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Transcrição:

Ano XII nov/dez 2010 Número 75 www.tnpetroleo.com.br opinião Revista Brasileira de Tecnologia e Negócios de Petróleo, Gás, Petroquímica, Química Fina e Biocombustíveis Reter talentos: um desafio significativo, de Marcelo Gonçalves, sócio-diretor da BDO Na roda dos biocombustíveis Energia eólica: bons ventos no Brasil Alegria, o maior parque eólico do país Terceiro navio do Promef é lançado ao mar Especial: retrospectiva 2010 Um ano incomum Mudança de paradigma, por João Amato Neto e Gil Anderi da Silva Gestão do investimento social privado no setor petrolífero, por Roberto Dertoni, Lucilene Danciguer e Edison Durval Ramos de Carvalho Internacionalização do E&P no mercado de óleo e gás no Brasil, por Marcos Mazzaroppi O impacto dos grandes sinistros no setor de óleo & gás e considerações sobre seguros e gestão de riscos para a indústria, por Paulo Niemeyer Neto A melhor estratégia é ter uma proposta de valor atraente, por Fernando Armbrust Lohmann Incubadoras para o futuro, por José Octávio Armani Paschoal Entrevista exclusiva Maurício Figueiredo, vice-presidente para a América Latina da americana Baker Hughes A era do petróleo fácil acabou suplemento especial: caderno de sustentabilidade I SSN 1 4 1 5 8 89-2 9 7 7 1 4 1 5 8 8 9 0 0 9 5 7 0 0 0

CONHECIMENTO E INFORMAÇÃO É TUDO! HÁ POUCO MAIS DE UMA DÉCADA, A LEI 9.478, CONHECIDA COMO LEI DO PETRÓLEO, DEU INÍCIO A UM NOVO CICLO NA HISTÓRIA DA CADEIA PRODUTIVA DE PETRÓLEO E GÁS NO BRASIL. NESTE CENÁRIO SURGIU EM 1998 A REVISTA TN PETRÓLEO. UMA APOSTA DECISIVA DA BENÍCIO BIZ EDITORES ASSOCIADOS NA CAPACIDADE E PERSEVERANÇA DA INDÚSTRIA PETROLÍFERA NACIONAL. MAIS DO QUE RETRATAR OS NOVOS CENÁRIOS DESTE SETOR, DELINEADOS A PARTIR DA QUEBRA DO MONOPÓLIO DO PETRÓLEO, A TN PETRÓLEO TAMBÉM AJUDOU A RESGATAR UMA HISTÓRIA DE PIONEIRISMO E SUPERAÇÃO DE DESAFIOS. E FOI MAIS LONGE AO MOSTRAR PARA OS INVESTIDORES NACIONAIS E ESTRANGEIROS AS OPORTUNIDADES E O IMENSO POTENCIAL DO PAÍS. HOJE, TEMOS UMA COMPANHIA 100% BRASILEIRA DESPONTANDO ENTRE AS DEZ MAIORES DO MUNDO NO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS. E UMA CADEIA PRODUTIVA

QUE VEM BUSCANDO MAIOR QUALIFICAÇÃO E COMPETITIVIDADE PARA DAR SUPORTE À INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS LOCAL, SEM PERDER DE VISTA AS OPORTUNIDADES NO MERCADO INTERNACIONAL. QUEM NÃO QUER PERDER OS PRÓXIMOS CAPÍTULOS DESTA HISTÓRIA, TEM NOVE RAZÕES PARA LER A TN PETRÓLEO: COMPROMISSO COM O LEITOR INFORMAÇÃO PRECISA E DETALHADA ATUAÇÃO ÉTICA E TRANSPARENTE FOCO NAS NOVAS TECNOLOGIAS ACOMPANHAMENTO DOS NEGÓCIOS DO SETOR DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL COMPROMETIMENTO COM AS INDÚSTRIAS DA CADEIA PRODUTIVA INCENTIVO À PEQUENA E MÉDIA EMPRESA APOIO À DISSEMINAÇÃO DO CONHECIMENTO CRENÇA NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO PAÍS SEM MAIS PALAVRAS, VAMOS PARA MAIS UMA DÉCADA. VENHA COM A GENTE! TN Petróleo 75 1

Volta ENCARTE ESPECIAL DESTA EDIÇÃO: MAPA DA INDÚSTRIA NAVAL 2011. IMPRESSO EM PAPEL COUCHÊ BRILHO, 115 gr. FORMATO: 1,0 m X 0,7m. Colômbia Peru Acre La Paz Chile Santiago Rio Branco Venezuela Juruá Japurá Sucre Negro Solimões Purus Porto Velho Rondônia Bolívia Branco Boa Vista Roraima Madeira Negro Erin Amazonas Guiana Manaus Estaleiro Bibi Petroleiros... 120 (52 da Petrobras) Graneleiros... 22 Cargueiros...24 Porta-contêineres...13 Amapá GLP...9 Tanques químicos...6 Ro-Ro... Macapá 5 Barcaças...52 Capacidade de transporte...3,5 milhões de TPB Total de portos públicos...37 Total de portos privados...3 Terminais privados...125 Terminais da Petrobras...24 Carga transportada...733 milhões Pará de toneladas, sendo 95% (696 milhões de toneladas) no comércio exterior Cargas transportadas em navegação de longo curso...531 milhões de toneladas, ou 72% Cargas transportadas na navegação de cabotagem...170 milhões de toneladas, ou 23% Cargas transportadas em hidrovias... 31 milhões de toneladas Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro Promef Fase 1: construção de 26 navios (dez Suezmax, cinco Aframax, quatro Panamax, quatro produtos e três GLP) Posição da Fase 1: dos 26 navios previstos, 23 foram licitados e estão sendo construídos pelos estaleiros:atlântico Sul (PE) 10 navios Suezmax: preço global: US$ 1,2 bilhão; cinco navios Aframax: preço global: US$ 693 milhões; Estaleiro Ilha EISA (RJ) quatro navios Panamax: preço global: US$ 468 milhões; Estaleiro Mauá (RJ) quatro navios de produtos: preço global: US$ 277 milhões. Fase 2: construção de mais 23 navios: quatro Suezmax DP (EAS), três Aframax DP (EAS), oito produtos, cinco GLP e três Bunker). Nota: hoje a Petrobras possui uma frota de 120 petroleiros, sendo que 52 são de propriedade da estatal. Mato Grosso Programa de Renovação Cuiabá da Frota de Apoio Marítimo Prorefam Fase 1: contratação de 64 AHTs (oito de 21 mil HP, 10 de 15 mil HP e 46 de 18 mil HPs), 64 PSVs (49 de 3 mil ton e 15 de 4,5 mil ton) e 18 ORSVs. Posição da Fase 1: contratação de 13 navios: a CBO ficou com 4 PSVs; a Edson Chouest com 2 PSVs e a Wilson, Sons com 2 PSVs. A Siem-Consub e Navegação São Miguel ficaram com 2 RSVs e a Astromática, com 1 RSV. Fase 2: afretamento por oito anos de 26 navios, sendo 18 PSVs e 8 AHTS. Programaempresas Brasileiras de Navegação EBN Fase 1: contratação de 19 navios operando até 2014; duração do contrato: 15 anos. Posição da Fase 1:Navegação são Miguel: três navios bunker de 4,5 mil TBP; Delima:um navio bunker de 2,5 mil TPB; Global:três navios de 45 mil TPB para produtos claros; Elcano:três navios gaseiros de 7 mil m³; Kingfish:três navios Campo de 45 mil Grande TPB para produtos escuros;pancoast:dois navios de 45 mil TPB para produtos claros e dois navios de 45 mil TBP de produtos escuros. Paraguai Argentina Amazonas Suriname Guiana Francesa Tapajós Uruguai ESTALEIRO RIO GRANDE, Rio Grande, RS Processamento de aço: 100 mil ton/ano Facilidades industriais: área construída: 550 mil m²; galpão coberto: 40 mil m²; dique seco: 130mx350m x 17,1 m; cais norte; 42 m; cais sul: 350 m; pórtico (Golias): 600 t; carretas hidráulicas: 400 t. Obras em construção: módulos da semisubmersível P-55, FPSO P-58 e oito cascos para FPSOs. Montevidéu Santarém Amazonas Represa de Itaipu Frota mercante em operação Jari Movimentação portuária Tipos de carga Granel sólido 59%; granel líquido 