UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO IGNÊS TEREZA PEIXOTO DE PAIVA

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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO IGNÊS TEREZA PEIXOTO DE PAIVA CLIMA ORGANIZACIONAL E CULTURA ESCOLAR: Uma Análise na Escola Estadual Almirante Tamandaré Comunidade Indígena Umariaçu II - Município de Tabatinga MANAUS 2006

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3 IGNÊS TEREZA PEIXOTO DE PAIVA CLIMA ORGANIZACIONAL E CULTURA ESCOLAR: Uma Análise na Escola Estadual Almirante Tamandaré Comunidade Indígena Umariaçu II - Município de Tabatinga Dissertação apresentada à Comissão Examinadora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em Educação, sob a orientação da Professora Doutora Valéria Augusta de Medeiros Weigel. MANAUS 2006

4 FOLHA DE APROVAÇÃO IGNÊS TEREZA PEIXOTO DE PAIVA CLIMA ORGANIZACIONAL E CULTURA ESCOLAR: Uma Análise na Escola Estadual Almirante Tamandaré Comunidade Indígena Umariaçu II - Município de Tabatinga Dissertação apresentada à Comissão Examinadora da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas, como requisito parcial à obtenção do Título de Mestre em Educação, sob a orientação da Professora Doutora Valéria Augusta de Medeiros Weigel. Valéria Augusta de Medeiros Weigel. Professora Doutora Orientadora Examinador (a) Examinador (a) Manaus 2006

5 12 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu pai Oswaldo Antonio de Paiva, a minha Mãe (in memoriam) Maria Constança Peixoto de Paiva e a minha filha Laura Carolina Peixoto de Paiva, pelo apoio moral que me dedicaram.

6 13 AGRADECIMENTO Muito obrigada a todas as pessoas que estiveram comigo neste período, participando na construção deste trabalho; A minha mãe, que me ensinou a ver beleza nas pequenas coisas. Aprendi a olhar a vida de frente, a lutar pelos meus ideais. O que sou hoje devo a você, que foi uma grande mulher; Ao meu pai, que é o meu grande tesouro, homem da minha vida, pela seriedade, pelo incentivo e apoio nesse momento; A minha adorada filha Laura, minha cria, tão amada e tão querida, que apesar de tudo me incentivou muito; A minha orientadora, Profa Dra. Valéria Augusta de Medeiros Weigel, pelas portas que abriu, pela generosidade e, principalmente, por construir comigo este trabalho; A Daniele minha irmã, que segurou a barra na minha ausência; A minha adorada comadre Cristiana, que na minha ausência me ajudou a superar as dificuldades; A minha turma de mestrado, amigos que exploraram comigo este universo de conceitos. Agradeço, em especial, a Eunice e Camilo, por amar o que fazem e por saírem, como eu, à procura de novos conhecimentos. Ao Sr. Pimentel, sempre disponível nas manhãs e tardes, atendendo meu chamado para as idas e vindas à Universidade. Aos meus alunos do Centro de Estudos Superiores de Tabatinga UEA, pela paciência e o carinho no momento de

7 14 construção da dissertação. Aos queridos amigos da Comunidade Indígena Umariaçu II, em especial Nilson, Sr. Moura, Sr Pedro, Maria, pelo aprendizado recebido. Ao corpo docente e discente da Escola Estadual Almirante Tamandaré, em especial Prof. Raimundo e Profa Marlene, e Dona Melita, pela realização dessa pesquisa. Ao meu colaborador Sr. Walmir, sertanista da FUNAI, por todas as trocas de informações sobre a história do povo Ticuna. As pessoas que estiveram no meu dia a dia e, através de seu companheirismo e amizade, contribuíram para a realização dessa dissertação. Enfim, ao ser superior, Deus o grande responsável por todo universo.

8 15 Há muito tempo que eu saí de casa, há muito tempo que eu caí na estrada. Há muito tempo que eu estou na vida, foi assim que eu quis assim eu sou feliz. Principalmente por poder voltar a todos os lugares onde já passei pois lá deixei um prato de comida, um abraço amigo, um canto pra dormir e sonhar. E aprendi que se depende sempre de tanta, muita diferente gente toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas. Gonzaguinha

9 16 RESUMO Este estudo buscou analisar a Escola Estadual Almirante Tamandaré Comunidade Indígena Umariaçu II, com a intenção de investigar os limites e as possibilidades de reinvenções da escola na comunidade indígena. É o imprescindível perfazer o caminho para uma relação intercultural, que se constitui no espaço organizacional, através das interrelações humanas, culturais, sociais, profissionais e pedagógicas, provenientes do estilo de liderança, do clima e da cultura gerada, considerando as diversidades apresentadas pelos grupos, numa perspectiva de inovação e mudança. Esta dissertação foi elaborada a partir das seguintes inquietações: Como as relações humanas, sociais, culturais, profissionais e pedagógicas criam condições de interação na escola? Como se apresenta a interculturalidade no cotidiano da escola indígena? Como a eficácia da escola indígena e o sucesso dos alunos são afetados pela cultura e o clima organizacional? De que forma a gestão da escola indígena condiciona as inovações e mudanças na cultura e no clima organizacional? Formula também uma compreensão escola a partir de uma perspectiva da interculturalidade que é fundamental para vincular o processo educacional com a dimensão étnico-cultural dos alunos. A interculturalidade nos leva a tomar à escola como um espaço compartilhado e determinado pela convivência, compreendendo suas dimensões culturais e sociais. Isso se comprovou nas falas dos sujeitos da pesquisa que são trazidas para que possamos pensar a educação intercultural para além da concepção de que seja um espaço de invasão de uma cultura sobre outra, ou apenas uma possibilidade de reinvenção da escolarização tradicional por parte destes povos, mas como um próprio espaço de trânsito, um espaço fronteiriço que aproxima duas ou mais culturas, onde uma é influenciada pela outra, num caminho de duas mãos. Outro ponto é a importância do papel da gestão escolar representado pelo líder como uma das variáveis freqüentemente associadas à existência de um clima positivo ou negativo, procurando identificar as qualidades de liderança organizacional da escola mais fortemente relacionadas com a promoção de inovações e mudanças. Palavras-chave: Clima organizacional; cultura escolar; educação indígena; estilo de liderança.

