PROJETOS COOPERAÇÃO
A trajetória da infância e adolescência em Capelinha, ao longo dos anos, teve inúmeras variações, reflexos das diferentes óticas, desde uma perspectiva correcional e repressiva, visando proteger a sociedade de crianças e adolescentes em situação irregular, até uma visão de garantia de direitos, com o objetivo de oferecer proteção integral.
A CHEGADA DA CIFA EM CAPELINHA, no ano de 2006, foi o início de uma trajetória de mudança na realidade das instituições de abrigo.
PROJETO REFORÇO DO CENTRO DE ACOLHIMENTO LAR MAMÃE DOLORES Abriga meninas de 0 a 18 anos e meninos de até 4 anos.
Duração: 18 meses Foram investidos R$ 176.102,55
Foi o primeiro Projeto financiado pela CIFA. O Projeto reforçou o Centro Mamãe Dolores, garantindo reforma e ampliação do prédio.
Além da reforma o Projeto possibilitou a contratação de profissionais para qualificação do atendimento: 02 psicólogas e 01 assistente social para atendimento clínico, terapêutico, acompanhamento aos processos de adoção e resgate de vínculos familiares;
Contratação de profissionais para realização de oficinas de formação profissional (artes e cabeleireiro); Atividades Educativas e de Lazer (Esportes, Dança e Capoeira).
Projeto Casa Lar Masculina Foram investidos R$ 207.674,900 Instituição de abrigo Casa Lar Masculina Abriga meninos de 4 a 18 anos.
Construção da Sede.
Atendimento e acompanhamento social e psicológico;
Realização de Oficinas de Esportes, Aula de Violão,Palestras; Aulas de capoeira e dança.
Projeto Diagnóstico da Situação da Infância e Adolescência do município de Capelinha. Foram Investidos R$ 28.107,00
A realização de um diagnóstico sobre a situação da criança e do adolescente no município de Capelinha foi possível a partir da parceria entre a CIFA, o e prefeitura municipal. Para realizar este intento, o de Capelinha estabeleceu uma parceria com o Instituto da Criança e do Adolescente da Pró-Reitoria de Extensão da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (ICA/PROEX- PUC Minas).
A metodologia mais significativa utilizada foi a de GRUPOS FOCAIS, que consistiu em reunir grupos de crianças, adolescentes e adultos, de diferentes localidades, para ouvir sua opinião, seus anseios e necessidades.
Foram realizadas entrevistas em comunidades urbanas e rurais, escolas, abrigos, programas, ONG s, secretarias municipais, conselhos, autoridades do executivo, legislativo e judiciário. Profissionais de diversos segmentos, pais, crianças, adolescentes foram ouvidos.
Grupo focal com pais da comunidade rural do Galego Grupo focal com jovens da comunidade rural de Vendinhas.
Numa sociedade, porém, de gosto autoritário como a nossa, elitista, discriminatória, cujas classes dominantes nada ou quase nada fazem para a superação da miséria das maiorias populares, consideradas quase sempre como naturalmente inferiores, preguiçosas e culpadas por sua penúria, o fundamental é a nossa briga incessante para que o Estatuto seja letra viva e não se torne, como tantos outros textos em nossa História, letra morta ou semimorta. Paulo Freire Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado
Um fator alarmante comprovado é a questão do abuso sexual dentro da própria família e fora dela, mas com anuência da mesma. Foram relatados conhecimento de diversas situações de violência. Entretanto, o diagnóstico constatou a inexistência de registros ou notificações dos casos no município.
Das crianças abrigadas no município, apenas uma minoria são adotadas. É DIFÍCIL FAZER O ACOMPANHAMENTO PARA O RETORNO FAMILIAR POR QUE, atualmente, AS INSTITUIÇÕES NÃO TÊM PROFISSIONAIS TÉCNICOS COMO ASSISTENTES SOCIAIS OU PSICÓLOGOS. Consequentemente o tempo da permanência das crianças nos abrigos tornam-se demasiado longos, gerando distanciamento das famílias e impossibilidade na adoção. Das crianças institucionalizadas hoje, 70% têm mais de 8 anos.
Para minimizar esse problema, apresentamos à CIFA o projeto INFÂNCIA ABRIGADA que tem como objetivo geral minimizar e qualificar o tempo de permanência de crianças nos abrigos, fortalecendo o trabalho de prevenção nas famílias de risco.
PROJETO INFÂNCIA ABRIGADA Treinamento Continuado dos Funcionários e equipe de trabalho. Diagnóstico interno da situação jurídica de cada interno Criação/Execução do Programa Família Acolhedora Projeto SOS Famílias Domingo com a Família Reforço e Acompanhamento Escolar Oficinas de Arte Oficina de Preparação para o Desabrigar. Campanha de Mobilização Social contra a venda de bebidas alcoólicas e cigarros para menores. Campanha contra a violência Sexual de Crianças e Adolescentes Divulgação do Projeto e financiadores Entrega dos Relatórios Trimestrais
Outro fator alarmante é o número crescente de crianças e adolescentes usuários de drogas. A falta de opções de lazer são os indicadores que apontam para esse problema.
Pensando nessa demanda existente no município, propomos: PROJETO RESILIÊNCIA Resiliência é a capacidade de passar por adversidades e sair vitorioso. O projeto visa a inserção de jovens em situação de risco (usuários de drogas, em cumprimento de medidas socio-educativas, vítimas de violência sexual) em oficinas de desenvolvimento pessoal/social.
Esses adolescentes serão formados e receberão uma bolsa de ajuda mensal; O condicionante para recebimento da bolsa será freqüência escolar e a participação na realização de oficinas de recreação para crianças do município, nos finais de semana.
ATIVIDADES: Oficinas de Formação/Recuperação dos adolescentes Seleção de 100 Adolescentes de 14 a 18 anos em risco e vulnerabilidade social; Parceria com o TJMG no encaminhamento dos adolescentes em cumprimento de medidas sócioeducativas; Contratação dos Profissionais (02 psicólogos, 02 assistentes sociais, 10 oficineiros, 01 coordenador, 01 pedagogo/orientador social);
Realização de Oficinas/Palestras e Seminários Educativos; Garantia das Bolsas de Ajuda; Matrícula Inserção dos Adolescentes na Escola; Acompanhamento Escolar/Visita Diagnóstica às escolas; Oficinas de Lazer/ Intervenções de Lazer. Aquisição de um ônibus Contratação de um motorista Divulgação do Projeto e financiadores Entrega dos Relatórios Trimestrais
Condições dignas de vida e formas consistentes de suporte para criação dos filhos poderiam evitar separações desnecessárias e fortalecer os elos entre criança, adolescente, família e o meio a que pertencem. Irene Rizzini
MAIS INFORMAÇÕES E-mail: cmdca.capelinha@gmail.com Telefone: (33)35163325