27% (combustíveis, óleos minerais e produtos químicos); carga geral 14%, desde percentual 62% foi através de 4,550 milhões de contêineres. Fonte: Antaq 2009, 2010 Fase 2: contratação de 20 navios petroleiros (três Aframax, três Panamax, quatro de 45 mil TPB para produtos claros, quatro de 45 mil TBP para produtos escuros, dois de 18 mil TBP para Mato Grosso do Sul produtos escuros, quatro gaseiros: dois de 12 mil m³ e dois de 8 mil m³), operando até 2016, duração do contrato: 15 anos. Posição da Fase 2: Kingfish: oito navios de 45 mil TPB, sendo quatro para produtos claros e quatro para produtos escuros; Brazgax/Brazil Gas:quatro navios de GLP, sendo dois de 8 mil m³ e dois de 12 mil m³. ESTALEIRO NAVSHIP, Navegantes, SC Processamento de aço: 15 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 175 mil m²; área coberta: 31.145 m²; carreira de lançamento: capacidade de lançamento de embarcações de até 115 metros de comprimento e acima de 7 mil ton de arqueação. Obras em construção: barcos de apoio offshore Rio Grande do Sul Rio Grande Paraná Xingu Araguaia Parapanema Paraná Santa Catarina Porto Alegre Estaleiro Rio Grande Ilha de Marajó Tocantins Represa de Tucuruí Goiás Joinville Goiânia Paranaíba Tiete Curitiba Araguaia Palmas Brasil Uberlândia Uberaba Ribeirão Preto Paulínia Guarulhos Barueri São Paulo Santos Paranaguá São Francisco do Sul Itajaí Belém São Paulo Tocantins Brasília Florianópolis Rio Maguari Tocantins DF Números do Brasil 2 Área 8.547.403 km População 191 milhões 2 Densidade 20 hab./km PIB R$ 3,1 trilhões Crescimento do PIB 7,5% ao ano (2010) Renda per capita R$ 17.000 Força de trabalho 80 milhões Extensão da costa 7.367 km Rios navegáveis 36 mil km (3º no mundo) São Luís Maranhão Minas Gerais Belo Horizonte Redonda São Francisco Angra dos Reis São Sebastião Wilson, Sons Vellroy Intermarine São Francisco Rio d Janei Ilha D Rio de Ilha Re Janeiro Ocean Números da indústria em 2010 Empregos diretos... Empregos indiretos... Massa salarial... Faturamento estimado... Carteira de encomendas: nos últimos 10 realizados 230 empreendimentos, sendo: barcos de apoio marítimo e cerca de 70 reb apoio portuário, empurradores e balsas pa fluvial e outras embarcações. Decisões em 2011: construção dos 8 navi para a Transpetro, de 13 sondas de perfur

ERIN ESTALEIROS RIO NEGRO, Manaus, AM ESTALEIRO RIO MAGUARI, Belém - PA INACE, Fortaleza, Ceará ESTALEIRO ATLÂNTICO SUL, Ipojuca, PE STX OSV PROMAR, Suape, PE PARAGUAÇU, São Roque do Paraguaçu, BA STX OSV BRAZIL OFFSHORE, Niterói, RJ Processamento de aço: 5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 60 mil m²; área construida: 30.130 m²; potência elétrica instalada: 3.500 KW; 1 carreira para lançamento de navios até 20 mil TPB; 4 carreiras cobertas com comprimento de 60 m, podendo construir embarcações de até 12 mil TPB. Obras em construção: empurradores, rebocadores e chatas. Processamento de aço: 6 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 120 mil m²; área coberta: 6 mil m²; dique seco: 120 m de comprimento x 35 m de largura; catenária para fabricação e lançamento de balsas: 120 m de comprimento x 30 m de largura; 2 galpões para fabricação e pré-montagem: 5.703 m²; almoxarifado de campo: 3.860 m²; almoxarifado coberto: 936 m²; almoxarifado avançado e ferramentaria: 120 m²; oficina mecânica: 270 m² Obras em construção: balsas, lanchas, ferry boats, empurradores e catamarãs. Processamento de aço: 15 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 180 mil m²; área coberta: 11 mil m²; plataforma elevatória de embarcações: 80m de comprimento, 15,5 m de largura, capacidade para embarcações de até 4 mil t de peso, interligada por um ship-carrier sobre trilhos a um grande pátio de transferência, comunicando-se portrilhos com todos os berços de construção e reparos; amplas oficinas e galpões localizados nas áreas cobertas. Obras em construção: lanchas de patrulha para a Marinha do Brasil e lanchas de passeio. Processamento de aço: 160 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 780 mil m²; área coberta: 110 mil m²; dique seco: comprimento de 400 m, boca de 73 m e pontal de 12 m, servido por dois guindastes de 50 ton, dois de 15 ton e um golias de 1 mil ton; cais: 700 m de cais de acabamento, servido por dois guindastes de 35 ton, e 350 m de cais para construção e reparo de unidades offshore; transportadores horizontais de blocos: dois de 300 ton. Obras em construção: 10 Suezmax, 5 Aframax, casco da semisubmersível P-55, 4 Suezmax DP e 3 Aframax DP. Processamento de aço: 20 mil ton/ano Facilidades industriais: área total do terreno: 800 mil m² sendo 250 mil m² área industrial; área coberta: 100 mil m²; linha de edificação: 300 m de comprimento com pórticos até 150 ton; cais de acabamento com 600 m de comprimento; sistema de lançamento através de load out com dique flutuante 150m x 40m. Obras em construção: navios gaseiros e barcos de apoio offshore. Processamento de aço: 120 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 1,5 milhão de m²; dique seco para navios com até 300 m de comprimento e quatro berços de atracação. Processamento de aço: 6,5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 65 mil m²; carreira: capacidade de carga até 3 mil ton, para embarcações com até 100 m de comprimento ; cais de acabamento: 300 m de comprimento; guindastes instalados na carreira ao longo do cais, com capacidade até 250 ton; oficinas de montagem providas de facilidades e equipamentos de carga; dique flutuante para embarcações de até 110 m de comprimento, 18 m de boca e deslocamento de 3.500 ton Obras em construção: barcos de apoio offshore (AHTS, PSV, OSCV, pipelaying). Pecém Fortaleza Inace ALIANÇA, Niterói, RJ Teresina Piauí Ceará Bahia Estaleiro Bahia São Francisco Feira de Santana Estaleiro Paraguaçu Pernambuco Aratu Salvador Rio Grande do Norte Camaçari Aracaju Paraíba Natal Recife Ipojuca Suape João Pessoa Atlântico Sul STX Promar Alagoas Maceió Eisa Alagoas Sergipe UTC ENGENHARIA, Niterói, RJ Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 112 mil m²; instalação e área de montagem: 12.580 m²; pier nº 1: comprimento de 30 m, profundidade de 6 m; pier nº 2: comprimento de 50 m, profundidade de 7 m. Obras em construção: módulos de geração da P-56. EISA, Rio de Janeiro, RJ Processamento de aço: 52 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 150 mil