10 17 ABSTRACT This study Admiral Tamandaré searched to analyze the State School Aboriginal Community Umariaçu II, with the intention to investigate the limits and the possibilities of renitence s of the school in the aboriginal community. It is the essential one to prefacer the way for an intercultural relation, that if constitutes in the organizational space, through the Interrelations human beings, cultural, social, professional and pedagogical, proceeding from the style of leadership, the climate and the generated culture, considering the diversities presented for the groups, in a perspective of innovation and change. This dissertação was elaborated from the following fidgets: How the relations social, cultural, professional and pedagogical human beings, create conditions of interaction in the school? How is presented the interculturalidade in the daily one of the aboriginal school? How the effectiveness of the aboriginal school and the success of the pupils are affected by the culture and the organizational climate? Of that it forms the management of the aboriginal school conditions the innovations and changes in the culture and the organizational climate? It also formulates an understanding school from a perspective of the interculturalidade that is basic to tie the educational process with the ethnic-cultural dimension of the pupils. The interculturalidade in takes them to take to the school as a space shared and determined for the connivance, understanding its cultural and social dimensions. This if proved in says them of the citizens of the research that are brought so that let us can think the intercultural education for beyond the conception of that is a space of invasion of a culture on another one, or only one possibility of reinvenção of the traditional escolarização on the part of these peoples, but as a proper space of transit, a bordering space that approaches two or more cultures, where one is influenced by the other, in a way of two hands. Another point is the importance of the paper of the pertaining to school management represented by the leader as one of the 0 variable frequently associates to the existence of a positive or negative climate, looking for to identify the qualities of organizational leadership of the school more strong related with the promotion of innovations and changes. Word-key: Organizational climate; pertaining to school culture; aboriginal education; leadership style.

11 18 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 11 CAPÍTULO I 1. O CULTURAL E O SIMBÓLICO NA DINÂMICA DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR Cultura e Identidade Escola e Diversidade Cultural Escola Como Espaço Simbólico Clima Organizacional, Estilo de Liderança e Cultura da Organização Escolar Gestão Escolar Numa Perspectiva Cultural Organização Escolar Indígena 58 CAPÍTULO II 2. CULTURA E CLIMA ESCOLAR NO CONTEXTO DA ESCOLA INDÍGENA ALMIRANTE TAMANDARÉ Elementos da História Ticuna Interculturalidade e Diversidade Cultural na Escola Estadual Indígena Almirante Tamandaré Cultura Escolar e Clima Organizacional no Contexto da Escola Estadual Indígena Almirante Tamandaré. 88 CONSIDERAÇÕES FINAIS: INOVAÇÕES E MUDANÇAS 106 REFERÊNCIAS 114 ANEXOS 119

12 19 INTRODUÇÃO Este trabalho teve a proposta de fazer uma análise da escola enquanto contexto organizacional e local de desenvolvimento pessoal e social, não só para os alunos, como também para os profissionais que a constitui, através do tipo de inter-relações humanas, sociais, profissionais e pedagógicas promovidas; das formas de liderança exercidas, do clima organizacional e da cultura escolar geradas. Nunca é demais afirmar que só o desenvolvimento pode ser considerado como a finalidade da educação. Esta idéia de desenvolvimento encerra a noção de uma permanente construção, quer daquilo que a pessoa vai conhecendo, quer daquilo que vai sabendo fazer, quer mesmo daquilo em que a pessoa vai se tornando; concepção válida para todos que habitam o espaço escolar, membros de uma comunidade educativa. O objetivo deste estudo esteve centrado na compreensão da escola indígena enquanto espaço organizacional, que se constitui através das interrelações humanas, sociais, profissionais e pedagógicas, provenientes do perfil de gestão escolar, do clima e da cultura gerados, considerando as diversidades apresentadas pelos grupos que estão inseridos na escola, numa perspectiva de inovação e mudança, procurando explorar as características do clima de escola valorizadas pelos professores, que influenciam nas inovações e mudanças. Também destaca a importância do papel do líder como uma das variáveis, mais freqüentemente associada à existência de um clima positivo ou negativo, procurando identificar as qualidades de liderança organizacional da escola, mais fortemente relacionadas com a promoção de inovações e mudanças.

13 20 A temática, Clima Organizacional e a Cultura Escolar, partiu de uma análise na Escola Estadual Almirante Tamandaré estabelecendo relações de reconhecimento do papel da pesquisa, levando em consideração os contextos educativos e suas múltiplas referências, significando as várias abordagens da realidade que podem ser verdadeiras, e possíveis, a qualquer tipo de conhecimento, cultura, senso comum, etc., sendo tão válidos como o científico. Isso significou não só aprofundar as dicotomias já existentes, mas, a partir do reconhecimento das diferenças, visou construir um novo conhecimento na práxis social, além da investigação do contexto educativo da escola indígena que implicou considerar os sujeitos-aprendizes como enraizados numa realidade sócio-cultural heterogênea, com sua intersubjetividade, visto que implica as diferenças, como o princípio para o processo de construção do conhecimento. A temática selecionada prende-se ao clima e à cultura, que são conceitos bastante próximos. Do mesmo modo que a cultura, o clima inclui comportamentos repetidos, normas, valores dominantes, regras do jogo. Mas, enquanto a cultura insiste no que é comum na organização, o clima descreve igualmente o que é diferente ou contraditório. O papel da escola nas sociedades indígenas é de proporcionar uma educação que considere os aspectos humanos, sociais, culturais, profissionais e pedagógicos que fazem interface com a sociedade envolvente, tendo como maior desafio o de educar e trabalhar com a cultura, mas sem perder de vista a relação que se tem com a sociedade envolvente. A escola indígena, pensada em conjunto com os sujeitos envolvidos, professores, alunos e comunidade, pode possibilitar a relação entre educação escolar e a vida em sua dinâmica histórica na medida em que puder trabalhar com os conhecimentos provenientes da própria comunidade, relacionados aos conhecimentos oriundos da sociedade na qual a comunidade se insere. A temática construída nessa dissertação fundamentou-se em um referencial teórico que articula conceitos de cultura, identidade, clima organizacional e cultura escolar, educação indígena, gestão escolar e estilo de liderança e na análise do clima organizacional e da cultura escolar vivenciado no contexto da Escola Estadual Almirante Tamandaré, localizada à margem esquerda do Rio Solimões, na

