II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ
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1 II SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ Detecção de tipos psicológicos e avaliação de estados de humor em triatletas Sílvia Regina Deschamps Professora do Curso de Educação Física Unaerp Universidade de Ribeirão Preto Campus Guarujá Grupo de estudo e pesquisa em Psicologia do Esporte EEFE/USP- São Paulo, Brasil sdchamps@usp.br Ana Maria Capitanio Professora da Faculdade Anglo Latino Grupo de estudo e pesquisa em Psicologia do Esporte EEFE/USP-São Paulo, Brasil capitanio@uol.com.br Resumo Este estudo teve como objetivos detectar os tipos psicológicos e avaliar dois triatletas referente a estados de humor ou afetivos. Os instrumentos utilizados foram: o POMS, o QUATI e a entrevista semi-estruturada. Os resultados do cálculo das médias dos estados de humor foram: Atleta 1: tensão (8,5), depressão (0), raiva (2,5), fadiga (0,5), confusão (0,5) e o vigor (24,5). Atleta 2: tensão (12,5), depressão (0,5), raiva (2), fadiga (0), confusão (3), tensão (11), confusão (1) e o vigor (18,5). Com relação aos tipos psicológicos: Atleta 1: Intuição extrovertida com sentimento. Atleta 2: Sensação extrovertida com sentimento. Na entrevista, obteve-se: Atleta 1: o objetivo em ambas as provas era ficar entre os 10 primeiros, chegou em 11 º.(nas duas). Sentía-se bem um dia antes da 1 ª prova e no dia, obteve o seu melhor tempo. Na 2ª. prova considerou-se bem centrado, estava bem fisicamente e também durante os treinos, sentiu receio por não conhecer o percurso; Atleta 2: o objetivo em ambas as provas era ficar entre os 10 primeiros, chegando em 10º. e na segunda em 15º. Sentiu-se tranqüilo um dia antes da 1ª. prova, e no dia estava um pouco mais nervoso na hora da largada. Obteve boa colocação, atingindo o objetivo. Um dia antes da 2ª. prova, estava mais agitado não sentía-se confiante porque não conhecia o percurso e preocupava-se com a subida, não desempenhou bem nos treinos anteriores, teve alteração do tempo para pior. Para os tipos psicológicos e os estados de humor, é importante a tomada de consciência do atleta, para a partir disto poder modificá-los (descobrir suas potencialidades e fraquezas), para o seu benefício pessoal e para o seu desempenho. Palavras-chave: tipos psicológicos, estados de humor, triatletas.
2 Seção 5 Curso de Educação Física Meio Ambiente. Apresentação: oral 1. Introdução A psicologia do esporte estudo o comportamento humano em situações particulares relacionadas ao ambiente esportivo e do exercício. Com o intuito de afirmar a eficiência da preparação psicológica no esporte, faz-se necessárias pesquisas que envolvam temas a respeito do que motiva os jogadores, o como suas emoções afetam seus desempenhos, de que maneira seus comportamentos podem ajudar a melhorar sua performance, quais as estratégias necessárias para lidar de forma mais eficiente com as inúmeras variáveis inerentes ao ambiente esportivo. Conforme o movimento esportivo se desenvolve também possibilita a evolução de diversas áreas envolvidas direta ou indiretamente, assim como, passa a ter uma enorme responsabilidade na organização e transmissão de conhecimento nos diferentes aspectos sociais. Os atletas e as equipes esportivas de performance são de grande interesse da psicologia que tem como finalidade analisar as influências e os processos de desenvolvimento de qualidades físicas, técnicas, táticas, fisiológicas, sociológicas e psicológicas demandadas pelo meio. DOMINGUES FILHO (1995), comenta a respeito de um breve histórico sobre o triathlon : Amateur Athletic, em 1884, na Inglaterra, deu origem a uma prova incluindo três corridas, três saltos e três lançamentos e a marcha atlética. Na mesma época, os jornais da Suécia relatavam provas que consistiam em lançamentos, corrida e natação. Na França, no início do século, como uma forma de diversão, despontou uma prova que continha corrida, ciclismo, e canoagem. Em 16 de outubro de 1902, na cidade de Joinville, França, a junção dos três esportes como era apelidada a prova, era composta de corrida, ciclismo, e