m²; área coberta: 55 mil m²; carreiras: 2 carreiras laterais de lançamento para navios até 280 m x 46 m e 133 m x 22 m; guindastes: quatro, sobre trilhos, de: 1 x 60 ton; 1 x 50 ton; 2 x 20 ton; pórticos: 2, de 48 m de largura, com capacidade de 2 x 50 ton + 1 x 20 ton; cais de acabamento: 3 para navios de até 280 m, 250 m e 200 m de comprimento; galpões na área de acabamento: 3 de 125m x 25m, com 8 pontes rolantes de 5 a 10 ton Obras em construção: 4 navios Panamax e portacontâiners e barcos de apoio offshore. ESTALEIRO MAUÁ, Niterói, RJ Processamento de aço: 36 mil ton/ano Facilidades industriais: Ponta D Areia área total: 180.377 m²; área coberta: 69.140 m²; carreira longitudinal: 1 de 223mx41m, atendida por 2 guindastes de 100 ton; dique seco: 167 m x 22,50 m; cábrea: capacidade de içamento de 2.050 ton e altura de lança de 100m; cais: 2 (caisi, 350 m; caisii, de306 m), atendidos por 4 guindastes de 15, 20 e 30 ton, porte máximo: 70 mil TPB; capacidade de processamento de aço/ano: 36 mil ton. Facilidades industriais: Caximbau área total: 78 mil m²; carreira: horizontal, para construção de módulos com duas linhas, cada uma com capacidade de 280 ton/m² até 167m de extensão; cais: capacidade de 20 ton/m² (em construção). Facilidades industriais: Ilha do Caju área total: 76 mil m²; carreira: horizontal, para construção de jaquetas com duas linhas, cada uma com capacidade de 300 ton/m² até 180 m de extensão; cais: capacidade de 20 ton/m². Obras em construção: 4 navios de produtos, reparos/upgrade de plataformas de perfuração. RENAVE e ENAVI, Niterói, RJ Processamento de aço: 40 mil ton/ano Facilidades industriais: Renave área total: cerca de 200 mil m²; dique flutuante Almirante Alexandrino: 215 m de comprimento total; 35m de largura interna livre; pontal de 9,50 m sobre os picadeiros; capacidade de elevação de 20 mil t, para navios de até 80 mil TPB; dique seco Henrique Lage: 184 m de comprimento total; 27 m de largura na entrada; calado máximo de 8,50 m; capacidade para navios de até 30 mil TPB; dique seco Orlando Barbosa: 136 m de comprimento total; 17,43 m de largura na entrada; calado máximo de 4,33 m; capacidade para navios de até 8 mil TPB; dique flu tuante José Rebelo: 70 m de comprimento total; 17 m de largura interna livre; calado máximo de 4 m; capacidade de elevação de 1.800 ton. Enavi dique flutuante Almirante Guilhem :200mde comprimento total; comprimento do flutuante na linha de centro de 180 m; largura interna entre as laterais de 34 m; largura interna livre entre defensas de 32,8 m; pontal moldado de 15,6 m; altura dos picadeiros na quilha de 1,75 m; capacidade de elevação de 18 mil ton. Obras em construção: reparo de navios petroleiros, porta-contâiners e de carga geral e construção de três navios bunker. Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 61 mil m²; área coberta: 11 mil m²; carreira: para 10 mil TPB; guindastes: 60 t; cais: dois, com 100 m cada um. Obras em construção: barcos de apoio offshore. ESTALEIRO CASSINÚ, São Gonçalo, RJ Processamento de aço: 6 mil ton/ano Facilidades industriais: cais: 200 m; dique seco: 69 m de comprimento; 12,6 m de largura; calado máximo de 3,5 m; servido por um pórtico para 25 ton; dique flutuante: 30 m de comprimento; 14,4 m de largura; 4,2 m de calado; guindastes: 1 x 30 ton; 1 x 40 ton; 1 x 75 ton; 1 x 125 ton. Obras em construção: reforma da Boia de Sustentação de Risers para a Bacia de Santos e reparo de embarcações offshore. ARSENAL DE MARINHA, Rio de Janeiro, RJ Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: dique Almirante Régis: tem capacidade para docar navios da Marinha do Brasil ou navios mercantes de até 80 mil TPB, comprimento: 254,58 m, largura: 35,96 m, altura: 15,51 m; dique Almirante Jardim: tem capacidade para docar navios da Marinha do Brasil ou navios mercantes de até 16 mil TPB, comprimento: 165,15 m, largura: 19,00 m, altura: 11,21 m; dique Santa Cruz: tem capacidade para docar navios da Marinha do Brasil ou navios mercantes de até 2.500 TPB, comprimento: 88,45 m, largura: 9,15 m, altura: 8,50 m; dique flutuante Almirante Schieck: tem capacidade para docar navios da Marinha do Brasil ou navios mercantes de até 5 mil TPB, comprimento: 100 m, largura: 14 m; carreira: comprimento: 116 m, declividade: 6%, boca: 25 m; guindastes: 3 x 30 ton, 5 x 10 ton, 1 x 5 ton, 1 x 6 ton, 1 x 11 ton, 1 x 13 ton, 1 x 20 ton, 1 x 70 ton Obras em construção: submarino e reparo/ modernização de embarcações militares. e ro Campos água donda Cabiúnas Espírito Santo Vitória Ponta Ubú Lagoa Parda Regência o Atlântico ESTALEIRO ITAJAÍ, Itajaí, SC Processamento de aço: 12 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 168.422 m²; área coberta: aproximadamente 10 mil m² galpões de processamento e montagem de blocos e diversas oficinas, servidos por pontes rolantes e outros equipamentos; carreira de lançamento: 150 m de comprimento (em expansão para 200m); capacidade para navios de até 10 mil TPB (em expansão para 30 mil TPB); elevador de embarcações tipo Hydrolift : para embarcações pequenas, de até 570 ton de peso; sistema de transferência de pesos de até 570 ton através de uma malha de trilhos e vagonetas; cais de acabamento: 150 m de comprimento; atendido por 2 guindastes com capacidades de carga de 30 ton e 8 ton. Obras em construção: rebocadores. SÃO PA U L O MINAS GERAIS Angra dos Reis FIBRAFORT - F. MARINE, Itajaí, SC Processamento de aço: 5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 18.460 m²; área construída: 3.125 m². Obras em construção: lanchas de passeio e competição. Transnave Eisa Duque de Caxias Rio de Janeiro Rio Nave Inhaúma Arsenal de Marinha SRD Offshore Brasfels RIO NAVE, Rio de Janeiro, RJ Processamento de aço: 48 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 94.766 m² área coberta: 43.052 m²; carreira nº 1: comprimento de 230 m, largura de 36 m, capacidade para navios até 100 mil TPB, servida por 3 guindastes de 40 ton e 1 guindaste de 20 ton; carreira nº 2: comprimento de 159 m, largura de 34 m, capacidade para navios até 30 mil TPB, servida por 2 guindastes de 40 ton e 1 guindaste de 20 ton; cais de acabamento nº 1: comprimento de 182 m, profundidade de 5 m, servido por 1 guindaste de 40 ton e 1 guindaste de 20 ton; cais de acabamento nº 2: mesmas dimensões do cais nº 1, servido por 2 guindastes de 20 ton; cais de acabamento nº 3: