Questões Abordadas. Rotulagem ambiental 10/09/14
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- Ruth Mendes Freire
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1 Prof. Ms. Carlos William de Carvalho Questões Abordadas O que é a rotulagem ambiental? Como podem ser classificados os programas de rotulagem de acordo com a en8dade cer8ficadora? Quais são os três 8pos de rótulo ambiental? O que é a análise do ciclo de vida (ACV) do produto? Quais são as cinco etapas que compõem o ciclo de vida do produto? Segundo a norma ISO, quais são os quatro componentes da ACV? Qual é a importância das normas ISO para a ACV e os processos de rotulagem ambiental? 2 Rotulagem ambiental Rótulo ambiental ou selo verde: É uma prestação de contas sobre as caracterís8cas ambientais dos produtos e serviços. Ele aparece sob a forma de bula, manual ou símbolo impresso na própria mercadoria ou em sua embalagem. Rotulagem ambiental é a garan8a de que um determinado produto é adequado ao uso que se propõe e apresenta menor impacto ambiental em relação aos produtos do concorrente disponíveis no mercado. É u8lizada em vários países como Japão, Alemanha, Suécia, Países Baixos e Canadá, mas com formas de abordagens e obje8vos que diferem uma das outras. O selo verde tem como obje8vo informar os consumidores ou usuários sobre as caracterís8cas benéficas ao meio ambiente presentes em produtos ou serviços específicos, como biodegradabilidade, retornabilidade, uso de material reciclado, eficiência energé8ca e outras. 3 1
2 Normas ISO de rotulagem ambiental Entre os princípios mais importantes, destaca- se a ideia de transparência isto é, os rótulos devem conter informações verificáveis, relevantes e verdadeiras, somando credibilidade à imagem do selo. Tipos de programa de rotulagem Programas de primeira parte (autodeclarações) Chamamos de programas de primeira parte aqueles que são gerenciados por ins8tuições beneficiadas pela rotulagem, ou seja, organizações envolvidas na produção, no transporte ou na comercialização do produto em questão. Ex.: símbolos de reciclagem que as próprias fábricas colocam. Programas de segunda parte No caso dos programas de segunda parte, o órgão emissor do rótulo não está diretamente ligado à cadeia produ8va da mercadoria. Ex.: Associação Comercial. Programas de terceira parte As solicitações de selo ambiental dos programas de terceira parte são subme8das à análise de uma en8dade independente. Em geral, os cer8ficadores podem ser organizações governamentais ou civis. Ex.: ONG, Governo, OCC Organismo de Cer8ficação. Ex.: Selo Anjo Azul alemão. 4 Tipo de rótulo I Para tornar o rótulo I ainda mais confiável, a norma ISO confere às en8dades independentes ou de terceira parte a responsabilidade de emi8r o selo, desde que os produtos apresentem certos padrões ambientais desejáveis na sua categoria. Baseiam- se na abordagem do ciclo de vida do produto: para ganhar o rótulo, a empresa precisa provar que todas as etapas da cadeia produ8va estão de acordo com preceitos ecologicamente corretos. A ins8tuição cer8ficadora tem que ser independente. II Segundo a norma ISO 14021, os rótulos 8po II são autodeclarações, porque não contam com avaliações independentes. São cer8ficações feitas pelas partes interessadas no êxito do produto isto é, os próprios comerciantes, distribuidores ou produtores tomam a decisão de conceder o selo, dispensa a análise do ciclo de vida do produto, e o selo é emi8do mais rapidamente, atendendo a necessidades de marke8ng. O símbolo de reciclagem é o rótulo 8po II mais comum. III A norma ISO propõe o rótulo 8po III, cuja finalidade é divulgar dados ambientais do produto, inclusive a avaliação do seu ciclo de vida. A empresa não precisa cumprir metas para garan8r o selo 8po III ele é concedido independentemente de seu desempenho ambiental, diferentemente do 8po I. 5 Símbolos de reciclagem 6 2
3 10/09/14 Exemplos de rótulo ambiental Em 1992, a Agência Norte- Americana de Proteção ao Meio Ambiente (Environmental Protec4on Agency EPA) apresentou o Energy Star, programa de rotulagem voluntário para diferenciar os produtos mais eficientes do ponto de vista energé8co. Conhecida como Ence, a E4queta Nacional de Conservação de Energia é um exemplo brasileiro de rotulagem ambiental. Emi8do pelo Inmetro en8dade responsável por divulgar o desempenho dos produtos, o selo é aplicado em qualquer mercadoria, classificando sua eficiência energé8ca entre A, se for a mais eficiente, e E, se 8ver o pior desempenho. Já o selo do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) é diferente. Criado em 1993 por decreto presidencial, o rótulo é concedido pelo programa com o mesmo nome e presta contas ao Ministério de Minas e Energia. 7 Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE) ENCE 8 Selo PROCEL oi lo tip Rótu s para pena a A da ido a Emit s na faix lo uto o rótu prod ortanto ntagem a.p Ence -se uma v. u va torno competiti 9 3