14 21 Comunidade Indígena Umariaçu II, no Município de Tabatinga. Como sujeitos: 32 professores, sendo 15 professores indígenas e 17 não-indígenas; 02 administrativos, 01 indígena e 01 não indígena; 07 auxiliares de serviços gerais, 05 indígenas e 02 não indígenas; alunos distribuídos nos turnos Matutino, Vespertino e Noturno, distribuídos nos níveis de Ensino Fundamental de 1ª a 8ª, Ensino Médio e na modalidade da Educação de Jovens e Adultos; pais e comunidade onde se desenvolveu a pesquisa, com base em uma análise crítica sobre o modelo organizacional da escola indígena, a partir de uma perspectiva sócio-antropológica do cotidiano educacional, e de suas inter-relações humanas, sociais, culturais, profissionais e pedagógicas provenientes da cultura, do clima e da gestão escolar, mediante as diversidades apresentadas pelos grupos que estão inseridos na escola e a situação de interculturalidade. O que se apresenta na realidade da Escola Estadual Almirante Tamandaré são situações de distanciamento entre o instrumento legal, que determina uma proposta de escola indígena que deva ser intercultural, que promova o intercâmbio e a troca de conhecimentos, propondo um espaço em que se oportunize pôr em contato diferentes concepções culturais, destacando as práticas formais e informais realizadas no cotidiano da escola, que negam o desempenho das dimensões pedagógicas administrativas e de relacionamento com a comunidade, seguindo as normas do Sistema Público de Ensino Estadual. Tal situação vem negando as peculiaridades da escola indígena, tornando-se uma escola de branco em maloca de índio (WEIGEL, 2000) Com este trabalho, empreendeu-se um estudo com a finalidade de investigar como se constrói o clima organizacional, a cultura escolar e o estilo de gestão escolar, mediante as relações humanas, sociais, culturais, profissionais e pedagógicas no interior da Escola Estadual Almirante Tamandaré na Comunidade Indígena Umariaçu II, a partir das seguintes indagações sobre a problemática: 1 - Quais as formas de vivência da diversidade cultural na escola indígena? 2 - De que forma a gestão da escola indígena condiciona as inovações e mudanças na cultura e no clima organizacional escolar? 3 - Como as relações humanas, sociais, culturais, profissionais e

15 22 pedagógicas criam condições de interação na escola? 4 - Como a eficácia da escola indígena e o sucesso dos alunos são afetados pela cultura e o clima organizacional? 5 - Como se apresenta a interculturalidade no cotidiano da escola indígena? 6 - Como a cultura e o clima da organização escolar condicionam a produção das inovações e mudanças no ambiente escolar, a partir das relações humanas, sociais, culturais, profissionais e pedagógicas? O clima organizacional e a cultura escolar são fatores decisivos no funcionamento da escola, que podem ser definidos como pressupostos básicos, inventados, descobertos ou desenvolvidos por um grupo, à medida que aprendeu a lidar com os seus problemas de adaptação externa e de integração interna, que funcionou bem o suficiente para ser considerado válido. Sua composição se dá por inúmeras variáveis relacionadas entre si e modeladas com o somatório das cognições e vivências técnicas, administrativas, políticas, estratégias e psicossociais, que justapõem fatores humanos individuais, relacionamentos grupais, interpessoais, formais e informais. Considera-se que o clima organizacional e a cultura escolar devem distinguir cada organização das restantes e agregar os membros das instituições em torno de uma identidade partilhada, facilitando a sua adesão aos objetivos gerais da organização. Remete, portanto, para a idéia de identidade, de distinção, ou seja, daqueles caracteres que torna particular e distinguem uma organização da outra. Nesse sentido, a dimensão cultural na formação do clima resulta das interações dos indivíduos que formam a partir do nada uma estrutura de referência comum, sendo condicionados nas interações pelos profundos e anteriores significados veiculados pela cultura organizacional, a qual se expressa sob a forma de valores, normas e mitos. Resulta que o clima é criado pela interação de um grupo de indivíduos, que partilham uma cultura organizacional, a qual influencia na percepção das características organizacionais. O estudo proposto surgiu, portanto, da inquietação e da necessidade de compreender sobre o referencial da cultura e o clima organizacional da escola

16 23 indígena, como instrumento para análise de inovações e mudanças que se processam no interior da escola, a partir de uma abordagem qualitativa para a visualização de uma organização escolar indígena voltada para uma proposta de que a escola diferenciada deve permitir acesso a conhecimentos necessários a um novo tipo de interlocução com o mundo de fora da aldeia, valorizando e sistematizando conhecimentos tradicionais, e servindo de instrumento para a construção de projetos autônomos de futuro para essas comunidades. Envolveu uma multiplicidade de atores e diferentes aspectos da prática cotidiana da escola, a partir da compreensão das inter-relações que nela são estabelecidas, e que definem a construção e reconstrução permanente de sua cultura. Esse interesse pelo estudo em causa, vem se constituindo ao longo dos nossos anos de vida acadêmica, iniciando como aluna do Curso de Pedagogia, com habilitação em Administração Escolar, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Amazonas; como aluna do Curso de Especialização em Educação de Jovens e Adultos; e também da prática como professora do ensino Médio da rede estadual de ensino; bem como pedagoga, atuando em escolas do Ensino Médio na rede pública de ensino; da experiência como técnica do Departamento de Políticas e Programas Educacionais da Secretaria de Estado da Educação - SEDUC; e como professora substituta da Universidade Federal do Amazonas e do Programa Especial de Formação Docente - PEFD. A experiência tanto como professora do Ensino Médio, da rede estadual quanto de pedagoga, oportunizou vivenciar o descaso do sistema educacional com a escola pública. As práticas que eram desenvolvidas com os alunos do ensino médio noturno, sem considerar o seu contexto no qual estão inseridos, enaltecendo a cultura da reprovação presente no próprio contexto escolar, contribuindo para os elevados índices de reprovação, assim como o descaso com a organização do trabalho pedagógico, que não proporciona práticas participativas, a inter-relações humanas, profissionais e pedagógicas no interior da organização escolar. Como técnica do Departamento de Políticas e Programas Educacionais- DEPPE, da Secretaria de Estado da Educação do Amazonas - SEDUC, foi possível percebemos a inexistência de iniciativas, com o propósito de organizar a escola a partir de uma visão emancipátoria, e se pôde, também, constatar o uso de práticas

