Economia dos Recursos Naturais
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- Gustavo Castanho Botelho
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1 CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL ECONOMIA AMBIENTAL Economia dos Recursos Naturais Prof. Augusto Santana 19/02/2013
2 INTRODUÇÃO O Que é? É a visão da Economia Neoclássica para determinação do uso ótimo dos recursos Economia Neoclásica Eficiência Econômica + Equidade + Escala (irreversibilidade) O ecoimposto Daly-Correia Economia Ecológica
3 CLASSIFICAÇÃO DOS RECURSOS NATURAIS Depende da capacidade de recomposição no horisonte de tempo humano, podendo ser: Renováveis Reposto tão rápido quanto extraído (solos, ar, água, fauna, flora) Não-Renováveis Extraído mais rápido do que é reabastecido por processos naturais (minerios) Observação Recursos renováveis podem se esgotar (desertificação), assim como exauríveis podem não ser esgotar (novas reservas, reciclagem)
4 TEORIA DOS RECURSOS EXAURÍVEIS Reservas X Recursos Condicionais X Recursos Hipotéticos Caixa de MacKelvey
5 ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE RECURSOS EXAURÍVEIS Modelo baseado no artigo de Hotelling, da década de 1930 A questão da intertemporalidade. Por ser finito, o uso dos recursos envolve decisões intertemporais É melhor gastar R$ 1 hoje ou poupar e deixar para gastar daqui a 1 ano? É melhor exaurir uma mina de ouro hoje ou deixar para exauri-la no futuro? ou
6 ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE RECURSOS EXAURÍVEIS Exemplo: Quanto vale hoje R$ 1 mil recebido daqui a 2 anos, se a taxa de juros for de 10%? ou E se o juro for maior? E se o prazo for maior?
7 ESTRATÉGIA PARA GESTÃO DE RECURSOS EXAURÍVEIS A questão da eficiência econômica Parte-se do pressuposto de que os detentores de jazidas enfrentam uma situação de concorrência perfeita A questão do custo de oportunidade É o custo social da extração A retirada hoje reduz o estoque futuro e aumenta o preço futuro
8 A REGRA DE HOTELLING Parte da situação em que o proprietário de uma jazida está avaliando se extrai hoje ou no futuro sua reserva. Solow apud Amazonas (2002) "A única maneira pela qual um depósito de recurso deixado no solo pode produzir um retorno corrente para seu proprietário é por sua apreciação em valor (...) A regra Dado que o valor deste estoque é o valor presente de suas vendas futuras, em equilíbrio intertemporal a taxa de retorno segundo a qual este valor deve crescer é a taxa de juros... (Amazonas, 2002) O proprietário, portanto, acompanha a evolução do preço da jazida e da taxa de juros
9 A REGRA DE HOTELLING Qual a quantidade ótima a ser extraída? Se o VP > 0 O recurso fica no solo hoje, pois é melhor deixar para extrair no futuro Isto reduz a oferta, aumentando o preço e reestabelecendo o equilíbrio Se o VP < 0 O recursos é extraído hoje, pois no dexar para o futuro não compensa Isto aumenta a oferta, baixando o preço e reestabelecendo o equilíbrrio
10 Assim A REGRA DE HOTELLING VP = 0 ou A taxa de juros deve ser igual ao custo de oportunidade para que seja indiferente extrair hoje ou no futuro... Isto provoca uma exaustão gradativa, permitindo a transição para fontes alternativas Conclusão 1 A taxa de extração será tanto maior quanto menor for o valor do recurso em estoque Conclusão 2 A taxa de utilização do recurso é diretamente proporcional à taxa de juros
11 A REGRA DE HOTELLING Críticas ao Modelo Ocorrência de falhas de mercado - Concentração de poder (oligopólio e monopólio) - Presença de externalidades Desconhecimento da demanda futura, levando à hipótese simplificadora de que é igual ao presente Discrepância entre taxa de desconto social e de mercado Existência de tecnologia de fundo, alternativa mais cara que impõe um limite ao aumento de preço
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMAZONAS, M. de C. Economia ambiental neoclássica e desenvolvimento sustentável. In: NOBRE, M e AMAZONAS, M. de C (Org.). Desenvolvimento sstentável: a institucionalização de um conceito. Brasília: Edições IBAMA, v.1, p MAY, P. H.; LUSTOSA, M. C.; Economia do Meio Ambiente: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Campus, (Cap. 3) SERRA, R. V.; FERNANDES, A. C. A distribuição dos royalties petrolíferos no Brasil e os riscos de sua financeirização. Revista de Desenvolvimento Econômico, v. 7, n. 11, Salvador, 2005.
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