Transcrição de Teleconferência Resultados 3T16 9 de novembro de 2016

Transcrição

1 Operadora: Boa tarde. Sejam bem vindos à teleconferência da Profarma Distribuidora de Produtos Farmacêuticos S.A. onde serão discutidos os resultados do 3T16. Neste momento todos participantes estão conectados apenas como ouvintes e mais tarde será aberta a sessão de perguntas e respostas quando serão dadas as instruções para os senhores participarem. Caso seja necessária a ajuda de um operador durante a teleconferência basta teclar asterisco zero. Esta teleconferência possui tradução simultânea para o idioma inglês e as perguntas poderão ser feitas normalmente por participantes conectados no exterior. Cabe lembrar que esta teleconferência está sendo gravada. O áudio estará disponível no site da companhia em até 24h. Caso algum dos senhores não tenha a cópia do release da Profarma divulgado na terça-feira, dia 8 de novembro, após o encerramento do pregão da BM&FBOVESPA, poderá obtê-lo no site da empresa: Esta áudio conferência acompanhada da apresentação de slides está sendo transmitida simultaneamente pela internet também com acesso pelo site Antes de prosseguir gostaria de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência relativas às perspectivas dos negócios da companhia bem como projeções, metas operacionais e financeiras relativas ao seu potencial de crescimento constituem-se em previsões baseadas nas expectativas da administração em relação ao futuro da Profarma. Tais expectativas dependem do desempenho do setor, do desempenho econômico geral do país e das condições do mercado nacional e internacional, portanto estão sujeitas a mudanças. Conosco hoje está o Sr. Max Fischer, CFO e diretor de relações com investidores. Agora eu gostaria de passar a palavra ao Sr. Max. Por favor, Sr. Max, pode prosseguir. Sr. Max Fischer: Boa tarde a todos. Inicialmente agradeço o interesse de todos na divulgação dos nossos resultados dessa vez referente ao 3T do ano. Seguindo a dinâmica dos nossos encontros antes de falarmos dos resultados do trimestre abrimos espaço para um convidado. Hoje está comigo Ivan Engel, diretor comercial de operações da Divisão Varejo. Por favor, Ivan. Sr. Ivan Engel: Boa tarde. Meu nome é Ivan Engel, sou diretor comercial de varejo da Profarma. Hoje vou falar para vocês pela segunda vez um pouco sobre os nossos resultados nesse segmento no 3T16. Falaremos dos resultados da d1000 Varejo Farma, ou seja, o varejo da Profarma consolidado. O Ebitda do Varejo atingiu 7,1 milhões o que representou um incremento de 188% dos em relação ao mesmo período do ano anterior e uma queda de 28% em relação ao trimestre anterior. Vale ressaltar que o trimestre anterior está influenciado pelo impacto sazonal do aumento de preços de medicamentos. A melhora dos resultados se deve principalmente às despesas operacionais que registraram uma redução de 1,1 p.p. e um aumento de 1,1 p.p. na margem bruta ambas em relação ao mesmo trimestre do ano passado. Isto possibilitou o atingimento de um Ebitda de 3,6% neste trimestre.

