Bioinorgânica do Níquel e do Cobalto. Prof. Fernando R. Xavier

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Bioinorgânica do Níquel e do Cobalto. Prof. Fernando R. Xavier"

Transcrição

1 Bioinorgânica do Níquel e do Cobalto Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2018

2 Características gerais Ao examinarmos as reações químicas catalisadas por enzimas de níquel e por cobalto ao longo do processo evolutivo, nota-se que ambos estiveram presentes e atuantes na era pré oxigênio (atmosfera redutora). Tal fato reflete os altos níveis destes metais em um grande número de bactérias anaeróbicas. Em contrapartida, os níveis destes metais em mamíferos é cerca de 100 vezes menor quando comparado aos índices de zinco, ferro e cobre. Enquanto o cobalto é importante para as enzimas dependentes da vitamina B 12, em seres superiores, o níquel é encontrado na apenas urease de plantas é praticamente inexistente em células eucariontes. Staphylococcus aureus a 50,000x 2

3 Ambos níquel e cobalto, assim como o ferro possuem a características de serem ricos em elétrons. Quando em baixos estados de oxidação alguns de seus elétrons 3d tendem a ficar em orbitais mais expostos podendo atuar na transferência de 1 elétron aos moldes de radicais livres. Considerando a química ácido-base biológica, íons níquel e cobalto podem substituir facilmente íons zinco. Já para química redox da era pós-oxigênio estes podem ser substituídos por manganês, ferro e cobre, que são muito mais abundantes. Estes dois metais se tornaram obsoletos na era pós-fotossíntese. 3

4 Enzimas de Níquel Sete de oito enzimas de níquel conhecidas estão envolvidas na produção de gases (CO, CO 2, CH 4, H 2, NH 3 e O 2 ) os quais todos possuem papel importante nos ciclos globais de carbono, nitrogênio e oxigênio. ARD Aciredutona dioxigenase; MCR metil-com redutase; CODH CO deshidrogenase; ACS Acetil-CoA sintetase. 4

5 Uma antiga enzima de níquel, a glioxilase (GlxI) catalisa a reação do metilglioxal (tóxico pois pode formar adutos com o DNA) em lactato. Neste caso os íons níquel atuam apenas como um ácido de Lewis, ou seja, não há química redox presente. Nos seres humanos este metal foi substituído por zinco, sendo então mais uma evidência de que a substituição de metais em enzimas é mais comum do que se pode imaginar. 5

6 Enzimas de níquel apresentam uma grande adaptabilidade tanto em termos de ambiente de coordenação quando em sua química redox. A Ni-SOD, por exemplo, deve possuir uma faixa ampla de trabalho com potenciais variando desde até -160 mv. Redutases de níquel tais como a MCR e a CODH podem apresentar potenciais de redução de até -600 mv. Desta forma nota-se que enzimas de níquel podem atuar em reações redox em um intervalo de até 1,5 Volts! Uma vez que a concentração de íons níquel(2+) é muito baixa em condições ambientais típicas, sistemas que possuem alta afinidade por estes íons foram desenvolvidos pela natureza (metalochaperonas). 6

7 7

8 Urease Historicamente, a primeira enzima contendo níquel descoberta foi a Urease. Esta enzima foi extraída de feijões jack beans e cristalizada por James Sumner 1 em Somente 50 anos depois foi possível comprovar a presença de níquel em seu sítio ativo. Esta enzima catalisa a hidrólise da ureia em amônia e carbamato que, espontaneamente se decompõe em CO 2, água e amônia. 8

9 A urease tem um papel chave no metabolismo de microrganismos e plantas pois geram amônia, sendo então uma fonte de nitrogênio para a mesma. Ela possui um sitio ativo binuclear de níquel onde estes estão a 3,5 Å um do outro ponteados por um grupo OH. 9

10 Além da ponte μ-oh exógena, há uma ponte constituída por uma lisina carbamilada. Estudos ureases submetidas a mutações sítio dirigidas apontam que na ausência desta ponte endógena, esta enzima perde sua capacidade catalítica. A alta barreira energética para a hidrólise da ureia pode ser vencida pela coordenação da carbonila da mesma a um dos centros metálicos que irá ativá-la. Um grupo hidróxido coordenado ao átomo de níquel irá então atacar o substrato dando sequência a reação química. 10

11 Propostas mecanísticas 11

12 Proteínas Níquel-Ferro-Enxofre Três das oito enzimas contendo níquel são sistemas Ni-Fe-S. Entre elas estão as hidrogenases, as CO-deshidrogenases (CODH) e a acetil-coa sintetase (ACS). Hidrogenases tem um papel crucial no metabolismo de microrganismos por catalisarem a oxidação reversível do hidrogênio. Três tipos de hidrogenases são conhecidos: As [NiFe], [FeFe] e Fe-hidrogenases. Em ambientes de baixa concentração de níquel, Fe-hidrogenases são predominantes. 12

13 13

14 Hidrogenases ferro-níquel As hidrogenases ferro-níquel possuem sítios ativos bastante incomuns. Foram necessários além dos dados cristalográficos diversos estudos espectroscópicos para se identificar os ligantes exógenos não-proteicos CO e CN. 14

15 Mecanismo de ação 15

16 CO-Deshidrogenase (CODH) De uma forma conceitual, a maneira mais simples de preparar um composto orgânico é construir este um carbono de cada vez. Este é justamente o caminho percorrido pela enzima CO-deshidrogenase durante síntese da Acetil-CoA atuando na redução do CO 2. 16

17 Acetil-CoA-sintetase (ACS) Esta enzima atua na síntese da acetil-coenzima-a, atuando de maneira concertada junto à CODH. Acetil-CoA Microrganismos que contem as enzimas CODH e ACS são encontrados em todos os lugares onde o metabolismo anaeróbico é o único meio de sobrevivência. 17