17 24 vinculadas à organização empresarial, não levando em consideração uma perspectiva cultural de organização escolar, prevalecendo a perspectiva de administração da qualidade total. Através da experiência como professora universitária, ministrando as disciplinas Estágio Supervisionado e Organização do Trabalho Pedagógico e Gestão Escolar, foi possível acompanhar o cotidiano da escola, e verificar como as relações pessoais, profissionais e pedagógicas estão sendo desenvolvidas no interior da organização escolar, colaborando para a existência de um clima e de uma cultura escolar fechado, não levando em consideração a perspectiva cultural de educação. A partir de leituras e análises realizadas no Mestrado, surgiu o interesse de investigar a cultura e o clima da escola indígena, sobretudo da vontade de contribuir com a reflexão dessa experiência educacional, pretendendo desvelar as relações existentes no interior do cotidiano escolar, e as práticas de gestão escolar, voltada para uma relação verticalizada no ambiente escolar. Ao vivenciar o cotidiano escolar das Escolas Estaduais do Município de Tabatinga, enquanto professora da Universidade do Estado do Amazonas e pedagoga do Sistema Estadual de Ensino, verificamos na Escola Estadual Almirante Tamandaré, situada na Comunidade Indígena Umariaçu II, o interesse em investigar a organização da escola, considerando os distanciamentos nas dimensões pedagógicas, administrativas, e de relacionamento com a comunidade. O estudo da escola indígena como organização cultural exigiu que se procurasse compreender o uso que se tem feito desse referencial teórico, na compreensão de outros tipos de organizações econômicas e sociais produtivas. No entanto, torna-se necessário fazer considerações relacionadas à educação, buscando recriar esse referencial teórico e mostrando suas implicações a partir da transposição do âmbito de estudos sobre comunidades e sociedades mais amplas para o circuito das organizações escolares. A partir dos estudos e pesquisas realizadas sobre a Organização da Escola Estadual Almirante Tamandaré, localizada na Comunidade Indígena Umariaçu II, no município de Tabatinga, será possível afirmar que os efeitos do clima

18 25 organizacional e da cultura escolar são múltiplos e importantes, o que irá refletir e condicionar o êxito das políticas e das estratégias de desenvolvimento quando se planificam projetos de intervenção e inovação na escola. A eficácia da escola e o sucesso dos alunos são afetados pelo clima organizacional e pela cultura da escola, o que torna a organização escolar uma entidade com personalidade própria, considerando as diversidades apresentadas pelos grupos relevantes no processo de construção da cultura escolar. Nesse sentido, a análise do clima organizacional e da cultura escolar pode se tornar instrumento de diagnóstico da vida interna da escola, possibilitando desenvolver estratégias de inovação contextualizadas, adequadas e exeqüíveis. Uma administração da educação que não aceite ficar reduzida ao mero gerenciamento de recursos humanos e materiais deve criar condições propícias ao ensino e à aprendizagem. A mudança da cultura na escola precisa começar com a adoção de novos comportamentos, na busca de respostas mais efetivas às demandas apresentadas pelo contexto social e a instituição escolar no momento histórico em que vivemos. A organização da escola em terras indígenas pode contribuir para que os povos indígenas encontrem um lugar digno no mundo contemporâneo, mantendo suas línguas e tradições, e repassando-as às novas gerações. Isso será possível na medida em que eles puderem decidir seus próprios caminhos, a partir de relações mais equilibradas com o mundo de fora da aldeia, assentadas, sobretudo, no respeito às suas concepções nativas. Edificar escolas indígenas poderá, também, contribuir para esse processo de autonomia cultural fazendo, sem dúvida, parte dos diferentes projetos de futuro dos povos indígenas no Brasil. Para que o estudo fosse realizado, tornou-se necessário a seleção de objetivos que norteassem a pesquisa sobre o clima organizacional e a cultura escolar da Escola Estadual Almirante Tamandaré na Comunidade Indígena Umariaçu II. Os objetivos utilizados na pesquisa visam Compreender a escola indígena enquanto espaço organizacional, que se constitui através das interrelações humanas, sociais, culturais, profissionais e pedagógicas, proveniente da cultura, do clima e da gestão escolar, considerando as diversidades apresentadas pelos grupos que estão inseridos na escola, e a situação de interculturalidade.

