DOENÇA DE GUMBORO NO BRASIL

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DOENÇA DE GUMBORO NO BRASIL"

Transcrição

1 DOENÇA DE GUMBORO NO BRASIL Carlos Alberto Friguetto Kneipp Unidade de Negócios Avicultura Merial Saúde Animal Ltda e mail: kneipp@netuno.com.br A Doença de Gumboro ou Doença Infecciosa da Bursa (IBD) tem sido comentada e discutida mundialmente em todos os encontros de avicultura, porque esta enfermidade está presente, praticamente, em todas as áreas produtoras de aves causando perdas econômicas para a avicultura industrial através de mortalidade e maus resultados de performance. A IBD é uma infecção viral aguda e altamente contagiosa de aves jovens, que afeta particularmente o tecido linfóide da Bursa ou Bolsa de Fabrícius (células do tipo B Linfócitos) que é um dos órgãos responsáveis pelo desenvolvimento do sistema imunitário das aves. Histórico A primeira descrição da IBD foi feita por Cosgrove em 1962 nos Estados Unidos quando observou os primeiros surtos da doença na região sul do estado de Delaware, próximo da cidade de Gumboro, e se referiu a doença como Nefrose Aviária devido ao severo dano causado aos rins das aves afetadas. Na década de 60, Winterfield e Hitchner isolaram o vírus da IBD. A doença foi diagnosticada em várias partes dos EUA e também foi descrita na Europa. Foi utilizada a exposição controlada como tentativa de imunização das aves. Nos anos 70 a doença continuou sua disseminação pelos plantéis de aves dos EUA e Europa. Também se percebeu que a doença quando acometia aves jovens (idade inferior a 2 semanas) causava severa imunossupressão com ausência dos sinais da doença. Surgem as primeiras vacinas atenuadas produzidas em cultivos celulares. É reconhecida a existência de um segundo sorotipo (sorotipo 2) que é apatogênico para frangos. As décadas de 80 e 90 são marcadas pelo início da utilização das vacinas oleosas em reprodutoras e de vacinas vivas com cepas intermediárias; pelo aparecimento e posterior difusão das cepas variantes do sorotipo 1 nos EUA e cepas altamente virulentas na Europa, África do Sul, Israel, Japão, Sudoeste Asiático, América Central e recentemente na América do Sul (Brasil desde 1997). Pelo isolamento do vírus na Nova Zelândia (considerado livre até esta data) e isolamento do vírus em aves silvestres como emas e pingüins. 79

2 Etiologia O vírus da IBD (IBDV) pertence a família Birnaviridae, icosaédrico, sem envelope e aproximadamente 60 nm de diâmetro. É um RNA vírus de dupla fita, que possue 4 proteinas virais VP1, VP2, VP3 e VP4 sendo que a VP2 é a região responsável pela indução de anticorpos (Ac) protetores e base para a diferenciação de patotipos e subtipos virais. O IBDV é resistente a agentes químicos (éter e clorofórmio), PH elevado (até 12); mas o vírus é inativado com solução de formalina (0,5% por no mínimo 6 horas), cloramina (0,5% após 10 minutos), iodóforos (após 2 minutos a 23 o C).Sua notável resistência a desinfetantes lhe permite sobreviver em granjas por longos períodos (4 a 12 meses) apesar de limpezas e desinfecções profundas. O IBDV é inicialmente isolado por embrio inoculação e pode ser adaptado posteriormente em culturas celulares. A propagação do vírus pode ser feita em células embrionárias de bolsa de galinha, células renais, células VERO e fibroblastos provocando efeito citopático. Este vírus é classificado em 2 sorotipos distintos, denominados de sorotipo 1 e 2, que são diferenciados por provas de vírus neutralização. Somente as amostras do sorotipo 1 são capazes de provocar doença em galinhas, bem como todas as vacinas contra a IBD são produzidas com amostras do sorotipo 1. A imunização com sorotipo 2 não confere proteção contra o sorotipo 1. A situação inversa não pode ser testada, porque não há amostras virulentas do sorotipo 2 para o desafio. Anticorpos contra o sorotipo 2 são encontrados em perus e em galinhas. Hospedeiros e Transmissão O Birnavírus, causador da IBD, tem os frangos como seus principais hospedeiros naturais, mas já foi isolado em perus e patos (hospedeiros suceptíveis). A porta de entrada do IBDV, comumente é a via oral, porém pode ocorrer pelas vias respiratória e ocular. O vírus faz replicação primária nas placas de Peyer do intestino, passa pelo fígado, alcança a corrente sangüínea e infecta a Bolsa de Fabrícius em poucas horas (menos de 24 h). A viremia prossegue e o vírus infecta outros órgãos (principalmente Órgãos Linfóides), sendo que o principal alvo são as células B. A excreção é feita através das fezes de aves infectadas por 10 a 14 dias, resistindo por longo período na cama dos aviários, esterco, ração, água, etc., os quais serão fontes de contaminação para outras aves (ave ave, lote lote). Além disso, os besouros, pássaros, veículos e o homem são fontes de contaminação. Não há evidências de transmissão pelo ovo. Ë muito importante o cuidado que devemos ter com aves portadoras (principalmente os convalescentes) e animais carreadores (outras espécies), os quais, aparentemente sadios, podem albergar o vírus sem a manifestação de sinais clínicos da doença. 80

3 Enfermidade Clínica II Simpósio de Sanidade Avícola Esta forma da doença ataca as aves com idade entre 3 e 8 semanas, podendo aparecer cada vez mais cedo nos plantéis subsequentes de uma granja, devido à infecção endêmica. As taxas de morbidade e mortalidade são variáveis conforme a linhagem, susceptibilidade, manejo, etc., porém pode a morbidade chegar a 100% e a mortalidade atingir cifras de até 80%. O período de incubação é de 2 a 3 dias, com a evolução da doença variando de 5 a 7 dias. Os sinais clínicos normalmente encontrados em plantéis infectados são: letargia, anorexia, penas eriçadas, diarréia aquosa esverdeada (devido ao aumento do consumo de água e diminuição do consumo de ração), cloaca empastada e aumento da mortalidade. As alterações macroscópicas encontradas num caso de doença clínica, em aves susceptíveis, começam pela Bolsa de Fabrícius que em 2 3 dias (período de incubação) após infecção aumenta de tamanho devido ao edema e congestão. Entre 4 e 6 dias após a infecção já é nítida a tumefação (podendo chegar ao dobro do tamanho normal) e freqüentemente está coberta por um transudato gelatinoso e amarelado. Normalmente se verifica hemorragia de superfície interna e serosa e também a formação de conteúdo caseoso no lúmen. Posteriormente teremos a atrofia da Bolsa de Fabrícius (7 10 dias pós-infecção) chegando a aproximadamente 1/3 do seu peso original. Podemos ver outras lesões macroscópicas como: hemorragias petequiais musculares, aumento do muco intestinal, degeneração e inchaço do fígado com infartos periféricos, esplenomegalia, aparência inchada e esbranquiçada dos rins. As alterações histológicas na Bolsa de Fabrícius refletem a resposta inicial por meio de hiperemia, edema, infiltração de heterófilos acompanhada de necrose das células linfóides. Ocorre uma hiperplasia das células retículo endoteliais e do tecido interfolicular. Com a diminuição da resposta inflamatória aguda, há uma proliferação do epitélio Córtico medular e o desenvolvimento de cavidades císticas nas áreas medulares dos folículos. Em outros órgãos podem ocorrer diferentes graus de necrose das células linfóides do baço, timo, tonsilas cecais e glândula de Harder. As cepas muito virulentas do Vírus da DIB (vvibdv), no Brasil, têm apresentado um quadro de elevada mortalidade súbita (5 20%) em aves com idade de 25 a 35 dias, além dos sinais clássicos da enfermidade. As lesões macroscópicas encontradas foram: Bolsa de Fabrícius aumentada de tamanho, com edema gelatinoso, aparência de cozida, contendo hemorragia ou conteúdo muco purulento; hemorragias musculares (peito e pernas); rins aumentados de tamanho com depósito de uratos (alguns casos). A intensidade da doença variou de acordo com a biossegurança e programas de vacinação de cada granja. Enfermidade Subclínica Nesta forma da doença as aves são afetadas com idade inferior a 2 semanas de idade. O vírus invade os tecidos linfóides, porém a única indicação visível da infecção pode ser uma grave atrofia da Bolsa de Fabrícius. Quanto mais precoce a 81

