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Patrícia Fortunato Prada
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2 CRÉDITO SIMPLES DO ICMS

3 1. CRÉDITO EXTEMPORÂNEO Uma outra modalidade na qual pode ser recuperado o ICMS é por meio da revisão fiscal dos últimos cinco anos da empresa, verificando a existência de eventuais créditos do ICMS não aproveitados em épocas próprias, de forma a efetuar os seus lançamentos atualmente em GIA. 2. CRÉDITO DE ATIVO PERMANENTE Caso a empresa possua ativos permanentes consideráveis, é possível a apuração e consequente transferência deste tipo de crédito, através de um processo administrativo, dando dinamismo e rapidez à utilização dos valores lançados no CIAP, podendo este ser transferido e utilizado por empresas interdependentes, conforme o artigo 70 do Regulamento do ICMS de EMPRESAS COM DIREITO AO RESSARCIMENTO DO ICMS As empresas com direto para ingressarem com o pedido de Ressarcimento, serão aquelas que possuem o estabelecimento substituído, que tiver recebido mercadoria ou serviço com retenção do imposto, enquadrando-se em situações como abaixo: - A empresa compra produtos enquadrados na substituição tributária, de um fornecedor que é responsável por recolher o imposto por toda a cadeia até o consumidor final (Dentro do Estado de São Paulo); - O custo do ICMS por substituição tributária já está embutido no preço que a empresa pagou ao fornecedor pelas mercadorias, de forma que, se a empresa comercializar tais produtos dentro do Estado, a cadeia continua e não há que se falar em Ressarcimento; - No entanto, se a empresa comercializar os referidos produtos para algum Estado que não possua Convênio ou Acordo com São Paulo quanto à Substituição Tributária, ou referidos produtos possuam algum tipo de isenção, teremos uma situação em que existe o direito de ressarcimento, uma vez que foi recolhido o ICMS por toda a cadeia, mas a mesma não ocorreu. 4. FORMAS DE RESSARCIMENTO DE ICMS PELAS EMPRESAS I. Do valor do imposto retido a maior, correspondente à diferença entre o valor que serviu de base à retenção e o valor da operação ou prestação realizada com consumidor ou usuário final (válido somente para operações realizadas até 12/2008); II. Do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido relativo ao fato gerador presumido não realizado;

4 III. Do valor do imposto retiro ou da parcela do imposto retido relativo ao valor acrescido, referente à saída que promover ou à saída subsequente amparada por isenção ou não-incidência. IV. Do valor do imposto retido ou da parcela do imposto retido em favor deste Estado, referente a operação subsequente, quando promover saída para estabelecimento de contribuinte situada em outro Estado. 5. LEGISLAÇÃO O processo de ressarcimento é regido principalmente pela Portaria CAT 17, de 05/03/1999, alterada pelas Portarias CAT 63/1999, 88/2000, 47/2001, 106/2003 e 99/2005, que tratam do ressarcimento do imposto retido por sujeição passiva por substituição, dispondo os procedimentos necessários, juntamente com os artigos 269, 270, 271 e 272 do RICMS/2000, e a Lei 6.374/89, art. 66-B, na redação da Lei 9.176/95, art. 3º, e Convênio ICMS-81/93, cláusula terceira, 2º, na redação do Convênio ICMS-56/97, cláusula primeira, I. 6. DOCUMENTOS ESSENCIAIS O valor do ressarcimento é calculado e lançado previamente na GIA do ICMS da empresa. No entanto, para que a empresa possa usar os benefícios do mesmo, e para que tais lançamentos tenham efeito, faz-se necessário o processo administrativo, que tem como relação principal, e essencial, a Planilha de que trata o artigo 4º, Modelo 03, da Portaria CAT 17/99, conforme o modelo disposto no site; À parte isso, também é necessária a apresentação do arquivo magnético de que trata o artigo 13 da Portaria CAT 17/99, dentre outros documentos, como GIA do ICMS, Arquivo Magnético SINTEGRA, Relação de Substitutos Tributários, etc. 7. PROCESSO ADMINISTRATIVO O Processo pode abranger os cinco últimos anos de atividade da empresa (devido ao prazo prescricional), bem como pode ser ingressado mensalmente. Vale ressaltar que, uma vez protocolado o processo, a empresa irá sofrer uma fiscalização no âmbito do ICMS, e o trâmite que o processo irá passar será: 1. Posto Fiscal Especializado PF 11 (ou 12) da Jurisdição; 2. Chefia do Posto Fiscal Especializado PF 11 (ou 10 e 12) da Jurisdição; 3. Núcleo de Fiscalização (de acordo com o setor e a atividade da empresa); 4. Fiscalização (efetuando os procedimentos rotineiros e de ressarcimento); 5. Inspetoria (lembrando que o Inspetor é quem tem a competência para despachar favoravelmente ou não, o ressarcimento).

5 8. UTILIZAÇÃO UMA VEZ LIBERADO O PROCESSO DE RESSARCIMENETO DE ACORDO COM O ARTIGO 270, O VALOR LIBERADO PODERÁ SER UTILIZADO PARA COMPENSAÇÃO ESCRITURAL: Para compensar débitos do ICMS, referente operações do regime comum de tributação, por meio de lançamento em GIA e no Registro de Apuração do ICMS; NOTA FISCAL DE RESSARCIMENTO: Quando a mercadoria tiver sido recebida diretamente do estabelecimento do sujeito passivo por substituição, mediante emissão de documento fiscal, que deverá ser previamente visado pela repartição fiscal, indicando como destinatário o referido estabelecimento e como o valor da operação aquele a ser ressarcido; PEDIDO DE RESSARCIMENTO: Que poderá ser utilizado na liquidação de débito fiscal do estabelecimento ou de outro do mesmo titular, ou ainda exigir-se o Ressarcimento em espécie.

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