Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pesquisa Sísmica 3D, Não Exclusiva Bacia Sedimentar Marítima de Pernambuco- Paraíba. Sumário
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- Baltazar Lacerda Castilho
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1 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. i / ii Sumário II Ambiental dos Justificativa Objetivos Carga Horária Cronograma Físico dos Módulos Específico e Regional Metodologia e Recursos Didáticos Conteúdo Mínimo do Módulo Regional Conteúdo Mínimo do Módulo Específico Instrumento de Acompanhamento e Avaliação Equipe técnica envolvida Anexos Anexo 1 - Roteiros de Estudos de Casos para o PEAT Anexo 2 Ficha de Avaliação do PEAT Índice de Tabelas Tabela 1 - Cronograma previsto de Capacitação Ambiental (PEAT).... 3
2 Pág. ii / ii Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Página em Branco
3 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 1 / 17 II Ambiental dos 1 - Justificativa Conforme previsto no Termo de Referência CGPEG/DILIC/IBAMA Nº 19/09 para a Atividade de Pesquisa Sísmica Marítima 3D, Não-Exclusiva, na Bacia de Pernambuco-Paraíba, Blocos BM-BPPA-783/837/839, neste item são apresentados os módulos específico e complementares ao Ambiental dos aprovado no âmbito do PCAS, cuja abordagem referem-se à Bacia e ao Bloco supracitados. O módulo Regional abordará os temas relativos à Bacia Pernambuco- Paraíba. O prazo de validade de ambos os módulos é de seis meses e serão reapresentados antes do fim do prazo de validade. Os tripulantes do navio sísmico e dos barcos de apoio foram capacitados para outras áreas da costa do Brasil, por isso eles só receberão outra capacitação do módulo geral pouco antes do fim do prazo de validade deste, que é de um ano. 2 Objetivos Assegurar o conhecimento das tripulações envolvidas acerca dos seguintes temas: - Legislação ambiental aplicável ao empreendimento, especialmente as condições estabelecidas na LPS para a atividade específica no bloco; - Ecossistemas marinhos existentes na área de pesquisa sísmica, bem como a existência de áreas de proteção ambiental próximas á área de influência da atividade; - Projetos ambientais e atividades socioeconômicas em desenvolvimento na região de interesse, assim como as organizações e as instituições neles envolvidas; - Ameaças ambientais e socioeconômicas potenciais da pesquisa sísmica
4 Pág. 2 / 17 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) sobre a área do levantamento; - Projetos Ambientais da CGGVeritas. Contribuir para garantir a harmonia e a coexistência social entre a tripulação do navio sísmico e demais embarcações e as comunidades costeiras da área de influência. Promover meios para conscientização da tripulação do navio sísmico e demais embarcações acerca da importância das práticas ambientais e de segurança para a manutenção da qualidade da região de interesse. 3 Carga Horária Conforme definido no PCAS, a carga horária do módulo específico é de 2 horas e 50 minutos e do módulo regional é de 2 horas e 30 minutos. Se o módulo geral de algum dos trabalhadores estiver próximo a data do vencimento este receberá a capacitação referente a este módulo também. 4 Cronograma Físico dos Módulos Específico e Regional Na tabela 1 é apresentado o cronograma previsto para implementação do PEAT. Os tripulantes do navio sísmico serão capacitados durante o deslocamento do navio para a área de pesquisa e os tripulantes das embarcações de apoio e assistentes serão capacitados nos portos de embarque ou a bordo. Estes treinamentos deverão ocorrer durante a etapa de mobilização para a atividade, iniciando um mês antes da operação e encerrando antes do inicio desta.