4 idade de infecção piores são os efeitos imunossupressores (podendo ser permanente), acarretando problemas secundários com grandes perdas econômicas. Os sinais clínicos são moderados: ocorrem perdas de produtividade, imunodeficiência tornando as aves suceptíveis a outras infecções (bacterianas, virais, etc.) e redução da eficácia de vacinas (principalmente Newcastle, Bronquite Infecciosa, Marek e Bouba Aviária). Diagnóstico A IBD pode ser facilmente diagnosticada através da observação de lesões típicas da Bolsa de Fabrícius, observadas durante os estágios agudos da doença. Contudo, a atrofia da Bolsa, que ocorre após a IBD clínica ou subclínica, também pode ser encontrada na doença de Marek, Micotoxicoses, infecções pelo vírus da Anemia Infecciosa (CAV) e alguns Reovírus, porém as alterações histológicas são distintas. Por isso é indispensável a realização de análises laboratoriais, anatomopatológicas e epidemiológicas da doença. As lesões hemorrágicas observadas na IBD também são observadas nas infecções causadas por CAV e intoxicações por drogas ou produtos químicos. A destruição intensa das células linfóides, as hemorragias subcutâneas maciças e a alteração da hematopoiese são comuns em aves jovens (idade inferior a 2 semanas) com infecção concomitante de CAV e IBDV. Os quadros de nefrite nefrose encontrada às vezes na IBD são similares aos que ocorrem nos casos de Bronquite Infecciosa causado por cepa nefrotóxica, porém são diferenciados pela ausência de alterações na Bolsa. Devido à capacidade do IBDV induzir a imunossupressão, ele pode atuar como fator predisponente de outras infecções, tais como Dermatite Gangrenosa, Síndrome de Anemia Aplástica Hemorrágica, Hepatite por Corpúsculo de Inclusão e Problemas Respiratórios. A confirmação do diagnóstico pode ser feita através do uso de macerados de Bolsas infectadas como antígeno (Ag) num teste de ágar gel, contra um anti-soro positivo conhecido. Também pode-se usar o exame microcópico de partes da bolsa para a observação de lesões típicas ou a demonstração de Ag virais através da imunoflurescência em partes fixadas da bolsa. O isolamento viral é feito em membrana córion-alantóide de ovos embrionados de dias, apartir de tecidos infectados (Bolsa e Baço), observando-se a morte de alguns embriões em 3 5 dias. Também pode-se verificar efeito citopático sobre uma cultura de células da Bolsa ( após 3 4 dias de incubação). Vários procedimentos sorológicos, amplamente usados, estão disponíveis para detecção de anticorpos (Ac) do IBDV: Soroneutralização (SN), ELISA e o teste de precipitação por ágar gel (AGP). O AGP é rápido, porém é um teste somente qualitativo. A SN e o ELISA são testes quantitativos e preferíveis que o AGP. O ELISA é bastante sensível e disponível comercialmente, mas diferente do teste de SN. O ELISA não tem a especificidade da SN e não diferencia a resposta entre Ac para o sorotipo 1 e 2 do IBDV. Atualmente as técnicas moleculares, vírus-neutralização e ELISA de captura com Ac monoclonais têm colaborado muito no esclarecimento do diagnóstico, através da capacidade de detecção e caracterização das cepas envolvidas na doença e 82

5 pelo uso de técnicas moleculares como: hibridização molecular, RFLP (Restriction Fragment Lenght Polymorphism) e PCR (Polymerase Chain Reaction) foi possível fazer a classificação das cepas do IBDV existentes no Brasil (anexo I). Também possibilita a comparação entre cepas de campo e vacinais classificando-as em grupos, que pela similaridade pode-se escolher uma cepa vacinal que melhor se encaixe para utilização frente a uma determinada cepa de campo. Situação Mundial Na década de 80 ocorreram importantes mudanças e descobertas dando um rumo diferente aos quadros de IBD clássica que se tinham até o momento. Nos EUA em 1985, Dr. Rosenberger identificou 4 amostras de IBDV (denominadas A,D,E e G ), usando aves sentinelas vacinadas. Do ponto de vista patológico tais amostras eram diferentes das amostras clássicas do vírus, pois induziam uma rápida atrofia da Bolsa de Fabrícius com uma resposta inflamatória mínima. Além disso, não causavam manifestações clínicas e eram capazes de romperem a barreira dos anticorpos antes das amostras de vírus convencionais estas amostras pertencem ao sorotipo 1 do IBDV e foram denominadas de Variantes. Em 1988, trabalhando com anticorpos monoclonais, Dr. Snyder isolou outra amostra variante do IBDV denominada GLS, a partir de lotes com sinais da Doença de Gumboro. Outros pesquisadores têm isolado amostras variantes em diferentes regiões dos EUA. Atualmente já existem descrições da presença de cepas variantes no Canadá, Porto Rico, México e China. As cepas vvibdv ou hvibdv (high virulent) também surgiram na década de 80, mais precisamente: 1987 Bélgica e depois Holanda, provocando altas taxas de mortalidade em frangos e poedeiras. Espalhou-se rapidamente pelos países vizinhos Já estava presente na Alemanha, Reino Unido e França. Neste mesmo ano também foi reportada a sua presença no Oriente Médio Atingiu Portugal, Israel, Índia e África do Sul Chegou ao Sudeste Asiático. Na América do Sul os problemas clínicos do passado vinham sendo satisfatoriamente controlados através dos programas de vacinação e a Doença de Gumboro se apresentava apenas da forma sub-clínica (em frangos e poedeiras). Porém, no final da década de 90, começaram a surgir os primeiros casos de IBD muito virulenta. Atual Situação da IBD no Brasil No ano de 1997, num trabalho conjunto entre Simbios Biotecnologia e a Merial Saúde Animal Ltda., foi possível a caracterização por genotipagem dos vírus de campo e vacinais presentes no Brasil, classificando-os em grupos moleculares diferentes. 83