uma prova náutica. Com o tempo a canoagem cedeu lugar apara a natação, contudo as distâncias comparadas com as atuais eram menores: travessia de um rio, 4km de corrida e 12 km de ciclismo. Voltando um pouco na história, o limite máximo humano era os m percorridos pelo grego Feidipides. Em Honolulu, capital do Havaí, marinheiros em torno de 30 e 40 anos questionaram qual seria o maior desafio: nadar metros na Waikiki Rough Water Swim, pedalar 180 km na Around the Island Bike Race ou correr m. John Collins, um capitão da marinha, sugeriu a união dessas três provas, lançando a idéia central dessa competição. Dessa forma nasceu a prova caracteristicamente mais forte, conhecida como Ironman. O Ironman é o ápice de todos os desafios das provas do triathlon. No Brasil, já havia três triatletas que treinavam desde agosto de 1981, com o objetivo de participar do Ironman do Havaí de 1982, seus nomes eram: Carlos
3 Dolabella que se tornou o Mr. Triathlon ; Marco Antônio Ripper também futuro campeão e cartola do triathlon e Ronaldo Borges. Em 1982 aconteceu no Rio de Janeiro, organizado por um jornal local, a denominada corrida alegre de 82. Bastava ter vontade de participar e comparecer às sete horas da manhã do dia 7 de fevereiro de 1982, e para receber o certificado de participação era suficiente correr e nadar. Essa experiência foi considerada nova aos olhos dos brasileiros e oficialmente este esporte inexistia no Brasil. Em meados de maio de 1983, no Rio de Janeiro, foi organizado o I Triathlon do Brasil: metros de natação, 43 km de ciclismo e 11 km de corrida. A influência desta competição foi tão grande, que em 26 de novembro de 1983 as distâncias aumentaram para: metros de natação, 51,5 km de ciclismo e 14 km de corrida, com aproximadamente 400 atletas. Como provas de longas distâncias exigem mais resistência física para completar as três modalidades, surgiu a idéia de diminuir os percursos e foi criado então, o Short Triathlon com: 750 metros de natação, 20 km de ciclismo e 5 km de corrida. No Rio de Janeiro foi realizado em 6 de julho de 1986, o I Short Triathlon, a repercussão desse evento foi tão grande que em 23 de novembro de 1986, aconteceu o II Short Triathlon com a inscrição de aproximadamente 500 atletas. O Brasil foi palco de inúmeras provas em 1984 e em 4 de maio do mesmo ano, em Brasília/DF, aconteceu a primeira prova com medidas olímpicas metros de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida. Em 27 de julho de 1984, no Guarujá/SP, aconteceu o I Triathlon Internacional, também com medidas olímpicas e com a presença de atletas estrangeiros. Em 1988, foram criadas as federações do Rio de Janeiro e de São Paulo. A fim de conquistar o seu espaço, era preciso criar instituições que apoiassem os atletas. A Associação dos Triatletas de Niterói já existia e em 1990 surgiu a Associação Carioca de Triathlon, a Associação Santista de Triathlon e a Federação Baiana de Triathlon. Em 1991, foi fundada a Confederação Brasileira de Triatlhon. Atualmente existe grande adesão a este esporte, levando ao crescimento de um trabalho interdisciplinar com profissionais especializados, dentre eles: médicos, psicólogos, fisioterapeutas, preparadores físicos, nutrólogos e outros. Aspectos do Triathlon e de suas Modalidades O Triathlon é uma modalidade esportiva olímpica que apresenta motivação e características peculiares e é capaz de testar não somente limites físicos, mas também capacidades com relação à resistência mental, e sua prática podem envolver atividades de lazer, condicionamento e reabilitação (DOMINGUES FILHO, 2001). Para o mesmo autor, é importante considerar, em relação ao treinamento de Triathlon, que deve ser especialmente planejado, levando em conta a
