Comparações entre Práticas Contábeis IAS 22 e 27 SIC 12 e 33 Pontos-chave para comparar diferenças ARB 51, APB 18, SFAS 94, 125 e 140 EITFs 90-15, 96-16, 96-20, Topic D-14, 96-21, 97-2, C51 FIN 46R D i f e r e n ç a s s i g n i f i c a t i v a s Instruções CVM 247/96, 269/97 e 408/04 Resolução CFC 937/02 NBC T 8 A consolidação baseia-se na capacidade de controlar. A consolidação, com exceção das entidades de A consolidação baseia-se no controle do capital votante. As EPEs (Entidades de Propósitos Específicos) são consolidadas em muitos casos em que os benefícios participação variável, baseia-se, em grande parte, na propriedade da maioria do capital votante. Entidades de Propósitos Específicos (EPEs) são consolidadas quando a essência de sua relação, com retornam para o patrocinador ou os riscos são retidos por A consolidação de Entidades de Participação Variável a companhia aberta, indicar que suas atividades são este. baseia-se em quem é o principal beneficiário, ou seja, controladas, direta ou indiretamente, individualmente Uma subsidiária não deve ser consolidada se for adquirida e mantida exclusivamente para venda dentro de doze meses. Subsidiárias excluídas da consolidação são tratadas como mantidas para venda e valorizadas entre o valor contábil e/ou o valor justo menos custos para venda, dos dois o menor. As participações minoritárias são determinadas na consolidação, com base nos valores contábeis. A consolidação proporcional é o tratamento recomendado para joint ventures. Um investidor não aplica o método de equivalência patrimonial para associadas e entidades controladas ou a consolidação proporcional em suas demonstrações financeiras individuais. quem possui a maior participação variável, que são os lucros ou prejuízos residuais esperados. Subsidiárias são consolidadas, ainda que o controle seja de caráter temporário. Subsidiárias excluídas da consolidação são normalmente registradas ao custo. A participação de minoritários deve ser, geralmente, valorizada com base nos valores contábeis da subsidiária. ou em conjunto. Essa norma é aplicável somente às companhias abertas. O valor contábil do investimento excluído da consolidação deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial. A participação de minoritários é registrada com base na parcela do capital, reservas e resultados pertencentes a acionistas ou sócios minoritários. A consolidação de controladas em conjunto deve ser feita de forma proporcional ou integral, de acordo com o nível de controle exercido pela investidora. Consolidação
Consolidação Comparações entre Práticas Contábeis E n t i d a d e s a s e r e m i n c l u í d a s n a As demonstrações financeiras consolidadas devem incluir Entidades de Participação por Voto As demonstrações financeiras consolidadas devem incluir todas as subsidiárias da entidade controladora, exceto em (Voting Interest Entities) todas as controladas, incluindo as sociedades controladas certas circunstâncias restritas, como a seguir explicado As demonstrações financeiras consolidadas devem incluir em conjunto e sociedade de comando de grupo de abaixo. aquelas entidades sobre as quais a matriz mantenha o sociedades que inclua companhia aberta. controle, direto ou indireto, da maioria do capital votante A definição de subsidiária se concentra no conceito de (mais de 50% das ações com poder de voto, em circulação). Considera-se uma controlada: controle, isto é, o poder que tem a entidade controladora A sociedade na qual a investidora, diretamente ou de dirigir as políticas financeiras e operacionais da entidade Outras formas de controle podem também exigir consolidação; indiretamente, seja titular de direitos de sócio que lhe para obter benefícios de suas atividades. por exemplo, de sociedades em conta de participação e, sob assegurem, de modo permanente, a preponderância nas certas condições, entidades sujeitas a acordos contratuais de deliberações sociais e o poder de eleger ou destituir a Desse modo, é possível que uma entidade que possua menos de 50% de outra entidade ainda possa ser considerada controladora daquela outra entidade. Na avaliação do controle, leva-se em conta o impacto dos direitos de voto potenciais, tanto os da controladora como os das outras partes. Os princípios para EPEs não diferem em nada. Porém, nesse caso, há orientação adicional para determinar se, em substância, a EPE é controlada. Por exemplo: normalmente existiria controle se uma entidade tem direito à maior parte dos benefícios das atividades da EPE, ainda que esses direitos sejam transferidos; semelhantemente, uma entidade é considerada controladora de uma EPE se assume os riscos dos ativos desta e os outros investidores recebem, praticamente, um retorno de um credor. administração. Para essas formas, existe uma regra especial sobre Entidades de Participação Variável (Variable Interest Entities). A consolidação de Entidades de Participação Variável, diferentemente de Entidades de Participação em Voto, baseia-se em quem é o principal beneficiário, ou seja, quem possui a maior participação variável, que são os lucros ou prejuízos residuais esperados. As entidades de participação variável são definidas por uma ou mais características, conforme segue. 