6 Foram analisadas amostras de aves de várias regiões do Brasil MG, PA, PE, PR, RS, SC e SP e prevaleceu o isolamento de duas cepas distintas das cepas clássicas, das variantes norte-americanas e dos vvibdv, classificadas como grupos moleculares 15 e 16 (conforme anexo I). O grupo molecular 15 (G 15) estava disseminado por praticamente todos os estados citados, já o G 16 estava restrito aos estados do RS e SC. Estas cepas são responsáveis, normalmente, por problemas sub-clínicos apresentando quadros de atrofia de Bolsas de Fabrícius e resultados zootécnicos inconsistentes em relação direta com a presença do vírus ou ainda o somatório de outros fatores como: outras enfermidades, ambiente, nutrição, profilaxia, etc.. Convivemos com esta situação da IBD no Brasil até meados de 1997, quando apareceram os primeiros casos da doença clínica no estado de São Paulo envolvendo cepas muito virulentas, classificadas através de técnicas moleculares como G 11, a qual possui características antigênicas similares as cepas vvibdv isoladas na Europa desde o final da década de 80. A G 11 já foi descrita nos anos de 1998 e 1999 como presente em vários estados do Brasil, com ou sem confirmação laboratorial (talvez pela facilidade de diagnosticar a doença somente através dos sinais e lesões nem sempre é solicitada a confirmação de diagnóstico laboratorial). Os estados são: SP, MG, MA, GO, AL, PI, PE e PB. Mais recente, em 2000, foram diagnosticados nos estados do RS e SC, além de relatos de casos no norte do PR. Esta condição atual nos preocupa bastante pelos seguintes aspectos: rapidez de disseminação desta cepa, sua virulência e ampla disseminação em todas as regiões consideradas núcleos de avicultura industrial no Brasil. Controle Os estudos demonstram que a resistência do vírus da Doença de Gumboro lhe permite persistir e sobreviver longos períodos em granjas de criação intensiva, mesmo naquelas submetidas à rigorosas medidas de higiene e desinfecção. Os procedimentos sanitários e higiênicos adequados das instalações ajudam na redução dos índices de infecção. Assim, sempre que possível, deve-se fazer a limpeza completa e posterior desinfecção das granjas com produtos comprovadamente eficazes, com a finalidade de diminuirmos a pressão de infecção pelos IBDVs, principalmente quando há o risco de recorrência de doença. A ação conjunta de medidas higiênico-sanitárias e programas de vacinação, corretamente implantados, permitem às empresas manter seus resultados econômicoprodutivos, além de diminuirem a propagação do vírus de campo, resultando numa diminuição gradual de sua presença no ambiente. O programa de vacinação ideal contra a Doença de Gumboro deve prevenir contra a doença clínica, a imunossupressão e as perdas de resultados zootécnicos. As características da Doença de Gumboro são variáveis de região para região, podendo haver mudanças dentro das regiões, o que confunde e dificulta o seu controle de uma maneira prática. É por isso que não existe um programa de vacinação que possa ser recomendado para todas as situações. 84

7 Deve-se levar em conta para a elaboração de um programa de vacinação eficiente os seguintes fatores: níveis de Ac maternais vírus de campo: concentração e patogenicidade idade de infecção vacinas disponíveis No Brasil dispomos de várias opções de vacinas contra a Doença de Gumboro: Vacinas vivas atenuadas: Intermediárias; Intermediárias Plus; Quentes Vacinas inativadas: Cepas Clássicas; Cepas Clássicas + Variantes de Delaware. Os programas de vacinação de frangos de corte e poedeiras comerciais variam consideravelmente, de acordo com os programas vacinais das reprodutoras, por determinação de profissionais ou pelo desafio de doença presente naquele plantel. As vacinações podem ocorrer desde o primeiro dia de vida (no incubatório) seguido (ou não) de vacinações em idades posteriores. Há duas razões lógicas para a utilização da vacinação de pintinhos contra a IBD no primeiro dia de vida. Primeira razão: imunização ativa de pintos que apresentam nenhum ou baixos títulos de Ac maternais para IBDV (para evitar que estes pintos sirvam como amplificadores do vírus de campo). Segunda razão: o vírus vacinal se replica nos pintos, na presença de Ac maternais e sem neutralilizá-los, ficando sequestrados no Baço, Timo e Bolsa de Fabrícius até os Ac maternais desaparecerem, induzindo posteriormente a resposta ativa de AC. Os programas de vacinação de reprodutoras também variam pelas mesmas razões anteriores, porém as reprodutoras, além das vacinas com vírus vivo recebidas durante o período de cria e recria, recebem vacinas inativadas antes do período de postura. Algumas empresas também praticam a administração de vacinas inativadas durante o período de postura com a finalidade de promover a transferência de altos e uniformes títulos de Ac para a progênie. Nos casos da Doença de Gumboro muito virulenta existem muitos programas de vacinação sendo implementados que vão desde a utilização de cepas intermediárias, cepas intermediárias + intermediárias plus, uso de vacinas inativadas em idade precoce (1 a semana), uso de cepas quentes, etc., (são programas geralmente muito agressivos e as vezes usando-se vacinas elaboradas com cepas vvibdv). É importante, além de decidir qual a melhor vacina e programa vacinal para estes casos, adotar medidas de biossegurança, higiênico-sanitárias, ambiência, doenças intercorrentes, etc. 85

8 Conclusão Os questionamentos sobre o futuro da Doença de Gumboro permanecerão, e muitos sem as devidas respostas. Trata-se de um vírus RNA sujeito a mutações através de vários mecanismos. Elaborar medidas de prevenção tem sido difícil para os profissionais devido as características do vírus e sua resistência. O Brasil tem diversas situações diferentes para a Doença de Gumboro, que vão desde a imunossupressão até casos graves de vvibd. Em conjunto com as ações preventivas, para o controle da doença, o monitoramento dos IBDVs é importante para identificarmos com exatidão como estão as medidas de controle. Há muitas cepas vacinais, como opções de controle, cada uma delas com características específicas possibilitando-nos desenhar vários programas de vacinação, os quais devem ser avaliados constantemente. Referências Bibliográficas BERNARDINO, A. Painel gumboro: experiência brasileira. In: Conferência Apinco 2000 de Ciência e Tecnologia Avícola. Anais. Campinas, Brasil, p.79 91, DI FABIO, J.; ROSSINI, L. I.; ETERRADOSSI, N.; TOQUIN, M. D.; e GARDIN, Y. Very virulent IBD spreads to South America. World Poultry, n o 9, volume 15,p.88 91, IKUTA, N.; FONSECA, A.S.K.; LUNKE, V.R.; GARCIA, M.; MARQUES, E.K.; e VILLEGAS,P. Estudo da composição antigênica de variantes do vírus da doença de gumboro (IBDV) no Brasil. Trabalho de Pesquisa, Conferência APINCO, IKUTA, N.; FONSECA, A.S.K.; VERDI FILHO, R.; OLIVEIRA, C.; CHIARAMONTE, V.; e LUNKE, V.R. Caracterização de genótipos de campo do vírus da doença de gumboro (IBDV) no Brasil. Trabalho de Pesquisa, Conferência APINCO, KOUWENHOVEN, B. El control de la enfermedad de gumboro muy virulenta em Holanda. World Poultry, mayo-suplemento, p , KREAGER, K. La IBF en pollas para producción de huevo. World Poultry, mayo-suplemento, p , LASHER, H. N.; SHANE, S. M. Prevención y control de la IBF em Asia. World Poultry, mayo-suplemento, p , LUKERT, P. D. e SAIF, Y. M. Infectious bursal disease. In: Disease of Poultry, 9 a edição, Iowa, USA, p , LUKERT, P. D. Uso de vacunas a virus activo (vivas) presencia de anticuerpos maternos. World Poultry, mayo-suplemento, p.12 13, MEKKES, D. R.; WIT, J. J. Herramientas diagnósticas para la detección Cepas variantes, virulentas y anticuerpos. World Poultry, mayo-suplemento, p ,1995. MCILROY, S. G. Efectos económicos de la IBF subclínica sobre la producción de los pollos de engorde. World Poultry, mayo suplemento, p , ROSALES, A. G. Programas de control y evaluación de la inmunidad Em pollos de engorde y reproductores pesados. World Poultry, mayo suplemento, p.21 23,

