Roberto Machado NIETZSCHE E A VERDADE. 3ª edição Edição revista

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1 Roberto Machado NIETZSCHE E A VERDADE 3ª edição Edição revista São Paulo / Rio de Janeiro 2017

2 Sumário Introdução 7 Esclarecimento 19 I Arte e ciência 1 A arte trágica e a apologia da aparência 23 2 Metafísica de artista e metafísica racional 43 3 Arte e instinto de conhecimento 51 II Ciência e moral 1 Conhecimento e tipos de vida 73 2 Genealogia da moral e vontade de potência 83 3 A Vontade de verdade 107 III Verdade e valor 1 A transvaloração de todos os valores O conhecimento e a perspectiva da potência As estratégias da crítica da verdade 141

3 INTRODUÇÃO A reflexão sobre a ciência, isto é, uma investigação sobre as questões afins do conhecimento, do pensamento, do intelecto, da razão, da consciência, do conceito, da verdade, encontra-se no âmago da filosofia de Friedrich Nietzsche. Tema constante de seus estudos, dos primeiros aos últimos textos, a presença dessa problemática não indica, porém, a elaboração de um conceito de ciência. Situando-se numa perspectiva tão global que, na maioria das vezes, não estabelece diferença essencial entre a racionalidade filosófica clássica e a racionalidade científica moderna, o que interessa a Nietzsche é realizar uma crítica radical do conhecimento racional como existe desde Sócrates e Platão. Se não há em Nietzsche propriamente uma questão epistemológica, se ele recusa a elaboração de uma teoria do conhecimento, é porque o problema da ciência não pode ser resolvido no âmbito da própria ciência. Em outras palavras, não tem sentido 7

4 criticar a ciência em nome ou a partir da ciência, visando a seu aperfeiçoamento, ao estabelecimento de uma verdade cada vez mais científica. A ciência, considerada pela primeira vez como problemática, suspeita, questionável, foi o problema novo, terrível e apavorante investigado por Nietzsche. Essa crítica da ciência é, fundamentalmente, uma crítica da verdade. Não no sentido de procurar estabelecer um conceito rigoroso e sistemático de verdade, de denunciar as ilusões, de superar os obstáculos à realização da racionalidade. Ponto central do ambicioso projeto de transvaloração de todos os valores, a investigação sobre a verdade é uma crítica da própria ideia de verdade considerada como valor superior, como ideal; uma crítica, portanto, ao próprio projeto epistemológico. Negando à ciência a possibilidade de ela elucidar sua própria questão, recusando a uma crítica interna do conhecimento a possibilidade de se constituir como uma verdadeira crítica, o essencial do procedimento nietzschiano consiste em articular a ciência com uma exterioridade capaz de revelar as reais dimensões e os objetivos do projeto científico; consiste em explicitar os fundamentos morais da ciência, apontando, ao mesmo tempo, a arte como modelo alternativo à racionalidade. Daí o privilégio da arte e da moral como instâncias que possibilitam o discurso 8 Roberto Machado

5 nietzschiano sobre a ciência, indicando-lhe suas duas direções principais. A oposição entre arte e conhecimento racional percorre toda a obra de Nietzsche, que valoriza a arte trágica ao combater a pretensão, característica da ciência, de instituir uma dicotomia total de valores entre a verdade e o erro. Essa antinomia é fundamental: o espírito científico que nasce na Grécia clássica com Sócrates e Platão e dá início a uma idade da razão que se estende até o mundo moderno, que Nietzsche chega a chamar de civilização socrática tem como condição a repressão da arte trágica da Grécia arcaica. Aí se encontra o modelo que lhe permite pôr em questão, ao assinalar o seu nascimento, o valor da racionalidade, ressaltando a positividade da arte como experiência trágica da vida. Colocar- -se na escola dos gregos é aprender a lição de uma civilização trágica para a qual a experiência artística é superior ao conhecimento racional, para a qual a arte tem mais valor do que a verdade. Se Sócrates e Platão significam o início de um grande processo de decadência que chega até nossos dias é porque os instintos estéticos foram desclassificados pela razão e a sabedoria instintiva, reprimida pelo saber racional. Se a tese de um antagonismo entre arte e ciência é característica do pensamento de Nietzsche, ela não mereceu, no entanto, a mesma atenção em todas as Nietzsche e a verdade 9