19 26 Para atingir de maneira mais específica a investigação na Escola Estadual Almirante Tamandaré, a pesquisa teve como base a identificação dos traços culturais que constituem a diversidade existente na escola e a interculturalidade presente no cotidiano da escola indígena, analisando a cultura e o clima organizacional da escola indígena, descrevendo as formas de atendimento oferecidas pela instituição escolar, tanto nos aspectos didático-pedagógicos quanto no aspecto social e as perspectivas de gestão escolar, relacionadas com a promoção e dinamização de inovações e mudanças e como a eficácia da escola indígena e o sucesso dos alunos são afetados pela cultura e o clima organizacional escolar. Mediante a utilização desses objetivos, que fundamentam o estudo em causa, foram enquadrados, essencialmente, num paradigma qualitativo, embora possuam técnicas de coleta de dados do modelo qualitativo e quantitativo. Sendo orientada por objetivos de natureza descritiva, a pesquisa inseriu-se numa abordagem na medida em que se restringe a uma unidade organizacional. A metodologia qualitativa prende-se, sobretudo, a duas razões. Em primeiro lugar, e enquadrado no contexto teórico apresentado, está a concepção de que a realidade humana, social e organizacional é um fenômeno complexo, em permanente mudança, em desenvolvimento, que só pode ser coerentemente investigado se considerarmos, na pesquisa, toda sua complexidade e o contexto social que o envolve numa dada situação. Parece-nos, neste sentido, que o paradigma positivista que suporta o modelo quantitativo, não é suficiente para interpretar e explicar o jogo de inter-relações dos fatores que influenciam as situações humanas. O modelo qualitativo, porém, está dentro do paradigma fenomenológico e tem como principal objetivo compreender o significado e o sentido das situações e experiências. Enquanto o modelo quantitativo procura explicar os problemas, isolando-os do seu contexto, e decompondo-o em partes. Todavia, sabemos que abordagem qualitativa não substitui a quantitativa, mas, pelo contrário, a primeira pode ser complementada com a utilização de instrumentos típicos da segunda, e vice-versa. Devemos reconhecer que ambos os

20 27 paradigmas têm as suas limitações e as suas vantagens. A segunda razão que determinou a utilização da metodologia qualitativa refere-se à natureza do problema de investigação em causa. Pensamos que a análise do clima organizacional e da cultura de uma escola, e do papel do seu líder na promoção da criatividade necessária ao desenvolvimento da inovação não pode ser feita, exclusivamente, com base nos resultados estatísticos de um questionário. Necessita, também, de uma análise que valorize mais o aspecto subjetivo das relações dos professores com a organização escolar, e da função da liderança, tanto sob o ponto de vista formal como informal. A utilização de outros procedimentos como a observação naturalista e as entrevistas tornou-se então fundamental. Neste sentido, a pesquisa foi desenvolvida através da observação naturalista, que de acordo com Bogdan e Biklen (1994), é também chamada de trabalho de campo, em que o investigador encontra os sujeitos da pesquisa no próprio território deles, passando muito tempo juntos. O objetivo do investigador é aumentar o nível de vontade dos sujeitos, encorajando-os a falar sobre aquilo de que costumam falar e fazer, sobre as suas práticas cotidianas. O estudo de caso consistiu, assim, na observação detalhada de um contexto, ou indivíduo, de uma única fonte de documentos ou de um acontecimento específico. Assim, o desenvolvimento deste estudo envolveu três principais componentes: - observação da escola selecionada, atendendo à sua rotina diária, desde as salas de aula, passando pelo recreio, pelos corredores, sala de reuniões de professores e direção, secretaria e cozinha; - entrevistas semi-estruturadas com professores e membros da direção, para a avaliação da cultura e do clima organizacional da escola. O local da pesquisa onde o trabalho foi realizado é a Escola Estadual Almirante Tamandaré, na Comunidade Indígena Umariaçu II no município de Tabatinga. Tendo como objeto de pesquisa os sujeitos de todos os segmentos da referida escola, professores, alunos, comunidade, pessoal de apoio e corpo

21 28 técnico-administrativo. Partindo da perspectiva que cabe ao investigador discutir seus significados a partir das observações de campo, todas as organizações que envolvem grupos de cultura estão em processo constante de reinterpretação do mundo pelos atores, cujas interpretações envolvem situações que determinam ações mediante aos valores, papéis sociais, normas e metas que estão estabelecidas no interior da organização escolar. Para esta proposta, optou-se pela observação participante, através da qual o observador é membro normal do grupo, uma vez que este toma parte intimamente da vida do grupo. Como método de investigação analítico, a observação participante dependerá do registro de notas de campo: completas, precisas e detalhadas das ações dos sujeitos inseridos no campo de pesquisa, fazendo uma ampla análise das possibilidades e condicionantes que o investigador qualitativo deve pesquisar. Quanto aos instrumentos utilizados, com a finalidade de recolher dados relativos às percepções do clima organizacional e da cultura escolar, foram elaboradas entrevistas semi-estruturadas, com o propósito de obter novos elementos de análise acerca das qualidades do líder, na promoção de inovações. Estas intenções foram particularizadas através da formulação das entrevistas. As entrevistas foram pautadas nas seguintes temáticas: escola indígena, clima organizacional, cultura escolar, gestão escolar, inovação e mudanças aplicadas nos membros da coordenação pedagógica, direção, professores, alunos e membros da comunidade. O tratamento dado às entrevistas ocorreu a partir da transcrição completa dos registros, originando os relatórios individuais e suas respectivas análises de conteúdo. Construir um caminho no campo da pesquisa em educação indica uma nova questão, relacionada ao processo de investigação científica, na maneira de olhar o outro, enquanto sujeito maior. Estamos discorrendo também sobre nós mesmos: pesquisadores e pesquisadoras desse campo, já que colocar o outro no nosso campo visual tem o significado de uma auto-reflexão sobre a nossa imagem, a partir daquela construída pelo outro. Esse aspecto precisa ser evidenciado