9 ROSENBERGER, J. K. El papel de la IBF em la inmunosupresión Incremento em la susceptibilidad a otras enfermedades infecciosas. World Poultry, mayosuplemento, p. 7, SAIF, Y.M. Control y prevención de la enfermedad infecciosa de la bursa. In: XVI Congresso Latino-Americano de Avicultura. Anais. Lima, Peru, p ,1999. SAIF, Y. M. Pruebas de laboratorio versus pruebas em aves vivas. World Poultry, mayo-suplemento, p. 9, SLUIS, W. El virus de la infección de la bolsa de fabricio Destructor del sistema imune. World Poultry, mayo-suplemento, p. 4 6, Anexo I Gumboro (IBDV) O diagnóstico clássico é realizado através do isolamento do vírus, mas testes sorológicos (vírus-neutralização, imunofluorescência e ELISA) têm sido amplamente utilizados na rotina laboratorial. A PCR permite a detecção direta do vírus, mostrandose mais sensível e específica do que o isolamento. A tipificação das cepas de IBDVs representa importante indicativo na escolha adequada da cepa vacinal e na monitorização da eficiência de programas de vacinação. Pode ser realizada através de vírus-neutralização ou por técnicas moleculares como a RT-PCR/RFLP. A Simbios Biotecnologia aplica metodologia que consiste na amplificação de região do gene VP2 com posterior caracterização do polimorfismo. Até o momento, foram gerados 17 grupos distintos (de diferentes padrões de polimorfismo) baseados em seqüências descritas na literatura, bancos de genes, análises de vacinas comerciais e de amostras provenientes de estudos de campo no nosso País, que nos permitem classificar os subtipos pertencentes ao sorotipo 1. Tabela 1 Classificação Variantes Norte-Americanas Variante A Grupo 1 Variante E Grupo 2 Vacinas Comerciais Avimmune F C e Maternalin C Grupo 3 Avimmune I C, Bur 706 M, Gumboral CT M, Gumboro Nobilis I e GumborVet B Grupo 4 Ultravac C, Bursine 2 F, Bursine PLUS F Grupo 5 Gumbovax M Grupo 6 Gumboro Nobilis 228 E I Grupo 7 GumborVet oleosa bivalente B Grupos 2 e 4 Coopers Brasil Ltda. C, Merial Saúde Animal Ltda. M,Akzo Nobel Ltda. Divisão Intervet I, Laboratório Bio-Vet S/A B, FortDodge Saúde Animal Ltda. F. 87

10 Outros Grupos, até 13, foram descritos, originalmente, na Bélgica, Inglaterra, Alemanha, Japão, etc. Dentre estes, o Grupo 11, de cepas altamente virulentas, tem-se evidenciado de forma disseminada em nosso país. Variantes Brasileiras padrões não vacinais Simbios G15, que tem-se demonstrado de grande ocorrência e de forma disseminada em nosso país e Simbios G16, de ocorrência concentrada em estados da região sul. 88

Anemia Infecciosa das Galinhas

Anemia Infecciosa das Galinhas Anemia Infecciosa das Galinhas Leonardo Bozzi Miglino Programa de Pós-graduação - UFPR Mestrado Ciências Veterinárias 2010 Histórico: Isolado e descrito no Japão (1979), chamado de agente da anemia das

Leia mais

DOENÇA DE NEWCASTLE. Figura 1: Distribuição da doença de Newcastle. Julho a Dezembro de Fonte: OIE.

DOENÇA DE NEWCASTLE. Figura 1: Distribuição da doença de Newcastle. Julho a Dezembro de Fonte: OIE. INTRODUÇÃO DOENÇA DE NEWCASTLE A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, freqüentemente seguidos

Leia mais

19/11/2009. Doenças Neoplásicas. Doença de Marek. Doença de Marek Leucose Reticuloendoteliose. 1907, Marek:

19/11/2009. Doenças Neoplásicas. Doença de Marek. Doença de Marek Leucose Reticuloendoteliose. 1907, Marek: DOENÇAS NEOPLÁSICAS Tatiana Brognolli d Aquino de Sousa Programa de Pós-graduação - UFPR Mestrado Ciências Veterinárias 2009 Doenças Neoplásicas Doença de Marek Leucose Reticuloendoteliose Causam alta

Leia mais

VACINAS EM AVES. Prof. Esp. Walderson Zuza

VACINAS EM AVES. Prof. Esp. Walderson Zuza VACINAS EM AVES 1 Prof. Esp. Walderson Zuza DOENÇAS Doenças dependem da resistência dos animais (vacinações), mas dependem da quantidade e virulência dos agentes de doenças. A maioria dos agentes de doença

Leia mais

Depoimento sobre diagnóstico molecular

Depoimento sobre diagnóstico molecular Gumboro Doença Infecciosa da Bolsa de Fabrício (DIB) causa altos prejuízos econômicos aos produtores. A doença de Gumboro ou Doença Infecciosa da Bolsa de Fabrício (DIB) é uma infecção viral aguda, altamente

Leia mais

SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA

SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA SÍNDROME DA QUEDA DE POSTURA Autores FOLHARI, Érica Pieroli VÁGULA, Maílha Ruiz Email: erica_vet@hotmail.com Discentes da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia de Garça FAMED PEREIRA, Rose Elisabeth

Leia mais

A bronquite infecciosa (BI) é uma doença viral e contagiosa das aves, disseminada no mundo todo.

A bronquite infecciosa (BI) é uma doença viral e contagiosa das aves, disseminada no mundo todo. iara.trevisol@embrapa.br A bronquite infecciosa (BI) é uma doença viral e contagiosa das aves, disseminada no mundo todo. Coronaviridae, gênero Coronavírus. Três grupos compõem o gênero Coronavírus, o

Leia mais

CLOSTRIDIOSES EM AVES

CLOSTRIDIOSES EM AVES CLOSTRIDIOSES EM AVES Instituto Biológico Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola Greice Filomena Zanatta Stoppa CLOSTRIDIOSE Infecções provocadas por toxinas ou bactérias do gênero

Leia mais

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus

Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus Métodos de Pesquisa e Diagnóstico dos Vírus Estratégias Isolamento em sistemas vivos Pesquisa de antígeno viral Pesquisa de anticorpos Pesquisa do ácido nucléico viral (DNA ou RNA) Pré requisitos para

Leia mais

Pestvirus. Msc. Anne Caroline Ramos dos Santos

Pestvirus. Msc. Anne Caroline Ramos dos Santos Pestvirus Msc. Anne Caroline Ramos dos Santos Artigo Material e Métodos Animais: o Leitões de 8 semanas de idade o Livres de BVDV Vírus: o BVDV-1b não-citopático estirpe St. Oedenrode isolado de tonsila

Leia mais

19/11/2009. Ricardo M. Hayashi Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR

19/11/2009. Ricardo M. Hayashi Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR BRONQUITE INFECCIOSA DAS GALINHAS Ricardo M. Hayashi Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR CONCEITO: - Doença infecciosa viral, altamente contagiosa, que afeta principalmente o trato respiratório e reprodutivo

Leia mais

GUMBORO: LA ENFERMEDAD Y ESTRATEGIAS DE CONTROL

GUMBORO: LA ENFERMEDAD Y ESTRATEGIAS DE CONTROL GUMBORO: LA ENFERMEDAD Y ESTRATEGIAS DE CONTROL HISTÓRICO Foi inicialmente descrita em 1962, por Cosgrove, próximo a uma localidade chamada Gumboro em Delaware-EUA, e foi caracterizada por depressão, anorexia,

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina VET446 Doenças de Aves

Programa Analítico de Disciplina VET446 Doenças de Aves Programa Analítico de Disciplina Departamento de Veterinária - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: 4 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 4 Períodos