6 fases de sua obra. Cronologicamente, a questão da ciência e da verdade, ponto central de sua reflexão, é marcada por um deslocamento de uma análise da experiência artística considerada como única antagonista da ciência para uma análise da moral, entendida como o que dá sentido, o que dá valor ao conhecimento. Assim, enquanto a oposição entre arte e racionalidade é investigada de modo mais explícito nos escritos que compõem o primeiro período de sua obra, de 1869 a 1876, a crítica da moral se impõe como a questão mais constante a partir de Humano, demasiado humano. Pois, se a preocupação com a moral já aparece nos primeiros escritos, ela é mais assinalada do que desenvolvida, como se só progressivamente fosse sendo descoberta sua importância como fundamento da racionalidade. Por outro lado, a reflexão sobre a arte não desaparece dos últimos escritos, depois de descoberto o filão da moral. Mas, mesmo que importantes precisões sobre a noção de trágico sejam introduzidas, o tema da arte não merece mais a atenção dos primeiros textos. Isso porque a posição de Nietzsche já estava firmada desde o primeiro momento: a arte é mais importante do que a ciência. A segunda direção da reflexão nietzschiana é, portanto, o profundo parentesco entre ciência e moral. Sua ideia é clara: se há antagonismo entre 10 Roberto Machado

7 ciência e arte, há continuidade entre ciência e moral. Nietzsche suspeita justamente da independência da ciência com relação à moral, assim como da pretensa oposição entre as duas. A ciência não está isenta de juízos de valor; mais ainda: é a moral que dá valor à ciência. Uma genealogia da verdade, tal como Nietzsche a elabora nesse período, só pode ser feita no âmbito de uma genealogia da moral, posição que não implica uma teoria do conhecimento nem mesmo uma moral. A perspectiva que estabelece uma relação intrínseca entre ciência e moral é propriamente uma genealogia da vontade de potência: uma análise histórico-filosófica dos valores em que a moral, em vez de ser ponto de vista crítico para avaliar o conhecimento, é ela mesma avaliada de um ponto de vista extramoral, capaz de atingir as bases morais do projeto epistemológico. Pensando a ciência a partir de seu antagonismo com a arte e de sua continuidade com a moral, o que faz Nietzsche é avaliar o conhecimento racional e a pretensão de verdade por meio de dois fenômenos culturais profundamente heterogêneos um positivo e o outro negativo que indicam aumento ou diminuição de força, de potência. A arte expressa uma superabundância de forças: remete aos instintos fundamentais, à vontade apreciativa de potência; a moral atesta uma deficiência de forças: remete a Nietzsche e a verdade 11

8 instintos secundários, mais fracos, à vontade depreciativa de potência. Apesar das diferenças conceituais, transformações metodológicas e variações de perspectiva, a ideia de avaliar a verdade a partir da dimensão das forças é um importante invariante da filosofia de Nietzsche. Neste sentido, a crítica do niilismo e da decadência e a proposta de uma transvaloração de todos os valores implicam uma reflexão sobre a vida como criação de valor. Este livro se compõe de três partes. A primeira trata da relação entre arte e ciência. Pretendo, primeiramente, expor a noção nietzschiana de metafísica de artista estudando os dois instintos estéticos da natureza o apolíneo e o dionisíaco que estão na base da arte trágica. Trata-se sobretudo de mostrar em que sentido a filosofia da arte que Nietzsche realiza na primeira etapa de sua reflexão como aspecto positivo e normativo de sua crítica à racionalidade se estrutura através das categorias metafísicas de essência e aparência. Isto é, diferentemente de textos posteriores em que pensa a vida como aparência ou em que pretende eliminar a oposição essência aparência, nessa época, sob 12 Roberto Machado

9 a influência de Kant e Schopenhauer, sua filosofia parte das dicotomias entre aparência e essência, fenômeno e coisa em si, representação e vontade para estudar a relação entre beleza e verdade e, por conseguinte, entre o apolíneo e o dionisíaco. Pretendo assim mostrar que, embora o pensamento filosófico de Nietzsche nessa época se utilize da oposição metafísica essência aparência, sua grande singularidade é fazer uma apologia da aparência como necessária à vida e única via de acesso à essência: uma apologia, portanto, da arte. Estudarei, em segundo lugar, a antinomia entre metafísica racional e metafísica de artista, ou em que sentido o racionalismo estético socrático é o marco que assinala a morte da arte trágica. Análise do aparecimento das categorias de razão, consciência, crítica, clareza do saber como princípios que devem nortear e avaliar a criação artística; análise da oposição entre instinto estético e instinto racional, entre a força da arte e a força do conhecimento, considerados como matrizes de dois diferentes tipos de saber; análise da questão da verdade nas perspectivas da metafísica de artista e da metafísica socrática a partir da relação entre essência e aparência. Mostrarei, finalmente, como a crítica à verdade científica já se faz nos textos imediatamente posteriores a O nascimento da tragédia sem referência ao Nietzsche e a verdade 13

