CURSO e COLÉGIO ESPECÍFICO Ltda
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- Vasco Aquino Tuschinski
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1 CURSO e COLÉGIO ESPECÍFICO Ltda DISCIPLINA: Sociologia PROF: Waldenir do Prado DATA: 06/02/2012 Qual o conceito de Paradigma? Crise de Paradigmas especifico@especifico.com.br Av. Rio Claro nº 615 Centro Jataí Goiás Fone: (64) O conceito paradigma procede do grego paradeigma, que significa exemplo ou modelo. Inicialmente, era aplicado na gramática (para definir o seu uso num determinado contexto) e na retórica (para se referir a uma parábola ou a uma fábula) Para Johnson, Allan G. (1999) Um paradigma é um quadro de referencia mental que domina a maneira pela qual as pessoas pensam e agem. É uma forma de ligar ideias, priorizar valores, abordar questões e, finalmente, formar hábitos de comportamento com relação a um assunto. As maiorias das pessoas estão alienadas a certos paradigmas em sua vida. Portanto, podemos encontrar vários exemplos de paradigmas que governam as nossas vidas. Sem perceber, consideramo-las como verdades absolutas e como pressupostos básicos sobre a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos com as pessoas. Os paradigmas tornam-se barreiras a nossa capacidade de aceitar e compreender as novas ideias ou novos produtos. A intolerância religiosa é um exemplo comum de comportamento resultante da tensão de uma percepção de ameaça a um paradigma firmemente mantido. A intolerância ética e racial; homossexualidade; política. Etc. Exemplos de Paradigmas Galileu Galilei ( ) apresentou a ideia de que a terra girava em torno do sol e não o contrário como se acreditava naquela época. Teve de se retratar sob pena de ser executado. Anos depois seus conceitos foram aceitos e permitiu um grande avanço nas ciências. Até o final da década de 60 os relógios funcionavam por um sistema de molas, e todos tinham de "dar corda" nos relógios periodicamente. A Suíça detinha 70% do mercado de relógios mundiais, e recebeu uma oferta para mudar o sistema de molas para o sistema de quartzo, nova invenção da época. Rejeitou a invenção, e com isto, poucos anos depois perdeu o mercado mundial para os japoneses. A Crise dos Paradigmas Nas ciências sociais, os paradigmas definem a consistência do conhecimento que se produz sobre os fenômenos resultantes das relações humanas na sociedade.
2 A crise dos paradigmas ganha esta concepção através da tese das revoluções científicas de Thomas Kuhn. Nasceu a 18 de Junho de 1922, em Cincinnati, em Ohio, EUA. Formado em física pela Universidade de Harvard em 1943 e em anos seguintes torna-se Mestre e Doutor pela mesma instituição, ambos na área de física. Tornou-se professor da área de Ciências Humanas em Harvard, depois na Universidade da Califórnia, em Berkeley efetiva-se como professor de História da Ciência em Kuhn morreu em 17 de junho de 1996 Os paradigmas segundo Kuhn baseiam-se num modelo que os cientistas seguem num determinado período histórico e que é constituído por teorias, formas de procedimento, métodos e certos princípios metafísicos. Sem um paradigma, não existe ciência. Os paradigmas fundam a ciência e organizam o trabalho dos cientistas Para Kuhn a ciência passa por fases cíclicas, por isso o termo revoluções, e que pode resultar na substituição de uma teoria por uma nova, ou na mudança fundamental da própria ciência. De acordo com Kuhn existem estágios sucessivos, chamados por pré-paradigmático e ciência normal. A Ciência em geral se encontra em um período conhecido como ciência normal, aonde um paradigma é tido como bem estabelecido e usado amplamente, ainda que tenha certos limites para a sua aplicação. Ou seja, este período o paradigma se torna dominante e acumula conhecimentos. O estágio pré-paradigmático é caracterizado pela disputa entre as ciências pela hegemonia no paradigma. Entretanto, quando os métodos e modelos de um determinado paradigma não dão conta mais de explicar a realidade, portanto, surge uma situação de crise paradigmática. Sendo assim, há uma disputa entre várias teorias que almejam responder de forma satisfatória às lacunas do velho paradigma. Essa nova ciência questiona os fundamentos pressupostos da ciência anterior e propõe um novo paradigma.
