PLANO DE MELHORIA (2013/2016)
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- Ayrton Affonso Gama
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1 PLANO DE MELHORIA (2013/2016)
2 Introdução O Agrupamento de Escolas de Lordelo foi avaliado no âmbito da avaliação externa das escolas , tendo obtido a classificação de BOM em todos os domínios (resultados, prestação de serviço educativo e liderança e gestão). O relatório produzido pela equipa inspetiva aponta como pontos fortes no desempenho do agrupamento: a) o desenvolvimento de iniciativas promotoras de competências pessoais e sociais nas crianças e alunos; b) as dinâmicas educativas implementadas que contribuem para o desenvolvimento cultural da comunidade local e a adequação da oferta educativa às suas características; c) a continuidade das equipas pedagógicas, facilitadora da implementação de estratégias de diferenciação pedagógica; d) o trabalho cooperativo entre docentes na uniformização dos critérios de avaliação e nas formas de supervisão da sua operacionalização; e) o combate ao abandono e desistência escolares através de ações concertadas, articuladas e eficazes; f) a clareza da visão estratégica do Agrupamento com efeitos na mobilização da comunidade educativa; g) a gestão criteriosa dos recursos com vista a estimular desempenhos eficientes dos diversos intervenientes na vida escolar. A mesma equipa inspetiva identificou as áreas onde o Agrupamento deverá incidir prioritariamente os seus esforços para a melhoria: a) a consolidação das medidas que visam o acompanhamento dos alunos nos espaços escolares com vista a diminuir os seus comportamentos perturbadores; b) as práticas de articulação vertical do currículo em ordem a diminuir a clivagem de transição entre ciclos de ensino; c) a consubstanciação de metodologias ativas que visem a inovação nas práticas pedagógicas; d) o acompanhamento e a supervisão da prática letiva, enquanto estratégias de desenvolvimento profissional dos docentes; e) o aprofundamento do processo de autoavaliação do Agrupamento com vista a uma maior monitorização da eficácia das estratégias implementadas. No seguimento destes resultados, o Agrupamento apresenta um plano de melhoria que consagra um conjunto de ações a realizar durante o próximo triénio com vista ao desenvolvimento dos objetivos preconizados no seu processo educativo e a melhoria nas áreas identificadas na avaliação externa como merecedoras de prioridade. 2
3 Objetivos gerais 1. Melhorar o desempenho do Agrupamento na operacionalização do seu projeto educativo, de forma a fomentar o sucesso educativo e manutenção das baixas taxas de abandono escolar, oferecendo uma real igualdade de oportunidades. 2. Promover o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, fomentando a participação cívica, consciente e responsável, na melhoria dos comportamentos pessoais e sociais. 3. Assegurar a todos os alunos opções adequadas e diversificadas ao seu perfil, através de percursos diferenciados e orientados quer para o prosseguimento de estudos, quer para a inserção no mercado de trabalho. 4. Consolidar mecanismos de articulação pedagógica e curricular horizontal e vertical. 5. Fomentar o envolvimento dos pais/encarregados de educação no processo educativo dos seus educandos. 6. Promover a utilização de metodologias ativas como forma de potenciar a inovação nas práticas pedagógicas. 7. Consolidar os processos de autoavaliação do Agrupamento. Plano de ação Ação 1. Criação de um plano de articulação curricular horizontal e vertical O agrupamento propõe-se desenvolver um plano de articulação curricular vertical e horizontal estruturado ao longo do ano letivo em 3 momentos distintos. O primeiro momento, destinado à articulação curricular vertical, corresponderá ao levantamento de temas/conteúdos estruturantes numa lógica de ciclo e níveis de ensino. O segundo momento concretizar-se-á com a articulação entre ciclos, através de reuniões entre docentes: - da educação pré-escolar / do 1º ciclo que lecionam o 1º ano de escolaridade; - do 1º ciclo que lecionam o2º, 3º e 4º anos de escolaridade / equipa com representantes das disciplinas de Português e Matemática do 2º ciclo; O terceiro momento destina-se à articulação curricular horizontal e corresponderá à identificação de conteúdos estruturantes comuns entre diferentes disciplinas. Assim, a articulação será efetuada entre disciplinas do mesmo departamento e entre disciplinas de departamentos diferentes. Dessa articulação deverá ainda resultar a definição de estratégias comuns de atuação e trabalho. 3