10 projeto de uma metafísica de artista. Nesse momento, o fundamental da análise passa a ser a crítica ao instinto ilimitado de conhecimento pela explicação de sua gênese que já detecta seu solo moral e pela afirmação da relatividade do conhecimento, de seu antropomorfismo, de sua força dominante de ilusão. E isso conduzirá à apologia da arte e da filosofia trágicas como forças capazes de controlar o instinto de conhecimento e instaurar um tipo de vida e de conhecimento determinado por valores artísticos. A segunda parte trata da relação entre ciência e moral tal como foi formulada sobretudo a partir de Assim falou Zaratustra. Pretendo, em primeiro lugar, mostrar como a questão da ciência, que continua fundamentalmente centrada no tema da verdade, não pode ser elucidada através de uma análise interna da própria ciência, mas remete necessariamente a uma genealogia da moral: não uma teoria moral, mas uma teoria da vontade de potência em que a vida é considerada princípio último de avaliação tanto do conhecimento quanto da moral. Em seguida, analisarei o projeto de constituição de uma genealogia da moral que investiga o nascimento e o valor da moral judaico-cristã, expondo as três figuras fundamentais que possibilitam inclusive definir o niilismo: o ressentimento, a má consciência e o ideal ascético. A análise histórico-filosófica da 14 Roberto Machado

11 moral também remete à vida entendida como força, como potência, ou vontade de potência, que lhe serve de fundamento. E o que se revela, então, é a grande antinomia entre moral e vida: a moral, como manifestação da fraqueza e insurreição contra a vontade afirmativa de potência, é uma negação da vida, um combate contra seus valores mais fundamentais. Para compreender como a genealogia da moral é o fundamento de uma genealogia da verdade, o elemento-chave da argumentação é o conceito de vontade de verdade. A articulação entre ordem epistemológica e ordem moral, ou o estabelecimento das condições de possibilidade morais da ciência, realiza-se pela relação entre vontade de verdade e vontade de potência. A vontade de verdade, a crença de que nada é mais necessário do que o verdadeiro, de que o verdadeiro é superior ao falso, de que a verdade é um valor superior crença que funda a ciência e constitui a essência da moral e da metafísica, é a expressão de uma vontade negativa de potência. Se a ciência não se opõe ao niilismo moral e deve até mesmo ser considerada sua forma mais recente e mais bem elaborada é porque a vontade de verdade que a caracteriza se encontra no âmago do ideal ascético. A terceira parte do livro trata da relação entre verdade e valor, situando a posição central que a Nietzsche e a verdade 15

12 questão da verdade ocupa no projeto de transvaloração de todos os valores. Com esse objetivo, pretendo, em primeiro lugar, analisar como toda a filosofia de Nietzsche é uma filosofia do valor, no sentido de uma crítica radical dos valores dominantes na sociedade moderna, e uma proposta de transformação do próprio princípio de avaliação de onde derivam os valores. Se a criação de valores superiores porque não existe valor em si, todo valor é criado é expressão do tipo negativo de vontade de potência, a vontade afirmativa de potência é o princípio de uma nova instituição de valores. A questão do valor, e da verdade como valor, remete portanto à avaliação, e esta, à vontade de potência. Aprofundarei, em seguida, essa condição básica da transvaloração de todos os valores assinalando a importância que, na filosofia de Nietzsche, têm os instintos, os impulsos considerados como um conjunto de forças, inconscientes e qualitativamente diferentes, em luta. A fisiologia da potência é uma concepção do corpo como sede de um conjunto de instintos em relação que funciona como uma crítica das definições do homem pela consciência ou pela razão o niilismo é a subordinação dos instintos fundamentais à consciência, à razão, e explica como e por que uma teoria do conhecimento é substituída por uma teoria da perspectiva dos instintos que 16 Roberto Machado

13 considera o conhecimento como expressão dessa pluralidade de forças em luta. Voltarei, finalmente, à problemática da verdade para assinalar a inflexão que sofre a trajetória histórica da reflexão nietzschiana de uma metafísica de artista para uma genealogia dos valores. Mas sobretudo para detectar, na análise genealógica, a coexistência pois não se trata de evolução de diferentes perspectivas estratégicas sobre a verdade: denúncia da verdade como mentira e reivindicação da aparência como única realidade, o que é, sem dúvida, um procedimento de inversão da metafísica; superação da oposição metafísica de valores, que é a última e mais radical palavra de Nietzsche. Criticando a oposição de valores que está na origem da metafísica, da moral, da ciência e propondo a arte trágica, dionisíaca, como única força capaz de se opor ao niilismo, à negação da vida, uma das grandes criações da filosofia de Nietzsche é a exigência de uma perspectiva para além de bem e mal e de verdade e erro. Nietzsche e a verdade 17

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