comprimento de 76 m, profundidade de 6 m; cais de acabamento nº 4: comprimento de 115 m, profundidade de 7 m, servido por 1 guindaste de 20 ton; pier nº 1: comprimento de 35 m, profundidade de 7 m, servido por 1 guindaste de 40 ton e 1 guindaste de 20 ton; pier nº 2: comprimento de 60 m, profundidade de 7 m, servido por 2 guindastes de 20 ton. Obras em construção: reparo e modernização de embarcações de médio porte e offshore. Oceano Atlântico RIO DE JANEIRO STX Brazil Aliança Quissamã Renave/Enave Estaleiro Mauá (Caximbau) Cassinú São Miguel UTC Macaé São Gonçalo Niterói Cabo Frio Mac Laren Oil Arraial do Cabo Estaleiro Mauá (Ponta d Areia) Estaleiro Mauá (Ilha do Caju) INHAÚMA, Rio de Janeiro, RJ Processamento de aço: 50 mil ton/ano Facilidades industriais: área coberta: 16.550 m² (oficinas de caldeiraria, tubulação, estrutural e usinagem); dique nº 1: 160 m de comprimento, 25 m de largura, calado com maré zero de 4 m, capacidade para navios de até 25 mil TPB; dique nº 2: 350 m de comprimento, 65 m de largura, calado máximo de 6,20 m, capacidade para navios de até 400 mil TPB; guindastes: 1 x 100 ton, 2 x 40 ton, 1 x 20 ton; cais de acabamento 1 e 2: comprimento de 293 m, calado máximo de 6 m; cais de acabamento nº 3: comprimento de 45 m, calado máximo de 8 m; cais de acabamento nº 4: comprimento de 286 m, calado máximo de 8 m. Obras em construção: reparo de petroleiros e PSV s. DETROIT, Itajaí, SC Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 90 mil m²; área industrial: 14 mil m²; área coberta: 5 mil m²; laterais das docas elevatórias utilizadas como cais de acabamento; grua sobre trilhos com capacidade de até 4 ton ; 2 guindastes móveis com capacidade de 200 ton cada um; 2 carros de transferência para embarcações de médio porte; galpões equipados com cinco pontes rolantes de 4 a 10 ton de capacidade a 15 m de altura para atender às oficinas de montagens de blocos, mecânica, elétrica e acabamento; docas elevatórias (capacidade máxima): 110 m comprimento, 23 m de boca livre, 5,50 m de calado livre, capacidade de içamento de 3.600 ton, sistema eletromecânico computadorizado, com controle por meio de células de carga, para estabilidade na operação. Obras em construção: rebocadores e barcos do tipo LH 3000. SRD OFFSHORE, Angra dos Reis, RJ Processamento de aço: 15 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 85 mil m²; área coberta: 7.170 m²; dique flutuante: 76,4 m de comprimento, 29,20 m de largura e calado com 2,70 m; cais nº 1: extensão de 80 m, calado máximo de 6 m, servido por um guindaste de 8 ton; cais nº 2: extensão de 80 m, calado máximo de 6 m; carreira longitudinal para embarcações de até 120 ton. Obras em construção: um rebocador de 25 TTE; um rebocador de 50 TTE; um rebocador de 80 TTE. WILSON, SONS, Guarujá, SP Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 22 mil m²; carreira/dique: comprimento de 205 m, largura de 16 m, calado máximo de 5 m, capacidade para embarcações de até 1.500 TPB Obras em construção: barcos de apoio. TWB, Navegantes, SC Processamento de aço: 10 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 78 mil m²; áreas cobertas não industriais: 900 m²; áreas cobertas industriais: 7.386 m²; carreira: 75 m de comprimento por 16 m de largura, com capacidade para embarcações de até 1.800 ton de peso leve. Obras em construção: ferry boats e barcos de passeio. BRASFELS, Angra dos Reis, RJ Processamento de aço: 50 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 1 milhão m², aproximadamente; área coberta: 135 mil m², aproximadamente; carreira nº 1: 174 m de comprimento; 30 m de largura; capacidade para navios de até 45 mil TPB, servida por um guindaste de 80 ton e um guindaste de 40 ton; carreira nº 2: 310 m de comprimento, 45 m de largura, capacidade para navios de até 150 mil TPB, servida por 2 guindastes de 80 ton; carreira nº 3: 300 m de comprimento, 70 m de largura, capacidade para navios de até 600 mil TPB, servida por um guindaste de 40 ton, um guindaste de 80 ton e um pórtico de 660 ton; dique seco: 80 m de comprimento, 70 m de largura, servido pelos mesmos guindastes da carreira nº 3 e pelo pórtico de 660 ton; cais de agulha: 313 m de comprimento, extensão de 54 m, servido por um guindaste de 40 ton e um guindaste de 80 ton; cais de acabamento: 200 m de comprimento, extensão de 130 m, servido por um guindaste de 40 ton; pista um: 460 m de comprimento, servida por 2 guindastes de 80 ton; pista dois: 460 m de comprimento, servida por um guindaste de 80 ton; pista três: 460 m de comprimento, servida por um guindaste de 40 ton. Obras em construção: semisubmersível P-56, TLWP P-61, modernização de 3 navios-sonda para a Noble e modernização do BGL-1. VELLROY, Osasco, SP Processamento de aço: 5 mil ton/ano Facilidades industriais: área total: 50 mil m²; área coberta: 40 mil m²; guindastes: um pórtico móvel para 26 ton, um pórtico móvel para 50 ton, seis pontes rolantes para 10 ton, uma ponte rolante para 50 ton e uma ponte rolante para 20 ton. Obras em construção: lanchas de passeio....80 mil...300 mil...r$ 4 bilhões...r$ 5 bilhões anos foram 90 navios, 146 ocadores de ra transporte os gaseiros ação (de um Fonte: Petrobras, Sinaval e Abeam total de 28 previstos); 8 cascos de plataformas FPSOs, a serem construídas na área do dique seco no Estaleiro Rio Grande, pela Engevix; integração dos módulos da P-58 pela Queiroz Galvão; construção da TLWP P-61 no estaleiro BrasFels, em Angra dos Reis (consórcio Keppel Fels/J. Ray McDermott); integração dos módulos da P-62 (consórcio Camargo Corrêa/Iesa) e a Quip com os módulos de produção da plataforma P-63, em Rio Grande. Nota: em 2011, serão entregues cinco navios à Transpetro e outras seis embarcações serão lançadas ao mar para acabamentos finais (Promef). Encarte Especial Revista TN Petróleo nº 75 RevistaBrasileirade TECNOLOGIAe NEGÓCIOS depetróleo,gás,petroquímica,químicafina ebiocombustíveis RuadoRosário,99/7ºandar RiodeJaneiro,RJ,Brasil CEP20041-004 Tel/Fax:55213221-7500 tnpetroleo@tnpetroleo.com.br www.tnpetroleo.com.br www.tbpetroleum.com.br 2011-BenícioBizEditoresAssociadosLtda. Promef (1 e 2), Prorefam (1 e 2), EBN (1 e 2) e PN Petrobras 2010-2014 Indústria Naval 2011 Oportunidades no offshore e os novos investimentos da Transpetro Fonte: MME, MT, ANP, BNDES, FMM, IBGE, Petrobras, Transpetro, Sinaval, Abeam, Arsenal de Marinha RJ, Antaq.