Leia mais

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Registro da Doença de Marek, Leucose aviária e Doença Infecciosa da bolsa na Região do Triângulo Mineiro, no período de 1999 a 2003 Eliane de Sousa

Leia mais

Enfermidades Micóticas

Enfermidades Micóticas Enfermidades Micóticas Msc. Larissa Pickler Departamento de Medicina Veterinária Universidade Federal do Paraná Disciplina de Doenças das Aves Curitiba Paraná Brasil 2011 Enfermidades Micóticas Infecções

Leia mais

Código Sanitário para Animais Terrestres Versão em português baseada na versão original em inglês de Versão não oficial (OIE)

Código Sanitário para Animais Terrestres Versão em português baseada na versão original em inglês de Versão não oficial (OIE) DOENÇAS DE AVES CAPÍTULO 2.7.1 Doença Infecciosa Da Bursa (Doença de Gumboro) Artigo 2.7.1.1. Para fins do Código Sanitário, o período de incubação da doença infecciosa da bursa é de 7 dias. Os padrões

Leia mais

13/10/2009. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Agrárias Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia

13/10/2009. Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Agrárias Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia Universidade Federal do Paraná Setor de Ciências Agrárias Laboratório de Microbiologia e Ornitopatologia DOENÇA DE GUMBORO (DOENÇA INFECCIOSA DA BOLSA) Larissa Pickler Médica Veterinária Mestranda em Ciências

Leia mais

Influenza aviária. 28ago

Influenza aviária. 28ago 28ago 2015 Influenza aviária Por Dra. Tania Maria de Paula Lyra* 1. Introdução A Influenza aviária é uma doença causada por um vírus, que possui diferentes subtipos. Até a data atual todos os vírus altamente

Leia mais

Vírus da Diarréia Epidêmica Suína (PEDV) Albert Rovira, Nubia Macedo

Vírus da Diarréia Epidêmica Suína (PEDV) Albert Rovira, Nubia Macedo Vírus da Diarréia Epidêmica Suína (PEDV) Albert Rovira, Nubia Macedo Diarréia Epidêmica Suína PED é causada por um coronavírus (PEDV) PEDV causa diarréia e vômito em suínos de todas as idades Mortalidade

Leia mais

DOENÇA DE GUMBORO PERSPECTIVAS DE CONTROLO FUNCHAL. 15 de Março de 2010 Rui Sereno

DOENÇA DE GUMBORO PERSPECTIVAS DE CONTROLO FUNCHAL. 15 de Março de 2010 Rui Sereno DOENÇA DE GUMBORO PERSPECTIVAS DE CONTROLO FUNCHAL 15 de Março de 2010 Rui Sereno Etiologia Birnavirus Dupla cadeia de RNA Quatro proteínas estruturais: VP1 VP2 VP3 e VP4 Serotipo 1 e 2 - serotipo 1 importante

Leia mais

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO Página 1 de 16 1 1. NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO Nobilis Gumboro 228E 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Substância(s) ativa(s): Cada frasco contém por

Leia mais

Nota Técnica sobre a Vacina contra Dengue

Nota Técnica sobre a Vacina contra Dengue São Paulo, 22 de maio de 2017 Nota Técnica sobre a Vacina contra Dengue 1) A doença no Brasil e no Mundo A Dengue é reconhecida como um importante problema de saúde pública, que alcança proporções mundiais.

Leia mais

SALMONELOSES EN AVICULTURA

SALMONELOSES EN AVICULTURA SALMONELOSES EN AVICULTURA Recente recolhimento de ovos comerciais nos EUA Mais de 500 mi de ovos Mais de 1000 casos humanos relacionados Salmonelas Enterobactéria Bactéria gram negativa Trato intestinal

Leia mais

Influenza aviária ( gripe aviária ) e o significado de sua transmissão aos humanos

Influenza aviária ( gripe aviária ) e o significado de sua transmissão aos humanos Influenza aviária ( gripe aviária ) e o significado de sua transmissão aos humanos Informativo (Fact sheet) - 15/01/2004 A doença nas aves: impacto e medidas de controle A influenza aviária é uma doença

Leia mais

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral

Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais. Profa. Claudia Vitral Diagnóstico Laboratorial de Infecções Virais Profa. Claudia Vitral Importância do diagnóstico laboratorial virológico Determinar a etiologia e acompanhar o curso de uma infecção viral Avaliar a eficácia

Leia mais

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO CONCURSO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM TEMA 11 PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÃO DESENVOLVIMENTO DE VACINAS O que faz uma vacina? Estimula

Leia mais

Leandro Nagae Kuritza Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR

Leandro Nagae Kuritza Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR Leandro Nagae Kuritza Mestrando em Ciências Veterinárias UFPR Doenças causadas por bactérias do gênero Clostridium spp. Clostridium botulinum Botulismo; Clostridium perfringens Enterite necrótica; Clostridium

Leia mais

SALMONELOSES AVIÁRIAS

SALMONELOSES AVIÁRIAS SALMONELOSES AVIÁRIAS Instituto Biológico Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola Greice Filomena Zanatta Stoppa Salmonella spp 1874 - Salmonella typhi foi a primeira espécie a ser

Leia mais

Shigella. Topicos. Prof. Assoc. Mariza Landgraf. Introdução. Características da doença Tratamento Prevenção e Controle 03/04/2017

Shigella. Topicos. Prof. Assoc. Mariza Landgraf. Introdução. Características da doença Tratamento Prevenção e Controle 03/04/2017 Shigella Prof. Assoc. Mariza Landgraf Depto Alimentos e Nutrição Experimental Topicos Introdução Histórico Características do microorganismo Fatores Características da doença Tratamento Prevenção e Controle

Leia mais

ROTAVÍRUS Juliana Aquino

ROTAVÍRUS Juliana Aquino Juliana Aquino A infecção pelo rotavírus varia de um quadro leve, com diarréia aquosa e duração limitada à quadros graves com desidratação, febre e vômitos. Estima-se que essa doença seja responsável por

Leia mais

Guilherme H. F. Marques Diretor do Departamento de Saúde Animal/SDA/MAPA

Guilherme H. F. Marques Diretor do Departamento de Saúde Animal/SDA/MAPA REGISTRO, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE DE ESTABELECIMENTOS AVÍCOLAS DE REPRODUÇÃO E COMERCIAIS INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 56/07 Guilherme H. F. Marques Diretor do Departamento de Saúde Animal/SDA/MAPA Importância

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS. Adriéli Wendlant

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS. Adriéli Wendlant UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS HEPATITES VIRAIS Adriéli Wendlant Hepatites virais Grave problema de saúde pública No Brasil, as hepatites virais

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA

PROGRAMA DE DISCIPLINA PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: Doenças Infecciosas dos Animais Domésticos II Código da Disciplian: VET247 Curso: Medicina Veterinária Semestre de oferta da disciplina: 8 P Faculdade responsável: Medicina

Leia mais

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas últimas décadas. houve um crescimento da dengue em nível mundial de 30 vezes,

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas últimas décadas. houve um crescimento da dengue em nível mundial de 30 vezes, NOTA TÉCNICA 31/08/2016 Vacina Dengue Sociedade Brasileira de Imunizações SBIm Sociedade Brasileira de Infectologia SBI Sociedade Brasileira de Pediatria SBP 1) A doença Segundo a Organização Mundial da

Leia mais

Vírus, Gastroenterites e Diarréias. (Derek Wong)

Vírus, Gastroenterites e Diarréias. (Derek Wong) Vírus, Gastroenterites e Diarréias (Derek Wong) Gastroenterites virais Responsáveis por até 3/4 de todas diarréias de origem infecciosa. Gastroenterite viral é a segunda mais comum causa de doença, suplantada

