unidade de Coordenação do Programa UCP está centralizada no Departamento de Empréstimos e Financiamento DEFI.F, com apoio do Departamento de Recursos Financeiros e Seguros DRF.F e da Superintendência de Operação e Captação de Recursos de FURNAS OC.F. Os principais órgãos envolvidos e suas respectivas atividades relacionadas com o Programa estão descritas abaixo: DEFI.F - Divisão de Empréstimo e Financiamentos - Responsável pela integração e articulação entre os diversos órgãos participantes do Programa. As principais funções são coordenar, administrar e supervisionar a execução do Programa; acompanhar o cumprimento das cláusulas contratuais do contrato de empréstimo; elaborar o Plano Operacional Anual (POA); encaminhar ao BID solicitação de desembolsos de recursos, manter registros financeiros, encaminhar ao BID documentação de licitação para a não-objeção prévia; comprovar gastos elegíveis de contrpartida; acompanhar missões do BID e de auditores externos; providenciar livre acesso às áreas onde estão sendo construídas as obras aos fornecedores, empreiteiros, representantes do BID e auditores externos e solicitar a execução dos pagamentos (amortização, encargos financeiros e tributos associados) vinculados ao Financiamento. SC.F Superintendência de Contabilidade Planejar, estabelecer, coordenar, controlar e propor planos e metas para as atividades tributária, de contabilidade e de controle do Programa. DCB.F Departamento de Contabilidade Prestar informações à Diretoria Executiva e aos Conselhos Fiscal e de Administração, sobre as atividades do Projeto.

5 de 10 DEF.F Departamento de Operações Financeiras Registrar e o controlar os compromissos financeiros do Projeto, bem como o pagamento das obrigações assumidas. AD Auditoria Interna Promover o exame das atividades desenvolvidas, com o objetivo de analisar a gestão das mesmas, verificando, para tanto, os procedimentos, controles aplicados, sistemas informatizados, registros, arquivos de documentos e dados, bem como o fiel cumprimento das diretrizes, atos normativos internos e preceitos da legislação vigente. Promover o atendimento a organismos externos de controle. DOA Departamento Operacional de Auditoria Executar auditoria de natureza contábil, tributária, de sistemas de informação trabalhista, de gestão, operacional ou especial constantes do Plano Anual de Atividades de Auditoria, bem como as auditorias determinadas pela Alta Administração. Analisar, em conjunto com os órgãos auditados, os resultados da auditoria, propondo as recomendações cabíveis. DAQ.G Departamento de Aquisição Coordenar a execução das atividades de aquisição de bens e contratação de serviços. DGC.E Departamento de Construção de Geração Centro Coordenar e controlar a implantação, recuperação e modernização dos empreendimentos de geração de energia em sua região de atuação, incluindo a prestação de serviço de engenharia do proprietário. Requisitar e dar apoio técnico para a aquisição de materiais e a contratação de obras, serviços e demais insumos necessários ao Programa. Em nossos exames, constatamos que a estrutura utilizada por FURNAS para execução do Programa é descentralizada e envolve diversos órgãos da unidades. Nossa opinião é de que FURNAS possui meios organizacionais suficientes para executar o Programa. 1.1.3 ASSUNTO - Avaliação e Monitoramento Externo 1.1.3.1 - INFORMAÇÃO - 005 Avaliação e Monitoramento Externo Em resposta à Solicitação de Auditoria 201217349/02 FURNAS informou que não houve determinações do TCU ou recomendações por parte da Secretaria de Assuntos Internacionais SEAIN e do BID para o Programa de Recuperação das Hidrelétricas de Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho. A informação prestada por Furnas foi confirmada pela equipe mediante consulta ao sítio do TCU na internet. 1.1.4 ASSUNTO - Cumprimento de Cláusulas Contratuais 1.1.4.1 - INFORMAÇÃO - 006 Verificação do cumprimento das principais Cláusulas Contratuais Verificamos o adequado cumprimento, pela Agência Executora do Projeto, das cláusulas de caráter contábil-financeiro-gerencial do Contrato de Empréstimo N.º 2549/OC-BR. 1.1.5 ASSUNTO - Comprov. de Gastos junto ao Agente Financeiro 1.1.5.1 - INFORMAÇÃO - 007 Verificação dos gastos do Projeto FURNAS CENTRAIS ELÉTRICAS S/A mantém um adequado sistema de registro das operações do Projeto, o qual está organizado de forma a prover as informações necessárias para a elaboração de suas demonstrações financeiras.