4 individualidade, incluindo a condição atual do atleta, a genética e a maturação sexual. Um outro fator importante é dar melhor atenção à modalidade desportiva mais fraca e fazer uma manutenção das mais fortes, pois para o atleta conseguir um destaque é necessário que obtenha regularidade nas três modalidades envolvidas, já que existe uma tendência em rejeitar as modalidades com maior dificuldade, porém com orientação apropriada, a rejeição tende a diminuir quando os obstáculos são vencidos (DOMINGUES FILHO, 2001). A maioria dos praticantes de triathlon, não dispõe de recursos e condições adequadas de treinamento ou ainda possuem outras ocupações e/ou profissões. Estes fatores podem influenciar no comprometimento exigido no treino e nas competições. Ao reunir três modalidades cíclicas, caracterizadas pela repetição do gesto motor, o triathlon potencializa o desgaste mental que pode, entre outros, levar ao stress e/ou diminuir o limiar de concentração. Evidenciando a importância de incluir a preparação mental no planejamento do treinamento, em vista da estreita relação existente com as competências físicas, técnica e tática. O triathlon depende da eficiência em alguns procedimentos técnicos, como estratégias de vácuos, fugas e sprints 1. De acordo com DOMINGUES FILHO (2001) as características de cada modalidade são: Natação é a primeira parte do triathlon, normalmente percebe-se maior ansiedade na largada e isso vai interferir na área de transição e durante o percurso, pois a recuperação do ritmo pode ser mais difícil. Uma questão unânime com relação à natação, é o aumento da dificuldade da prova em função de se nadar em águas abertas, precisando o atleta estar mais focado na técnica e na tática; Ciclismo é a segunda modalidade, apresentando um número grande de detalhes técnicos, é a responsável pela vantagem ou desvantagem do atleta sobre seus oponentes, já que tem a maior metragem do percurso e é a mais veloz. A liberação do vácuo nas bicicletas devido às regras estabelecidas pela International Triathlon Union ITU provocaram modificações nos treinos e na própria tática do ciclismo, incluindo a aprendizagem e adaptação em pedalar em equipe, nas curvas, subidas, sprints entre outros. Corrida é considerada a parte mais importante do triathlon atual. A diferença existente entre o primeiro colocado e o décimo, em provas com distâncias olímpicas, é de segundos, portanto, os sprints na parte final são decisivos. 1 Sprints: refere-se a jargões comuns nesse esporte, representando tiros de velocidade, aproveitamento do vácuo deixado pelo ciclista à frente, sempre como técnicas utilizadas para a diminuição do tempo. Vácuo: técnica de ciclismo, onde se forma uma fila indiana com outros participantes, com intuito de diminuir a resistência frontal e manter ou aumentar a velocidade. Fuga: técnica de ciclismo, onde um sujeito num determinado momento da prova, acelera de tal forma que produz uma velocidade ainda maior que os demais competidores que estejam com ele disputando a liderança da competição, com intuito de fugir, escapar de forma rápida e precipitada, assumindo a liderança.
5 Durante muito tempo, o treinamento de corrida enfatizou a melhora na capacidade aeróbia, com grande volume semanal e pouca ou nenhuma intensidade de esforço. Atualmente, o treinamento inclui a junção das quatro capacidades motoras que são: velocidade, força, técnica/coordenação e resistência. Esse trabalho acaba estimulando o aspecto psicológico do atleta que tem que enfrentar diversos momentos estressantes por causa do volume e intensidade do treino, com isso, ele desenvolve além da capacidade aeróbia, em nível cárdio-respiratório, também a anaeróbia, a nível muscular. Psicologia do Esporte Os aspectos psicológicos são, sem dúvida, um dos principais componentes da preparação do atleta de alto rendimento e eles abrangem uma série de fatores que, combinados, podem influenciar negativa ou positivamente e de forma direta ou indireta no seu desempenho (DESCHAMPS, 2002). A psicologia do esporte abrange duas variáveis com um mesmo denominador comum: o interesse específico focado no atleta e o esporte por ele praticado. Questões envolvendo o processo de aprendizagem, desenvolvimento, personalidade, memória e motivação tornam-se de suma importância para o trabalho psicológico esportivo, além disso, contribui para que o atleta adquira melhores condições em suas habilidades, e possa planejar e/ou alcançar seus objetivos. Cada modalidade esportiva tem sua especificidade, o