1. O investimento de patrimônio em risco não é suficiente para permitir que a entidade financie suas atividades sem suporte financeiro adicional subordinado, oferecido por qualquer parte, incluindo os acionistas. maioria dos administradores. A filial, agência, sucursal, dependência ou escritório de representação no exterior, sempre que os respectivos ativos e passivos não estejam incluídos na contabilidade da investidora, por força de normatização específica. A sociedade na qual os direitos permanentes de sócio estejam sob controle comum ou sejam exercidos mediante a existência de acordo de votos, independentemente do seu percentual de participação no capital votante. A subsidiária integral que tem a investidora como única acionista. 2
Comparações entre Práticas Contábeis E n t i d a d e s a s e r e m i n c l u í d a s n a ( c o n t. ) Uma subsidiária deve ser excluída da consolidação apenas 2. Os acionistas não possuem uma ou mais características A norma sobre consolidação de EPEs é aplicável no Brasil se for adquirida e mantida exclusivamente para venda essenciais de uma participação financeira dominante, a somente às companhias abertas que requeiram que suas dentro de doze meses e a administração estiver buscando saber: demonstrações financeiras incluam, além das sociedades ativamente um comprador. (a) a capacidade direta ou indireta de tomar decisões controladas, individualmente ou em conjunto, as Entidades sobre as atividades da entidade, por meio de direitos de Propósito Específico (EPE), quando a essência de sua Nessas circunstâncias, a subsidiária será contabilizada de de voto ou direitos similares; relação indicar que suas atividades são controladas, direta acordo com o IFRS 5 Ativo Não-circulante Mantido para (b) a obrigação de absorver os prejuízos esperados da ou indiretamente, individualmente ou em conjunto, pela Venda e Operações Descontinuadas. entidade; companhia aberta. (c) o direito de receber os lucros residuais esperados da As subsidiárias não podem ser excluídas da consolidação, entidade. Considera-se que existem indicadores de controle considerando que suas atividades são diferentes daquelas do empreendimento da controladora ou simplesmente por que o investidor consiste de uma organização de capital de risco, fundo mútuo ou entidade semelhante. As subsidiárias não precisam ser consolidadas se, isoladas ou em conjunto, forem irrelevantes para a posição financeira, o desempenho e os fluxos de caixa do grupo. Essas subsidiárias irrelevantes são tratadas como ativos financeiros. 3. Os acionistas possuem direitos de voto que não são proporcionais a seus interesses econômicos e as atividades da entidade envolvem ou são conduzidas em nome de um investidor com uma participação de votação desproporcionalmente pequena. O principal beneficiário de uma entidade de participação variável é a parte que absorve a maior parte dos prejuízos esperados da entidade, que recebe a maioria de seus lucros residuais esperados, ou ambos, como resultado de participações variáveis de holding, que são de interesse de posse, contratuais ou pecuniários em uma entidade, que muda com as alterações no valor justo dos ativos líquidos da entidade, excluindo participações variáveis. das atividades de uma EPE quando tais atividades forem conduzidas em nome da companhia aberta ou substancialmente em função das suas necessidades operacionais específicas, desde que, alternativamente, direta ou indiretamente: (i) a companhia aberta tenha o poder de decisão ou os direitos suficientes à obtenção da maioria dos benefícios das atividades da EPE, podendo, por conseqüência, estar exposta aos riscos decorrentes dessas atividades; ou (ii) a companhia aberta esteja exposta à maioria dos riscos relacionados à propriedade da EPE ou de seus ativos. As participações societárias em EPEs incluídas na consolidação devem ser avaliadas pelo método de equivalência patrimonial (Instrução CVM 408/04). Consolidação 3