18 18

19 19

20 Metil-coenzima-M redutase (MCR) Atualmente estima-se que cerca de 10 9 toneladas de CH 4 são geradas por bactérias anaeróbicas metanogênicas. O metano gerado deste processo é fruto da atividade da MCR. Cofator F430 20

21 Estrutura cristalina, sítio ativo e mecanismo reacional 21

22 Cobalaminas e proteínas de cobalto A vitamina B 12 foi identificada em 1925 como imprescindível para evitar a anemia perniciosa. Sua estrutura consiste em um macrociclo corrínico com um átomo de cobalto(1+) ao centro, um quinto ligante: O 5,6-dimetilbenzimidazol nucleotídeo (Dmb). O sexto ligante pode variar, gerando então diferentes compostos: R = CN: Vitamina B 12 ; R = 5 -deoxadenosina: coenzima B 12 ; R = CH3: alquil cobalamina; 22

23 Quando o cofator está em sua forma livre, este pode coexistir em três formas básicas, conforme indicado abaixo: A forma ligada do Dmb é predominante em ph fisiológico. Em algumas enzimas B 12 dependentes, o grupo Dmb pode ser substituído por um resíduo de histidina. 23

24 Isomerases B 12 -dependentes As isomerases constituem a maior subfamília de enzimas B 12 -dependentes encontradas em bactérias, tendo papel fundamental em processos de fermentação. 24

25 Etapas: 1. Cisão homolítica e formação do radical 5 -deoxiadenosil; 2. Abstração de um próton para formar o substrato radical; 3. Processo de rearranjo do tipo 1,2; 4. Uma nova abstração de próton leva a formação do radical 5 -deoxiadenosil; 5. Reconstituição da coenzima B12. Como já visto em outras enzimas tais como nas ribonucleotídeo redutases de ferro, a formação do radical tilil é feita pela coenzimas B

26 Ribonucleotídio redutase (RNR) 26

27 Metiltransferases B 12 -dependentes Estas enzimas estão envolvidas no metabolismo de microrganismos anaeróbicos que fixam CO 2. Estas macromoléculas atuam ainda no metabolismo de aminoácidos em muitos organismos, incluindo o humano. A proteína que contém o grupo B1 2 tua como carreador intermediário do grupamento metila. 27

28 As metiltransferases envolvem 03 componentes proteicos, cada um localizados em um domínio da proteína. O domínio MT1 se liga ao grupo doador de metila e a transfere para o complexo B 12 ; O domínio MT2 catalisa a transferência da metila ligada ao complexo B 12 para o destino final. 28

29 29

30 A metiltransferase B 12 -dependente mais bem caracterizada é a metionina sintetase isolada da E. Coli. 30

31 Um exemplo: Metilmalonil-CoA mutase. 31

32 Enzimas de cobalto não-corrínicas Tipicamente, estas enzimas são capazes de clivar ligações peptídicas N-terminais o que sugere mais um processo de regulação biológica do que de degradação de proteínas. Um exemplo desta classe enzimática seria a metionina aminopeptidase (Met-APs) 32

33 Estrutura e sítio ativo das MetAPs 33

34 Um outro exemplo de enzima não-corrínica de cobalto são as prolidases. Estas enzimas são amplamente distribuídas em bactérias e quebram seletivamente a ligação peptídica onde a prolina C-terminal é um dos aa envolvidos. 34

Bioinorgânica do Manganês. Prof. Fernando R. Xavier

Bioinorgânica do Manganês. Prof. Fernando R. Xavier Bioinorgânica do Manganês Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2018 Características químicas gerais O manganês pode acessar 03 (três) estados de oxidação relevantes do ponto de vista biológico: Mn(2+), Mn(3+)

Leia mais

Processos catalíticos mediados por enzimas que contém metais

Processos catalíticos mediados por enzimas que contém metais Processos catalíticos mediados por enzimas que contém metais Shriver e Atkins, cap 26 Catálise ácido-base Pense: muitas reações catalisadas por ácidos ou bases requerem concentrações de H + ou de OH -

Leia mais

Processos catalíticos mediados por enzimas que contém metais

Processos catalíticos mediados por enzimas que contém metais Processos catalíticos mediados por enzimas que contém metais Shriver e Atkins, cap 26 Catálise ácido-base Pense: muitas reações catalisadas por ácidos ou bases requerem concentrações de H + ou de OH -

Leia mais

Fisiologia e Crescimento Bacteriano

Fisiologia e Crescimento Bacteriano UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Fisiologia e Crescimento Bacteriano Professora: Vânia Silva Composição macromolecular de uma célula procariótica

Leia mais

Fisiologia e Crescimento Bacteriano

Fisiologia e Crescimento Bacteriano UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Fisiologia e Crescimento Bacteriano Professora: Vânia Silva Composição macromolecular de uma célula procariótica

Leia mais

Bioinorgânica do zinco. Prof. Fernando R. Xavier

Bioinorgânica do zinco. Prof. Fernando R. Xavier Bioinorgânica do zinco Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2017 Características gerais O zinco possui uma alta concentração de carga quando comparado ao seu raio iônico (0,65 Å) se ligando modestamente em ânions

Leia mais

Enzimas. As enzimas são proteínas com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA que tem ação catalítica.