3 Ciências Sociais: O Impacto da Globalização Os modelos tradicionais de explicação da realidade social já não mais respondem aos desafios impostos pela nova dinâmica social criada pelos fluxos de informação do mundo globalizado. A compressão do espaço e do tempo, bem como a origem de uma nova totalidade histórico-social, compreendendo a geografia, a ecologia, a economia, a política e a cultura, colocam-se como o epicentro de uma nova maneira de interpretar os fenômenos sociais. Sendo assim, antes se estudava o modo de ser, pensar, sentir, agir e imaginar dos indivíduos; passa-se, então, a se preocupar com o indivíduo e as relações, processos e estruturas globais. Fica evidente que a mundialização das relações humanas no planeta é uma realidade. Essa realidade é por si só complexa e multifacetada, e isso tem suas implicações práticas e teóricas. É com essa nova dimensão que o objeto de análise das ciências sociais se apresenta atualmente. Justamente esse quadro é que produz e tem como resultado a crise paradigmática. O desafio de pensar a sociologia hoje deriva da necessidade de se conjugarem todos esses elementos numa teoria que abra espaço para os imponderáveis da vida coletiva. Características da Cultura Brasileira Aspecto de Pluralidade em sua Formação Portugueses, negros africanos e indígenas. Esses três povos com matrizes étnicas comuns (embora com muitas variações culturais entre si) se misturaram em proporções diversas e deram origem àquilo que chamamos de cultura brasileira. Dessas três culturas surgiram várias subculturas, não no sentido de superiores ou inferiores, mas como expressões bastante singulares em cada região de nosso extenso território nacional. Além disso, temos também a presença de outras etnias em função de fluxos migratórios mais recentes.
4 Vários povos e culturas. É a PLURALIDADE CULTURAL. A cultura une um povo, gerando assim uma IDENTIDADE CULTURAL. Dentro de uma mesma cultura, ocorrem diferenças: a DIVERSIDADE CULTURAL. Basta olhar para a sociedade brasileira para entender isso. No que diz respeito ao peso das influências culturais de cada etnia para a constituição de nossos traços culturais básicos, podemos destacar o modelo familiar herdado da mistura entre portugueses e indígenas; dos negros, por exemplo, herdamos aspectos de sua religião e culinária, bem como vários vocábulos de nosso léxico social. De certa maneira, porém, devemos estar cientes de que foram os portugueses a etnia de maior influência na formação do que somos hoje, isso por meio das estruturas sociais, seu rígido sistema de valores e seu modo de produção, herdados durante o processo colonizador. É importante enfatizar que o processo de miscigenação, no Brasil, não ocorre de forma pacífica ou homogênea, mas marcado por tensões que existem até na atualidade. Ao mesmo tempo, há, em termos culturais, a existência de uma série de estereótipos, vinculando o brasileiro típico a uma série de comportamentos que muitas vezes não são verificados na realidade concreta. O Multiculturalismo no Brasil Multiculturalismo no Brasil diz respeito ao produto do encontro entre as três etnias de maior peso no processo de constituição do povo brasileiro. Europeia, africanos e indígenas. A miscigenação ocorreu entre brancos e negros, brancos e amarelos, e amarelos e negros. Mais tarde, ocorreu a chegada dos imigrantes: suíços, alemães, eslavos, turcos, árabes, italianos e japoneses.
5 O Que é ser Brasileiro? A criação da identidade brasileira é permeado por um povo com características idílicas e frequente exotismo. Marcado por uma perspectiva etnocêntrica. Segundo Sérgio Buarque de Hollanda, em sua obra Raízes do Brasil: Somos um povo cordial e intimista. A identidade nacional brasileira é uma construção que aglutina elementos socioculturais diversificados, oriundos de diferentes grupos etnológicos. A identidade nacional não se define pelo Estado, na esfera política, mas na esfera cultural. No Brasil existe um mosaico cultural. Essa diversidade pode chamar de pluralidade cultural. A identidade nacional brasileira implica no reconhecimento das diferenças, da heterogeneidade que a constitui, oriunda da integração racial e cultural e da diversidade geográfica, pois ser brasileiro significa viver em um país geograficamente diferente da Europa, povoado por uma raça distinta da europeia. (Ortiz, 1994, p. 17) Tensão entre a Tradição (Colonial) e a Modernidade (Capitalista) Há grandes problemas advindos de traços culturais herdados pela colonização, especialmente sobre a forma como o Brasil aderiu à modernidade ocidental - momento histórico de substituição de aspectos sociais tradicionais por traços pautados pelo racionalismo. O maior desafio consiste em substituir práticas tradicionais por práticas e procedimentos sociais e políticos modernos
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