psicólogo precisará se interar sobre a modalidade em questão, a fim de conhecer sua rotina de treinos, períodos de competição, pré-pós-competição e a preparação física. Atualmente, o esporte de alto nível está muito equilibrado no preparo físico, técnico e tático, podendo questões psicológicas separar um vencedor de um perdedor, estabelecendo até quanto o atleta pode chegar o mais próximo possível de seus limites psicológicos, e porque não, superá-los. Técnicas Psicológicas Há várias técnicas e instrumentos usados para o treinamento psicológico com o objetivo de auxiliar a melhoria do desempenho atlético, tais como: técnicas de motivação, relaxamento, redução de ansiedade, treinamento de ativação, concentração, autoconfiança, gerenciamento de stress entre outros. A automotivação é trabalhada em três tipos de técnicas: motora (exercícios isométricos, concentração na respiração, movimentos rítmicos e outros), cognitiva (determinação de metas individuais e auto-reforço verbal) e emocional (prazer na execução do movimento, sensação de fluidez, sensação de sucesso) (SAMULSKI, 1998). Na redução do stress e ansiedade é comum o uso do relaxamento de Jacobson, controle da respiração, biofeedback, controle do stress cognitivoafetivo, que consiste em treinar habilidades de relaxamento, reestruturação cognitiva e treinamento auto-(autógeno) (SAMULSKI & BECKER JÚNIOR, 1998). Para os mesmos autores, o aumento de ativação é obtido pela inspiração e expiração mais forte e rápida, pela imaginação de movimentos dinâmicos e
6 rápidos, formação de frases estimulantes, para a diminuição da ativação podese utilizar redução da respiração, movimentos lentos, frases tranqüilizantes, entre outros. 2. Metodologia A amostra foi composta de 2 triatletas da UNAERP-Campus/Guarujá. Os instrumentos utilizados foram: 1. o auto-informe POMS (MACNAIR, LOOR & DROPPLEMAN, 1971) que avalia os estados de humor ou afetivos (tensão, depressão, raiva, vigor fadiga e confusão) 2. o teste QUATI (ZACHARIAS, 1994) que pode diagnosticar dezesseis tipos psicológicos possíveis, combinados entre como as pessoas recebem informações (intuição/sensação), como tomam decisões (pensamento/sentimento) e como focam sua atenção (extroversão/introversão); 3. Entrevista semi-estruturada buscando informar sobre os resultados dos testes aos atletas e complementar informações sobre eles. 3. Análise dos Resultados POMS: foi realizado o cálculo das médias dos estados de humor ou afetivos de duas provas de thriatlon de cada atleta. QUATI: foi feita a contagem das respostas dadas para identificar quais as funções principais e as suas auxiliares. Entrevista: foram considerados os dados importantes relacionados ao: objetivo que tinham com relação às respectivas provas, como sentiam-se um dia antes e no dia da prova, como foi a colocação para cada um e se houve alteração do tempo em relação às provas passadas. 4. Resultados Na entrevista os dados obtidos foram: Atleta 1: o objetivo em ambas as provas era o mesmo, ficar entre os 10 primeiros, e acabou chegando em 11 º.(nas duas). Sentía-se bem um dia antes da 1 ª prova e no dia dela, poderia ter chegado em 9º., se fosse melhor na corrida, porém obteve o seu melhor tempo. Na 2ª. prova se considerou bem centrado, estava se sentindo bem fisicamente e durante os treinos, sentiu receio por não conhecer o percurso. Mesmo não atingindo o objetivo nesta prova não se sentiu frustrado porque tem como melhorar sua performance. Atleta 2: o objetivo em ambas as provas era o mesmo, ficar entre os 10 primeiros, chegando em 10º. e 15º. na segunda prova. Sentiu-se tranqüilo um dia antes da 1ª. prova, e no dia estava um pouco mais nervoso na hora da largada. Obteve boa colocação, atingindo o objetivo. Um dia antes da 2ª. prova, estava mais agitado (resolvendo coisas de última hora), explicou que não estava se sentindo muito confiante porque não conhecia e se preocupava com a subida do percurso. Ocorreu um pensamento negativo: Eu vou me dar mal. Além disso, não desempenhou bem nos treinos anteriores. Ficou chateado porque caiu na tabela de colocação com a alteração do tempo para pior.