Enzimas. As enzimas são proteínas com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA que tem ação catalítica. Enzimas As enzimas são proteínas com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA que tem ação catalítica. Diferem dos catalisadores comuns em vários aspectos Velocidades de reações catalisadas por

Leia mais

Metaloproteínas e modelagem biomimética. Prof. Fernando R. Xavier

Metaloproteínas e modelagem biomimética. Prof. Fernando R. Xavier Metaloproteínas e modelagem biomimética Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2018 Resumindo temos: Enzimas cofator orgânico inorgânico coenzima metaloenzima Proteínas Sítio ativo Complexos altamente Elaborados!!!

Leia mais

Fisiologia, Crescimento Bacteriano e Genética

Fisiologia, Crescimento Bacteriano e Genética UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA DEPARTAMENTO DE PARASITOLOGIA, MICROBIOLOGIA E IMUNOLOGIA Fisiologia, Crescimento Bacteriano e Genética Enfermagem Profa. Vânia Metabolismo Conjunto de todas as reações

Leia mais

Proteínas II. (Enzimas) Bioquímica Prof. Dr. Marcelo Soares

Proteínas II. (Enzimas) Bioquímica Prof. Dr. Marcelo Soares Proteínas II (Enzimas) Conceitos Gerais e Funções As enzimas são proteínas especializadas na catálise de reações biológicas Consideradas as biomoléculas mais notáveis devido a sua extraordinária especificidade

Leia mais

REAÇÕES ESPECÍFICAS PARA aa

REAÇÕES ESPECÍFICAS PARA aa REAÇÕES ESPECÍFICAS PARA aa Organismo Desaminação não sintetiza Transaminação Descarboxilação TRANSAMINAÇÃO Ác.glutâmico Ceto-ácido ALANINA-piruvato ÁC. ASPÁRTICO- oxalacetato OBJETIVO : CENTRALIZAR TODOS

Leia mais

Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Proteínas

Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Proteínas Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Proteínas Profª Larissa dos Santos Introdução As proteínas (ou também conhecidas como polipeptídeos) são as macromoléculas mais abundantes

Leia mais

Elemento água do mar plasma sanguíneo. citoplasma

Elemento água do mar plasma sanguíneo. citoplasma Íons metálicos em sistemas biológicos Shriver & Atikins, pag 733-790 (Capítulo 26) Concentração aproximada de alguns elementos (na forma de íons metálicos) no exterior e interior das células Elemento água

Leia mais

+ e - + H + H-O-O. H-O-O. + e - + H + H-O-O-H H-O-O-H + e - + H + HO. + H 2. O + Fe 3+

+ e - + H + H-O-O. H-O-O. + e - + H + H-O-O-H H-O-O-H + e - + H + HO. + H 2. O + Fe 3+ Catálise baseada em enzimas que contém íons de Ferro Enzimas que atuam sobre H 2 O 2 Peróxido de hidrogênio é comumente formado em reações que envolvem a redução de O 2 em sistemas biológicos. O H 2 O

Leia mais

Introdução ao Metabolismo. Profª Eleonora Slide de aula

Introdução ao Metabolismo. Profª Eleonora Slide de aula Introdução ao Metabolismo Profª Eleonora Slide de aula Metabolismo Profª Eleonora Slide de aula Relacionamento energético entre as vias catabólicas e as vias anabólicas Nutrientes que liberam energia Carboidratos

Leia mais

BIOQUÍMICA. Profº André Montillo

BIOQUÍMICA. Profº André Montillo BIOQUÍMICA Profº André Montillo www.montillo.com.br Definição: É uma Molécula Orgânica que contém simultaneamente grupo funcionais amina (NH2) e carboxílico (COOH) É formado pelos seguintes Átomos: o Carbono

Leia mais

MÓDULO 2 - METABOLISMO. Bianca Zingales IQ-USP

MÓDULO 2 - METABOLISMO. Bianca Zingales IQ-USP MÓDULO 2 - METABOLISMO Bianca Zingales IQ-USP INTRODUÇÃO AO METABOLISMO CARACTERÍSTICAS DO SER VIVO 1- AUTO-REPLICAÇÃO Capacidade de perpetuação da espécie 2- TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA O ser vivo extrai

Leia mais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Enzimas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais

FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS. Enzimas. Prof. Me. Cássio Resende de Morais FUNDAÇÃO CARMELITANA MÁRIO PALMÉRIO FACIHUS - FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS Enzimas Prof. Me. Cássio Resende de Morais Enzimas Catalisadores biológicos: substâncias de origem biológica que aceleram

Leia mais

METABOLISMO DO NITROGÊNIO Prof. Dr. Roberto Cezar Lobo da Costa

METABOLISMO DO NITROGÊNIO Prof. Dr. Roberto Cezar Lobo da Costa METABOLISMO DO NITROGÊNIO Prof. Dr. Roberto Cezar Lobo da Costa ROTEIRO DE AULA 1. Introdução, importância e funções do nitrogênio 2. Formas nitrogenadas que podem ser absorvidas 3. Redutase do nitrato

Leia mais

Química Bio-inorgânica - 1 o semestre 2018 Prof. André Ferraz

Química Bio-inorgânica - 1 o semestre 2018 Prof. André Ferraz Química Bio-inorgânica - 1 o semestre 2018 Prof. André Ferraz Cronograma 2018 >> ver edisciplinas.usp.br Aspectos formais Avaliação: 4 Provas escritas: (2 para compor P1 e 2 para compor P2) Nota final

Leia mais

Estrutura Primária de Proteínas: Sequenciamento de Aminoácidos

Estrutura Primária de Proteínas: Sequenciamento de Aminoácidos UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO USP FARMÁCIA BIOQUÍMICA 015N Reatividade de Compostos Orgânicos II Estrutura Primária de Proteínas: Sequenciamento de Aminoácidos Beatriz In Soon Chang (9328183) João Gabriel

