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CÓPIA. Coordenação-Geral de Tributação. Relatório. Solução de Consulta nº Cosit Data 25 de agosto de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF

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Data 23 de março de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

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Relatório. Data 17 de dezembro de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF

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Data 27 de abril de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

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CÓPIA. Coordenação-Geral de Tributação. Relatório DF COSIT RFB

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Coordenação-Geral de Tributação LABORATÓRIOS BAGÓ DO BRASIL S/A CNPJ/CPF /

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SIMPLES NACIONAL DEVOLUÇÃO DE MERCADORIAS TRATAMENTO FISCAL

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NORMA DE EXECUÇÃO Nº 03, DE 21 DE JUNHO DE 2011

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Relatório. Data 3 de julho de 2015 Processo Interessado CNPJ/CPF

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Transcrição:

Fls. 31 30 Coordenação-Geral de Tributação Solução de Consulta nº 191 - Data 27 de junho de 2014 Processo Interessado CNPJ/CPF ASSUNTO: SIMPLES NACIONAL As gorjetas integram a Receita Bruta e não podem ser excluídas da base de cálculo do Simples Nacional devido mensalmente, por falta de previsão legal. Dispositivos Legais: Lei Complementar 123, de art. 3º,caput e 1º, Resolução CGSN nº 94, de 2011, art. 2º, inciso II. Relatório A empresa acima identificada dirige-se a este órgão para formular consulta sobre o Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional). 2. Informa que tem como ramo de atividade o de restaurantes. 3. Em seguida, menciona a publicação, em 06/01/2013, no Diário Oficial do Estado de Minas Gerais (DOE-MG), da Resolução SEFAZ nº 588, de 31/01/2013, que exclui a gorjeta da base de cálculo do ICMS e estende este benefício aos contribuintes do Simples Nacional. 4. Ao final, questiona: (i) se o optante do Simples Nacional também poderá excluir de seu faturamento as gorjetas; (ii) qual o entendimento da RFB no que tange as gorjetas; (iii) se as gorjetas podem ser excluídas da base de cálculo do Simples Nacional. Fundamentos 5. Inicialmente, observa-se que o interessado não indicou os dispositivos da legislação tributária sobre os quais tem dúvidas, fato esse que acarretaria, de plano, a ineficácia da presente consulta, com base nos arts. 46, caput, e 52, I, do Decreto nº 70.235, de 06 de março de 1972 c.c. arts. 3º, 2º, IV, e 18, I e II, da Instrução Normativa RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. No entanto, tal omissão afigura-se escusável, uma vez a autoridade 1

Fls. 32 competente pode identificar as disposições legais que geram as referidas dúvidas, pelo que, desta forma, toma-se conhecimento da consulta, com fundamento no art. 52, VIII, do Decreto nº 70.235, de 1972, c.c. art. 18, XI, da IN RFB nº 1.396, de 2013. 6. No caso em apreço, a dúvida se refere à possibilidade da exclusão das gorjetas da base de cálculo do Simples Nacional, tendo em vista a celebração do Convênio ICMS 125/11, que determinou a exclusão das gorjetas da base de cálculo do ICMS incidente no fornecimento de alimentação e bebidas promovido por bares, restaurantes, hotéis e similares. Este Convênio foi incorporado a legislação tributária do estado do Rio de Janeiro através da Resolução SEFAZ nº 588, de 31 de janeiro de 2013, citada pelo consulente e transcrita a seguir: RESOLUÇÃO SEFAZ Nº 588 DE 31 DE JANEIRO DE 2013 Incorpora à legislação tributária estadual o Convênio ICMS 125/11, que dispõe sobre a exclusão da gorjeta da base de cálculo do ICMS incidente no fornecimento de alimentação e bebidas promovido por bares, restaurantes, hotéis e similares. O SECRETÁRIO DE ESTADO DE FAZENDA, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, tendo em vista o disposto no Convênio 125/11, de 16 de dezembro de 2011, no Convênio ICMS 113/12, de 28 de setembro de 2012, e no processo n.º E-04/083/50//2013, R E S O L V E: Art. 1.º Fica incorporado à legislação tributária do Estado do Rio de Janeiro o Convênio ICMS 125/11, que dispõe sobre a exclusão da gorjeta da base de cálculo do ICMS incidente no fornecimento de alimentação e bebidas promovido por bares, restaurantes, hotéis e similares. Art. 2.º O valor correspondente à gorjeta fica excluído da base de cálculo do ICMS incidente no fornecimento de alimentação e bebidas promovido por bares, restaurantes, hotéis e estabelecimentos similares que observarem o disposto nesta Resolução, desde que esta exclusão não seja superior a 10% (dez por cento) do valor da conta. 1.º Tratando-se de gorjeta cobrada do cliente como adicional na conta, o valor deverá ser discriminado no respectivo documento fiscal. 2.º Para ter reconhecida a exclusão da gorjeta da base de cálculo do ICMS, o contribuinte deverá manter à disposição do fisco, pelo prazo prescricional: I - documentação comprobatória do recebimento, pelos empregados, dos valores mensais correspondentes à gorjeta espontânea; II - expressa indicação nas contas, cardápios ou em avisos afixados no estabelecimento de que a gorjeta não é obrigatória. 3.º Tratando-se de gorjeta espontânea, além do previsto no 2º desta Resolução, deverão também ser mantidos à disposição do fisco, pelo mesmo prazo: I - documentação comprobatória de que os empregados trabalham nos termos de legislação, acordo ou convenção coletiva, sob a modalidade de gorjeta espontânea; 2