5 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 3 / 17 Tabela 1 - Cronograma previsto de Capacitação Ambiental (PEAT). Navio Período Módulo Veritas Vantage Miss Hayley Big John III Veritas Vantage Miss Hayley Big John III 4ª semana de setembro de ª semana de setembro de ª semana de setembro de ª semana de novembro de ª semana de novembro de ª semana de novembro MR, ME MR, ME MR, ME MR, ME MR, ME MR, ME Quantidade (participantes)/ turmas 55 tripulantes (05 turmas com aproximadamente 11 participantes cada) 09 tripulantes 02 turmas (01 de brasileiros e 01 de estrangeiros) 06 tripulantes (01 turma) 55 tripulantes (05 turmas com aproximadamente 11 participantes cada) 09 tripulantes 02 turmas (01 de brasileiros e 01 de estrangeiros) 06 tripulantes (01 turma) Responsável Técnico João Zanella João Zanella João Zanella João Zanella João Zanella João Zanella Responsável pela aplicação A definir** A definir** A definir** A definir** A definir** A definir** de 2009 * Os tripulantes das embarcações envolvidas na atividade foram capacitadas em outubro de 2008 nos módulos Geral, Regional e Específico para a Bacia do Pará-Maranhão. Por isso, para todos os já capacitados, será apresentado apenas os módulos Regional e Específico. Todos os módulos (geral, regional e específico) serão aplicados a eventuais novos tripulantes. ** Os responsáveis pela aplicação das capacitações possuirão experiência comprovada em Educação Ambiental e aplicação de metodologias participativas. As capacitações serão reforçadas e reapresentadas, antes de acabar a validade das mesmas, considerando que o Módulo Geral possui validade de um ano, e os Módulos Regional e Específico possuem validade de seis meses. 5 Metodologia e Recursos Didáticos Os módulos específico e regional, assim como os outros segmentos do PEAT serão aplicados por profissionais com experiência em educação ambiental e usos em metodologias participativas, com suporte de material audiovisual, promovendo
6 Pág. 4 / 17 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) debates, estudos de caso (anexo 1) e discussões em grupo, tendo como meta a internalização da responsabilidade ambiental por parte dos trabalhadores. Para este módulo serão elaborados estudos dirigidos, denominados oficinas, voltadas ao público alvo específico envolvendo explicações técnicas de cada um dos projetos, conforme apresentado a seguir: PCP reunião de aprimoramento para os atores responsáveis pela segregação em cada setor do navio (refeitório, acomodações, sala de máquinas, ponte de comando entre outros). Apresentação dos resultados anteriores e metas para o presente projeto. PMBM Reuniões com o público alvo diretamente envolvido (Comandante, Imediato, Mecânico de canhões, MMOs e Gerente da atividade) para realização de exercícios de simulação de parada de canhões, procedimentos de comunicação interna e calibração dos binóculos reticulados. PCS Nos barcos assistentes e de apoio e para o Rádio operador do navio sísmico, serão abordados temas pertinentes a interferência com a pesca, incluindo a forma de comunicação com os mestres das embarcações pesqueiras, estratégias para contornar eventuais conflitos e o preenchimento adequado da ficha de abordagem padrão CGPEG/IBAMA. Como parte deste PEAT será implementado um sistema de educação ambiental contínua, com o uso dos Mapas Falantes, visando sensibilizar quanto à segregação dos resíduos a bordo. Está técnica foi desenvolvida durante uma capacitação em metodologias participativas promovida pela empresa e pela consultora visando atender as expectativas da CGPEG a este Projeto. O mapa é a planta do navio e em destaque os locais onde existem coletores de lixo com suas respectivas cores (Figura 01). O Técnico Ambiental a bordo checa a qualidade da segregação nos diversos locais do navio e classifica os pontos (alfinete verde para locais com boa segregação; alfinete amarelo para os locais com segregação deficiente; e alfinete vermelho para locais com segregação
7 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 5 / 17 ruim). O mapa será fixado em locais de fácil acesso a todos da tripulação e pretende mostrar os esforços individuais e coletivos de segregação. Este recurso está sendo utilizado a bordo do Veritas Vantage e vêm apresentando bons resultados e despertando o interesse da tripulação. A utilização deste recurso lúdico pode incentivar a competitividade (entre os setores do navio) quanto à cooperação (de todo o navio) para que o resíduo tenha o destino final adequado. Figura 1 Exemplo de Mapa Falante