6 de 10 Até dezembro de 2012, foram apresentadas ao BID as justificativas de gastos n.º 01, 02, 03, 04 e 5, que totalizaram US$ 71.843.925,17 (setenta e um milhões, oitocentos e quarenta e três mil, novecentos e vinte e cinco dólares e dezessete centavos), sendo US$ 64.046.950,26 (sessenta e quatro milhões, quarenta e seis mil, novecentos e cinqüenta dólares e vinte e seis centavos), relativos a despesas financiadas com recursos do empréstimo e US$ 7.796.974,91 (sete milhões, setecentos e noventa e seis mil, novecentos e setenta e quatro dólares e noventa e um centavos), relativos a despesas custeadas pela contrapartida nacional. Adicionalmente, o projeto aplicou na fonte BID US$ 14.746.934,82 (quatorze milhões, setecentos e quarenta e seis mil, novecentos e trinta e quatro dólares e oitenta e dois centavos), ainda pendentes de comprovação junto ao Banco, sendo US$ 391.888,50 (trezentos e noventa e um mil, oitocentos e oitenta e oito dólares e cinquenta centavos) referentes a despesas realizadas a título de pagamento de encargos contratuais de juros. Na fonte de contrapartida, US$ 268.932,23 (duzentos e sessenta e oito mil, novecentos e trinta e dois dólares e vinte e três centavos) estão pendentes de comprovação junto ao Banco, sendo US$ 178.676,02 (cento e setenta e oito mil, seiscentos e setenta e seis dólares e dois centavos) referentes a despesas realizadas a título de pagamento de encargos contratuais de comissão de crédito. A Equipe de Auditoria analisou 45 jogos de documentos associados à liquidação das despesas, incluindo lançamentos contábeis internos de FURNAS, Notas Fiscais e/ou Faturas, totalizando gastos na ordem de US$ 25.470.000,00 (vinte e cinco milhões, quatrocentos e setenta mil dólares), equivalentes em moeda nacional à cerca de R$ 49.194.191,00 (quarenta e nove milhões, cento e noventa e quatro mil, cento e noventa e um reais), perfazendo uma amostra de 35,45% de todos os gastos comprovados junto ao BID. Essas despesas foram objeto de análise pela equipe de auditoria, por amostragem, segundo os critérios apresentados no tópico II - Escopo deste Relatório, em seus aspectos de validade e devido suporte documental, sendo os exames realizados de forma integrada aos dos respectivos processos de aquisição, para o que constatamos, que as despesas: i) estavam apoiadas em documentação original comprobatória; ii) tiveram sua conversão para moeda norte-americana efetivada corretamente; iii) são elegíveis para alocação ao programa e para financiamento do Banco; e, iv) foram aplicadas em atendimento exclusivo às finalidades do Programa. Em conseqüência da análise realizada, concluímos que o sistema de controles existentes refletem adequadamente os fatos ocorridos durante o exercício auditado e os Pedidos de Desembolsos apresentados ao Banco estão sustentados por documentação válida e correspondem a despesas elegíveis ao Projeto e às fontes contratualmente ajustadas. 1.1.6 ASSUNTO - Demonstrações Financeiras 1.1.6.1 - INFORMAÇÃO - 008 Análise das Demonstrações Financeiras do Projeto O documento intitulado Relatório Financeiro Programa BR-L1278 Modernização das Hidrelétricas Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho foi disponibilizado, contendo: a) Demonstrativo de Fluxos de Caixa; b) Demonstrativo de Investimentos Acumulados; e c) Notas Explicativas Verificamos a conformidade dos valores entre os valores lançados nos Demonstrativos de Fluxo de Caixa e de Investimentos acumulados, bem como nos Registros do BID (WLMS-1 Executive

Financial Summary), sendo as devidas Conciliações apresentadas nas Notas Explicativas n.º 7, 8 e 9. Cabe aqui ressaltar que o Demonstrativo de Investimentos Acumulados apresenta apenas os valores justificados ao BID. A Demonstração de Fluxo de Caixa - DFC, tendo por base o fechamento do exercício de 2012, indica que o Projeto recebeu recursos do BID no montante de US$ 64.046.950,26 (sessenta e quatro milhões, quarenta e seis mil, novecentos e cinqüenta dólares e vinte e seis centavos), enquanto que pela Fonte de Contrapartida foram aportados US$ 7.796.974,91 (sete milhões, setecentos e noventa e seis mil, novecentos e setenta e quatro dólares e noventa e um centavos), totalizando o ingresso em US$ 71.843.925,17 (setenta e um milhões, oitocentos e quarenta e três mil, novecentos e vinte e cinco dólares e dezessete centavos). Os gastos totais do Projeto, na Fonte BID, incluindo-se o pagamento dos encargos contratuais de juros de US$ 391.888,50 (trezentos e noventa e um mil, oitocentos e oitenta e oito dólares e cinquenta centavos), totalizaram US$ 78.793.885,08 (setenta e oito milhões, setecentos e noventa e três mil, oitocentos e oitenta e cinco dólares e oito centavos) e na Fonte de Contrapartida US$ 8.065.907,14 (oito milhões, sessenta e cinco mil, novecentos e sete dólares e quatorze centavos), restando comprovar, respectivamente US$ 14.746.934,82 (quatorze milhões, setecentos e quarenta e seis mil, novecentos e trinta e quatro dólares e oitenta e dois centavos), na Fonte BID e US$ 268.932,23 (duzentos e sessenta e oito mil, novecentos e trinta e dois dólares e vinte e três centavos) na Fonte de Contrapartida. O saldo total disponível apresentado na DFC, foi de US$ 66.300.207.78 (sessenta e seis milhões, trezentos mil, duzentos e sete dólares e setenta e oito centavos), sendo US$ 49.866.114,92 (quarenta e nove milhões, oitocentos e sessenta e seis mil, cento e quatorze dólares e noventa e dois centavos ) na Fonte BID e US$ 16.434.092,86 (dezesseis milhões, quatrocentos e trinta e quatro mil, noventa e dois dólares e oitenta e seis centavos) na Fonte de Contrapartida. Da análise das Demonstrações Financeiras Básicas do projeto e respectivas Notas Explicativas, apresentadas a esta equipe de auditoria, constatamos que as mesmas foram elaboradas segundo as orientações do BID constantes das Guias de Relatórios Financeiros e Auditoria Externa de Operações Financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento. 1.1.7 ASSUNTO - Aquisição de Bens, Obras e Serviços 1.1.7.1 - INFORMAÇÃO - 009 Análise dos processos licitatórios Verificamos, por amostragem, segundo os critérios apresentados no tópico II Escopo deste Relatório, a contratação para fornecimento de bens no âmbito do projeto, constatando que, de forma geral, foram observadas as normas e requisitos do agente financeiro, bem como as disposições da legislação nacional aplicáveis. Verificamos, ainda, que as aquisições de obras e serviços realizados estão respaldados por documentação de suporte válida, os bens foram entregues e contribuem efetivamente para o alcance dos objetivos pactuados. Nossos exames abrangeram processos de contratação de obras de engenharia para modernização de duas hidrelétricas, Luiz Carlos Barreto e Furnas, serviços de engenharia do proprietário para acompanhamento das referidas obras de modernização e serviços de transporte para suporte logístico nas respectivas hidrelétricas. Cabe ressaltar, que em 2008 o Tribunal de Contas da União TCU efetuou trabalho de fiscalização nas obras de Modernização da Usina Hidrelétrica de Luiz Carlos Barreto. Como resultado desse trabalho, foi proferido o Acórdão 1536/2008, de 07/08/2008, que determinou em seu item 9.1.2 que 7 de 10

8 de 10 Furnas abstenha-se de fixar preços mínimos salariais nas contratações de empresas de prestação de serviços, conforme verificado no PE.DAQ.G.0401.2007, em consonância ao disposto no inciso X do art. 40 da Lei 8.666/93. Diante disso, e considerando que o referido processo licitatório PE.DAQ.G.0401.2007 compôs a amostra de nossos exames, solicitamos manifestação de Furnas no sentido de cumprimento dessa determinação do TCU. Neste sentido, Furnas informou que vem adotando em seus Editais de licitação como parâmetro salarial, os respectivos Acordos coletivos da categoria pertinente ao objeto licitatório. 1.1.7.2 - CONSTATAÇÃO - 013 Extrapolação do percentual legal de 25% em aditamentos de dois Contratos de Fiscalização de Obras em desconformidade com o 1º do Art. 65 da Lei 8.666/93, ocasionando gasto equivalente ao montante de R$ 38.828.800,00 (trinta e oito milhões, oitocentos e vinte e oito mil e oitocentos reais), correspondendo ao dobro do valor previsto inicialmente. Verificamos a extrapolação do limite de 25% para o aditamento dos Contratos nº 17.819 e nº 17.820 relativos a fiscalização das obras de modernização das hidrelétricas de Furnas e Luiz Carlos Barreto. A Lei 8.666/93 prevê em seu 1º do Art. 65 reajuste até o limite de 25%. O Contrato nº 17.819 foi firmado em 07/03/2008, no valor de R$ 9.940.000,00 (nove milhões, novecentos e quarenta mil reais) e com prazo de execução de 24 meses, sendo o seu término fixado em 17/03/2010. O Contrato 17.820 foi firmado em 07/03/2008, no valor de 9.474.400,00 ( nove milhões, quatrocentos e setenta e quatro mil e quatrocentos reais) e com prazo de execução de 24 meses, sendo o seu término fixado em 17/03/2010. Os referidos aditamentos dobraram os valores e os prazos incialmente estabelecidos. Os novos valores foram estipulados em R$ 19.880.000,00 (dezenove milhões, oitocentos e oitenta mil reais) para o Contrato nº 17.819 e R$ 18.948.800,00 (dezoito milhões, novecentos e quarenta e oito mil e oitocentos reais) para o Contrato nº 17.820. Para ambos contratos o prazo de execução passou de 24 meses para 48 meses, sendo o novo término fixa para 17/03/2012. As alterações contratuais foram precedidas de pareceres internos. Para os dois contratos examinamos um Parecer