2 A receita bruta atingiu 198 milhões, um incremento de 3,7% contra o mesmo trimestre do ano passado e uma queda de 3,2% contra o trimestre anterior. Vale ressaltar a que essa performance foi afetada por eventos não recorrentes como os jogos olímpicos e a greve dos bancários que contribuíram para um arrefecimento do consumo durante o trimestre. Em especial no Rio de Janeiro onde se concentravam 98% das nossas vendas no trimestre em questão. Adicionalmente tivemos problemas operacionais em decorrência da mudança da sede corporativa e da última etapa do processo de integração dos sistemas de varejo, cujo impacto estimado foi de 3% a 5% nas vendas do período. É importante destacar que embora ambas as bandeiras já operassem no mesmo escritório sob a mesma liderança e no mesmo sistema os bancos de dados e muitos dos processos ainda eram executados de forma duplicada até metade de agosto deste ano. Hoje todos os processos estão unificados. Apesar de haver impacto negativo no curto prazo a conclusão da integração do sistema foi importante para preparar a empresa para uma nova função dado que adquirimos a rede Rosário recentemente. No médio e longo prazo os impactos serão positivos, pois permitirão uma melhor gestão dos processos comerciais e operacionais possibilitando tanto reduções de despesas como uma melhor administração de preço, mix de produto e níveis de estoque. Vale ressaltar a que Rosário já opera no mesmo sistema comercial que a d1000 Varejo Farma, portanto esta nova integração será bem mais simples e deve terminar impacto de curto prazo. Sr. Max: Obrigado Ivan. O Ivan vai permanecer com a gente para a sessão de perguntas e respostas. Eventualmente se vocês tiverem alguma dúvida específica é só enviar o seu questionamento quando a gente iniciar a sessão de perguntas e respostas que nós teremos o maior prazer em responder. Iniciando a apresentação é importante relembrar que ao final do 3T anunciamos a aquisição da rede de drogarias Rosário. Sobre a operação cuja maior parte do pagamento será feita em três anos e totalmente alinhada à estratégia de crescimento de longo prazo por meio da diversificação em setores de melhores margens e taxas de retorno. Considerando essa aquisição nos posicionamos como o sexto maior player do varejo farmacêutico no país em número de lojas e com a Divisão Varejo com potencial de contribuir com cerca de 25% do faturamento consolidado do grupo. Neste trimestre a companhia deu continuidade à evolução de seus resultados com três destaques importantes: um incremento no Ebitda consolidado de 70% alcançando 35 milhões, um incremento de 188% no Ebitda da Divisão Varejo e a redução de 20% no nível de endividamento refletido na relação dívida líquida/ebitda ao final do trimestre de 3,1x tendo sido 3,8x no trimestre anterior e 4x no ano anterior. Estes resultados refletem o foco da companhia na busca pela geração de valor de forma contínua. Outro ponto importante que eu gostaria de ressaltar é a resiliência do mercado farmacêutico em meio à deterioração da economia brasileira no ano. Ainda que a consolidação do novo governo tenha melhorado as expectativas dos agentes econômicos e as perspectivas para os

3 próximos trimestres estejam mais animadoras não podemos ignorar que a recessão tem sido grave. O mercado farmacêutico tem apresentado resultados que vão na contramão desta análise com crescimentos relevantes e acreditamos que estamos bem posicionados na cadeia de valor para capturar as oportunidades que possibilitarão criar valor para os nossos acionistas. Vamos iniciar a apresentação. Temos um overview do que é a Profarma hoje. Destaque para a nossa capacidade de integrar as empresas adquiridas, o nosso histórico de investimento em tecnologia contribui e muito para isso. Acreditamos que as nossas operações devem estar todas sobre uma mesma plataforma, falando a mesma língua e com indicadores comparáveis. Passando o slide da mesma forma como temos feito em trimestres anteriores abordaremos apenas os principais números como o objetivo de fazer uma apresentação mais objetiva e dinâmica. Primeiro comentarei sobre o resultado societário e depois o proforma. No 3T16 atingimos receita bruta consolidada de R$ 1,2 bilhões, crescimento de 8,5% na comparação com mesmo período do ano anterior e 1,1% frente ao 2T16. Aqui estamos considerando as vendas da rede Tamoio que passaram a ser 100% consolidadas na Divisão Varejo a partir do 1T deste ano e, portanto contribuem para tal aumento. Ainda sob esta ótica o Ebitda alcançou 35,4 milhões o que evidencia a evolução de 70% em relação ao 3T15 e margem de 3,5%, diretamente relacionada ao aumento de 41% no Ebitda da