Consolidação Comparações entre Práticas Contábeis E n t i d a d e s a s e r e m i n c l u í d a s n a ( c o n t. ) Poderão ser excluídas das demonstrações financeiras consolidadas as sociedades controladas que estejam nas seguintes condições: (i) com efetivas e claras evidências de perda de continuidade, cujo patrimônio seja avaliado, ou não, a valores de liquidação; ou (ii) cuja venda, por parte da investidora, em futuro próximo, tenha efetiva e clara evidência de realização devidamente formalizada. Em casos especiais justificados, poderão ser ainda excluídas da consolidação as sociedades controladas cuja inclusão não represente alteração relevante na unidade econômica consolidada ou que venha distorcer essa unidade econômica. O valor contábil do investimento excluído da consolidação deve ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial. Não será considerada justificável a exclusão, nas demonstrações financeiras consolidadas, de sociedade controlada cujas operações sejam de natureza diversa das operações da investidora ou das demais controladas. 4
Comparações entre Práticas Contábeis p r o p o r c i o n a l A consolidação proporcional é aplicável nos casos de controle compartilhado. A consolidação proporcional não é prevista. Da mesma forma que na IFRS, a consolidação proporcional é aplicável nos casos de controle compartilhado. A consolidação proporcional pode ser feita tanto incluindo a participação do investidor em cada linha da investida, dentro de cada item de linha relevante do investidor, ou o investidor poderá incluir, em rubricas distintas, sua participação nos ativos, passivos, receitas e despesas da entidade controlada em conjunto. No caso de uma das sociedades investidoras passar a exercer, direta ou indiretamente, o controle isolado sobre a sociedade controlada em conjunto, a controladora final deverá passar a consolidar integralmente os elementos do patrimônio líquido. Na consolidação proporcional aplicam-se os procedimentos usuais de consolidação, exceto que a participação de minoritário não é identificada (veja detalhes no Encarte Investimentos). P e r í o d o s e p o l í t i c a s c o n t á b e i s d a s s u b s i d i á r i a s ( c o n t. ) Desde que praticável, o período contábil da subsidiária, para Se a diferença entre os períodos contábeis da matriz e os fins de consolidação, deve ser o mesmo da controladora. da subsidiária não for superior a três meses, normalmente, é aceitável usar, para fins de consolidação, as demonstrações Quando são utilizados períodos distintos, a diferença não da subsidiária correspondentes a seu período fiscal. Eventos pode ser superior a três meses; mesmo assim, devem ser materiais no período intercalar devem ser divulgados. feitos ajustes para refletir as transações significativas no período interveniente. As políticas contábeis do grupo devem estar de acordo com a US GAAP. P e r í o d o s e p r á t i c a s d e c o n t a b i l i z a ç ã o d a s c o n t r o l a d a s As demonstrações das entidades controladas, para fins de consolidação, devem ser levantadas na mesma data ou até no máximo em 60 dias antes da data das demonstrações financeiras da controladora. Quando demonstrações financeiras com datas diferentes são consolidadas, devem ser efetuados ajustes que reflitam aqueles efeitos de eventos relevantes de natureza econômico-contábil nas entidades, os quais ocorreram entre aquelas datas e a data-base das demonstrações consolidadas da unidade. Consolidação 5
Consolidação Comparações entre Práticas Contábeis P e r í o d o s e p o l í t i c a s c o n t á b e i s d a s s u b s i d i á r i a s ( c o n t. ) Para fins de consolidação, as informações contábeis de todas as subsidiárias devem ser preparadas com base na IFRS. As demonstrações financeiras consolidadas devem ser elaboradas utilizando-se políticas contábeis uniformes para transações semelhantes e outros eventos em circunstâncias similares. Embora não se exija uniformidade de políticas contábeis em todos os casos, a maioria das entidades do grupo deve ter políticas consistentes, a menos que fatos e circunstâncias específicos obriguem à adoção de diferentes políticas. Geralmente, deve ser feita divulgação dessa inconsistência dentro do grupo. P e r í o d o s e p r á t i c a s d e c o n t a b i l i z a ç ã o d a s c o n t r o l a d a s Efeitos de diversidade de procedimentos contábeis devem ser eliminados, inclusive os decorrentes de investimentos no exterior. Se um membro do grupo utilizar outras políticas contábeis, diferentes daquelas adotadas nas demonstrações financeiras consolidadas, ajustes apropriados devem ser feitos nas suas demonstrações financeiras, na elaboração das demonstrações financeiras consolidadas. As participações minoritárias são calculadas com base no valor justo dos ativos e passivos da subsidiária, conforme incluído no balanço patrimonial consolidado (exceto ágio). O tratamento recomendado pela norma anterior (IAS 22 Combinações de Negócios), para calcular a participação minoritária, com base nos valores contábeis dos ativos e passivos, conforme reportado pela própria subsidiária, não é mais permitido, de acordo com a IFRS 3. P a r t i c i p a ç ô e s m i n o r i t á r i a s A prática atual é que a participação dos minoritários, geralmente, corresponde à parcela dos valores contábeis dos ativos e passivos reportados pela subsidiária, proporcionalmente à quantidade de ações do capital a eles pertencente. Tal como dispõem as IFRSs, prejuízos em uma subsidiária podem gerar um saldo devedor na participação de minoritários somente se eles tiverem a obrigação de prover recursos financeiros adicionais à subsidiária. A participação de minoritários é registrada com base na parcela do capital, reservas e resultados pertencentes a acionistas ou sócios minoritários. A participação de minoritários, no lucro líquido ou prejuízo do exercício das controladas, deverá ser destacada e apresentada, respectivamente, como dedução ou adição ao lucro líquido ou prejuízo consolidado. 6