4 O selo Forest Stewardship Council (FSC) ou Conselho de Manejo Florestal visa incen8var o desenvolvimento sustentável. O FSC propôs um conjunto de normas internacionais - princípios e critérios para conciliar em uma única fórmula a proteção ecológica e o desenvolvimento econômico. Para receber este selo a empresa precisa provar que suas prá8cas se encaixam nos moldes da sustentabilidade. 10 Ciclo de vida do produto Assim como a rotulagem ambiental, a Análise do Ciclo de Vida (ACV) do produto é um importante mecanismo de gestão. A grande vantagem da ACV é a sua abrangência: ela avalia os impactos ambientais da mercadoria em diferentes níveis, desde a extração da matéria- prima até o seu descarte. Análise do ciclo de vida do produto Avaliar o ciclo de vida de um produto não é tarefa fácil. Para calcular seu impacto ambiental, é indispensável quan8ficar o consumo de água, matéria- prima e energia em todos os estágios. Não se deve deixar de lado a emissão de efluentes, pois esses resíduos também afetam a natureza. 11 Ciclo de vida do produto 12 4
5 Ciclo de vida do produto A primeira etapa do ciclo diz respeito à avaliação do custo ambiental do consumo de matéria- prima. A segunda etapa da ACV também merece atenção. Afinal de contas, é durante o processo de transformação que são liberadas substâncias tóxicas no meio ambiente: o dióxido de carbono e os efluentes industriais líquidos são apenas alguns exemplos de como as fábricas podem ser nocivas para a natureza. Embora o transporte seja frequentemente ignorado quando pensamos na ACV, ele compõe uma etapa importante da cadeia produ8va. Outro estágio relevante é o uso. Por fim, o túmulo dos produtos também deve ser incluído na matemá8ca ambiental. Para ser considerado verde, o produto precisa incluir um des8no ecológico pós- u8lização. 13 Modalidades de reaproveitamento 14 Normas ISO de ACV Nas úl8mas décadas, a análise do ciclo de vida do produto atraiu a atenção da Society of Environmental Toxicology and Chemestry (Setac), ONG criada em Sua parceria com o Pnuma braço das Nações Unidas para o meio ambiente resultou em inúmeros estudos sobre a aplicação da ACV por parte de empresas e órgãos governamentais. Além de definir o objeto de estudo da ACV, a ISO propõe um processo de quatro etapas para a análise: 1) definição de obje8vos e âmbito; 2) análise de inventário; 3) análise de impacto; 4) interpretação dos resultados. 15 5
6 Normas ISO de ACV Por meio da sistema8zação das etapas da ACV, a ISO espera transformar a análise do ciclo de vida em um instrumento confiável, padronizando os conceitos e os procedimentos envolvidos no processo. Hoje em dia, a metodologia ACV traz inúmeras vantagens para a gestão empresarial. Com o auxílio da ferramenta, é possível conhecer melhor o produto, entender seus pontos fracos e aperfeiçoá- lo. 16 Etapas ACV segundo a ISO Pontos importantes O rótulo ambiental é um selo verde que pode acompanhar produtos e serviços, prestando contas sobre seu impacto ambiental. Ele aparece sob a forma de bula, manual ou símbolo impresso. Como o ecologicamente correto está em alta, muitos consumidores procuram o selo, que acaba agregando valor compe88vo às mercadorias verdes. Chamamos de programas de primeira parte aqueles que são gerenciados por ins8tuições beneficiadas pela rotulagem: em outras palavras, organizações envolvidas na produção, no transporte ou na comercialização do produto em questão. No caso dos programas de segunda parte, o órgão emissor do rótulo não está diretamente ligado à cadeia produ8va da mercadoria. Na maioria dos casos, o cer8ficador é uma associação comercial, interessada em divulgar o desempenho ecológico do setor. Ao contrário das demais, as solicitações de selo dos programas de terceira parte são subme8das à análise de uma en8dade independente: é essencial não ter vínculos de interesse com o projeto avaliado, garan8ndo a imparcialidade da análise. 18 6
7 Pontos importantes A ISO é a norma que es8pula requisitos para os rótulos 8po I. Para merecer esse selo, a empresa precisa sa8sfazer alguns critérios ligados ao ciclo de vida do produto: é necessário provar que todas as etapas da cadeia produ8va estão de acordo com preceitos ecologicamente corretos. De acordo com a norma ISO 14021, os rótulos 8po II são autodeclarações, porque não contam com avaliações independentes: os próprios comerciantes, distribuidores ou produtores tomam a decisão de conceder o selo. A norma ISO propõe o rótulo 8po III, cuja finalidade é divulgar dados ambientais do produto, inclusive a avaliação do seu ciclo de vida. No entanto, a empresa não precisa cumprir metas para garan8r o selo 8po III ele é concedido independentemente de seu desempenho ambiental. O obje8vo do rótulo é apenas facilitar a comparação entre os produtos, levando o consumidor a escolhas ecologicamente corretas. A análise do ciclo de vida do produto é um estudo sobre os impactos ambientais do produto, levando em conta todas as etapas, desde a extração de matéria- prima até a disposição final do berço ao túmulo. 19 Pontos importantes Para ser completa, a ACV precisa abranger cinco etapas: obtenção dos recursos naturais, transformação da matéria- prima em produto, transporte da mercadoria, consumo e descarte. Segundo a norma ISO, o estudo sobre o ciclo de vida do produto deve incluir pelo menos: definição de obje8vos e âmbito, análise de inventário, análise de impacto e interpretação dos resultados. A falta de padronização dos processos de rotulagem e ACV levou à formulação de diferentes métodos de avaliação, o que criava barreiras para o comércio internacional. A fim de facilitar as trocas comerciais em nível internacional, a ISO propõe a uniformização dos selos e da avaliação do ciclo de vida: o obje8vo é usar a padronização para evitar o surgimento de obstáculos comerciais. 20 7
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