Divisão de Distribuição forma de 9 milhões e ao incremento de 8 milhões no Ebitda da Divisão Varejo. No entanto eventos não recorrentes como, por exemplo, os jogos olímpicos e a greve dos bancários contribuíram para uma queda no consumo ao longo do 3T. Adicionalmente tivemos problemas operacionais relativos à mudança da sede corporativa que afetaram todas as divisões e uma última etapa do processo de integração como o Ivan explicou do sistema de varejo, cujo impacto foi estimado de 3% a 5% nas vendas do trimestre. É importante ressaltar que esses contratempos já foram solucionados. Na comparação com o trimestre anterior observamos uma redução de 19 milhões no Ebitda já esperada para este trimestre tendo em vista o impacto positivo do aumento de preços ocorrido no trimestre anterior principalmente na Divisão Distribuição Farma. As despesas financeiras líquidas somaram 39 milhões no trimestre, maiores em 18 milhões e 10 milhões se comparadas com o 3T15 e o 2T16 respectivamente. Na comparação com mesmo período do ano anterior o aumento esteve relacionado a três eventos: o adicional de juros sobre o saldo remanescente... ou referente, desculpe, à aquisição da Tamoio; o aumento de 14% no CDI do período e o nível de endividamento maior. O aumento no nível de endividamento está relacionado principalmente a um ciclo de caixa maior do período impactado pela consolidação da operação Tamoio, cerca de 4 dias, e por um adicional de estoque de 6 dias na Divisão Distribuição Farma. Na comparação com trimestre anterior do aumento de 10 milhões nas despesas financeiras líquidas 4 foram relativos ao

4 ajuste a valor de mercado - AVM sem efeito caixa gerados nos alongamento das dívidas bancárias nesse trimestre. Vale ressaltar que reduzimos nesse trimestre o ciclo de caixa em 4 dias em relação ao trimestre anterior, porém ainda carregando como falei um saldo adicional de estoque de 6 dias na distribuição Farma representando cerca de 60 milhões em capital de giro ao final do trimestre. Levando em consideração os eventos não recorrentes ocorridos nos períodos comparativos atingimos lucro líquido de 1 milhão, 6 milhões superior ao resultado auferido no 3T do ano anterior e que está relacionado grande parte ao aumento no lucro líquido ajustado da Divisão Varejo em 9 milhões. Na comparação com o trimestre anterior observamos queda de 15 milhões no lucro líquido, resultado da redução dos resultados líquidos ajustados da Divisão Distribuição Farma em 16 milhões compensados principalmente pelo aumento no lucro líquido ajustado da Divisão Varejo de 1 milhão. Nesse trimestre os eventos não recorrentes foram decorrentes principalmente do ajuste a valor de mercado - AVM que não tem efeito caixa como falei resultantes do alongamento do perfil da dívida da companhia, 4 milhões, da mudança da sede corporativa, cerca de 1 milhão, e no varejo de uma provisão para produtos com validade curto de R$ 1,4 milhões. Agora vamos passar a analisar o desempenho na visão consolidada proforma incluindo as vendas da Divisão Especialidades em uma base 100%. Nesta visão a receita bruta apresentou crescimento de 4% frente ao 3T15 alcançando 1,4 bilhões em faturamento com destaque para o crescimento da receita bruta em todas as divisões: 3% na divisão Farma, 20% na Especialidades e 4% no Varejo. O Ebitda registrou aumento de 34% na mesma base de comparação com 39 milhões no 3T. A margem foi de 3,6%, avanço de 0,8 p.p. em relação ao 3T15 resultado em grande parte da evolução de 188% no Ebitda da Divisão Varejo e 41% no Ebitda da divisão Farma. Considerando a visão consolidada proforma ajustada o nosso lucro líquido melhorou 2,8 milhões principalmente em função do aumento do lucro líquido da Divisão Varejo - 7 milhões - parcialmente compensados pela queda no lucro líquido da Divisão Especialidades em 3,5 milhões. Frente ao trimestre anterior houve recuo de 15 milhões no resultado consolidado, consequência da queda de 16 milhões no lucro líquido ajustado da Divisão Distribuição Farma e da recuperação do resultado do lucro líquido ajustado da Divisão Varejo em 1 milhão. Ao final do 3T a posição da dívida líquida da Profarma atingiu 398 milhões, o que representa recuo de 31 milhões em relação a junho de 2016 quando somou 428 milhões. A diminuição na dívida líquida ocorreu em função da geração positiva de caixa nas atividades operacionais de 70 milhões no período e também pelo aumento do Ebitda dos últimos doze meses atingindo R$ 128 milhões. Assim a relação dívida líquida/ebitda da Profarma reduziu quase 20% saindo de 3,8x em junho de 2016 para 3,1x ao final do 3T16, em linha com as expectativas da companhia para este período do ano.