Leia mais

Profª Eleonora Slide de aula. Introdução ao Metabolismo

Profª Eleonora Slide de aula. Introdução ao Metabolismo Introdução ao Metabolismo Nutrientes que liberam energia Carboidratos Gorduras Proteínas Catabolismo Produtos finais pobres em energia CO 2 2 O N 3 Energia química ATP NADP Metabolismo Macromoléculas celulares

Leia mais

OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa

OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa OXIDAÇÕES BIOLÓGICAS: Cadeia respiratória e fosforilação oxidativa Metabolismo: integração entre catabolismo e anabolismo Assimilação ou processamento da mat. Orgânica Síntese de Substâncias Estágio 1

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia. Dr. Tiago P. Camargo

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia. Dr. Tiago P. Camargo Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia Dr. Tiago P. Camargo Campo da ciência que estuda o comportamento de metais em sistemas biológicos. Área extremamente

Leia mais

Fisiologia do Exercício

Fisiologia do Exercício Fisiologia do Exercício REAÇÕES QUÍMICAS Metabolismo inclui vias metabólicas que resultam na síntese de moléculas Metabolismo inclui vias metabólicas que resultam na degradação de moléculas Reações anabólicas

Leia mais

), a concentração interna na célula é relativamente elevada (da ordem de 10-3 mol/l).

), a concentração interna na célula é relativamente elevada (da ordem de 10-3 mol/l). Íons metálicos em sistemas biológicos Shriver & Atikins, cap. 26 No interior de uma célula as concentrações de íons metálicos são significativamente diferentes daquelas observadas no meio externo aonde

Leia mais

objetivo Ciclo da uréia Pré-requisito Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Entender as etapas de formação da uréia.

objetivo Ciclo da uréia Pré-requisito Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Entender as etapas de formação da uréia. Ciclo da uréia A U L A 18 objetivo Ao final desta aula, você deverá ser capaz de: Entender as etapas de formação da uréia. Pré-requisito Conhecimentos adquiridos na Aula 17. BIOQUÍMICA II Ciclo da uréia

Leia mais

Processo de obtenção de energia das células respiração celular

Processo de obtenção de energia das células respiração celular Processo de obtenção de energia das células respiração celular Macromolécula mais abundante nas células Grande variedade (tamanho e função) Pequenos peptídeos a grandes cadeias com PM alto Diversidade

Leia mais

Faculdade Anhanguera Curso de Graduação em Educação Física

Faculdade Anhanguera Curso de Graduação em Educação Física Faculdade Anhanguera Curso de Graduação em Educação Física Profa. Dra. Amabile Vessoni Arias E-mail: Amabile.arias@anhanguera.com 2016-2 Mês de agosto Conteúdo 9 Unidade 1 16 Unidade 1 23 Unidade 1 30

Leia mais

citoplasma Elemento água do mar plasma sanguíneo Fe (Fe 3+ ) (Fe 3+ ) 10-2 (Fe 2+ )

citoplasma Elemento água do mar plasma sanguíneo Fe (Fe 3+ ) (Fe 3+ ) 10-2 (Fe 2+ ) Transporte e armazenagem seletiva de Ferro Shriver & Atikins, cap. 26 Elemento água do mar plasma sanguíneo Na > 10-1 10-1 < 10-2 K 10-2 10-3 < 10-1 citoplasma Mg > 10-2 10-3 10-3 Ca > 10-3 10-3 10-7 Fe

Leia mais

Microrganismos Anaeróbios. História. Louis Pasteur. Trabalho científico pioneiro sobre Vida Microbiana na Ausência de Oxigênio FERMENTAÇÃO

Microrganismos Anaeróbios. História. Louis Pasteur. Trabalho científico pioneiro sobre Vida Microbiana na Ausência de Oxigênio FERMENTAÇÃO Microrganismos Anaeróbios Lago Maggiore, primeira observação feita por Volta em 1776 sobre um combustível aéreo : borbulhamento na superfície de águas estagnadas; qual seria a origem do gás dos pântanos?

Leia mais

Me. Aylan Kener Meneghine Doutorando em Microbiologia Agropecuária

Me. Aylan Kener Meneghine Doutorando em Microbiologia Agropecuária Me. Aylan Kener Meneghine Doutorando em Microbiologia Agropecuária Setembro - 2013 O ciclo de energia nos seres vivos... Como ocorre a produção de ATP pela oxidação dos diferentes compostos? A oxidação

Leia mais

PROTEÍNAS. A palavra proteína derivada de proteos, (grego = primeira ou a mais importante)

PROTEÍNAS. A palavra proteína derivada de proteos, (grego = primeira ou a mais importante) PROTEÍNAS A palavra proteína derivada de proteos, (grego = primeira ou a mais importante) Macromolécula mais abundante nas células Produto final da informação genética (DNA-RNA-Proteína) Diversidade funcional

Leia mais

São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Prefixo que designa a reação: lactato desidrogenase, catalase

São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Prefixo que designa a reação: lactato desidrogenase, catalase 1 5 Enzimas a) Conceito - O que são enzimas? São moléculas catalíticas protéicas (exceto algumas que são RNA) - Moléculas que aumentam a velocidade de reações sem se alterarem neste processo. - Catalisam

Leia mais

UFSC. Química (Amarela) Reposta: 70

UFSC. Química (Amarela) Reposta: 70 Reposta: 70 01. Incorreta. Ferroso é o íon Fe +2 e sulfato é o íon SO 4 2. Logo a fórmula é Fe +2 SO 4 2 = FeSO 4 02. Correta. 04. Correta. 08. Incorreta. O átomo central é o enxofre que forma duas ligações