8 Pág. 6 / 17 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) 6 Conteúdo Mínimo do Módulo Regional Temas MR 1 - A Legislação Ambiental Regional MR 2 - Ecossistemas marinhos e costeiros MR 3 - Projetos Ambientais Regionais MR 4 - As Espécies Marinhas Protegidas MR 5 Atividades socioeconômica s atuantes na região Objetivo, conteúdo e Recursos didáticos Objetivo Específico: Capacitar toda a tripulação quanto as legislações ambientais vigentes na região da Bacia de Pernambuco-Paraíba Conteúdo: Apresenta as agências ambientais envolvidas e a legislação ambiental regional aplicável ao empreendimento. Recurso didático: Apresentação de audiovisual Objetivo Específico: Capacitar a tripulação sobre os aspectos dos ecossistemas e as Unidades de Conservação presentes na área de pesquisa. Conteúdo: Apresenta um mapa da bacia onde será realizada a operação, e através de apresentação de fotografias, oferece informações sobre os ecossistemas marinhos e costeiros da região e suas respectivas Unidades de Conservação (tipologias, objetivos e necessidade de preservação). Recurso didático: Apresentação de audiovisual. Objetivo Específico: Sensibilizar a tripulação sobre a importância dos projetos ambientais desenvolvidos na região. Conteúdo: Informa os projetos ambientais em desenvolvimento na região, suas finalidades, seus objetivos e suas conquistas, ressaltando a importância desses projetos para a qualidade socioambiental regional. Recurso didático: Apresentação de Audiovisual. Objetivo Específico: Apresentar para a tripulação a importância, comportamento, vulnerabilidades e períodos de reprodução das espécies marinhas protegidas encontradas na região Conteúdo: Apresenta as espécies marinhas (mamíferos, quelônios, aves e peixes) que ocorrem na região, a importância da preservação desses animais, seus comportamentos, períodos reprodutivos e migratórios, suas vulnerabilidades face aos levantamentos sísmicos (perturbação acústica e choques com as embarcações) e a forma de contorná-las. Recurso didático: Cada tripulante escreve em um papel o nome de uma espécie marinha que acredita ser afetada com o impacto da atividade. Os papéis são fechados e misturados para sorteio entre os participantes. Cada tripulante discorrerá a respeito de como a sísmica afeta a espécie sorteada. Depois de cada exposição, o grupo será estimulado pelo Técnico Ambiental a indicar procedimentos para mitigação do impacto. Ao término, o Técnico ambiental apresenta o material audiovisual com o conteúdo do módulo fazendo uma ligação com as partes acertadamente apresentadas pelos participantes. Objetivo Específico: Apresentar e sensibilizar a tripulação sobre a importância das atividades socioeconômicas desenvolvidas na região, especialmente as usuárias do espaço marítimo. Conteúdo: Apresenta as principais atividades socioeconômicas em desenvolvimento na região, suas características (tipos de equipamentos utilizados, pessoal envolvido, etc), ressaltando a importância dessas atividades para a qualidade de vida da população, a ameaça potencial das Carga Horária 0:15 0:30 0:20 0:40 0:45
9 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 7 / 17 operações de aquisição de dados sísmicos sobre essas atividades e a forma de evitá-las ou minimizá-las. Recurso didático: Através da utilização de material audiovisual elaborado com objetivo de estimular a participação da tripulação, o Técnico Ambiental realiza a exposição das características e importância das atividades socioeconômicas realizadas na região, e incentiva os participantes a descreverem os possíveis impactos da atividade sísmica sobre elas e as formas de evitá-los ou minimizá-los. Ao final do debate o Técnico Ambiental continua a apresentação do audiovisual ressaltando as contribuições corretas apresentadas pelos participantes. 7 Conteúdo Mínimo do Módulo Específico Temas ME 1 Legislação e Condicionantes da LPS específica ME 2 - Ecossistemas marinhos e costeiros ME 3 - Projetos Ambientais Locais ME 4 - As Espécies Marinhas Protegidas Conteúdo Objetivo Específico: Apresentar e explicar as condicionantes da Licença de Pesquisa Sísmica. Conteúdo: Apresenta a toda a tripulação as condicionantes estabelecidas na LPS para a atividade específica no bloco, e as agências ambientais envolvidas especificamente com a operação. Recurso didático: Audiovisual e material impresso. Objetivo Específico: Apresentar aos trabalhadores os ecossistemas marinhos e Unidades de Conservação presentes na área de influência da operação. Conteúdo: Apresenta um mapa do bloco onde será realizada a operação e respectiva área de influência. Através de apresentação audiovisual com fotografias, oferece informações sobre os ecossistemas marítimos e costeiros inseridos na área de influência e suas respectivas Unidades de Conservação (tipologias, objetivos e necessidade de preservação). Recurso didático: Audiovisual. Objetivo Específico: Sensibilizar a tripulação quanto a importância dos projetos ambientais desenvolvidos na área de influência da atividade. Conteúdo: Informa os projetos ambientais em desenvolvimento na área de influência e os cuidados necessários para evitar interferência sobre eles, e se cabível estimular interações entre as partes. Recurso didático: Audiovisual. Objetivo Específico: Sensibilizar a tripulação sobre as espécies marinhas protegidas que ocorrem na área de influência da atividade. Conteúdo: Apresenta as espécies marinhas (mamíferos, quelônios, aves e peixes) que ocorrem na área de influência, a importância da preservação desses animais, seus comportamentos, períodos reprodutivos e migratórios, suas vulnerabilidades face aos levantamentos sísmicos (perturbação acústica e choques com as embarcações) e a forma de contorná-las. Carga Horária 0:15 0:20 0:15 0:20