5 Destaque para o alongamento da dívida da Profarma que alcançou 53% em dívida de longo prazo contra 39% e 40% no 3T15 e no 2T16 respectivamente enquanto os recursos em caixa nesse trimestre representaram 61% da dívida de curto prazo. Antes de iniciar a sessão de perguntas e respostas eu gostaria de ressaltar alguns pontos importantes alcançados pelas divisões no trimestre começando pela Distribuição Farma. Registramos na divisão evolução de 12% no lucro bruto atingindo 94 milhões e margem bruta de 10,5%, crescimento de 41% no Ebitda atingindo margem de 3,3% em um valor Ebitda de 30 milhões. Um avanço de 6,6% nas vendas e da categoria genéricos. Os principais destaques em especialidades foram o crescimento de 20% do total das vendas, um aumento de 30% nas vendas do setor privado e 33% de aumento nas vendas da categoria de oncológicos. Por fim, no varejo eu destaco o avanço de 188% no Ebitda que alcançou 7 milhões e margem de 3,6%, um incremento de 1,1 p.p. na margem de bruta atingindo 30,3%, e a redução nas despesas operacionais de 1,1 p.p. caindo de 26,9 para 25,8%. Agora vamos passar para as perguntas dos participantes, obrigado. Sessão de Perguntas e Respostas Operadora: Senhoras e senhores, iniciaremos agora sessão de perguntas e respostas. Para fazer uma pergunta, por favor, digite asterisco um. Para retirar a pergunta da lista digite asterisco dois. Nossa primeira pergunta vem do Sr. Guilherme Assis, Brasil Plural. Sr. Guilherme Assis: Oi boa tarde a todos, boa tarde Max, obrigado por pegarem a minha pergunta. Max eu acho que tem algumas questões com relação resultado que eu queria explorar com você. Primeiro em relação ao varejo vocês fizeram a migração dos sistemas e conforme você comentou e está no release teve um impacto na venda do trimestre. Eu queria entender um pouquinho porque que teve esse impacto e daqui para frente se você espera algum ganho adicional seja em termos de sinergia que a gente deve esperar ou a gente deve esperar mais algumas fases de integração que podem afetar o resultado tanto para o positivo quanto para o negativo. E ainda no varejo vocês chegaram quase no breakeven do bottom line, se não me engano tiveram R$ negativos, então se eu não estou enganado é o primeiro resultado próximo de zero em um bom tempo. Se essa tendência deve continuar agora e o que muda com essa integração da Rosário e quanto tempo e como vocês imaginam, qual é o timing dessa integração da Rosário e o que a gente deve esperar, se isso deve afetar o trabalho que estava

6 sendo feito na Drogasmil e se eu não me engano vocês abriram uma loja também e se você puder mencionar qual é estratégia, se você acha que tem oportunidade de abertura de lojas na Drogasmil para frente, então essa é uma pergunta. E a segunda pergunta é em relação ao segmento de especialidades. Eu entendo que teve uma mudança estratégica, vocês deixaram de vender próteses de mama e isso afetou o resultado, afetou a margem; mas ainda é difícil para gente tentar estimar quanto que esse mercado pode crescer e quanto que poderia ser a margem. Vocês estão com uma margem Ebitda bem abaixo do que a gente esperava que seria talvez 4%, entre 3,5 e 4,5 talvez e ainda está muito longe disso. Quando é que a gente deve esperar que chegue numa margem mais próximo e se essa ideia de margem faz sentido. Então são essas as perguntas obrigado. Sr. Ivan: Guilherme Ivan falando tudo bem? Obrigado pela pergunta. Eu vou responder às questões de varejo e em seguida o Max vai para os outros tópicos. A primeira pergunta que você fez foi sobre a integração. Na verdade a gente trocou sistema da Tamoio no início do ano de 2016 e qual foi a diferença? É que nesse trimestre a gente integrou os sistemas fazendo com que a empresa operasse com um único banco de dados e com todas as atividades executadas de forma centralizada. Toda grande transformação de sistema ainda mais numa empresa com 2500 funcionários que você mexe do processo de precificação, o processo de recebimento da mercadoria na loja, o processo de reposição de estoques, o processo de cadastramento de produtos, de cadastro, você mexe muito com a companhia e também tira muito o foco durante aquele período da integração das pessoas principalmente da área comercial, que é o maior impactado por essa transformação, das atividades comerciais. Você acaba focando muito em atividades