Leia mais

Retrovírus Felinos. Fernando Finoketti

Retrovírus Felinos. Fernando Finoketti Retrovírus Felinos Fernando Finoketti Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil Maio de 2014 Retrovírus - Características Capsídeo icosaédrico. Possuem envelope. Genoma composto de duas moléculas idênticas

Leia mais

Infecção ocorre por meio de secreções nasais, fômites e fezes e cama contaminada. Afeta principalmente galinhas, mas pode

Infecção ocorre por meio de secreções nasais, fômites e fezes e cama contaminada. Afeta principalmente galinhas, mas pode Infecção ocorre por meio de secreções nasais, fômites e fezes e cama contaminada. Leandro Nagae Kuritza Larissa Pickler Notificação 10 de Novembro de 2010; Visita de técnicos do Instituto Mineiro de Afeta

Leia mais

Prevenção e controle das infecções virais

Prevenção e controle das infecções virais Prevenção e controle das infecções virais 1 Medidas de prevenção de doenças virais Redução do risco de exposição Introdução de melhorias sanitárias (ex. infecções entéricas) Veiculação de informações para

Leia mais

Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus

Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus 01-2017 1- Quais foram as observações feitas por Adolf Mayer que permitiram concluir que o agente etiológico da Doença do Mosaico do tabaco era um

Leia mais

INTRODUÇÃO A ORNITOPATOLOGIA. M.V. ESP. Walderson Zuza Barbosa

INTRODUÇÃO A ORNITOPATOLOGIA. M.V. ESP. Walderson Zuza Barbosa INTRODUÇÃO A ORNITOPATOLOGIA M.V. ESP. Walderson Zuza Barbosa 1 2 M.V. ESP. Walderson Zuza Barbosa 3 M.V. ESP. Walderson Zuza Barbosa CENÁRIO NACIONAL A indústria avícola brasileira tem aliado tecnologia,

Leia mais

Jean Berg Alves da Silva HIGIENE ANIMAL. Jean Berg Alves da Silva. Cronograma Referências Bibliográficas 09/03/2012

Jean Berg Alves da Silva HIGIENE ANIMAL. Jean Berg Alves da Silva. Cronograma Referências Bibliográficas 09/03/2012 Jean Berg Alves da Silva Médico Veterinário UFERSA (2001) Dr. Ciências Veterinárias UECE (2006) Professor do Departamentos de Ciências Animais da UFERSA HIGIENE ANIMAL Jean Berg Jean Berg Alves da Silva

Leia mais

Lamentável caso de Mormo, em Minas Gerais

Lamentável caso de Mormo, em Minas Gerais Lamentável caso de Mormo, em Minas Gerais O Mormo é uma doença infecto-contagiosa que acomete os Equinos e Asininos e tem como agente causador a bactéria Burkholderia mallei; Mormo é uma Zoonose porque

Leia mais

RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS. Estado: MG

RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS. Estado: MG UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS ESCOLA DE VETERINÁRIA DEPARTAMENTO DE MED. VET. PREVENTIVA AQUAVET LAB. DE DOENÇAS DE ANIMAIS AQUÁTICOS RESULTADO DE EXAMES LABORATORIAIS Propriedade: Usina Irapé (Reservatório)

Leia mais

Monitoria Sorológica em Matrizes de Corte e Postura Comercial

Monitoria Sorológica em Matrizes de Corte e Postura Comercial Monitoria Sorológica em Matrizes de Corte e Postura Comercial Obiratã Rodrigues Méd Vét. MSc MercoLab Garibaldi bira@mercolab.com.br Porto Alegre, 22 de novembro de 2016. Conhecer para Diagnosticar Etiologia

Leia mais

Avicultura Frango de Corte Nome Frango de Corte Informação Produto Tecnológica Data Agosto Preço - Linha Avicultura Informações.

Avicultura Frango de Corte Nome Frango de Corte Informação Produto Tecnológica Data Agosto Preço - Linha Avicultura Informações. 1 de 5 10/16/aaaa 10:59 Avicultura Nome Informação Produto Tecnológica Data Agosto -2000 Preço - Linha Avicultura Informações Resenha resumidas sobre Autor(es) João Ricardo Albanez - Zootecnista Avicultura

Leia mais

Patogêneses virais II. Profa Dra Mônica Santos de Freitas

Patogêneses virais II. Profa Dra Mônica Santos de Freitas Patogêneses virais II Profa Dra Mônica Santos de Freitas 09.11.2011 1 Determinante da patogênese Interação com o tecido alvo; Acesso ao tecido alvo; Presença de receptores; Estabilidade das partículas

Leia mais

Audiência Pública Situação das gripes H1N1 e H7N9 e a fabricação de vacinas antivirais no Brasil

Audiência Pública Situação das gripes H1N1 e H7N9 e a fabricação de vacinas antivirais no Brasil Audiência Pública Situação das gripes H1N1 e H7N9 e a fabricação de vacinas antivirais no Brasil Antonio Guilherme Machado de Castro Diretor do Centro Avançado de Pesquisa Tecnológica do Agronegócio Avícola

Leia mais

Doenças Infecciosas e Transmissão de Doenças: Conceitos Básicos

Doenças Infecciosas e Transmissão de Doenças: Conceitos Básicos Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto de Estudos em Saúde Coletiva Graduação de Saúde Coletiva Disciplina: Fundamentos de Epidemiologia Doenças Infecciosas e Transmissão de Doenças: Conceitos

Leia mais

Vacinas e Vacinação 24/02/2014. Prof. Jean Berg. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção.

Vacinas e Vacinação 24/02/2014. Prof. Jean Berg. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção. Prof. Jean Berg Imunologia Resposta imune Mecanismo pelo qual o organismo é capaz de reconhecer e eliminar as substâncias heterólogas. Resposta imune Substâncias heterólogas Endógena células mortas Exógena

Leia mais

Qual é a estrutura típica de um vírus?

Qual é a estrutura típica de um vírus? Vírus Qual é a estrutura típica de um vírus? CICLOS REPRODUTIVOS Em relação a reprodução dos vírus, podemos dizer que eles podem realizar um ciclo lítico ou um ciclo lisogênico. Qual é a principal

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina BIO270 Virologia Geral e Molecular

Programa Analítico de Disciplina BIO270 Virologia Geral e Molecular Catálogo de Graduação 016 da UFV 0 Programa Analítico de Disciplina BIO70 Virologia Geral e Molecular Departamento de Biologia Geral - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: 6 Teóricas

Leia mais

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido

Imunologia. Diferenciar as células e os mecanismos efetores do Sistema imune adquirido do sistema imune inato. AULA 02: Sistema imune adquirido Imunologia AULA 02: Sistema imune adquirido Professor Luiz Felipe Leomil Coelho Departamento de Ciências Biológicas E-mail: coelho@unifal-mg.edu.br OBJETIVO Diferenciar as células e os mecanismos efetores

Leia mais

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: PRODUÇÃO DE AVES NA MEDICINA VETERINÁRIA Código da Disciplina: VET246

PROGRAMA DE DISCIPLINA. Disciplina: PRODUÇÃO DE AVES NA MEDICINA VETERINÁRIA Código da Disciplina: VET246 PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina: PRODUÇÃO DE AVES NA MEDICINA VETERINÁRIA Código da Disciplina: VET246 Curso: MEDICINA VETERINÁRIA Semestre de oferta da disciplina: 7 período Faculdade responsável: MEDICINA