Leia mais

Processo de obtenção de energia das células respiração celular

Processo de obtenção de energia das células respiração celular Processo de obtenção de energia das células respiração celular Macromolécula mais abundante nas células Grande variedade (tamanho e função) Pequenos peptídeos a grandes cadeias com PM alto Diversidade

Leia mais

Catabolismo de Aminoácidos em Mamíferos

Catabolismo de Aminoácidos em Mamíferos Catabolismo de Aminoácidos em Mamíferos O grupo amino e o esqueleto de carbono seguem vias separadas. A amônia é tóxica para os animais As bases moleculares não são totalmente esclarecidas Em humanos,

Leia mais

TRABALHO DE BIOLOGIA QUÍMICA DA VIDA

TRABALHO DE BIOLOGIA QUÍMICA DA VIDA TRABALHO DE BIOLOGIA QUÍMICA DA VIDA Água Sais minerais Vitaminas Carboidratos Lipídios Proteínas Enzimas Ácidos Núcleos Arthur Renan Doebber, Eduardo Grehs Água A água é uma substância química composta

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS

Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Bioquímica Metabólica ENZIMAS Origem das proteínas e de suas estruturas Níveis de Estrutura Protéica Estrutura das proteínas Conformação

Leia mais

Função proteica envolve a ligação reversível com outras moléculas O ligante se liga na proteína e um sítio específico, chamado SÍTIO DE LIGAÇÃO.

Função proteica envolve a ligação reversível com outras moléculas O ligante se liga na proteína e um sítio específico, chamado SÍTIO DE LIGAÇÃO. Estrutura Função 1. Função proteica envolve a ligação reversível com outras moléculas. A molécula que se liga reversivelmente à proteina LIGANTE 2. O ligante se liga na proteína e um sítio específico,

Leia mais

Carla Bittar Bioquímica e Metabolismo Animal

Carla Bittar Bioquímica e Metabolismo Animal Carla Bittar Bioquímica e Metabolismo Animal Biosfera rica em N2 Microrganismos reduzem N2 formando NH3 Plantas e microrganismos absorvem NH3 e NO3- para síntese de biomoléculas Animais dependem da dieta

Leia mais

citoplasma Elemento água do mar sanguíneo Fe (Fe 3+ ) (Fe 3+ ) 10-2 (Fe 2+ )

citoplasma Elemento água do mar sanguíneo Fe (Fe 3+ ) (Fe 3+ ) 10-2 (Fe 2+ ) Transporte e armazenagem seletiva de Ferro Shriver & Atikins, cap. 26 Elemento água do mar plasma sanguíneo Na > 10-1 10-1 < 10-2 K 10-2 10-3 < 10-1 citoplasma Mg > 10-2 10-3 10-3 Ca > 10-3 10-3 10-7 Fe

Leia mais

MACRONUTRIENTES III PROTEÍNAS

MACRONUTRIENTES III PROTEÍNAS MACRONUTRIENTES III PROTEÍNAS 1 PROTEÍNAS As proteínas são compostos orgânicos de estrutura complexa e massa molecular elevada, elas são sintetizadas pelos organismos vivos através da condensação de um

Leia mais

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA. Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa. Profa.

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA. Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa. Profa. Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICÓLISE AERÓBICA Ciclo de Krebs e Fosforilação Oxidativa Profa. Marina Prigol 1 Glicólise Anaeróbica RESPIRAÇÃO CELULAR ou GLICÓLISE AERÓBICA:

Leia mais

Glicose / carboidratos Ácidos graxos Aminoácidos. Acetil-CoA. Ciclo de Krebs (NADH e FADH 2 )

Glicose / carboidratos Ácidos graxos Aminoácidos. Acetil-CoA. Ciclo de Krebs (NADH e FADH 2 ) A fosforilação oxidativa (FO) é o estágio final do metabolismo produtor de energia nos organismos aeróbicos Nessa etapa toda a energia produzida (na forma de carreadores de elétrons) durante a oxidação

Leia mais

Organelas Transdutoras de Energia: Mitocôndria - Respiração

Organelas Transdutoras de Energia: Mitocôndria - Respiração Universidade de São Paulo Escola de Engenharia de Lorena Departamento de Biotecnologia Organelas: Cloroplasto e Mitocôndria Obtenção de energia para a célula a partir diferentes fontes: Curso: Engenharia

Leia mais

MÓDULO 2 - METABOLISMO. Bianca Zingales IQ-USP

MÓDULO 2 - METABOLISMO. Bianca Zingales IQ-USP MÓDULO 2 - METABOLISMO Bianca Zingales IQ-USP INTRODUÇÃO AO METABOLISMO CARACTERÍSTICAS DO SER VIVO 1- AUTO-REPLICAÇÃO Capacidade de perpetuação da espécie 2- TRANSFORMAÇÃO DE ENERGIA O ser vivo extrai

Leia mais

Macromolécula mais abundante nas células

Macromolécula mais abundante nas células PROTEÍNAS Origem grego (protos) primeira, mais importante A palavra proteína que eu proponho vem derivada de proteos, porque ela parece ser a substância primitiva ou principal da nutrição animal, as plantas

Leia mais

Enzimas. Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini

Enzimas. Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Enzimas Disciplina: Bioquímica Curso: Análises Clínicas 3º. Módulo Docente: Profa. Dra. Marilanda Ferreira Bellini Enzimas Proteínas especializadas em catalisar reações biológicas, ou seja aumentam a velocidade

Leia mais

Prova de Seleção Mestrado 2016 Questões

Prova de Seleção Mestrado 2016 Questões Prova de Seleção Mestrado 2016 Questões Questão 01. Descreva as principais características das quatro zonas de autodepuração de um curso d água a jusante do lançamento de um efluente líquido. Questão 02.