sumário edição nº 75 nov/dez 2010 14 Entrevista exclusiva com Maurício Figueiredo, vice-presidente para a América Latina da americana Baker Hughes A era do petróleo fácil acabou 17 Baker Hughes: mais de US$ 250 milhões no Brasil 18 Especial: retrospectiva 2010 Um ano incomum 48 Biocombustíveis Na roda dos biocombustíveis 52 Etanol: pioneirismo brasileiro 53 Petrobras dá início às obras do etanolduto 54 Bons ventos no Brasil 56 Alegria, o maior parque eólico do Brasil 59 China terá usina eólica de 10,8 milhões de quilowatts 61 Produção local

66 7º Encontro Nacional do Prominp: Competitividade e mais espaço 68 Prêmio Profissional de Destaque da Indústria de Petróleo e Gás: Reconhecimento Coffee Break 86 Mudança de paradigma, por João Amato Neto e Gil Anderi da Silva 88 Gestão do investimento social privado no setor petrolífero, por Roberto Dertoni, Lucilene Danciguer e Edison Durval Ramos de Carvalhos 106 Internacionalização do E&P no mercado de óleo e gás no Brasil, por Marcos Mazzaroppi 112 O impacto dos grandes sinistros no setor de óleo & gás e considerações sobre seguros e gestão de riscos para a indústria, por Paulo Niemeyer Neto 114 A melhor estratégia é ter uma proposta de valor atraente, por Fernando Armbrust Lohmann 116 Incubadoras para o futuro, por José Octávio Armani Paschoal seções 5 editorial 6 hot news 10 indicadores 64 eventos 70 perfil profissional 75 caderno de sustentabilidade 64 Terceiro navio do Promef é lançado ao mar 120 A bicentenária Biblioteca Nacional artigos 94 pessoas 98 produtos e serviços 118 fino gosto 120 coffee break 123 feiras e congressos 124 opinião Liderança em Classificação e Certificação Offshore e-mail: absrio@eagle.org Tel: + 55 21 2276-3535 CONSELHO EDITORIAL Affonso Vianna Junior Alexandre Castanhola Gurgel André Gustavo Garcia Goulart Antonio Ricardo Pimentel de Oliveira Bruno Musso Colin Foster David Zylbersztajn Eduardo Mezzalira Eraldo Montenegro Flávio Franceschetti Francisco Sedeño Gary A. Logsdon Geor Thomas Erhart Gilberto Israel Ivan Leão Jean-Paul Terra Prates João Carlos S. Pacheco João Luiz de Deus Fernandes José Fantine Josué Rocha Luiz B. Rêgo Luiz Eduardo Braga Xavier Marcelo Costa Márcio Giannini Márcio Rocha Melo Marcius Ferrari Marco Aurélio Latgé Maria das Graças Silva Mário Jorge C. dos Santos Maurício B. Figueiredo Nathan Medeiros Roberto Alfradique V. de Macedo Roberto Fainstein Ronaldo J. Alves Ronaldo Schubert Sampaio Rubens Langer Samuel Barbosa Ano XII Número 75 nov/dez 2010 Fotos: Agência Petrobras, BP e Braskem

CALL FOR PAPERS CLOSES MARCH 2011 The 20th World Petroleum Congress First for the Middle East 4-8 December 2011, Doha, Qatar. Qatar: Energy supplier to the world 20th WPC Call for Papers Submit your Abstract now at www.20wpc.com and join 500 Industry Leaders on the Speakers Panel Your chance to present a Paper or Poster to over 4,000 Delegates at the 20th WPC Host Sponsor NATIONAL SPONSORS PLATINUM SPONSORS GOLD SPONSORS AND OFFICIAL PARTNERS SILVER SPONSORS 4 TN Petróleo 75

editorial Rua do Rosário, 99/7º andar Centro CEP 20041-004 Rio de Janeiro RJ Brasil Tel/fax: 55 21 3221-7500 www.tnpetroleo.com.br tnpetroleo@tnpetroleo.com.br DIRETOR EXECUTIVO Benício Biz beniciobiz@tnpetroleo.com.br DIRETORA DE NOVOS NEGÓCIOS Lia Medeiros (21 8241-1133) liamedeiros@tnpetroleo.com.br EDITORA Beatriz Cardoso (21 9617-2360) beatrizcardoso@tnpetroleo.com.br EDITOR DE ARTE, CULTURA E VARIEDADES Orlando Santos (21 9491-5468) REPÓRTERES Cassiano Viana (55 21 9187-7801) cassiano@tnpetroleo.com.br Maria Fernanda Romero (55 21 8867-0837) fernanda@tnpetroleo.com.br Rodrigo Miguez (21 9389-9059) rodrigo@tnpetroleo.com.br RELAÇÕES INTERNACIONAIS Dagmar Brasilio (21 9361-2876) dagmar.brasilio@tnpetroleo.com.br DESIGN GRÁFICO Benício Biz (21 3221-7500) beniciobiz@tnpetroleo.com.br PRODUÇÃO GRÁFICA E WEBMASTER Laércio Lourenço (21 3221-7506) webmaster-tn@tnpetroleo.com.br Marcos Salvador (21 3221-7510) marcossalvador@tnpetroleo.com.br REVISÃO Sonia Cardoso (21 3502-5659) DEPARTAMENTO COMERCIAL José Arteiro (21 9163-4344) josearteiro@tnpetroleo.com.br Cristina Pavan (21 9408-4897) cristinapavan@tnpetroleo.com.br Lorraine Mendes (21 8311-2053) lorraine@tnpetroleo.com.br Bruna Guiso (21 7682-7074) bruna@tnpetroleo.com.br assinaturas Rodrigo Matias (21 3221-7503) matias@tnpetroleo.com.br CTP e IMPRESSÃO Walprint Gráfica DISTRIBUIÇÃO Benício Biz Editores Associados. Os artigos assinados são de total responsabilidade dos autores, não representando, necessariamente, a opinião dos editores. TN Petróleo é dirigida a empresários, executivos, engenheiros, geólogos, técnicos, pesquisadores, fornecedores e compradores do setor de petróleo. ENVIO DE RELEASES Sugestões de temas ou envio de matérias devem ser feitos via fax: 55 21 3221-7511 ou pelo e-mail tnpetroleo@tnpetroleo.com.br Filiada à Entre o pré e o pós-sal Dessa vez o ano começou rápido, sem aquela letargia pré-carnavalesca que parecia nos acometer nos meses de janeiro e fevereiro, até se dissiparem os sons da festa de Momo. Não tanto pelo fato de o carnaval cair desta vez na primeira semana de março, mas sim por outros fatores, que fizeram o país arregaçar as mangas logo na primeira semana de 2011. A começar pela posse da primeira mulher eleita presidente da República no Brasil, Dilma Rousseff, que comandou o Ministério de Minas e Energia e foi ministrachefe da Casa Civil, tendo um papel decisivo na formulação da política energética do Governo Lula. Confirmada a permanência (já esperada) de Edson Lobão no MME, e a continuidade ou nomeação de outros ocupantes do primeiro escalão, o país sabe que os próximos meses serão de dura negociação entre Governo e aliados. Inclusive no que se refere ao setor de petróleo e gás, que depende de uma definição do Congresso quanto ao cálculo a ser adotado para os royalties do petróleo do pré-sal, para que seja realizada a primeira etapa de licitações para a exploração de novos blocos dessa rica área. Com isso, acredita-se que o leilão das áreas do pós-sal e demais blocos seja realizado no primeiro semestre, mas que somente no segundo entrarão em licitação blocos do pré-sal. Independente das camadas em que o petróleo e o gás natural venham despontando nas bacias brasileiras inclusive em terra firme, na Bacia de Parnaíba, o Brasil continua despertando o interesse dos investidores e de grandes e pequenas companhias da cadeia produtiva de óleo e gás, como o leitor poderá conferir na retrospectiva 2010 que a TN Petróleo traz nessa edição. Mais além do petróleo, o país continua avançando na área da energia, tanto no que diz respeito aos biocombustíveis, dos quais é um dos pioneiros, como no que se refere à energia eólica, que vem mudando a cara do Nordeste brasileiro, cada vez mais povoado das grandes pás que retiram do vento a energia do futuro. A aceleração dos projetos do présal, com o afretamento de duas novas plataformas do tipo FPSO destinadas aos projetos-pilotos da área de Guará-Norte e do campo de Cernambi (antiga área de Iracema), mostram que a Petrobras não tem tempo a perder. E que pretende continuar na vanguarda dos acontecimentos, mesmo face as primeiras especulações em torno do pré-sal da costa oeste da África. Enfim, não vai faltar assunto para as próximas edições da TN Petróleo, que mantém firme seu compromisso de ser a revista dessa indústria que está dando uma contribuição decisiva para o desenvolvimento econômico do Brasil. Seja do pós-sal ou do pré-sal. Benício Biz Diretor executivo da TN Petróleo TN Petróleo 75 5