22 29 melhor. No interior desse processo de identificação, não existe a separação sujeitoobjeto, que é fundamental para alicerçar novas perspectivas na construção do conhecimento. Diante desse contexto, foram trabalhadas na investigação categorias de análise que descreveram a leitura dos conteúdos, ou seja, as palavras que foram lidas a partir do que os sujeitos disseram, levando em consideração os símbolos e a análise do conteúdo no qual os sujeitos estão inseridos. As categorias de análise em que se pautou a pesquisa são as seguintes: Escola indígena - deve estar a serviço da comunidade indígena, respondendo a seus anseios e atendendo às suas demandas, formando as crianças e os jovens de acordo com os seus ideais e padrões culturais. Ela não se confunde com os processos tradicionais de socialização presentes em todos os povos indígenas, mas não lhes pode ser de todo estranha. Nos dias atuais, a escola veio somar-se a esses processos tradicionais e, para que isso ocorra de forma a respeitar os valores e a visão de mundo desses povos, essa escola deve ser diferente das demais do sistema de ensino, e ao mesmo tempo ser específica a cada povo indígena. Clima organizacional - engloba todas as características psicossociais da organização, que são apreendidas pelos seus membros e a quem influenciam o comportamento. O clima organizacional é, então, a resultante de todas as forças que interagem no sistema psicossocial, os comportamentos e motivações dos indivíduos, os seus papéis, a dinâmica dos grupos, os sistemas de influência e a forma de exercício e de autoridade. Cultura da escola - a escola é um sistema sociocultural constituído por grupos relacionais que vivenciam códigos e sistemas de ação; é constituída por vários elementos que condicionam sua configuração interna e integram aspectos de ordem histórica, ideológica, sociológica e psicológica. Gestão Escolar Gestão significa dar direção ao processo de organização e funcionamento da escola, comprometida com a formação do cidadão. Não qualquer formação, mas justamente aquela já apontada anteriormente no

23 30 referencial que apresenta a orientação em âmbito mais geral de um processo: direção de mudanças a serem efetuadas. Inovação e mudança - Inovações e mudanças organizacionais estão relacionadas com a introdução de novas formas de planejar, aplicação de estilos de liderança para o fortalecimento e mudança de comportamento na organização escolar. Portanto, não há nenhuma mudança significante na organização, a menos que haja uma mudança significante nas pessoas que vivem naquela organização. Transformação organizacional está unida diretamente à transformação pessoal. Portanto, a etnografia como uma abordagem de investigação científica é explorada, nesse texto, para demonstrar como esta abordagem de análise da pesquisa traz algumas contribuições importantes ao campo das pesquisas qualitativas, especialmente aquelas que se interessam pelos estudos da cultura escolar e do clima organizacional da escola indígena. Introduz o conceito e desenvolve aspectos que envolvem o trabalho etnográfico, informando que fazer a etnografia implica em: 1) preocupar-se com uma análise holística ou dialética da cultura entendida: 2) introduzir os atores sociais com uma participação ativa e dinâmica e modificadora das estruturas sociais; 3) preocupar-se em revelar as relações e interações significativas de modo a desenvolver a reflexividade sobre a ação e construção das inovações e mudanças no cotidiano da escola. Os cuidados no decorrer da pesquisa servem de orientação ao pesquisador, que é a proposta de pesquisa, o período despendido no campo, a descrição densa e minuciosa dos dados e finalmente, a ética na pesquisa. Para Geertz (1989), praticar etnografia não é somente estabelecer relações, selecionar informantes transcrever textos, levantar genealogias, mapear campos, manter um diário o que define é o tipo de esforço intelectual que ele representa: um risco elaborado para uma descrição densa (GEERTZ, 1989, p. 15). Nesse contexto, a maior preocupação com o objeto da pesquisa foi a de obter uma descrição densa, a mais completa possível, sobre o que um grupo particular de pessoas faz e o significado das perspectivas imediatas que eles têm do que eles fazem; esta descrição é sempre escrita com a comparação etnológica

24 31 em mente. O objeto de análise da pesquisa realizada é o conjunto de significantes em termos dos quais os fatos, ações, e contextos, são produzidos, percebidos e interpretados, e sem os quais não existem como categorial cultural. Esses conjuntos de significantes nos apresentam como estruturas inter-relacionadas, em múltiplos níveis de interpretação. Este estudo está organizado em dois capítulos: O primeiro capítulo situa o referencial teórico explicitando a concepção de clima organizacional e cultura escolar, educação indígena e a perspectiva de uma gestão escolar voltada para uma visão sócio-antropológica do cotidiano escolar. No segundo capítulo, será feita a análise da pesquisa de campo, levando em consideração os fatores que constituem o clima organizacional e cultura da escola indígena, enfatizando os modos de apropriação e recriação do espaço escolar pela ação da comunidade, levando em consideração a diversidade e o diálogo intercultural produzido no contexto escolar, no qual esses eixos serão trabalhados e articulados com os fundamentos teóricos. Nas considerações finais com base nos resultados da pesquisa, apresentam-se conclusões e sugestões quanto promoção e dinamização de inovações e mudanças dentro do contexto escolar a partir de uma perspectiva de gestão cultural, levando em consideração os fatores simbólicos, representados pelo clima organizacional e pela cultura escolar. A seguir, discute-se a análise teórica da dinâmica no interior da organização escolar, a partir do cultural e do simbólico, discutindo a diversidade cultural e o diálogo intercultural que permeia a o contexto da Escola Estadual Almirante Tamandaré.

25 32 CAPÍTULO I 1. O CULTURAL E O SIMBÓLICO NA DINÂMICA DA ORGANIZAÇÃO ESCOLAR O presente capítulo situa o referencial teórico, explicitando a concepção de educação que orienta essa dissertação. Para tanto, efetua-se uma releitura dos conceitos de cultura e identidade, clima organizacional e cultura escolar, e gestão escolar voltada para uma visão cultural sócio-antropológica do cotidiano e o traçado de novas perspectivas de análise da educação indígena. A abordagem teórica mais adequada para interpretar os dados obtidos nesta pesquisa é a que analisa a cultura e a identidade, o clima organizacional e a cultura escolar, considerando os conflitos e as relações de poder, presentes no cotidiano da Escola Estadual Almirante Tamandaré. Nesta linha, os modos de viver e pensar a vida, a identidade, a educação são contextualizados e dinamizados. A cultura é entendida como processo social que circula, se produz se movimenta, se altera no dinamismo próprio da sociedade. No caso desta pesquisa, considera-se a cultura Ticuna no processo de inserção no sistema capitalista, que é analisada as transformações daí decorrentes no processo educacional. A análise proposta no referencial teórico, aqui assumido, contempla aportes particularmente nos autores, Canclini, Hall, Santos, Bourdieu, Freire e Nóvoa. A cultura é relacionada ao processo de construção da hegemonia. Considera-se não só a dimensão reprodutivista das relações sociais, mas também os processos de reelaboração do processo educacional a partir das experiências e vivências da