10 Pág. 8 / 17 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Temas ME 5 Atividades socioeconômica s atuantes na região ME 6 - Os Projetos Ambientais da CGGVeritas ME 7 - Princípios de Conduta Conteúdo Recurso didático: O Técnico Ambiental apresenta, através de material audiovisual, as características e comportamentos das espécies marinhas existentes na área de influência da atividade. Promove um debate entre os tripulantes a respeito dos impactos da atividade sísmica sobre essas espécies. Depois do debate, o grupo é estimulado pelo Técnico Ambiental a indicar procedimentos para mitigação dos impactos por eles apresentados. Ao término, o Técnico ambiental continua a apresentação do material audiovisual indicando os impactos e as medidas adotadas para contorná-los, fazendo sempre referência ao resultado do debate realizado. Objetivo Específico: Sensibilizar a tripulação em relação a importância das atividades socioeconômicas desenvolvidas na área de influência da atividade. Conteúdo: Apresenta as principais atividades socioeconômicas em desenvolvimento na área de influência, suas características (tipos de equipamentos utilizados, pessoal envolvido, etc), ressaltando a importância dessas atividades para a qualidade de vida da população, a ameaça potencial da pesquisa sísmica sobre essas atividades e a forma de evitá-las ou minimizá-las. Recurso didático: Através da utilização de material audiovisual elaborado com objetivo de estimular a participação da tripulação, o Técnico Ambiental realiza a exposição das características e importância das atividades socioeconômicas realizadas na região, e incentiva os participantes a descreverem os possíveis impactos da atividade sísmica sobre elas e as formas de evitá-los ou minimizá-los. Ao final do debate o Técnico Ambiental continua a apresentação do audiovisual ressaltando as contribuições corretas apresentadas pelos participantes. Objetivo Específico: Apresentar à tripulação as alterações de cada projeto ambiental especificamente para a presente operação. Conteúdo: Detalha as alterações e complementações necessárias (se houver) para que cada projeto ambiental seja aplicável especificamente a essa operação. Recurso didático: Audiovisual e material impresso Objetivo Específico: Internalizar os conhecimentos apresentados nos módulos anteriores e estimular a participação de todos os envolvidos na discussão sobre a minimização dos possíveis conflitos com as comunidades locais. Conteúdo: Realização de debates e discussões em grupos envolvendo estudos de caso sobre situações de possíveis conflitos com as comunidades locais e outras situações críticas que possam acarretar impactos ambientais de grande magnitude sobre a área de influência da operação, estimulando a internalização dos conceitos e das informações fornecidas durante a aplicação dos módulos de educação ambiental, buscando assim, como prática de comportamento pessoal, a identificação e classificação permanente dos impactos mais prováveis de ocorrência, a compreensão e realização das medidas necessárias Carga Horária 0:20 0:20 1:00
11 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Pág. 9 / 17 Temas Conteúdo para mitigar e/ou anular esses impactos e as responsabilidades individuais na implementação das mesmas de forma expontânea. Recurso didático: Apresentação de um estudo de caso, escolhido pelo técnico ambiental como sendo o mais provável de ocorrência durante a operação, utilizando-se de material audiovisual elaborado com objetivo de estimular, constantemente, a participação da tripulação e a construção de sugestões para a melhoria dos procedimentos adotados pela CGGVeritas. Carga Horária 8 Instrumento de Acompanhamento e Avaliação Após a aplicação dos módulos específico e regional será aplicada uma ficha de avaliação (anexo 2), conforme previsto no PCAS, contendo um campo para que os trabalhadores possam apresentar sugestões visando o aperfeiçoamento dos procedimentos relativos aos Projetos Ambientais. Com o objetivo de aferir o atendimento às medidas e preocupações ambientais, bem como a efetividade dos procedimentos internos e as sugestões encaminhadas pelos tripulantes, serão realizados periodicamente encontros denominados de Reuniões de Mobilização e Conscientização (RMC) que prevêem a presença dos tripulantes envolvidos na implantação dos Projetos Ambientais.