4 O anexo um sistematiza o trabalho a desenvolver no âmbito da articulação curricular vertical e horizontal. Ação 2. Definição de critérios comuns de avaliação e progressão/retenção O Agrupamento propõe-se definir critérios gerais de avaliação comuns a todos os grupos disciplinares em todos os ciclos e níveis de ensino, bem como uniformizar as ponderações dos domínios dos conhecimentos / competências e das atitudes / valores. Para além disso, deverá ser introduzido o critério Desempenho na Língua Portuguesa como obrigatório em todas as disciplinas. Ação 3. Criação da oferta curricular de Educação para a Cidadania A Educação para a Cidadania constitui uma prioridade do Agrupamento por forma a fomentar o desenvolvimento de valores de cidadania ativa e a participação crítica e responsável dos alunos na vida escolar, bem como na construção e o desenvolvimento dos seus projetos de vida. Deste modo, propõe-se a criação da área de Educação para a Cidadania, do 5º ao 9º anos de escolaridade, com a carga letiva semanal de 45 minutos. Esta área terá um programa curricular próprio definido por uma equipa e com aprovação do conselho pedagógico. Ação 4. Diversificação da oferta formativa A diversificação da oferta formativa, através da criação de cursos vocacionais, cursos de educação e formação de jovens e cursos profissionais, é uma prioridade do Agrupamento. Esta ação visa dar resposta ao elevado número de alunos que revelam repetido insucesso e/ou em risco de abandono escolar. Ação 5. Desenvolvimento de um plano de apoio pedagógico Face ao insucesso escolar e tendência para aumento do abandono escolar, o Agrupamento propõe-se desenvolver um plano de apoio pedagógico alicerçado em quatro modalidades: a) coadjuvação esta modalidade de apoio será implementada nas disciplinas de português, matemática e inglês, sendo a carga horária distribuída em função das necessidades da turma; b) programas de tutoria esta modalidade destina-se aos alunos do 5º, 6º e 7º anos de escolaridade em risco de abandono e/ou com dificuldades de aprendizagem, sinalizados pelo Conselho de Turma; c) apoio educativo destina-se aos alunos do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário que revelem dificuldades de aprendizagem em qualquer altura do ano letivo, por proposta do professor da disciplina; d) apoio suplementar após o término do ano letivo destina-se às disciplinas sujeitas a provas finais de ciclo. Ação 6. Potenciação de metodologias ativas nos processos de ensino e aprendizagem Como forma de potenciar a inovação nas práticas pedagógicas, o Agrupamento propõe-se: 4
5 a) Reforço do ensino experimental Esta ação visa melhorar os resultados ao nível das Ciências Experimentais e aumentar os níveis de literacia científica. Este reforço deverá ser concretizado pela realização de atividades experimentais / laboratoriais pelos professores titulares de turma e grupos disciplinares de Ciências Naturais / Biologia e de Físico-Química, traduzido num plano de articulação vertical entre ciclos a elaborar no início do ano letivo. b) Aquisição de recursos pedagógicos / didáticos potenciadores da inovação das práticas pedagógicas No último triénio, o Agrupamento efetuou um investimento considerável nos laboratórios de Ciências Naturais / Biologia e Física e Química. No entanto, os equipamentos e materiais laboratoriais são ainda insuficientes, pelo que se propõe a continuação da aposta no seu apetrechamento. Constata-se, ainda, que o laboratório de Ciências Naturais (2º ciclo) dispõe de condições muito precárias, pelo que se propõe a aquisição de materiais / equipamentos laboratoriais destinados a este ciclo. c) Criação de áreas virtuais de partilha de recursos entre professores e alunos através da plataforma moodle Esta ação visa potenciar a inovação nas práticas pedagógicas através da disponibilização de recursos (powerpoint, fichas de trabalho, fichas de informação, exercícios, etc.) em formato digital entre professor / alunos bem como esclarecimento de dúvidas via . Ação 7. Consolidação do funcionamento dos serviços de