hot news Petrobras: recorde de produção e reservas ampliadas A petroleira brasileira, alçada a uma das cinco maiores companhias de energia do mundo, encerrou o ano com toda corda. Primeiro, agregou 8,3 bilhões de barris de óleo equivalente às suas reservas prováveis ao declarar a comercialidade dos campos de Tupi e Iracema e batizando-os, respectivamente, Lula e Cernambi. Depois, comemorou três recordes de produção de petróleo no Brasil em dezembro: a média mensal de 2.120 mil barris por dia (contra 2.033 mil barris, em abril de 2010), superior em 4,4% à de novembro (2.030 mil bpd); o recorde diário de 2.256 mil barris, no dia 27 de dezembro, consolidando um patamar de produção superior a 2 milhões de barris por dia (2.003 mil bpd) recorde anual. Esse desempenho decorreu, principalmente, da entrada em operação de cinco novos poços na Bacia de Campos, nos campos de Cachalote e Baleia Franca, ambos interligados ao FPSO Capixaba; os poços JUB-9 e JUB-14, interligados à recém-instalada plataforma P-57, no campo de Jubarte; e o CRT-43, batizado provisoriamente de Carimbé, que é um poço produtor do pré-sal do campo de Caratinga, conectado à plataforma P-48. O bom desempenho dos campos localizados em áreas maduras das regiões Norte, Nordeste e do estado do Espírito Santo também contribuiu para os bons resultados. Doze novos navios contratados Outro destaque, ainda, é a entrada em produção do poço SPS-55, que deu início ao Teste de Longa Duração da área de Guará, no pré-sal da Bacia de Santos. O TLD com duração estimada de cinco meses e produção diária esperada de 14 mil barris de óleo por dia está sendo realizado no poço produtor SPS-55, utilizando o navio-plataforma FDPSO Dynamic Producer. A área de Guará, sob concessão do consórcio formado pela Petrobras (operadora), BG Group e Repsol, está localizada no bloco BM-S-9, a cerca de 300 km da costa do estado de São Paulo. Os volumes recuperáveis de óleo e gás na área de Guará estão estimados entre 1,1 e 2 bilhões de barris de óleo equivalente, de boa qualidade, com cerca de 30º API. Área Campo Volume Recuperável Total (bilhões de boe) Lula e Cernambi O campo de Lula será o primeiro supergigante de petróleo do país (volume recuperável acima de 5 bilhões de boe), e o de Cernambi está entre os cinco maiores campos gigantes do Brasil. Os 11 poços concluídos nas duas áreas e o Teste de Longa Duração (TLD) na área º API Tupi Lula 6,5 28 Iracema Cernambi 1,8 30 Total 8,3 PA-BRSA628 CERNAMBI 20 km LULA de Tupi, iniciado em abril de 2009, geraram as principais informações para embasar o volume recuperável total que está sendo divulgado hoje pela companhia, assim como os Planos de Desenvolvimento da Produção para os campos de Lula e Cernambi. O Bloco BMS-11 é operado pela Petrobras, que detém 65% da concessão, tendo como outros concessionários as empresas BG Group com 25% e Galp Energia com 10%. A Petrobras assinou, no apagar das luzes de 2010, 12 novos contratos de afretamento de navios, por um período de 15 anos, previsto na segunda fase do Programa Empresas Brasileiras de Navegação (EBN2). Os documentos foram assinados pelo diretor de Abastecimento, Paulo Roberto Costa. Foram contratados oito navios com a empresa Kingfish do Brasil Navegações Ltda, sendo quatro embarcações de 45 mil toneladas de porte bruto (TPB) para produtos claros (nafta, diesel, querosene, gasolina) e outras quatro de 45 mil toneladas de porte bruto (TPB) para produtos escuros (petróleo, óleo combustível, entre outros). Já com a empresa Brazgax/Brazil Gás Transportes Marítimos foram contratados quatro navios de GLP, dois com capacidade de 8 mil m³ e outros dois de 12 mil m³. As embarcações deverão ser entregues entre 2013 e 2017. O programa EBN é parte integrante de um conjunto de iniciativas da Petrobras para estimular a construção naval no Brasil. Essa ação pretende reduzir a dependência do mercado externo de fretes marítimos, gerar empregos e tem como referência parâmetros internacionais de custos e qualidade. Ilustração: Agência Petrobras 6 TN Petróleo 75

Multinacionais: mais P&D no Brasil Halliburton e TenarisConfab assinam contrato para construção de centros de pesquisa no Parque Tecnológico da UFRJ Foto: Divulgação TenarisConfab As multinacionais Halliburton, prestadora de serviços para exploração e produção de petróleo, e TenarisConfab, fabricante de tubos aço, assinaram no dia 21 de dezembro de 2010 contrato com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para concessão de uso de área do Parque Tecnológico, localizado na Ilha da Cidade Universitária. As duas empresas vão construir unidades de pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias para o setor de petróleo e gás. A chegada das empresas confirma a vocação do Parque da UFRJ nessa área, que já conta com empresas como Schlumberger, FMC, Baker Hughes e Usiminas. A previsão é que as obras sejam iniciadas no segundo semestre de 2011 e sejam concluídas até o final de 2012. A Halliburton, que ocupará um terreno de 7.000 m², investirá de US$ 10 a 15 milhões na construção do centro de pesquisa, que terá como foco a caracterização e o monitoramento de reservatórios; a produtividade, construção e completação de poços de petróleo. A empresa pretende desenvolver soluções para estimulação e performance de poços, área eletrônica e desenvolvimento de softwares em 3D e visualização. Já a TenarisConfab ocupará um terreno de 4.000 m², no qual vai construir seu quinto centro de P&D no mundo, destinado aos setores de petróleo e gás, mineração, construção civil e automobilística. O novo centro terá investimentos de US$ 21 milhões, e tem por objetivo desenvolver novas tecnologias para soldagem de tubos, testes e simulações para tubos de grande diâmetro e estudos de revestimentos metálicos de polímeros. Além disso, haverá um setor para cuidar especificamente das conexões premium TenarisHydril, destinadas a operações de perfuração de poços de P&G. Os outros centros de pesquisa da empresa