Fls. 33 II - demonstrativo mensal do valor da gorjeta espontânea que circulou pelos meios de recebimento da receita do estabelecimento. 4.º O benefício e as condições previstos neste artigo aplicam-se também a contribuinte sujeito às normas do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte - "Simples Nacional." e também aqueles optantes pelo regime de apuração do ICMS com base na receita bruta, de que trata o Decreto n.º 42.772, de 29 de dezembro de 2010. Art. 3.º O Subsecretário de Receita poderá editar atos normativos necessários à execução desta Resolução. Art. 4.º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Rio de Janeiro, 31 de janeiro de 2013 RENATO VILLELA Secretário de Estado de Fazenda 7. Preliminarmente, cumpre esclarecer que não cabe ao processo de consulta de que trata a Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, emitir atos acerca da interpretação da legislação estadual. Contudo, no presente caso, destaca-se que a citação à Resolução SEFAZ nº 588, de 31 de janeiro de 2013, não tem o intuito de esclarecer o conteúdo normativo de seus dispositivos, mas apenas de identificar o alcance da pergunta sobre a base de cálculo do Simples Nacional e fundamentar a análise da questão. Ou seja, uma vez que há na prática comercial diversos tipos de gorjeta, indispensável delimitar as modalidades analisadas para uma correta compreensão da questão. 8. Nestes termos, identificamos que o dispositivo legal acima citado trata de dois tipos de gorjetas: a gorjeta cobrada do cliente como adicional na conta e a gorjeta espontânea. Na primeira modalidade, a gorjeta é sugerida pelo estabelecimento e discriminada no respectivo documento fiscal. Já na segunda, a gorjeta não é sugerida pelo estabelecimento no momento da entrega da conta ao consumidor, mas dada livremente pelo consumidor. Em ambos os casos os valores são arrecadados pelo estabelecimento para posterior distribuição entre os funcionários. 9. Nota-se que, em ambos os casos, mesmo naquele em que o valor vem sugerido no documento fiscal, o pagamento da gorjeta não é obrigatório, como determina o inciso II, do 2º, do art. 2º da Resolução SEFAZ nº 588, de 31 de janeiro de 2013. 10. Uma vez definidas as modalidades de gorjetas que estamos a tratar, passamos a analisar os fundamentos da base de cálculo do Simples Nacional. 11. Em relação a esta matéria, a Solução de Consulta nº 99, de 3 de abril de 2014, já se manifestou sobre a inclusão das gorjetas compulsórias na Receita Bruta do Simples Nacional, e a vedação da exclusão da base de cálculo por falta de previsão legal: 13. Quanto ao que pode ser excluído da base de cálculo na apuração do Simples Nacional assim dispõe a Lei Complementar 123, de 2006 e alterações: (...) 3

Fls. 34 DA DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E DE EMPRESA DE PEQUENO PORTE Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:... 1º Considera-se receita bruta, para fins do disposto no caput deste artigo, o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. (...) 14. Sobre o mesmo tema, exclusão da base de cálculo Simples Nacional, disciplina a Resolução CGSN nº 94, de 2011, art. 2º, inciso II: (...) Das Definições Art. 2 º Para fins desta Resolução, considera-se:...... II - receita bruta (RB) o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. ( Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 3 º, caput e 1 º ) (...) 15. Como se infere dos dispositivos acima citados, na apuração da Receita Bruta, base de cálculo do Simples Nacional, somente não se incluem as vendas canceladas e os descontos incondicionais, assim sendo não poderão ser excluídas as gorjetas, que são incluídas na Nota ou CUPOM Fiscal pela Consulente. 12. Embora trate da tributação de gorjetas compulsórias, percebe-se que os fundamentos utilizados pela Solução de Consulta nº 99, de 3 de abril de 2014, podem ser também usados na presente consulta. 13. Destarte, as gorjetas não obrigatórias cobradas como adicional na conta, incluídas na Nota ou CUPOM Fiscal, integram a receita bruta tributável pelo Simples Nacional. 14. Em relação às gorjetas espontâneas, uma vez arrecadas pelo estabelecimento e tendo circulado pelos seus meios de recebimento da receita, também integram a receita bruta da empresa e devem ser tributadas. 4

Fls. 35 15. Assim sendo, não pode o consulente excluir da base de cálculo do Simples Nacional os valores pagos por seus clientes e repassados a seus empregados a título de gorjetas, uma vez que tais valores integram a receita bruta e não se encontram elencados dentre as hipóteses de exclusão previstas em lei. Conclusão 16. Diante do exposto, soluciona-se a consulta respondendo ao consulente que as gorjetas integram a receita bruta e não podem ser excluídas da base de cálculo do Simples Nacional devido mensalmente, por falta de previsão legal. À consideração superior. ÂNGELA MACHADO GÓES Auditora-Fiscal da Receita Federal do Brasil De acordo. Encaminhe-se à Coordenadora da Cotir. MILENA REBOUÇAS NERY MONTALVÃO Auditora-Fiscal da RFB - Chefe da Disit 05 De acordo. Ao Coordenador-Geral da para aprovação. Ordem de Intimação CLAUDIA LUCIA PIMENTEL MARTINS SILVA Auditora-Fiscal da RFB - Coordenadora da Cotir. Aprovo a Solução de Consulta. Publique-se e divulgue-se nos termos do art. 27 da IN RFB nº 1.396, de 16 de setembro de 2013. Dê-se ciência ao interessado. FERNANDO MOMBELLI Auditor-Fiscal da RF - Coordenador-Geral da 5