Leia mais

Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus

Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus Exercício de Fixação: Características Gerais dos Vírus 02-2017 1- Quais foram as observações feitas por Adolf Mayer que permitiram concluir que o agente etiológico da Doença do Mosaico do tabaco era um

Leia mais

PLANO DE ENSINO EMENTA

PLANO DE ENSINO EMENTA PLANO DE ENSINO DADOS DA DISCIPLINA Nome da Disciplina: Imunologia Curso: Farmácia Termo: 3º Carga Horária Semanal (h/a): 4 Carga Horária Semestral (h/a): 75 Teórica: 2 Prática: 2 Total: 4 Teórica: 30

Leia mais

Professor: David Vieira Valadão. Biologia

Professor: David Vieira Valadão. Biologia Professor: David Vieira Valadão Biologia 1981 registro de casos atípicos de pneumonia entre homens homossexuais em Los Angeles (EUA). 1983 descoberta de um novo vírus em um paciente com AIDS. 1984 descoberta

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina ZOO424 Avicultura

Programa Analítico de Disciplina ZOO424 Avicultura 0 Programa Analítico de Disciplina ZOO Avicultura Departamento de Zootecnia - Centro de Ciências Agrárias Número de créditos: Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 15 Carga horária semanal 0 Períodos

Leia mais

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO Nobilis RT+IBmulti+G+ND 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Por dose de 0,5 ml: Substâncias ativas: ART estirpe But1#8544:

Leia mais

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT

Hepatites. Inflamação do fígado. Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Hepatites Virais Hepatites Inflamação do fígado Alteração em enzimas hepáticas (alaminotransferase aspartatoaminotransferase e gamaglutamiltransferase ALT AST e GGT Sinais clínicos: Náuseas, dor abdominal,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS DOENÇA INFECCIOSA BURSAL: AVALIAÇÃO DA PATOGENICIDADE DE VACINAS COMERCIALIZADAS NO

Leia mais

(seleção, sexagem, vacinação, condições de armazenagem, temperatura umidade e ventilação da sala, expedição dos pintos).

(seleção, sexagem, vacinação, condições de armazenagem, temperatura umidade e ventilação da sala, expedição dos pintos). a arte de incubar parte 4 sala de pintos (seleção, sexagem, vacinação, condições de armazenagem, temperatura umidade e ventilação da sala, expedição dos pintos). Os manejos de Sala de Pintos dependem da

Leia mais

Hepatites A e E. Hepatite E 3/7/2014. Taxonomia. Características do vírus. Não envelopado nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb.

Hepatites A e E. Hepatite E 3/7/2014. Taxonomia. Características do vírus. Não envelopado nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb. Hepatites A e E Hepatite E Fábio Gregori Taxonomia Características do vírus Não envelopado 27-35 nm diâmetro Fita positiva RNA ~7.2 kb Diagnóstico Diagnóstico Infecção: a) sorodiagnóstico IgM e IgG*. b)

Leia mais

TALASSEMIAS ALFA NA POPULAÇÃO EM DEMANDA DO LABORATÓRIO MONTE AZUL NA CIDADE DE MONTE AZUL-SP

TALASSEMIAS ALFA NA POPULAÇÃO EM DEMANDA DO LABORATÓRIO MONTE AZUL NA CIDADE DE MONTE AZUL-SP TALASSEMIAS ALFA NA POPULAÇÃO EM DEMANDA DO LABORATÓRIO MONTE AZUL NA CIDADE DE MONTE AZUL-SP Rafael Rodas Lemo e Cibele Felício Ribeiro A Hemoglobina H (Hb H) é uma hemoglobina composta por tetrâmeros

Leia mais

Atualização sobre salmonelas fatores de risco e disseminação

Atualização sobre salmonelas fatores de risco e disseminação Atualização sobre salmonelas fatores de risco e disseminação ANGELO BERCHIERI JUNIOR FCAV-Unesp, Jaboticabal-SP E-mail: berchier@fcav.unesp.br Brasília, 2014 Gênero Espécie Subespécie enterica 2.610 sorovares.

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 33/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

Exames laboratoriais específicos

Exames laboratoriais específicos Exames laboratoriais específicos para o diagnóstico de Dengue. Sônia Conceição Machado Diniz Especialista em diagnóstico laboratorial de doenças tropicais IMT/SP Responsável pelo Serviço de Virologia e

Leia mais

Carteira de VETPRADO. Hospital Veterinário 24h.

Carteira de VETPRADO. Hospital Veterinário 24h. Carteira de Carteira de VETPRADO Hospital Veterinário 24h www.vetprado.com.br Esquema de VacinaçãoGatos V5 Panleucopenia - Rinotraqueíte - Calicivirose Clamidiose - Leucemia Felina 90Dias 111Dias Raiva

Leia mais

Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Testes inespecíficos:

Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Testes inespecíficos: Vírus DNA tumorais: PAPILOMAVÍRUS HUMANO (HPV) Os vírus do papiloma humano são classificados na família Papillomaviridae, gênero Papilomavírus. São vírus envelopados, de simetria icosaédrica, com 72 capsômeros

Leia mais

EMS / AHPNS: Enfermidade Infecciosa Causada por Bactéria.

EMS / AHPNS: Enfermidade Infecciosa Causada por Bactéria. EMS / AHPNS: Enfermidade Infecciosa Causada por Bactéria. Matéria extraída da Revista The Advocate Global Aquaculture, Julho/Agosto de 2012 pág. 18 a 20. Traduzido pelo Biólogo Marcelo Lima Consultor Associação

Leia mais

IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS BIOLÓGICOS DE ACORDO COM A NR 32

IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS BIOLÓGICOS DE ACORDO COM A NR 32 IDENTIFICAÇÃO DOS RISCOS BIOLÓGICOS DE ACORDO COM A NR 32 1 PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO E CONTROLE DE AGENTES BIOLÓGICOS Objetivo: Determinar a natureza, grau e o tempo de exposição dos trabalhadores

Leia mais

Imunização ativa e passiva

Imunização ativa e passiva IMUNIZAÇÕES Imunização ativa e passiva IMUNIZAÇÕES IMUNIZAÇÃO É DEFINIDA COMO A AQUISIÇÃO DE PROTEÇÃO IMUNOLÓGICA CONTRA UMA DOENÇA INFECCIOSA. Jenner e a varíola (1798) Pasteur e o cólera (1798) IMUNIZAÇÕES

Leia mais

Trypanosoma cruzi Doença de Chagas

Trypanosoma cruzi Doença de Chagas Disciplina de Parasitologia Trypanosoma cruzi Doença de Chagas Profa. Joyce Fonteles Histórico Histórico 1908- Carlos Chagas MG encontrou o parasito no intestino de triatomíneos. 1909- descrição do primeiro

Leia mais

ALTERNATIVA A ANTIMICROBIANOS É VACINAÇÃO E HIGIENE AMBIENTAL

ALTERNATIVA A ANTIMICROBIANOS É VACINAÇÃO E HIGIENE AMBIENTAL ALTERNATIVA A ANTIMICROBIANOS É VACINAÇÃO E HIGIENE AMBIENTAL INTRODUÇÃO Os antibióticos podem ser definidos como um produto do metabolismo microbiano que é capaz de matar ou inibir o crescimento de outros

Leia mais

Herpesvírus linfotrópicos: CMV e EBV. Prof. Dr. Eurico Arruda Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP

Herpesvírus linfotrópicos: CMV e EBV. Prof. Dr. Eurico Arruda Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP Herpesvírus linfotrópicos: CMV e EBV Prof. Dr. Eurico Arruda Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP Caso Clínico Uma semana depois de uma famosa festa a fantasia, um aluno do 2º ano de medicina da

