: Uma investigação sobre externalidades de capital humano no Brasil Universidade de Brasília - Congresso PET 11 de junho de 2013
1 Introdução Capital humano Externalidades de capital humano 2 Marco teórico Modelagem econométrica Acemoglu e Angrist (2001) Vs. Moretti (2004) 3 4
O que é capital humano? Capital humano Externalidades de capital humano Característica intrínseca ao indivíduo que determina sua capacidade produtiva. Pode ser compreendido de forma objetiva: Anos de estudo, investimento em educação, experiência. Ou subjetiva: Talento, criatividade, motivação, sensibilidade...
Capital humano Externalidades de capital humano O que são as externalidades de capital humano Externalidades de capital humano são os efeitos externos gerados pelo capital humano de um indivíduo em uma comunidade. A maior parte do que sabemos, aprendemos de outras pessoas. Nós pagamos pelos serviços de alguns destes professores (...), mas a maior parte adquirimos gratuitamente, e, com frequência de forma mútua. (Lucas, 1988) Não rivalidade das ideias. (Romer) Concentração geográfica da citação de patentes (Trajtenberg et al, 1993) Redução de criminalidade. Poĺıtica consciente.
Rauch (1993) Introdução Marco teórico Modelagem econométrica Acemoglu e Angrist (2001) Vs. Moretti (2004) Modelo de cidades abertas: 1 Custo zero de mobilidade para trabalhadores e firmas. 2 Apenas dois bens na economia: bem composto e terra. 3 Os proprietários da terra não moram na cidade. Consequência: níveis de produtividade e utilidade nacionalmente determinados.
Rauch (1993) Introdução Marco teórico Modelagem econométrica Acemoglu e Angrist (2001) Vs. Moretti (2004) V j = v(r j ; s j )w j = u 0 c(r j ; w j ; s j ) = 1
Modelagem econométrica Marco teórico Modelagem econométrica Acemoglu e Angrist (2001) Vs. Moretti (2004) Modelo derivado da equação minceriana de determinação da renda: log w ic = X ic β + πp c + u ic cov(h, u) 0 Endogeneidade do nível agregado de capital humano. Estimador de mínimos quadrados em dois estágios. (2SLS) Exige uma variável correlacionada com a variável explicativa, porém não correlacionada com o erro.
Acemoglu e Angrist (2001) Marco teórico Modelagem econométrica Acemoglu e Angrist (2001) Vs. Moretti (2004) Utilizam as leis de ensino compulsório dos EUA como variaveis instrumentais para o nível de escolaridade média. Não encontram evidências estatísticamente significantes.
Marco teórico Modelagem econométrica Acemoglu e Angrist (2001) Vs. Moretti (2004)
Moretti 2004 Introdução Marco teórico Modelagem econométrica Acemoglu e Angrist (2001) Vs. Moretti (2004) Utiliza-se da presença de land grant colleges e da estrutura etária da população como variável instrumental para a proporção de trabalhadores graduados da cidade. VI = Σ m ω mc P m Lida com o efeito neoclássico do aumento da mão-de-obra qualificada. Encontra evidências positivas e bastante relevantes da existência de externalidades de capital humano.
Marco teórico Modelagem econométrica Acemoglu e Angrist (2001) Vs. Moretti (2004)
Censo 2010. Utiliza-se somente cidades com mais de 100.000 habitantes. Utiliza-se apenas indivíduos entre 25 e 65 anos. Amostra dividida em 5 setores: Agric. Indus. Serv. Publ. Pesq.
A comparação à baixo evidencia que, ao contrário da hipótese inicial, a escolaridade média teria uma capacidade maior de explicar as externalidades de capital humano do que a proporção de graduados.
Retornos sociais por nível educacional
Retornos por nível educacional Os altos níveis de externalidades aproveitados pelos trabalhadores com nível superior indicam a presença de retornos crescentes de escala para a educação. 3mm Os altos níveis de externalidades percebidos pelos trabalhadores com baixo nível educacional indicam complementariedade entre mão-de-obra qualificada e não qualificada.
Destaca-se o nível muito elevado de externalidades de capital humano no setor agrícola. Este resultado inesperado pode ser consequência da eliminação da amostra de cidades com menos de 100.000 habitantes. O setor público apresenta os retornos privados muito elevados para a educação.
1 Existem evidências positivas e significantes da existência de externalidades da capital humano no Brasil. 2 Os resultados indicam que tanto a educação superior quanto, e principalmente, a educação básica são importantes na determinação das externalidades de capital humano. 3 As externalidades são melhor aproveitadas por indivíduos nos extremos da distribuição educacional. 4 As externalidades de capital humano se manifestam de formas distintas nos diferentes setores produtivos.