de integração e pouco em atividades de venda. Então é comum que aconteça algum tipo de impacto em vendas quando você faz esse tipo de transformação. Se você olhar para o mercado quem fez integração desse nível demorou muito mais que a gente. Os grandes competidores de varejo no país ou demoraram dois a três anos para fazer o que a gente fez em nove meses ou não o fizeram nos últimos três anos e acabaram não colhendo as sinergias que tinham para colher e tendo uma série de deficiências administrativas por ter N empresas operando, embora no mesmo sistema, em N bancos de dados diferentes e executando as atividades todas duplicadas. A gente não acredita que isso é positivo, que seria positivo manter essa estrutura como estava dado que a gente ia receber mais uma empresa. A gente tinha que ficar livre de uma etapa fundamental que era fundir essas duas empresas operacionalmente para que a gente tivesse capacidade de focar na absorção de uma única empresa, porque fundir três empresas de uma vez só seria extremamente complexo e arriscado. Então eu acredito que embora tenha tido um resultado negativo no primeiro momento isso vai ser extremamente positivo pelo que a gente tem de integração para fazer com a Rosário. Sobre a questão do lucro líquido como você viu nos números a gente vem trabalhando muito forte para colher sinergias operacionais dessa fusão, e do ponto de vista percentual a gente já

7 colheu isso nos números. Eu acho que o grande desafio que a gente tem daqui para frente para fazer com que o lucro líquido se estabilize num patamar normalizado e positivo é a gente voltar a crescer em vendas, porque de fato essa integração consumiu muito do nosso foco e trouxe alguns problemas no processo durante. Mas o que a gente tem para melhorar comercialmente a partir do momento em que a gente organiza os processos da companhia - e obviamente a escala da chegada da Rosário permitiu com que a gente criasse uma estrutura administrativa comercial muito melhor do que a que a gente tinha seis meses atrás. Então a minha expectativa para o ano seguinte é que a gente opere muito melhor e por que a gente se torna um varejo grande, com processos organizados e uma equipe com tamanho para fazer uma gestão mais sofisticada e mais inteligente. Então o que eu acredito que tem que fazer é vender mais. Do ponto de vista de margem do ponto de vista de despesa eu acho que a gente fez bastante o nosso dever de casa e tem que buscar agora crescimento. E aí a última pergunta que você fez foi sobre aberturas. A gente não tem o foco em aberturas; o nosso foco é todo na integração da Rosário e nos ganhos que essa empresa tem para trazer para gente na fusão das três companhias. Sr. Max: Deixa eu só fazer uma adição de resultado Guilherme: lembra sempre que a gente fez esse quase breakeven em lucro num trimestre em que a gente perdeu na nossa estimativa de 4% a 5% de vendas e se isso fosse num trimestre mais normalizado em relação a isso a gente já teria feito um lucro de quase 2% e um Ebitda perto de 5. E no caso da Rosário o processo vai ser completamente diferente do que foi na Drogasmil tendo em vista como a gente explicou desde o primeiro call que a gente fez para explicar o ativo que a gente comprou ele tem um posicionamento de estrutura, de pessoas e até de sistemas que são muito parecidos aos nossos, completamente diferente do que foi a Drogasmil. O que está faltando lá de fato é abastecimento e nível de serviço que na nossa estimativa... 50% há uns dois meses atrás. Com relação a Especialidades no fundo a saída de prótese é um pouco, quase o final do filme da nossa a reestruturação de mix de produto na Especialidades. A gente já vinha buscando rentabilizar as categorias mais relevantes do portfólio da farmácia de especialidades, da Arpmed, e não encontramos muito eco nessa readequação de margem e acabamos tirando esse produto do nosso portfólio. Em compensação, e aí eu não vou falar só da farmácia de especialidades, mas também da distribuição e da própria farmácia, a gente tem um calendário de adição de novos produtos significativo nos próximos seis meses. Vou citar só um exemplo do que aconteceu já na distribuição nesse último trimestre: 3 produtos já acrescentaram 5% de venda a mais na venda do trimestre mesmo levando em consideração o mesmo impacto que todo mundo sofreu a Especialidades também sofreu.