estão localizados na Argentina, México, Itália e Japão. Durante a cerimônia de assinatura do contrato, o vice-presidente executivo da TenarisConfab, Túlio Chipoletti, destacou a importância da aproximação da companhia com a universidade como forma estratégica para o desenvolvimento tecnológico do Brasil. Em janeiro de 2011, haverá novo processo seletivo para as três últimas vagas voltadas para a ocupação de empresas de grande porte no Parque Tecnológico. O Parque Tecnológico foi inaugurado em 2003 tendo como meta estimular a interação entre a universidade seus alunos e corpo acadêmico e empresas que fazem da inovação o seu cotidiano. São 350.000 m² para abrigar empresas de setores intensivos em diferentes áreas de conhecimento. Repsol e Sinopec: negócios conjuntos O presidente da Repsol, Antonio Brufau, e o da Sinopec, Su Shulin, realizaram no início de janeiro a primeira reunião conjunta, desde que a companhia chinesa aportou US$ 7,111 bilhões na subsidiária da petroleira espanhola no Brasil, no processo de ampliação de capital subscrito integralmente pela nova parceira. Foto: Divulgação Os dois executivos acordaram criar grupos de trabalho específicos para buscar novas oportunidades de negócios conjuntos no mundo, indicando que essa aliança pode ir mais além do Brasil. Existem grandes sinergias entre a Repsol e a Sinopec, e o entendimento entre nossas companhias estabelece as bases para continuar potencializando nossa aliança e explorar novas oportunidades de negócios conjuntos em todo o mundo, declarou Brufau. O sucesso do acordo entre a Sinopec e a Repsol reflete o desejo compartilhado por ambas as companhias de que este seja o início de uma aliança ampla e duradoura. Colocaremos todo nosso empenho para consolidar e desenvolver nossa relação com a Repsol, confirmou Su Shulin. A Repsol tem 60% do capital social da companhia brasileira e a Sinopec os 40% restantes. Estas porcentagens se refletem na composição do Conselho de Administração e nos órgãos diretivos da companhia. A operação supõe uma mais-valia contábil para a Repsol de US$ 3,757 bilhões. O montante desta operação garante os investimentos necessários para o desenvolvimento dos ativos no offshore brasileiro, que inclui algumas das maiores descobertas do mundo, como as obtidas nos blocos de Guará e Carioca. TN Petróleo 75 7

hot news Primeira embarcação oceanográfica importada da Noruega chega ao Brasil Em um investimento de R$ 30 milhões, a Geodata Serviços Offshore, empresa atuante no mercado de serviços ambientais e oceanográficos ligados à exploração de petróleo offshore, adquiriu três embarcações oceanográficas vindas da Noruega. A primeira é a GSO Marechal Rondon, que foi lançada no país em dezembro de 2010. Tanto o GSO Marechal Rondon, quanto os outros navios encomendados, chegarão ao Brasil inteiramente aptos à operação, com equipamentos, tripulantes e equipe técnica embarcada. Toda a equipe de trabalho passou por treinamentos especiais de operação dos equipamentos instalados. Segundo o presidente da Geodata Serviços Offshore, Roberto Ribeiro, quando os três navios estiverem em pleno funcionamento, a meta de faturamento da empresa é de R$ 200 milhões ao ano. As embarcações estão capacitadas para coleta de solo para estudos geoquímicos, inspeção de dutos e equipamentos e também foram adaptadas para receberem ROVs (remotely operated vehicle). São embarcações de pesquisa que poderão fazer coleta de materiais e serviços como medições oceanográficas por satélite, imagens de fundo oceânico e amostragem e análise com Piston-core e Box-core, entre outros, conta Ribeiro. As Evonik prevê crescimento recorde O lucro líquido da Evonik quase quadruplicou nos primeiros nove meses, levando a empresa a prever um recorde histórico de lucros na área química e redução da dívida financeira líquida com o aumento no fluxo de capital. Os investimentos planejados visam maior crescimento. O terceiro trimestre continuou forte; os primeiros nove meses foram excelentes. Estamos satisfeitos com nosso negócio, comentou Klaus Engel, presidente do Conselho Executivo da Evonik Industries, quando o grupo publicou seus principais números financeiros para o terceiro trimestre e para os primeiros nove meses de 2010. Na área de Químicos, com maior demanda global, uma melhora substancial em capacidade de utilização e ações efetivas para aumentar a eficiência elevaram os ganhos consideravelmente. No fim dos primeiros nove meses, os pesquisas acontecerão em todos os campos já conhecidos e os novos da costa do Brasil. Eventualmente poderão ser feitos estudos marinhos não voltados para o petróleo. Sobre a escolha do nome do navio, Ribeiro conta que foi feita uma homenagem ao grande desbravador Marechal Rondon. Foi a forma que encontramos de associar algo histórico com o objetivo de exploração e pesquisa da empresa. Os outros dois navios, que irão chegar no segundo semestre de 2011, também vão homenagear figuras brasileiras com espírito desbravador, afirma. Quando os três navios estiverem em pleno funcionamento, a meta de faturamento da empresa é de R$ 200 milhões ao ano. De acordo com Ribeiro, todas as embarcações chegarão ao Brasil inteiramente aptas à operar, com equipamentos, tripulantes e equipe técnica embarcada. Toda a equipe de trabalho passou por treinamentos especiais de operação dos equipamentos Foto: Divulgação ganhos da nossa área de químicos estão a caminho de um recorde histórico, comentou Engel. A área de Energia também mostrou grande melhora. A Evonik espera que a tendência dos negócios continue positiva no quarto trimestre e anunciou uma estimativa para o ano: Esperamos resultados excelentes com mais de 20% Foto: Divulgação instalados. Os navios similares que atualmente operam no Brasil são estrangeiros que vieram cumprir contratos específicos. Eles não têm o nível operacional do nosso, que possui uma gama completa de equipamentos, podendo fazer todo o tipo de pesquisa oceanográfica, finaliza. A Geodata é controlada pela Georadar Levantamentos Geofísicos, empresa de geosserviços que atua nos segmentos de óleo e gás, de mineração e de monitoramento, diagnóstico e remediação ambiental. de crescimento de vendas, disse Engel. Ao mesmo tempo, a Evonik iniciou investimentos estrategicamente importantes para garantir que a trajetória de crescimento continue no longo prazo. O Grupo Evonik tem expectativas de que a tendência de bons negócios continue no quarto trimestre, apesar de que fatores sazonais indiquem que não será possível manter os bons números dos trimestres anteriores. Em geral, a Evonik prevê um desempenho excelente para o ano fiscal de 2010. Graças à demanda global sustentada, se espera que as vendas cresçam mais de 20% durante o ano. Os lucros serão consideravelmente maiores que no ano anterior. O Grupo antecipa que a área de Químicos apresentará um desenvolvimento especialmente bem sucedido e relatará um histórico recorde de lucros antes de juros e impostos. 8 TN Petróleo 75