12 Pág. 10 / 17 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) 9 Equipe técnica envolvida Os profissionais responsáveis pela elaboração deste relatório são: NOME: JOÃO FRANCISCO ILLA FONT ZANELLA ÁREA PROFISSIONAL: OCEANÓLOGO REGISTRO PROFISSIONAL: (*) CADASTRO IBAMA: (*) Especialidade cuja profissão não possui Conselho de Classe. João F. Zanella NOME: IVAN SANTOS MIZUTORI ÁREA PROFISSIONAL: OCEANÓGRAFO REGISTRO PROFISSIONAL: (*) CADASTRO IBAMA: (*) Especialidade cuja profissão não possui Conselho de Classe. Ivan Santos Mizutori NOME: GERHARD ODIN PETERS ÁREA PROFISSIONAL: BIÓLOGO REGISTRO PROFISSIONAL: CRBIO 55842/02 CADASTRO IBAMA: Gerhard Odin Peters.
13 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Anexos Pág. 11 / 17 Anexos Anexo 1 - Roteiros de Estudos de Casos para o PEAT ESTUDO DE CASO - Atendendo a solicitação do IBAMA, será descrito roteiro para a elaboração de estudos de casos para aplicação ao Módulo Específico 7 (ME 7) - Princípios de Conduta, conforme colocado no PCAS. Através desta técnica, pretende-se incutir no comportamento pessoal dos trabalhadores envolvidos a identificação dos impactos mais prováveis de ocorrência, a compreensão e realização das medidas necessárias para mitigar e/ou anular esses impactos, tornando efetiva sua participação nos projetos ambientais e identificando suas responsabilidades individuais na implementação dos projetos de forma espontânea. Se o processo é bem dirigido há uma probabilidade de maior conscientização e participação dos grupos envolvidos na gestão ambiental do empreendimento. Primeiramente, segue: A) caracterização sumária geral do que se entende por estudo de caso e seus objetivos, B) identificação dos casos, e C) estrutura geral de cada exercício. A) O que se entende por estudos de caso Estudos de caso são pesquisas, experimentos ou exercícios utilizados em situações onde os comportamentos relevantes não podem ser manipulados, mas onde é possível se fazer observações diretas e entrevistas sistemáticas (YIN, 1989). Também é uma técnica utilizada quando o fenômeno estudado é amplo e complexo e os conhecimentos existentes são insuficientes para permitir a proposição de questões causais (BONOMA, 1985). Para o mesmo autor, este método não objetiva a quantificação ou enumeração, mas sim a melhor compreensão de algum problema. Objetivos (i) Levantar informações para entender as referência e definição da situação de um dado participante; (ii) Permitir um exame detalhado do processo organizacional; (iii) Esclarecer fatores particulares ao caso que podem levar a um maior entendimento da causalidade. Ou:
14 Pág. 12 / 17 Anexos Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) (i) Explicar ligações causais nas intervenções na vida real que são muito complexas para serem abordadas pelos 'surveys' ou pelas estratégias experimentais; (ii)descrever o contexto da vida real no qual a intervenção ocorreu; (iii) Fazer uma avaliação, ainda que de forma descritiva, da intervenção realizada e; (iv) Explorar situações onde as intervenções avaliadas não possuam resultados claros e específicos. (segundo YIN, 1989) B) Identificação de possibilidades de estudos de caso Foram avaliadas quatro situações de real possibilidade de ocorrência durante o levantamento sísmico na Bacia Sedimentar Marítima de Pernambuco-Paraíba. Durante o desenvolvimento das atividades e previamente à execução dos estudos de caso, será escolhido o tema (caso) pelo técnico e coordenação ambiental, dentre as alternativas descritas a seguir: 1) Durante período de tempo calmo e próximo à costa, acontece um incidente com tambores de óleo do navio sísmico, que caem, rompem parcialmente e liberam óleo lubrificante no convés e na água. Qual é a diferença dos fatores apresentados para este incidente, poderia ser mais sério, poderia