26 33 sociedade Ticuna no embate com a sociedade hegemônica que impõem normas e valores a serem seguidos no contexto da escola indígena. Nesse sentido, verifica-se que há na atualidade um crescente interesse pelos estudos culturais no campo da educação. Na busca de entendimento das práticas socais próprias da complexidade da vida escolar, distingue-se como fundamental o estudo das relações que permeiam o social e o simbólico, e produzem significados que dão sentido às ações pedagógicas. Hall (1997) alertou para a centralidade desses estudos no momento em que se observa, por um lado, a tendência à homogeneização cultural e, por outro, a emergência ou a maior visibilidade que ocorre por contraste de particularismos e regionalismos que convivem e entram em conflito com os padrões estabelecidos. Identidades locais, minorias étnicas, religiosas e tantas outras diferenças culturais constroem suas próprias subjetividades e identidades nos espaços multidimensionais do mundo contemporâneo que são, também, espaços multiculturais, organizados pela lógica da diferença, que determina não tanto a riqueza de convivência no pluralismo de perspectivas, mas, antes, diferenças de posições sociais. Para o entendimento da complexidade da Escola Estadual Almirante Tamandaré cabe discutir o processo que permeia a construção da cultura e da identidade no interior da organização escolar e o simbólico que é construído no seu contexto CULTURA E IDENTIDADE A cultura faz parte da realidade na qual buscamos, através dela, as mudanças que se constituem em um aspecto fundamental a realidade humana. O homem, como bem menciona Ulmann (1991), não vive predeterminado pelo instinto, vive aprendendo a viver, adotando comportamentos, atitudes e identidades diferentes. Isso é cultura, impossível de ser discutida sem que se discuta o próprio processo social concreto. Impossível tratá-la como algo com começo, meio e fim, como algo estanque, isolado de um contexto global. Daí a intenção de se discutir sobre a identidade cultural; questão que toma ênfase nos debates e na teoria social, servindo de base teórica para o estudo e a análise realizada na Escola

27 34 Estadual Almirante Tamandaré. Se associarmos ao processo de globalização podemos, inclusive, levantar os seguintes questionamentos: Quais as conseqüências desse fenômeno sobre as identidades culturais? E que identidades são estas? Tais questões tornam viável a discussão em torno dos conceitos referente à cultura e identidade para o entendimento da dinâmica no contexto da organização escolar. No primeiro momento, cabe analisar a abordagem sobre cultura, tendo como base teórica Hall (1999) sendo entendida como o domínio do simbólico, constituído por crenças, concepções, valores, ritos e artefatos, historicamente constituídos através de um processo dinâmico de construção e reconstrução, em que os seres humanos estabelecem bases de sua existência, estabelecendo elos que une sistemas simbólicos, códigos, normas e as práticas simbólicas cotidianas, que interagem pela reapropriação e reinterpretação daquilo que constituem a memória social. A cultura, não importa qual ela seja, irá delinear o caráter da organização. Nesse sentido, o conceito de cultura está sempre presente nas elaborações teóricas e nas reflexões cotidianas menos refinadas. Podemos afirmar que cultura é palavra polissêmica, ela tem sido usada com os mais variados significados e lhe são imputados vários atributos, tais como: popular, erudita, nacional. O fato é que por cultura se entende muita coisa, a multiplicidade de significados assumida pelo conceito lhe é marcante. Cultura é uma palavra de origem latina e seu significado original está ligado às atividades agrícolas (SANTOS, 1994). Vem do verbo latino colere, que quer dizer cultivar. Foram os romanos antigos que ampliaram esse significado inicial do termo, passando a significar refinamento pessoal. Comumente se faz esse uso do termo cultura até hoje. Santos, (1994) apresenta-nos duas concepções básicas de cultura. A primeira dessas concepções preocupa-se com todos os aspectos de uma realidade social. Dessa forma, cultura diz respeito a tudo aquilo que caracteriza a existência social de um povo ou nação. Esse é o significado moderno do conceito que passa a ser assumido notadamente no século XIX, atrelado ao

28 35 desenvolvimento de teorias científicas sobre a vida e a sociedade, e trata da totalidade das características de uma realidade social. A segunda concepção refere-se ao conhecimento, às idéias e crenças de um povo, assim como as maneiras como eles existem na vida social. A cultura, assim, diz respeito a uma esfera, a um domínio da vida social. É o mesmo autor que ressalta um importante fato: as duas concepções nos levam a entender a cultura como uma realidade estanque, parada, negando-lhe sua essência que é a dinamicidade. Sobre isso, nos diz: se a cultura não mudasse, não haveria o que fazer senão aceitar como naturais as suas características e estariam justificadas, assim, as suas relações de poder (SANTOS, 1994, p. 83). Ulmann (1991) também atribui à cultura dois sentidos: Em sentido amplo, cultura designa o modus vivendi que os homens desenvolveram e desenvolvem reunidos em sociedade. Em sentido restrito, cultura significa o modus vivendi global de que participa determinado povo. Ele define cultura como sendo, a superação daquilo que é dado pela natureza. Logo, é aquilo que o homem transforma (1991, p. 84). Tendo como matriz produtora a natureza, a cultura vai além daquela. Não é dada naturalmente, não é decorrência de leis físicas ou biológicas, mas constitui-se numa construção histórica, um produto coletivo da vida humana e, assim sendo, assume um caráter eminentemente libertador, transformador, podendo também se colocar como fator restringidor, visto que, a cultura ao mesmo tempo liberta e restringe, promove e coíbe, desvencilha e impõe freios (ULMANN, 1991, p. 89). A cultura não permite apenas que se descreva e compreenda uma realidade, mas aponta caminhos para sua modificação. Ela nos leva a entender o processo histórico que produz a sociedade e a própria cultura as relações de poder e o confronto de interesses dentro da sociedade. Os estudos da cultura contribuem sobremaneira para o combate, e até mesmo eliminação do preconceito. Contribui para o entendimento dos processos de transformação pelos quais passam as sociedades contemporâneas, ajudando-nos a pensar a nossa própria realidade social e o processo de construção de nossas