8 Então a gente tem aí uma perspectiva de trocar essa prótese por outros produtos e a margem final bruta ela tende a ficar um pouquinho melhor do que a gente está vendo hoje e com isso a gente volta a ficar perto das margens que a gente imaginava para esta divisão. A escala de venda a gente já conseguiu, a gente cresceu já quase 50% nos últimos doze meses e a que se considerar também um mercado bastante mais competitivo nesse último trimestre com relação à concorrência, ok? Sr. Guilherme: Tá bom, tá ótimo, obrigado Max. Operadora: A próxima pergunta Joseph Giordano, J.P. Morgan Sr. Joseph Giordano: Olá boa tarde a todos, boa tarde Max, obrigado por pegarem a minha pergunta. Eu queria explorar um pouquinho essa questão do crescimento da distribuição principalmente; quando a gente tem em vista, tira da frente esses one-offs do trimestre. Então quando a gente olha para o ano acumulado a empresa está crescendo mais que o mercado, e não só isso; dado o aumento de preços que a gente viu a gente não tem visto crescimento em volume expressivo, pelo menos é o que a gente consegue enxergar dos números hoje. Então o queria entender um pouquinho o que acontece no ambiente competitivo e também tentar entender um pouquinho como é que está a situação da loja Mom and Pap do ponto de vista de crédito ou apetite por estoques novos, até porque quando a gente olha o para a linha de estoque da companhia ela não baixou talvez tanto quanto a gente imaginava sequencialmente. A gente entende que tem um carry aí da pré-alta, mas normalmente nesse estágio do ano ele já está basicamente acabado. Então eu queria entender um pouquinho essa dinâmica de venda, obrigado. Sr. Max: Joseph obrigado pela pergunta. Essa questão do crescimento era bom a gente diferenciar um pouco comparação a do nosso crescimento e inserir ele no canal do mercado de distribuição, no canal de distribuição e não no canal abrangente que é o canal que incluiu varejo. Nesse canal a gente está crescendo igual ou um pouquinho mais que o mercado. Com relação às perspectivas de crescimento a gente continua focado, você viu nesse trimestre a gente cresceu quase 15% na média entre pequenos e independentes que eram foco que a gente tinha, já colocou na companhia mais de dois anos atrás de forma a aumentar a nossa horizontalização, que é de onde a gente traz melhores margens. Não vemos nenhum problema com relação a aumento de inadimplência. Esse é um setor bastante pulverizado, a gente não tem nenhum problema disso e na verdade quando você vê o estoque no final do trimestre ainda com um adicional que a gente gostaria de ter colocado para fora foi muito função da venda ter sido menor do que a gente esperava, um fator que a gente explicou pelos eventos do trimestre nossos e externos. E segundo porque a queda de venda começou a acontecer mais para o final do trimestre e então a gente acabou não capturando todo o potencial que a gente tinha para reduzir isso e

9 acabou finalizando também no fornecedor. Você vê que o fornecedor o prazo médio... quase cinco dias não por outro motivo além do qual a gente ter reduzido o estoque mais para o final do semestre, do trimestre e isso acaba afetando o teu fornecimento, o teu nível de fornecimento com a indústria. Mas essa linha. A gente sabe que de estoques que a gente passou representou 60 milhões que a gente olhando um pouco para frente a gente já vê essa redução acontecer e o que era normal de ter acontecido até um pouco antes, o que vai ajudar a gente bastante também a trabalhar uma redução de dívida também para o final do ano, ok? Sr. Joseph: Perfeito Max e olhando um pouquinho só para a dinâmica de OTC quando a gente olha talvez o único player listado o OTC foi o grande destaque do trimestre por conta do frio em demasia em alguns momentos do trimestre. Eu queria entender um pouquinho o que é que aconteceu nessa categoria quando eu olho para 3T na Distribuição. Sr. Max: O que a gente viu aqui há cerca de um ano atrás a gente começou a dar um foco mais diferenciado nessa categoria e acho que em outros calls eu já abordei isso e acabou que o resultado acaba acontecendo aos poucos e vai-se acumulando. O Ivan estava explicando que esse trimestre foi um pouco mais frio também, o que acabou estendendo um pouco a sazonalidade do 2T que é uma sazonalidade de inverno e ajudando um pouco também essa categoria, ok? Sr. Joseph: Perfeito, obrigado. Operadora: Próxima pergunta Sergio Gozzi Citro, Citibank. Sr. Sérgio Gozzi Citro: Boa tarde a todos. Eu gostaria de fazer uma pergunta relacionada à Divisão Especialidades. Você mencionou que um dos destaques no trimestre foi o aumento das vendas para o setor privado, mas eu gostaria que você comentasse um pouco sobre a sua exposição ao setor público, ou seja, são produtos oncológicos e eu gostaria que você comentasse um pouco então a respeito de quem são os estados com quem você tem as maiores exposições, qual é o nível de atraso que isso vem ocasionando para você, como é que você vem negociando e quais são as perspectivas também se houver problemas em relação a atraso, muito obrigado. Sr. Max: Obrigado pela pergunta. Na verdade essa decisão de público e privado a gente já tomou três anos atrás. A gente conseguiu reduzir a nossa participação em público lá atrás, até antes mesmo dessa crise. Então hoje pesa 4% das nossas vendas, um impacto muito pequeno. Nós tivemos alguns pequenos casos de atraso nesse portfólio, é pequeno o que pesa o público para nós. A nossa estratégia é permanecer com esse percentual de participação e a gente acabou sofrendo muito menos do que a média do mercado com relação à inadimplência neste setor especificamente e não em qualquer outro por conta de ter optado pelo privado lá atrás, mais de três anos atrás, ok? Sr. Sérgio: Ok e com relação especificamente ao estado do Rio de Janeiro? Qual seria a situação?

10 Sr. Max: Eu não tenho relacionamento com o Rio de Janeiro não. Sr. Sérgio: Muito obrigado. Operadora: Lembramos que para fazer perguntas basta digitar asterisco um, estrela um. Nossa próxima pergunta foi enviada por webcast pelo Sr. Daniel Misumoto: a companhia faz alguma estimativa de quantas vezes a relação dívida líquida/ebitda pode chegar no final do 4T16? Sr. Max: Obrigado Daniel pela pergunta. Infelizmente a gente não trabalha com guidance, mas olhando o histórico que a gente fez no ano passado e neste ano eu acho que a gente tem um pouco da tendência para o 4T em relação ao que a gente fez do 2T para o 3T, ok? Obrigado. Operadora: Novamente lembramos que para fazer perguntas basta digitar asterisco um. Com licença, não havendo mais perguntas eu gostaria de passar a palavra ao Sr. Max para as considerações finais. Sr. Max: Obrigado novamente pelo interesse no desempenho da Profarma. Seguimos confiantes na nossa estratégia de diversificação na cadeia de valor do mercado farmacêutico buscando capturar as oportunidades e criar valor aos nossos acionistas. Se precisarem de algo eu e a minha equipe de relações com investidores estamos à disposição, muito obrigado. Operadora: A teleconferência da Profarma está encerrada. Agradecemos a participação de todos e tenham uma boa tarde, obrigada.