7 Os resultados do cálculo das médias dos estados de humor apontaram para: Atleta 1: os estados de tensão (8,5), depressão (0), raiva (2,5), fadiga (0,5) e confusão (0,5) se mantiveram abaixo da média (50) do que era esperado, porém abaixo do ideal e o vigor (24,5) que ficou um pouco abaixo do ideal (29). Atleta 2: os estados de tensão (12,5), depressão (0,5), raiva (2), fadiga (0) e confusão (3) se mantiveram abaixo da média (50), no entanto, a tensão e a confusão se apresentaram acima do ideal (11) e (1) respectivamente, e o vigor (18,5) que ficou bem abaixo do ideal (29). Com relação aos tipos psicológicos obteve-se como resultado: Atleta 1:Intuição extrovertida com sentimento: É capaz de fazer quase qualquer coisa que o interesse e geralmente pode encontrar fortes razões para justificar qualquer coisa que queira. É entusiasta e afetuoso, vivaz, engenhoso e imaginativo. Geralmente rápido, com uma solução para qualquer um que tenha um problema. Costuma confiar mais em sua capacidade de improvisação do que em preparo anterior. Atleta 2:Sensação extrovertida com sentimento: É amigável, expansivo, complacente e receptivo. Procura divertir-se com todas as coisas, tornando-as mais agradáveis para todos que estão à sua volta. Gosta de fazer as coisas acontecerem e de atividades esportivas. Procura saber tudo o que se passa à sua volta e toma parte de tudo com entusiasmo. Dá-se melhor em situações que necessite bom senso e habilidade prática, tanto com coisas como com pessoas. 5. Discussão O atleta 1 demonstrou identificação com o tipo psicológico apontado no QUATI, é entusiasta e vivaz como confirmado na entrevista: Não me senti frustrado por não ter atingido o objetivo porque posso melhorar a minha performance. Tendendo a confiar na improvisação, o excesso de autoconfiança pode ser prejudicial para o seu desempenho. De forma geral, os resultados do POMS foram positivos, podendo melhorar o vigor em função da alteração dos outros estados de humor mais próximos do ideal, através de um trabalho adequado. O atleta 2 também demonstrou identificação com o tipo psicológico apontado no QUATI. De acordo com seu tipo psicológico, esse atleta pode estar vivendo superficialmente as situações propostas, incluindo a situação esportiva, a qual necessita de um alto grau de comprometimento e de um empenho energético físico e psicológico. Em relação aos resultados apontados pelo POMS, o vigor ficou bem abaixo daquilo que é esperado, talvez em função do estado de humor tensão, que se mostrou elevado. Os aspectos que compõem o estado confusão, entre outros, são confuso e inseguro, sendo que antes da última prova ocorreu um pensamento negativo,: Eu vou me dar mal. Além disso, estava se sentindo inseguro, por não ter desempenhado bem ( quebra ) nos treinos anteriores. 6. Conclusão
8 Para ambos (os tipos psicológicos e os estados de humor) levantados neste estudo, é importante a tomada de consciência do atleta destes aspectos psicológicos, para a partir disto poder modificá-los (descobrir suas potencialidades e fraquezas), tanto para o seu benefício pessoal como para o seu desempenho. 7. Referências Bibliográficas CAPITANIO, A. M., DE ROSE JÚNIOR, D., DESCHAMPS, S. R., FUGIWARA, P., SELINGARDI, D. PITORRI, E.B.A. Avaliação de ansiedade-traço e ansiedade-estado e estados de ânimo afetivos em triatletas. In: X CONGRESSO BRASILEIRO E III CONGRESSO INTERNACIONAL DE PSICOLOGIA DO ESPORTE, Rio de Janeiro 2003a. Anais. Novas Tendências da Psicologia do Esporte na perspectiva da performance, atividade física e qualidade de vida. Rio de Janeiro: Divulgação/Universidade Estácio de Sá, V.v.1.p.23 CAPITANIO, A. M., DE ROSE JÚNIOR, D., DESCHAMPS, S. R., FUGIWARA, P.; SELINGARDI, D.; PITORRI, E.B.A. Influencias y objetivos en la práctica del triatlón In: II CONGRESO INTERNACIONAL DE PSICOLOGÍA APLICADA AL DEPORTE, 2003, Madrid. Resúmenes. Madrid, II congreso internacional de psicología aplicada al deporte., 2003b. Anais. v.1. p DESCHAMPS, S.R. Aspectos psicológicos e suas influências em atletas de voleibol masculino de alto rendimento Dissertação (Mestrado) - Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo, São Paulo. DOMINGUES FILHO, L.A. Triathlon. Rio de Janeiro: Sprint, Triathlon: treinamento & marketing. Jundiaí: Fontoura, MACNAIR, D.; LOOR, M.; DROPPLEMAN, L. Profile of Moods States Manual. San Diego: Educational and Industrial Testing Service, SAMULSKI, D. M. Conceito de Treinamento Psicológico no Esporte. IN: Miranda, R.; Pinto, P. orgs. III SIMPÓSIO MINEIRO DE PSICOLOGIA. Anais. Juiz de Fora: UFJF, 1998, SAMULSKI, D, BECKER JÚNIOR, BB. Manual de treinamento psicológico para o esporte. Novo Hamburgo: Feevale, WEINBERG, R.S.; GOULD, D. Fundamentos da psicologia do esporte e do exercício. Porto Alegre: Artmed, ZACHARIAS, J.J.M. Questionário de avaliação tipológica. São Paulo: Vetor, 1994.
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