Aprimore e oriente seu caminho para uma produtividade superior. Mais que lubrificantes de tecnologia avançada uma parceria com você para ajudar no aumento da produtividade. Quando você confia em nós, nunca está sozinho. Pois nós não vendemos apenas produtos. Trabalhamos juntos para garantir que você tenha o suporte técnico apropriado. Incluindo programas de suporte analítico executados globalmente por nossos representantes de vendas e engenheiros treinados tudo para ajudar a reduzir o seu custo total de operação. Portanto, eleve os seus equipamentos marítimos para níveis superiores com Mobil Industrial Lubricants. Afinal, por que se contentar com um navio que flutua, quando você pode ter um que voa? Visite www.cosan.com.br/mobil para mais informações. 2010 ExxonMobil Corporation. O logotipo Mobil e o desenho do Pegasus são marcas registradas da ExxonMobil Corporation, de suas subsidiárias ou distribuidores autorizados. TN Petróleo 75 9

indicadores tn 2010: recorde de consumo e importações de aço, mas sobra capacidade na indústria nacional O Brasil deve fechar 2010 com recorde de consumo aparente de produtos siderúrgicos, impactado fundamentalmente pelo aumento das importações. Segundo previsão do Instituto Aço Brasil (IABr), o consumo aparente deve ser de 26,8 milhões de toneladas este ano, 44% a mais do que em 2009 e 11% acima de 2008, período pré-crise. O acréscimo constatado em 2010 em relação aos dois anos anteriores deve-se às importações, que no ano em curso estão estimadas em 5,9 milhões de toneladas, crescimento de 154% na comparação com o ano passado e de 123% em relação a 2008. No pós-crise, a América Latina passou a atrair volumes crescentes de exportações e isso foi percebido claramente no Brasil. O recorde de consumo infelizmente não significou recorde de produção de aço no país, mesmo com sobra de capacidade, afirmou o presidente do Conselho Diretor do IABr, André B. Gerdau Johannpeter. O aumento das importações reflete em muito os efeitos do câmbio valorizado, da persistência de elevados excedentes de oferta no mercado internacional e a existência de incentivos estaduais à importação. Tais incentivos têm prejudicado o desenvolvimento da indústria e a geração de empregos no país e já tiveram sua constitucionalidade questionada junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) por órgãos representantes do empresariado e dos trabalhadores. A produção brasileira de aço bruto está estimada pelo Instituto Aço Brasil, para 2010, em 33,1 milhões de toneladas, crescimento de 25% em relação ao ano passado. As vendas internas devem apresentar crescimento de 30,4% em relação a 2009, chegando a 21,3 milhões de toneladas. As exportações de produtos siderúrgicos no período devem totalizar 8,7 milhões de toneladas e 5,5 bilhões de dólares, representando aumento de apenas 1% de volume, quando comparado com 2009. Frente às projeções macroeconômicas do Brasil para 2011, o IABr estima o consumo aparente de produtos siderúrgicos em 28,3 milhões de toneladas no ano que vem, aumento de 6%. Não conseguimos, porém, estimar números de comércio exterior, porque dependerá da evolução das condições de competitividade da indústria brasileira frente à concorrência desleal, custos tributários elevados e política cambial. Entendemos que Foto: Banco de Imagens Stock.xcng no mundo pós-crise, muito mais competitivo, torna-se imprescindível preservar o mercado interno e priorizar o crescimento sustentado, disse o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes. Empreendedores se recuperam com novas contratações Brasil mostra fortes sinais de que o empreendedorismo está se preparando para um grande impulso de recuperação com investimentos em pessoal. Empreendedores de todo o mundo estão mais inclinados a apostar no aquecimento econômico e contratar pessoal do que as grandes empresas. E, como as PMEs respondem por mais de 50% do emprego em qualquer economia, esse é um importante indicador de crescimento futuro. A Regus, empresa de soluções de espaço de trabalho, colheu as opiniões de empresários no mundo inteiro, para obter um panorama do setor de PMEs nos diferentes países. Entre os empreendedores que participaram da pesquisa, 2/3 (40%, líquido) dos entrevistados pretendem aumentar o quadro funcional de suas empresas nos próximos seis meses, ante uma média de 36%, líquido, entre as grandes companhias. Além disso, as empresas estão tão abertas a empregar mães em retorno ao mercado de trabalho quanto as corporações (36%). Participaram da pesquisa mais de cinco mil empreendedores de 78 países, que responderam a perguntas sobre as recentes tendências na receita e no lucro de suas empresas, além de intenções de contratação nos próximos seis meses. Outra conclusão do estudo é que os pequenos empreendimentos tendem a ser mais flexíveis quanto ao local de trabalho (76%) do que as empresas em geral (66%), um indicador de que atender às necessidades do pessoal é uma prioridade que essas companhias reconhecem como necessidade para reter os melhores talentos. No Brasil, 56% das empresas são flexíveis quanto à localização do ambiente de trabalho, 56% (líquido) pretendem aumentar pessoal e mais de 1/3 (39%) planejam contratar mães voltando a trabalhar. As empresas empreendedoras confirmam seu papel como motores do crescimento, fornecendo o combustível para acelerar o crescimento de seu país, afirma Mark Dixon, diretor executivo da Regus. Apesar de as estatísticas de desempenho mostrarem resultados mistos, os indicadores de expansão gerais sinalizam estabilização, observa Dixon. Na comparação com corporações em situação estável, os projetos dos empreendedores, por sua própria natureza, estão expostos a um maior nível de risco, são altamente voláteis e mais sensíveis a altos e baixos no lucro e na receita, reflete. Para Dixon, um indicador mais relevante na avaliação do nível de confiança no curto prazo é a atitude das PMEs de empreendedores em relação ao aumento de pessoal. No Brasil, onde as PMEs respondem por 50% do emprego no setor privado e representam 99% dos 5,8 milhões de empresas formais, vemos fortes sinais de que o empreendedorismo está se preparando para um grande impulso de recuperação com investimentos em pessoal. Em vez de reduzir os recursos humanos, as PMEs estão optando por oferecer mais flexibilidade quanto ao local de trabalho e reduzir custos com espaço físico para escritórios, para atrair e recompensar funcionários com grandes talentos, como mães retornando ao mercado 10 TN Petróleo 75