29 36 identidades culturais. Quanto à construção da identidade cultural, seu estabelecimento ocorre no contexto, exercendo importante papel na formação da identidade que está presente no nosso imaginário e é transmitida, fundamentalmente, por meio da cultura. A identidade é o que nos diferencia dos outros, o que nos caracteriza como pessoa ou como grupo social. Ela é definida pelo conjunto de papéis que desempenhamos e é determinada pelas condições sociais decorrentes da produção da vida material. Quando nos referimos à identidade cultural, referimo-nos ao sentimento de pertencimento a uma cultura nacional, ou seja, àquela cultura em que nascemos e que absorvemos ao longo de nossas vidas. Ressaltamos aqui, que esta identidade não é uma identidade natural, geneticamente herdada, ela é construída. Hall (1999, p.50) assim a define: uma cultura nacional é um discurso um modo de construir sentidos que influencia e organiza tanto nossas ações, quanto a concepção que temos de nós mesmos. Para este mesmo teórico, a identidade muda de acordo com a forma como o sujeito é interpelado ou representado, ela não é automática. Ele apresenta-nos três concepções de sujeito e suas respectivas identidades: o sujeito do iluminismo, o sujeito sociológico e o sujeito pós-moderno. O sujeito do iluminismo baseava-se na concepção da pessoa humana como totalmente centrada, unificada. Correspondia a uma concepção individualizada e o centro essencial do EU correspondia à sua identidade. Tal concepção é reforçada por Descartes, quando estabeleceu a concepção do sujeito racional, pensante e consciente, situado no centro do conhecimento; o chamado sujeito cartesiano. À medida que o mundo moderno se tornava mais complexo, emergia a consciência de que a essência interior do sujeito que determinava sua identidade inexistia. O sujeito não era autônomo e auto-suficiente, mas formado com outras pessoas que lhe mediam os valores e símbolos a cultura. Assumia-se o entendimento de que a identidade é formada na interação entre o sujeito e a sociedade. Esta é a concepção sociológica do sujeito.

30 37 Como as sociedades modernas caracterizam-se, fundamentalmente, por serem sociedades de mudanças constantes e rápidas, o modelo sociológico interativo, que é produto da primeira metade do século XX, começa a ser perturbado por mudanças estruturais e institucionais. A noção de um sujeito como tendo uma identidade unificada e estável é superada. Esta passa a ser definida historicamente e não biologicamente. O sujeito passa a assumir identidades diferentes, em diferentes momentos. Há uma espécie de perda de um sentido de si, que Hall denomina de crise de identidade. Esta é vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas, e abalando os quadros de referência, que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social. Sobre isso, ele diz: A identidade plenamente unificada, completa, segura e coerente é uma fantasia. Ao invés disso, à media em que os sistemas de significação e representação cultural se multiplicam, somo confrontados por uma multiplicidade desconcertante e cambiante de identidades possíveis, com cada uma das quais poderíamos nos identificar (HALL, 1999, p 13). O posicionamento de Hall é de que há um descentramento do sujeito nas sociedades modernas e, conseqüentemente, das identidades, e que este descentramento foi favorecido por cinco grandes avanços na teoria social. Os descentramentos são os seguintes: A retomada e reinterpretação da obra de Karl Marx, cuja afirmação incide no princípio de que o homem faz história, mas a faz sob condições históricas criadas por outros homens, desloca qualquer noção de agência individual. Ele coloca as relações sociais, e não uma noção abstrata de homem, no centro de seu sistema teórico. O segundo descentramento vem da descoberta do inconsciente por Freud. A teoria de Freud de que nossas identidades, nossa sexualidade e a estrutura de nossos desejos são formadas com base em processos psíquicos e simbólicos do inconsciente, arrasa o conceito do sujeito cartesiano. A identidade é formada ao

31 38 longo do tempo, através de processos inconscientes. A grande questão que é colocada sobre o trabalho de Freud é que os processos inconscientes não podem ser facilmente vistos ou examinados. O terceiro descentramento está associado ao trabalho do lingüista estrutural Ferdinand de Saussure, cuja argumentação partia do princípio de que nós não somos, em nenhum sentido, os autores das afirmações que nós fazemos, ou dos significados que expressamos na língua. A língua é um sistema social e não um sistema individual. Ela preexiste a nós. O falante individual não pode, nunca, fixar o significado de uma forma final, incluindo o significado de sua identidade. Existem sempre significados sobre os quais não temos controle e estes estão sempre provocando desconstruções nas nossas mais sólidas construções, como conforme Derrida. O quarto descentramento apresentado por Hall ocorre no trabalho de Foucault, que produz uma espécie de genealogia do sujeito moderno, destacando um novo tipo de poder que ele chama de poder disciplinador, que se desdobra ao longo do século XIX, chegando ao seu desenvolvimento máximo no início do século XX. O poder disciplinador está preocupado com a regulação, a vigilância e o governo da espécie humana. Seus locais são aquelas novas instituições, que se desenvolveram ao longo do século XIX, e que policiam e disciplinam as populações modernas: os quartéis, as escolas, os hospitais, prisões... O objetivo do poder disciplinador é manter as vidas, as atividades, o trabalho, os prazeres do indivíduo, sob astuto controle e disciplina, com base nos regimes administrativos. Por fim, o quinto descentramento corresponde ao impacto do movimento feminista, tanto como uma crítica teórica, quanto como um movimento social. Este se configurou num movimento de contestação e oposição, principalmente, à política liberal capitalista e às formas burocráticas de organização. O movimento feminista teve relação direta com o descentramento conceitual do sujeito cartesiano e sociológico, ao questionar a clássica distinção entre o

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