ou deveria ser evitado? Porque aconteceu e de quem seria a culpa? O que fazer para que não aconteça um evento destes e o que pode ser melhorado no navio? O que você pode fazer para ajudar na melhoria deste processo e como pode participar diariamente para ajudar a diminuir seus riscos? Grupos envolvidos: oficiais de comando do navio sísmico, oficiais do navio assistente, oficiais do navio de apoio, tripulações dos navios de trabalho, tripulantes responsáveis pelo gerenciamento e organização do material a bordo, party chief da operação, técnico ambiental, coordenador ambiental da CGGVeritas. 2) O projeto de Controle de Resíduos é um conjunto de ações que praticamente elimina a possibilidade de descarte de lixo no mar, além de realizar a segregação de resíduos geradas no navio, melhor do que em muitas cidades do primeiro mundo. Em alguns momentos, ocorrem problemas de má separação do lixo no navio, tornando as operações de destino final dos resíduos mais
15 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Anexos Pág. 13 / 17 complexas e demoradas, pois é necessário uma nova segregação do lixo para que não fiquem erros, que poderiam prejudicar o alcance dos objetivos do processo.- O que fazer para que não aconteça um evento destes e o que pode ser melhorado no navio? Qual é a percepção do trabalhador a respeito do objetivo do projeto e como considera sua importância para a operação? Quais podem ser os desdobramentos deste problema e como é visto a responsabilidade do trabalhador em relação a separação do resíduo? Encontrar maneiras de tornar o projeto mais eficiente Grupos envolvidos: oficiais de comando do navio sísmico, oficiais do navio assistente, oficiais do navio de apoio, tripulações dos navios de trabalho, tripulantes responsáveis pelo gerenciamento de resíduos a bordo, party chief da operação, técnico ambiental, coordenador ambiental da CGGVeritas. Este tema pode abordar duas situações distintas a título de exercício: 2A) segregação correta; 2B) segregação errônea intermitentemente. Ou: 2A) - estudo de caso com material não segregado; 2B) - Com segregação. 3) Incidente com o navio e barco de pesca, havendo rompimento de redes de espera de meia água. Fatores a levantar: Causas possíveis do incidente; o que diz na licença de operação, direito de passagem, trabalho; principais responsáveis envolvidos, etc. Perguntas devem ser feitas, tais como: alguém tem mais razão?; o que é mais importante na hora do incidente? Grupos envolvidos: oficiais de comando do navio sísmico, oficiais do navio assistente, comandante da embarcação de pesca, tripulações dos navios de trabalho, tripulação do navio de pesca, party chief da operação, técnico ambiental, coordenador ambiental da CGGVeritas. 4) O projeto de Monitoramento da Biota é um conjunto de ações que visa diminuir ou até eliminar a possibilidade de impacto à biota no mar, tendo o direito de interromper as operações de sísmica caso ocorram mamíferos marinhos ou quelônios dentro da faixa de segurança de 500m ao redor dos canhões de ar. Em alguns momentos, ocorrem animais tipo golfinhos, baleias e tartarugas perto do
16 Pág. 14 / 17 Anexos Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) navio. Em algumas áreas isto é mais ou menos comum. O que os participantes acham da medida que ordena a parada das operações, todo o mundo entende o porque, sabem o que significa esta parada? Pode ser feito algo para que não aconteça um evento destes? O que pode ser melhorado no navio relativo a este evento? Qual é a percepção do trabalhador a respeito do objetivo do projeto e como considera sua responsabilidade neste projeto? Se o navio não parar (animal não avistado, operação noturna, etc), quais podem ser os desdobramentos deste problema e como o trabalhador entende a gravidade do evento? Encontrar