Comparações entre Práticas Contábeis P a r t i c i p a ç ô e s m i n o r i t á r i a s ( c o n t. ) As perdas em uma subsidiária poderão resultar em saldo devedor dos minoritários somente se eles tiverem obrigação de cobrir as perdas e tiverem condições de proceder a um Não há nenhuma orientação explícita sobre a classificação da participação de minoritários no balanço; porém, na prática, geralmente se apresenta como um passivo a longo Não há previsão no tratamento do saldo devedor na participação de minoritários. investimento adicional para cobrir os prejuízos. prazo ou entre o passivo e o patrimônio líquido. A participação de minoritários deve ser destacada em grupo isolado no balanço patrimonial consolidado, imediatamente Participações minoritárias devem ser apresentadas no balanço, separadamente dos passivos e do patrimônio antes do grupo do patrimônio líquido. líquido. A participação minoritária, no lucro ou prejuízo do grupo, deverá ser divulgada. Os saldos e transações intragrupo e lucros resultantes são eliminados integralmente. Os prejuízos intragrupo são eliminados integralmente, exceto à medida que os ativos básicos não puderem ser recuperados. T r a n s a ç õ e s i n t r a g r u p o Saldos e transações intragrupo, e qualquer lucro ou prejuízo com ativos que permaneçam dentro do grupo, devem ser eliminados. O lucro ou prejuízo intragrupo eliminado pode ser alocado proporcionalmente entre acionistas controladores e minoritários, resultando daí que ativos e participação de minoritários podem estar sendo avaliados por um valor diferente daquele que resultaria da aplicação das IFRSs. Devem ser eliminados das demonstrações financeiras consolidadas os valores dos investimentos e o correspondente valor no patrimônio líquido das investidas, os saldos de quaisquer contas decorrentes de transações entre as entidades incluídas na consolidação e as parcelas dos resultados do exercício, do patrimônio líquido e do custo de ativos de qualquer natureza que correspondam a resultados ainda não realizados de negócios entre as entidades, exceto quando representarem perdas permanentes. Consolidação 7
Consolidação Comparações entre Práticas Contábeis C o n t a b i l i d a d e p a r a i n v e s t i m e n t o s e m s u b s i d i á r i a s n a s d e m o n s t r a ç õ e s f i n a n c e i r a s i n d i v i d u a i s d e u m a e n t i d a d e As demonstrações financeiras individuais são aquelas apresentadas por uma matriz, na qual os investimentos são contabilizados com base na participação acionária direta, em vez de se basear nos resultados reportados e no ativo líquido das investidas. D e s e n v o l v i m e n t o s f u t u r o s Está em discussão, no Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), minuta de norma contábil sobre demonstrações financeiras consolidadas e contabilização. Quando as demonstrações financeiras individuais são elaboradas, os investimentos em subsidiárias que não são classificados como mantidos para venda serão contabilizados como: custo; ou de acordo com a IAS 39. O método de patrimônio não é mais permitido nas demonstrações financeiras individuais de uma controladora. Todas as informações apresentadas neste documento são de natureza genérica e não têm por finalidade abordar as circunstâncias de nenhum indivíduo específico ou entidade. Embora tenhamos nos empenhado para prestar informações precisas e atualizadas, não há nenhuma garantia de sua exatidão na data em que forem recebidas nem de que tal exatidão permanecerá no futuro. Essas informações não devem servir de base para se empreender qualquer ação sem orientação profissional qualificada, precedida de um exame minucioso da situação em pauta. Os Encartes sobre Comparações entre Práticas Contábeis são uma publicação do DPP Departamento de Práticas Profissionais da KPMG no Brasil. Tel. (11) 3067-3310 www.kpmg.com.br 2006 KPMG Auditores Independentes, sociedade brasileira, membro da KPMG International, uma cooperativa suíça. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. O nome KPMG e o logotipo KPMG são marcas comerciais registradas da KPMG International, uma cooperativa suíça. Design & Produção: Índice de Comunicação (indice@indicecomunic.com.br)