Leia mais

3 LIGANTES. 3.1 Aspectos biológicos

3 LIGANTES. 3.1 Aspectos biológicos LIGANTES 38 3 LIGANTES Serão descritos os principais aspectos químicos e biológicos dos ligantes estudados neste trabalho. A importância desse capítulo fundamenta-se no fato de que os aminoácidos são as

Leia mais

Trabalhos de Bioquímica

Trabalhos de Bioquímica Trabalhos de Bioquímica Professora Liza Felicori Bioquímica do Exercício Bioquímica do Câncer Bioquímica do Envelhecimento Bioquímica do Diabetes Bioquímica da Obesidade 5 pontos : material Fórum Moodle

Leia mais

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas

Cinética enzimática. Cinética enzimática. Cinética enzimática 20/03/2012. Classificação sistemática das enzimas Processo enzimático mais antigo conhecido é o da fermentação da glicose até etanol leveduras. (Pasteur, 1850). Enzima grego na levedura (Pasteur, 1877). Isolamento de todas as enzimas associadas a fermentação

Leia mais

QBQ 0102 Educação Física. Carlos Hotta. Enzimas 17/03/15

QBQ 0102 Educação Física. Carlos Hotta. Enzimas 17/03/15 QBQ 0102 Educação Física Carlos Hotta Enzimas 17/03/15 Previously... Proteínas são polímeros de aminoácidos A estrutura primária de uma proteína determina sua estrutura terciária e, portanto, sua função

Leia mais

Química de Coordenação Teorias NAE e TLV. Prof. Fernando R. Xavier

Química de Coordenação Teorias NAE e TLV. Prof. Fernando R. Xavier Química de Coordenação Teorias NAE e TLV Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2013 Evolução dos modelos... Teoria de ligação de Werner, séc. XIX. Os íons metálicos estão ligados a átomos ou moléculas segundo

Leia mais

Fotorreações da Fotossíntese

Fotorreações da Fotossíntese UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Instituto de Química de São Carlos Fotorreações da Fotossíntese Dr. Paulo Roberto Dores-Silva São Carlos, 2016 A Fosforilação Oxidativa Depende da transferência de elétrons Cadeia

Leia mais

LIGAÇÃO PEPTÍDICA. ligação peptídica DIPEPTÍDEO AMINOÁCIDOS

LIGAÇÃO PEPTÍDICA. ligação peptídica DIPEPTÍDEO AMINOÁCIDOS PROTEÍNAS PROTEÍNAS LIGAÇÃO PEPTÍDICA DIPEPTÍDEO AMINOÁCIDOS ligação peptídica PEPTÍDEO Resíduo N-terminal Resíduo C-terminal OLIGOPEPTÍDEOS: 2 a 10 resíduos de aminoácidos. Exemplos: dipeptídio (2 aminoácidos),

Leia mais

Profº Lásaro Henrique

Profº Lásaro Henrique Profº Lásaro Henrique Proteínas são macromoléculas complexas, compostas de aminoácidos. São os constituintes básicos da vida e necessárias para os processos químicos que ocorrem nos organismos vivos. Nos

Leia mais

Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula

Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula ICB Dep. Mofologia Disciplina: Biologia Celular Bases moleculares e Macromoleculares Substâncias Inorgânicas/Orgânicas Processos Celulares Passivos/Ativos

Leia mais

PPGQTA. Prof. MGM D Oca

PPGQTA. Prof. MGM D Oca PPGQTA Prof. Compostos Carbonílicos O grupo carbonila é um dos mais importantes grupos funcionais e está envolvido em muitas reações. Reações envolvendo grupos carbonila também são particularmente importantes

Leia mais

2

2 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Protoplastos: bactérias que, mesmo perdendo a parede celular, mantêm suas funções; Esferoplastos: bactérias que, na perda, mantém um pouco da sua PC e, em momento oportuno, reconstituem-na.

Leia mais

Origem grego (protos) primeira, mais importante

Origem grego (protos) primeira, mais importante PROTEÍNAS Origem grego (protos) primeira, mais importante A palavra proteína que eu proponho vem derivada de proteos, porque ela parece ser a substância primitiva ou principal da nutrição animal, as plantas

Leia mais

Pr P o r f o a f Al A essan a d n r d a r a B ar a o r n o e n

Pr P o r f o a f Al A essan a d n r d a r a B ar a o r n o e n Profa Alessandra Barone www.profbio.com.br Metabolismo Conjunto de reações realizadas a partir da transformação de substâncias com a finalidade de suprimento de energia, renovação de moléculas e manutenção

Leia mais

Na aula de hoje continuaremos a estudar as funções bioquímicas das proteínas. Boa aula!

Na aula de hoje continuaremos a estudar as funções bioquímicas das proteínas. Boa aula! Aula: 20 Temática: Funções bioquímicas das proteínas parte II Na aula de hoje continuaremos a estudar as funções bioquímicas das proteínas. Boa aula! 1) Mediadores e reguladores metabólicos (continuação):

Leia mais

Processo de obtenção de energia das células respiração celular

Processo de obtenção de energia das células respiração celular Processo de obtenção de energia das células respiração celular Macromolécula mais abundante nas células Grande variedade (tamanho e função) Pequenos peptídeos a grandes cadeias com PM alto Diversidade

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO SER VIVO

A ORGANIZAÇÃO DO SER VIVO A ORGANIZAÇÃO DO SER VIVO PRINCIPAIS ELEMENTOS QUE CONSTITUEM OS SERES VIVOS Carbono CHONPS Compõe as principais cadeias das moléculas orgânicas (lipídios, carboidratos e proteínas) presentes em nosso

Leia mais

Elementos (metais) relevantes em sistemas biológicos (complexos dos metais do bloco "d", Shiver & Atkins, p. 481)

Elementos (metais) relevantes em sistemas biológicos (complexos dos metais do bloco d, Shiver & Atkins, p. 481) Elementos (metais) relevantes em sistemas biológicos (complexos dos metais do bloco "d", Shiver & Atkins, p. 481) Estudaremos estes elementos com certo detalhe: Mn, Fe, Cu, Zn Na, K e Ca serão estudados

Leia mais

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Respiração. Respiração. Respiração. Substratos para a respiração. Mas o que é respiração?

