Leitura infanto-juvenil no SESC-Piedade



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Transcrição:

Universidade Federal de Pernambuco Centro de Artes e Comunicação Departamento de Ciência da Informação Curso de Biblioteconomia Professora: Cecília Prysthon Leitura infanto-juvenil no SESC-Piedade (Relatório final do Estágio Supervisionado, 2º semestre de 2005) Celly de Brito Lima Recife, 2006

1 INTRODUÇÃO Entendendo que o trabalho de avaliação e promoção de livros para leitores iniciantes ou em formação não deve ser desenvolvido apenas no ambiente escolar, mas também, e pertinentemente, no ambiente da biblioteca, levando em consideração o caráter também educador e de compromisso com a formação de leitores que o Bibliotecário precisa assumir, surge a proposta do projeto Literatura infanto-juvenil no SESC-Piedade à disciplina de Estágio Supervisionado visando envolver estagiária de Biblioteconomia nos estudos e práticas de avaliação de livros infanto-juvenis, sua promoção, e conseqüentemente dinamização do acervo literário. Os resultados desse envolvimento poderão ser verificados a partir dos dados desse relatório. A biblioteca escolhida para o desenvolvimento do projeto (Biblioteca José Mindlin - SESC-Piedade) atende uma clientela diversificada composta por comerciários, dependentes e comunidade em geral, sobressaindo-se os alunos das escolas públicas. O acervo consta de obras de referências, livros didáticos, periódicos, literatura brasileira, universal e infanto-juvenil. E entre suas diretrizes destacá-se a intensificação da política de incentivo à leitura. A Bibliotecária Kerlly Moreno, responsável pela Biblioteca José Mindlin, deu apoio técnico ao graduando juntamente com sua equipe de um auxiliar de biblioteca e um estagiário de biblioteconomia, assim como disponibilizou um computador para pesquisa e digitação necessárias.

2 REFERENCIAL TEÓRICO É sabido que, nos últimos anos, o ambiente escolar encontra-se envolto num grande esforço para obtenção de sucesso na formação do leitor e seu gosto pela leitura. No entanto, a variedade de livros infanto-juvenis é ao mesmo tempo um leque de possibilidades qualitativas e um impasse para o profissional educador, carente na maioria das vezes de parâmetros para escolha do texto literário a ser apresentado para, sobretudo, os leitores iniciantes, e ainda assim não podendo mais se limitar à análise verbal para não correr o risco de desenvolver um trabalho parcial e incompleto, segundo Faria (1999). Partindo do princípio de que esta deve ser uma preocupação (a de formação de leitores) do profissional bibliotecário e no sentido de reforçar a observação de Martins (1994) de que a leitura sensorial (e aqui se enquadra o ato de ouvir histórias) possibilita ao leitor (ou o leitor em formação) identificar os próprios gostos, além de ser especialmente prazerosa para as crianças, também se vislumbra justificar a criação de um espaço reservado à leitura infanto-juvenil com exposição de títulos de qualidade e oficinas de Contação de Histórias para o incentivo da leitura e dinamização do acervo da Biblioteca do SESC-Piedade. 3 METODOLOGIA As atividades desempenhadas foram: - Leitura dos textos técnicos; - Leitura e seleção dos livros para promoção exposição (por temáticas, autores, etc.); - Oficinas de leitura e contação de histórias (planejadas e executadas semanalmente). A elaboração de um espaço exclusivo para leitura infanto-juvenil antecedeu a atividades.

4 RESULTADOS Para verificação dos resultados das atividades, fez-se um comparativo do número de empréstimos de livros de literatura infantil durante o período das exposições e oficinas em relação ao mesmo período do ano anterior. Relatórios do sistema de automação utilizado pela Biblioteca José Mindlin INFORMA BIBLIOTECA ELETRÔNICA: Outubro de 2004 Outubro de 2005

Novembro de 2004 Novembro de 2005 Dezembro de 2004

Dezembro de 2005 5 CONCLUSÃO Conforme os relatórios do sistema, os empréstimos de Literatura Infantil do mês de outubro de 2005 registrou um crescimento de 249% em relação ao mesmo mês de 2004; novembro/2005 de 343% em relação a 2004; dezembro/2005 de 330% em relação a 2004. Houve um crescimento muito significativo no número de empréstimos especialmente de Literatura Infantil que, inegavelmente, está atrelado ao trabalho de promoção do acervo. Segundo a Bibliotecária Kerlly Moreno, os reflexos podem ser notados ainda nos meses subseqüentes de janeiro e fevereiro de 2006.

6 BIBLIOGRAFIA CRAMER, Eugene H. Incentivando o amor pela leitura. Porto Alegre: Artmed, 2001. FARIA, Alice Maria. Parâmetros curriculares e literatura: as personagens de que os alunos realmente gostam. São Paulo: Contexto, 1999. (Repensando o ensino). KUHLTHAU, Carol. Como usar a biblioteca na escola: um programa de atividades para a pré-escola e o ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica, 2002. (Formação Humana na Escola, 4). MARTINS, Maria Helena. O que é leitura. São Paulo: Brasiliense, 1994. (Coleção primeiros passos, 74). PAIVA, Aparecida. Literatura e letramento: espaços, suportes e interfaces: o jogo do livro. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. (Linguagem e educação, 8). SILVA, Ezequiel Theodoro da. Leitura na escola e na biblioteca. 3. ed. Campinas: Papirus, 1991.

ANEXOS FOTOS: Biblioteca José Mindlin

Espaço elaborado durante o projeto Cantinho da Criança

Oficina de Contação de História no Cantinho da Criança