maneiras de tornar o projeto melhor. Grupos envolvidos: oficiais de comando do navio sísmico, oficiais do navio assistente, oficiais do navio de apoio, tripulações dos navios de trabalho, tripulantes responsáveis pelo trabalho no convés ou no barco de trabalho, party chief da operação, técnico ambiental, coordenador ambiental da CGGVeritas. C) Estrutura geral do estudo de caso (roteiro) Os estudos de caso devem ser elaborados com a estrutura mínima a seguir: I - Um coordenador, responsável pela dinâmica da atividade. Caberá a esta pessoa promover a aproximação dos dados e pessoas que os dispõem, com o objetivo de organizar estas informações e contextualizar o problema. Também coordenará todas as reuniões. II - Grupos de estudo: o público-alvo será dividido em grupos de estudo, conforme forem escolhidos os tipos de participantes (atores) envolvidos nos casos no início das reuniões. III - Reuniões de estudo: todos os grupo terão possibilidade de opinar sobre o que pensam do caso em estudo, utilizando seus conhecimentos e sua sensibilidade na busca de uma compreensão mais abrangente dos fatos em discussão. Para possibilitar a busca da compreensão dos fatores envolvidos por todos e uma diferente concepção dos fatos e causalidades por parte do públicoalvo, será efetuado o intercâmbio dos grupos entre os diferentes aspectos e tipos de atores definidos para o caso em estudo.
17 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Anexos Pág. 15 / 17 O estudo de caso pode ser feito em uma ou mais reuniões, que se estenderão pelo tempo acordado entre todos (estimado inicialmente em 3 horas), dependendo da disponibilidade de tempo dos participantes, complexidade do tema ou evolução do estudo, até o momento em que se tenha clareza suficiente para propor alternativas, soluções, encaminhamentos, expostos no final do estudo de caso. Etapas principais da elaboração do estudo de caso: (a) descrição (da falha, problema, comportamento inadequado, etc); (b) classificação (desenvolvimento de tipologia tipo de problema); (c) desenvolvimento teórico (levantar os elementos da questão, o porque, soluções viáveis, etc); (d) teste limitado da teoria (simular e discutir as soluções encontradas) (conforme Bonoma, 1985). Dados e informações que podem ser coletados e utilizados para o estudo de caso - Entrevistas, questionários, documentos considerados significativos para a compreensão do estudo, como relatórios, fichas de segurança, materiais lúdicos, etc. D) O que esperar de um Estudo de Caso bem sucedido? Num estudo de caso bem sucedido espera-se que não só o fator principal envolvido seja beneficiado, mas que todos os participantes do estudo se beneficiem com a interação entre os diferentes pontos de vista e conhecimento apresentados. Todos deverão entender seu papel na situação abordada e, se possível, o que for proposto deverá ser acompanhado, passo a passo. Muitas vezes algumas das sugestões propostas pela equipe que participou do estudo terão que ser reconsideradas na etapa de avaliação, admitindo que escolheram um caminho errado ou que há melhor solução. A atitude de flexibilidade, de não preconceito, de abertura para a experiência e o reconhecimento da igual importância que cada colaborador tem no processo são conceitos importantes para o grupo e a lição maior que deverá ser repassada aos participantes.
18 Pág. 16 / 17 Anexos Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Referências BONOMA, Thomas V. - Case Research in Marketing: Opportunities, Problems, and Process. Journal of Marketing Research, Vol XXII, May YIN, Robert K. - Case Study Research - Design and Methods. Sage Publications Inc., USA, 1989.
19 Estudo Ambiental de Sísmica (EAS) Anexos Pág. 17 / 17 Anexo 2 Ficha de Avaliação do PEAT
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