Econômico Financeiro e um Parecer da Assessoria de Assuntos Contratuais e Tributários. Os referidos pareceres opinaram favoravelmente aos aditamentos. A justificativa comum aos dois processos de aditamento está consignada no Parecer da Assessoria de Assuntos Contratuais e Tributários, defendendo a tese de que os serviços de fiscalização de obras, designado como engenharia do proprietários, são equivalentes à serviços de natureza continuada. Tendo em vista a extrapolação do percentual permitido e por discordar da justificativa apresntada emitimos a SA 201215222/09 solicitando justificativa para tais aditamentos, assimo como a documentação produzida internamente, os pareceres financeiros e de assuntos contratuais e tributários, justificando a renovação dos contratos. No entanto, não foram fornecidas justificativas adicionais para os dois contratos analisados. Em razão disso, consideramos o posicionamento de FURNAS somente aquele consignado na documentação interna que precedeu os referidos aditivos aos citados contratos. CAUSA: Entendimento equivocado de que os serviços de fiscalização de obras conhecidos como engenharia do proprietário são considerados serviços de natureza continuada. MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE EXAMINADA: Em que pese a emissão por parte da equipe da SA 20121522/09 solicitando justificativas para o aditamento dos dois contratos de fiscalização de obras, a unidade examinada limitou-se a fornecer a documentação produzida à época. Embora na referida documentação tenhamos identificado análises sobre a oportunidade, viabilidade e legalidade de tais aditamentos, não houve formalmente uma

9 de 10 resposta por parte de FURNAS ao nosso questionamento, quando dos trabalhos realizados em campo. Na etapa de conhecimento formal ao Relatório Preliminar, FURNAS, por e mail, datado de 25/03/2013, apresentou a seguinte manifestação: FURNAS não pratica mais o entendimento de que serviços de supervisão são continuados. ANÁLISE DO CONTROLE INTERNO: Em que pese a unidade não ter apresentado, tempestivamente, justificativa diversa daquela consignada nos pareceres examinados, nosso entendimento é de que os serviços de fiscalização de obras, citados nos contratos como engenharia do proprietário, não se confundem com serviços de natureza continuada. A engenharia do proprietário é um serviço técnico profissional especializado conforme assevera o item IV do Art.13 da Lei 8.666/93, descrito abaixo: Art. 13 Para fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a: IV fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços. De outro lado, considera-se serviço continuado no âmbito da Administração Pública Federal aquele destinado a atender necessidades públicas permanentes, cujo atendimento não exaure prestação semelhante no futuro. Da mesma forma, a Instrução Normativa nº 02 do Ministério do Planejamento, de 30/04/2008, conceitua serviço continuado como aquele cuja interrupção possa comprometer a continuidade das atividades da Administração e cuja necessidade de contratação deva estender-se por mais de um exercício financeiro e continuamente. Exemplos de serviços de natureza continuada são os serviços de limpeza e de segurança, cuja contratação por um determinado prazo não satisfaz indefinidamente a necessidade de aquisição do mesmo serviço findo o prazo inicial. Como se vê, o serviço de engenharia do proprietáiro não pode ser considerado serviço continuado, uma vez que aquele se encerra no momento em que as obras de modernização das uisinas hidrelétricas forem concluídas. Dessa forma, não há o caráter de necessidade contínua e por tempo indefinido dos serviços. Portanto, nosso entendimento diverge diametralmente da tese defendida pela unidade executoria de que os serviços de engenharia do proprietário são de natureza continuada. RECOMENDAÇÃO: 001 Ater-se ao 1º do Art. 65 da Lei 8.666/93 no que se refere ao limite de 25% para, nas mesmas condições contratuais, reajustar o valor inicial atualizado do contrato nas obras, serviços ou compras. RECOMENDAÇÃO: 002 Abster-se de enquadrar serviços de engenharia do proprietário, cuja natureza é de serviço técnico profissional especializado em conformidade com item IV do Art. 13 da Lei 8.666/93, em serviço de natureza continuada. IV - CONCLUSÃO Com base nos trabalhos de auditoria realizados, somos de opinião que são mantidos controles internos adequados para a implementação das atividades do Programa de Recuperação das Hidrelétricas de Furnas e Luiz Carlos Barreto de Carvalho, em seus aspectos substanciais, exceto no que se refere aos pontos pertinentes aos seguintes assuntos, que estão referenciados neste relatório:

10 de 10 a) Aquisição de Bens e Serviços: 1.1.7.2. Rio de Janeiro/RJ, 01/04/2013.