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Respiração. Respiração. Respiração. Substratos para a respiração. Mas o que é respiração? Respiração Mas o que é respiração? FISIOLOGIA VEGETAL Respiração É o processo pelo qual compostos orgânicos reduzidos são mobilizados e subsequentemente oxidados de maneira controlada É um processo de

Leia mais

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP

CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP CADEIA DE TRANSPORTE DE ELÉTRONS E FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA OU COMO AS CÉLULAS SINTETIZAM ATP SINTETIZAM ATP ÀS CUSTAS DA OXIDAÇÃO DAS COENZIMAS NADH E FADH 2 PELO OXIGÊNIO AS COENZIMAS REDUZIDAS SÃO PRODUZIDAS

Leia mais

Professora: Erika Liz. C i n é t i c a. E n z i m á t i c a

Professora: Erika Liz. C i n é t i c a. E n z i m á t i c a rofessora: Erika Liz C i n é t i c a E n z i m á t i c a Elementos da Enzimologia Reações Químicas Termodinâmica estuda a viabilidade e a reversibilidade das reações, a partir da análise do conteúdo energético

Leia mais

O QUE É O METABOLISMO????

O QUE É O METABOLISMO???? O QUE É O METABOLISMO???? Metabolismo é a somatória de todas as transformações químicas de uma célula ou organismo Uma atividade celular altamente coordenada na qual diversos sistemas multienzimáticos

Leia mais

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia Gliconeogênese Alexandre Havt Gliconeogênese Fontes de Energia para as Células Definição Via anabólica que ocorre no fígado e, excepcionalmente

Leia mais

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia

Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento Acadêmico de Química e Biologia Síntese de compostos carbonílicos São conhecidos vários caminhos para preparação destes compostos: Reação direta

Leia mais

Glicólise. Professora Liza Felicori

Glicólise. Professora Liza Felicori Glicólise Professora Liza Felicori Glicose Glicose (combustível metabólico) Fígado: Serve como tampão para manter o nível de glicose no sangue (liberação controlada de glicose) Glicose GLICOGÊNIO Estoque

Leia mais

Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula

Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula ICB Dep. Mofologia Disciplina: Biologia Celular Prof: Dr. Cleverson Agner Ramos Bases moleculares e Macromoleculares Substâncias Inorgânicas/Orgânicas

Leia mais

ENZIMAS. Osmundo Brilhante

ENZIMAS. Osmundo Brilhante ENZIMAS Osmundo Brilhante Introdução Condições Fundamentais para a Vida Auto replicação; O organismo deve ser capaz de catalisar as reações químicas; Metabolismo celular e manutenção da via Enzimas Doenças;

Leia mais

Biologia Molecular (Parte I)

Biologia Molecular (Parte I) Biologia Molecular (Parte I) Introdução 1. Substâncias Inorgânicas 1.1. Água A água faz pontes de hidrogênio Polaridade Propriedades da água Solvente Universal Participa de reações químicas vitais Adesão

Leia mais

Metabolismo energético das células

Metabolismo energético das células Metabolismo energético das células Medicina Veterinária Bioquímica I 2º período Professora: Ms. Fernanda Cristina Ferrari Como a célula produz energia? Fotossíntese Quimiossíntese Respiração Adenosina

Leia mais

Bioinorgânica do Mo, W, V e Cr. Prof. Fernando R. Xavier

Bioinorgânica do Mo, W, V e Cr. Prof. Fernando R. Xavier Bioinorgânica do Mo, W, V e Cr Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2018 Características gerais O molibdênio é o único elemento da segunda série de transição que é essencial a muitos organismos vivos. Dentre

Leia mais

Bioinorgânica do Cobre. Prof. Fernando R. Xavier

Bioinorgânica do Cobre. Prof. Fernando R. Xavier Bioinorgânica do Cobre Prof. Fernando R. Xavier UDESC 2018 Cobre: Características gerais Ao contrário do ferro, o cobre não estava biodisponível na Terra primitiva. Ao considerarmos sua atmosfera redutora,

Leia mais

Dra. Maria Izabel Gallão. Síntese de proteínas

Dra. Maria Izabel Gallão. Síntese de proteínas Síntese de proteínas DNA RNAm proteína - citoplasma 20 aa formar uma pt RNAt específico subunidades do ribossomos precarregada com fatores protéicos auxiliares. a síntese protéica começa quando todos estes

Leia mais

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto Bioquímica: orgânicos e inorgânicos necessários à vida Leandro Pereira Canuto Toda matéria viva: C H O N P S inorgânicos orgânicos Água Sais Minerais inorgânicos orgânicos Carboidratos Proteínas Lipídios

Leia mais

Unidade II MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA. Profa. Dra. Eleonora Picoli

Unidade II MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA. Profa. Dra. Eleonora Picoli Unidade II MICROBIOLOGIA, IMUNOLOGIA E PARASITOLOGIA Profa. Dra. Eleonora Picoli Metabolismo bacteriano Conjunto de reações responsáveis pela manutenção das funções bacterianas básicas. Tipos de metabolismo

Leia mais

QUÍMICA ORGÂNICA. Prof. Jorginho GABARITO SÉRIE AULA - PILHAS 1. C 2. A 3.