Leia mais

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIANGULO. Fitopatologia Básica. Professora : Fernanda G. Martins Maia

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIANGULO. Fitopatologia Básica. Professora : Fernanda G. Martins Maia CENTRO UNIVERSITÁRIO DO TRIANGULO Fitopatologia Básica Professora : Fernanda G. Martins Maia DIAGNOSE doenças de plantas FITOPATOLOGIA Sintomatologia Etiologia DIAGNOSE Controle Pré-requisito essencial

Leia mais

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA

COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA COES Febre Amarela CENTRO DE OPERAÇÕES DE EMERGÊNCIAS EM SAÚDE PÚBLICA SOBRE FEBRE AMARELA INFORME Nº 35/2017 MONITORAMENTO DOS CASOS E ÓBITOS DE FEBRE AMARELA NO BRASIL INÍCIO DO EVENTO: Dezembro de 2016

Leia mais

Módulo I: Processos Patológicos Gerais (108

Módulo I: Processos Patológicos Gerais (108 Semana Distribuição Esquemática das Atividades Didáticas do Curso de Medicina - UFSJ/SEDE Turn Unidades Curiculares Seg Ter Qua Qui Sex o 3 4 5 6 7 Módulo I: Processos Patológicos Gerais ( horas) Profª.

Leia mais

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo.

NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017. Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. NOTA TÉCNICA FEBRE AMARELA SESA/ES 02/2017 Assunto: Informações e procedimentos para a vigilância de Febre Amarela no Espírito Santo. Considerando a ocorrência de casos e óbitos suspeitos de Febre Amarela

Leia mais

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO Página 1 de 15 1. NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO Nobilis IB+ND+EDS, emulsão injetável 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada dose contém: Substâncias ativas:

Leia mais

MANEJO DE MATRIZES PARTE I

MANEJO DE MATRIZES PARTE I FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS DEPARTAMENTO DE ZOOTECNIA LABORATÓRIO DE CIÊNCIAS AVÍCOLAS Disciplina de Avicultura LAVINESP/FCAV MANEJO DE MATRIZES PARTE I Prof. Edney Pereira da Silva Jaboticabal

Leia mais

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO Página 1 de 14 1. NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO Nobilis Ma5 + Clone 30 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Por dose: Substâncias ativas: Vírus vivo da Bronquite

Leia mais

Ministério da Saúde Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza

Ministério da Saúde Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza Ministério da Saúde Plano Brasileiro de Preparação para uma Pandemia de Influenza Jarbas Barbosa da Silva Jr Secretário de Vigilância em Saúde Rio de Janeiro, novembro de 2005 Cenário Mundial da Influenza

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE DISCIPLINA DE VIROLOGIA BÁSICA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE DISCIPLINA DE VIROLOGIA BÁSICA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL INSTITUTO DE CIÊNCIAS BÁSICAS DA SAÚDE DISCIPLINA DE VIROLOGIA BÁSICA Fabrine Finkler Mestranda em Virologia UFRGS/IPVDF 1 Biologia Ovo: zigoto Óvulo: haplóide

Leia mais

RESULTADO TRABALHOS CIENTÍFICOS

RESULTADO TRABALHOS CIENTÍFICOS RESULTADO TRABALHOS CIENTÍFICOS Apresentação Titulo Modalidade Dia Horário INVESTIGAÇÃO DE SURTO DE ACINETOBACTER BAUMANNII EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECCIOSAS

Leia mais

ORNITOPATOLOGIA BIOSSEGURIDADE CONCEITO: VISA A PROTEÇÃO DAS AVES CONTRA AGENTES BIOLÓGICOS INFECCIOSOS OU NÃO

ORNITOPATOLOGIA BIOSSEGURIDADE CONCEITO: VISA A PROTEÇÃO DAS AVES CONTRA AGENTES BIOLÓGICOS INFECCIOSOS OU NÃO BIOSSEGURIDADE CONCEITO: VISA A PROTEÇÃO DAS AVES CONTRA AGENTES BIOLÓGICOS INFECCIOSOS OU NÃO VÍRUS BACTÉRIAS PROTOZOÁRIOS FUNGOS PARASITAS CAPAZES DE INDUZIR UMA DOENÇA INFECCIOSA EM UM LOTE DE AVES

Leia mais

MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA II

MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA II MICROBIOLOGIA E PARASITOLOGIA II MICROBIOLOGIA: Mikros (= pequeno) + Bio (= vida) + logos (= ciência) A Microbiologia é definida, como a área da ciência que dedica - se ao estudo de microrganismos. Os

Leia mais

- Tecidos e órgãos linfoides - Inflamação aguda

- Tecidos e órgãos linfoides - Inflamação aguda - Tecidos e órgãos linfoides - Inflamação aguda ÓRGÃOS LINFÓIDES ÓRGÃOS LINFÓIDES PRIMÁRIOS: - Medula óssea - Timo ÓRGÃOS LINFÓIDES SECUNDÁRIOS: - Linfonodos - Placas de Peyer - Tonsilas - Baço ÓRGÃO LINFÓIDE

Leia mais

Vacinas e Vacinação. cüéya ]xtç UxÜz 18/5/2010. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção.

Vacinas e Vacinação. cüéya ]xtç UxÜz 18/5/2010. Defesas orgânicas. Imunoprofilaxia. Imunoprofilaxia. Resistência à infecção. cüéya ]xtç UxÜz Imunologia Resposta imune Mecanismo pelo qual o organismo é capaz de reconhecer e eliminar as substâncias heterólogas. Resposta imune Substâncias heterólogas Endógena células mortas Exógena

Leia mais

MENINGITE E DOENÇA MENINGOCÓCICA. Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV

MENINGITE E DOENÇA MENINGOCÓCICA. Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV MENINGITE E DOENÇA MENINGOCÓCICA Profa. Maria Lucia Penna Disciplina de Epidemiologia IV Quais são os principais agentes da meningite? Etiologia meningites Brasil 2007-2010 (fonte: SINAN) Etiologia

Leia mais

Início no final do século XIX; Agentes infecciosos capazes de passar por filtros que retinham bactérias; Evolução técnico-científica; Nem todos

Início no final do século XIX; Agentes infecciosos capazes de passar por filtros que retinham bactérias; Evolução técnico-científica; Nem todos Início no final do século XIX; Agentes infecciosos capazes de passar por filtros que retinham bactérias; Evolução técnico-científica; Nem todos agentes filtráveis podiam ser classificados como vírus; Vírus:

Leia mais

ARTIGO TÉCNICO. Aplicação de luzes. monocromáticas. em avicultura

ARTIGO TÉCNICO. Aplicação de luzes. monocromáticas. em avicultura ARTIGO TÉCNICO 2013 Aplicação de luzes monocromáticas em avicultura A luz é um elemento ambiental que afecta o desenvolvimento dos organismos. No caso específico da avicultura, afecta o comportamento das

Leia mais

AVALIAÇÃO DE "KITS" COMERCIAIS DE TESTE ELISA PARA A DETECÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA DOENÇA DE GUMBORO EM PLANTÉIS AVÍCOLAS VACINADOS

AVALIAÇÃO DE KITS COMERCIAIS DE TESTE ELISA PARA A DETECÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA DOENÇA DE GUMBORO EM PLANTÉIS AVÍCOLAS VACINADOS 55 AVALIAÇÃO DE "KITS" COMERCIAIS DE TESTE ELISA PARA A DETECÇÃO DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA DOENÇA DE GUMBORO EM PLANTÉIS AVÍCOLAS VACINADOS E.N.C. Tessari, A.L.S.P. Cardoso, A.G.M. de Castro Centro

Leia mais