QUÍMICA ORGÂNICA. Prof. Jorginho GABARITO SÉRIE AULA - PILHAS 1. C 2. A 3. QUÍMICA ORGÂNICA Prof. Jorginho GABARITO SÉRIE AULA - PILHAS 1. C 2. A 3. 2+ Global 2+ Zn(s) + Cu (aq) Zn (aq) + Cu(s) Δ E = + 1,10 V 4. CORRETAS: 01, 02, 08. 5. a) Depósito de cobre: Cu (aq) + 2e Cu(s)

Leia mais

METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS - GLICÓLISE

METABOLISMO DOS CARBOIDRATOS - GLICÓLISE Após a absorção dos carboidratos no intestino, a veia porta hepática fornece glicose ao fígado, que vai para o sangue para suprir as necessidades energéticas das células do organismo. GLICÓLISE principal

Leia mais

MECANISMOS DE REAÇÕES DE

MECANISMOS DE REAÇÕES DE Universidade Federal de Sergipe Centro de ciências exatas e tecnologia Núcleo de Pós Graduação em Química Discente: Jany Hellen Ferreira de Jesus Docente: Antônio Reinaldo Cestari 1 MECANISMOS DE REAÇÕES

Leia mais

1164 BIOLOGIA ESTRUTURAL Aula 1 Prof. Dr. Valmir Fadel

1164 BIOLOGIA ESTRUTURAL Aula 1 Prof. Dr. Valmir Fadel H C N O S Água Pontes de Hidrogênio -Interação fraca com grupos polares e carregados - orientada (Lehninger, cap. 4) AMINO-ÁCIDOS ISÔMERO L ISÔMERO D 20 amino-ácidos mais comuns Alanina CH3-CH(NH2)-COOH

Leia mais

Introdução ao bloco II Enfermagem. Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres

Introdução ao bloco II Enfermagem. Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres Introdução ao bloco II Enfermagem Monica Montero Lomeli Sylvia Alquéres Programação de aulas 16/set 21/set 23/set 28/set 30/set 05/out 07/out 12/out 14/out Apresentação do bloco + Enzimas I (cinéeca) Enzimas

Leia mais

Cinética Enzimática. Prof Karine P. Naidek Novembro/2016

Cinética Enzimática. Prof Karine P. Naidek Novembro/2016 UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA DQMC BIOQUÍMICA BIO0001 Cinética Enzimática Prof Karine P. Naidek Novembro/2016 Cinética das Reações Bioquímicas

Leia mais

O QUE É O METABOLISMO????

O QUE É O METABOLISMO???? O QUE É O METABOLISMO???? Metabolismo é a somatória de todas as transformações químicas de uma célula ou organismo Uma atividade celular altamente coordenada na qual diversos sistemas multienzimáticos

Leia mais

QBQ 0204 Bioquímica. Carlos Hotta. Glicólise 13/05/17

QBQ 0204 Bioquímica. Carlos Hotta. Glicólise 13/05/17 QBQ 0204 Bioquímica Carlos Hotta Glicólise 13/05/17 Uma visão geral do metabolismo Ribose 5P (5) NUCLEOTÍDEOS Algumas reações são irreversíveis Vias de síntese e degradação precisam ser separadas Uma visão

Leia mais

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Profª Eleonora Slide de aula Condições de anaerobiose Glicose 2 Piruvato Ciclo do ácido cítrico Condições de anaerobiose 2 Etanol + 2 CO 2 Condições

Leia mais

Fosforilação oxidativa

Fosforilação oxidativa A fosforilação oxidativa (FO) é o estágio final do metabolismo produtor de energia nos organismos aeróbicos Nessa etapa toda a energia produzida (na forma de carreadores de elétrons) durante a oxidação

Leia mais

1. Produção de Acetil-CoA. 2. Oxidação de Acetil-CoA. 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa

1. Produção de Acetil-CoA. 2. Oxidação de Acetil-CoA. 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO 1. Produção de Acetil-CoA 2. Oxidação de Acetil-CoA 3. Transferência de elétrons e fosforilação oxidativa CICLO DE KREBS OU DO ÁCIDO CÍTRICO 1. Produção de Acetil-CoA

Leia mais

Organelas e suas funções. A energética celular:

Organelas e suas funções. A energética celular: Organelas e suas funções Capitulo 15- Fundamentos da Biologia Celular- Alberts- 2ª edição A energética celular: Capitulo 13 (p 427 a 444) e Capitulo 14 Fundamentos da Biologia Celular- Alberts- 2ª edição

Leia mais

Enzimas - Sítio catalítico

Enzimas - Sítio catalítico Enzimas - Sítio catalítico Significado de cofator, grupo prostético e coenzima Enzima holozima Grupo prostético metal cofator coenzima Distinção entre cofator e coenzima depende da força de ligação com

Leia mais

Composição química da célula

Composição química da célula Composição química da célula Introdução Evidência da evolução Todas as formas de vida tem a mesma composição química! Substâncias inorgânicas Substâncias orgânicas Água e sais minerais Carboidratos, lipídios,

Leia mais

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES EM PLANTAS

SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES EM PLANTAS Micronutrientes Nutrição Mineral de Plantas SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE MICRONUTRIENTES EM PLANTAS Prof. Volnei Pauletti Departamento de Solos e Engenharia Agrícola vpauletti@ufpr.br Micronutrientes Nutrição

Leia mais

Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota

Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota Biologia 1. Moléculas, células e tecidos - Fotossíntese e respiração - Respiração celular Fermentação Organismos que só vivem na presença

Leia mais