psicologia e orientação O funcionamento dos serviços de psicologia e orientação é considerado como determinante para promover a melhoria das condições de aprendizagem e de combate ao insucesso escolar, característicos desta área geográfica, e fomentar o apoio às famílias proporcionando o desenvolvimento de competências parentais. Nos últimos três anos letivos, foi atribuído um lugar de psicólogo ao agrupamento. Os serviços de psicologia e orientação (SPO) do Agrupamento não dispõem de um local próprio para funcionamento e os materiais / meios de diagnóstico, avaliação e intervenção são insuficientes. Assim, o Agrupamento propõe-se recorrer a receitas geradas autonomamente para ultrapassar estes constrangimentos, nomeadamente através da: a) criação de um espaço próprio para funcionamento do SPO; b) apetrechamento do SPO com materiais / recursos de diagnóstico, avaliação e intervenção psicológica. Ação 8. Consolidação da ação do gabinete de intervenção disciplinar O Agrupamento criou o gabinete de intervenção disciplinar (GID) no ano letivo Esta experiência resultou numa diminuição considerável dos casos de indisciplina em sala de aula e numa melhoraria substancial do clima social nos espaços escolares. Assim, torna-se necessário continuar esta experiência e consolidar o funcionamento do GID. 5
6 Ação 9. Estabelecimento de parcerias com entidades locais O estabelecimento de parcerias com entidades locais constitui-se como uma mais valia para o Agrupamento, permitindo obter recursos importantes quer ao nível do combate ao abandono e insucesso escolares, quer ao nível da realização de estágios no âmbito das ofertas formativas vocacionais e profissionais. A continuidade da parceria entre o Agrupamento e a Associação Paredes Pela Inclusão Social (APPIS) assume particular relevância. Esta parceria permitirá assegurar os serviços de uma educadora social para apoio aos alunos com baixo sucesso escolar e/ou risco de abandono. Ação 10. Adequação ao nível dos horários O insucesso escolar é muito preocupante no 3º ciclo. Assim, considera-se fundamental promover condições que favoreçam o aumento da concentração dos alunos em sala de aula e a disponibilidade de tempo para o estudo em casa. Por forma, a proporcionar essas condições, o turno de lecionação dos 7º e 8º anos de escolaridade e das turmas com percurso vocacional deverá decorrer prioritariamente no período da manhã. De igual modo, se propõe a lecionação das disciplinas de Português e de Matemática, do 9º ano de escolaridade, no período da manhã. Ação 11. Reestruturação dos serviços técnico pedagógicos O Agrupamento dispõe de diversos serviços técnicos e pedagógicos, pelo que a sua articulação interna e com outras estruturas pedagógicas, requer uma particular atenção. Assim, propõe-se a constituição de um novo departamento (departamento da educação especial e do apoio educativo), com representação em Conselho Pedagógico, que agregue os seguintes serviços: docentes da educação especial, docentes do apoio educativo do 1.º ciclo do ensino básico, serviços de psicologia e orientação (SPO), e educadora social (parceria com a APPIS Associação Paredes pela Inclusão Social). Ação 12. Contrato de autonomia O Agrupamento reconhece a necessidade de desenvolver e reforçar a sua autonomia, com vista a melhorar as condições de realização do serviço de educação que presta à comunidade local. Assim, o Agrupamento propõe-se manifestar o seu interesse em celebrar com o Ministério da Educação e Ciência um contrato de autonomia. Neste contexto, o contrato de autonomia surge como um instrumento valorativo da imagem social do Agrupamento e do trabalho nele desenvolvido. Ação 13. Consolidação da autoavaliação O desenvolvimento de uma cultura de autoavaliação é uma prioridade do Agrupamento. Nos últimos anos foi constituída uma equipa de autoavaliação do Agrupamento cuja ação se centrou na avaliação periódica de indicadores relevantes relativos à melhoria das aprendizagens e combate ao abandono escolar. Constituem indicadores anuais utilizados pelo Agrupamento, os seguintes: a) taxa de sucesso por disciplina e ano de escolaridade; b) taxa de transição por ano de escolaridade e ciclo; c) taxa de sucesso na avaliação externa (provas finais de ciclo); 6
7 d) taxa de abandono escolar efetivo (definida como o nº de alunos não avaliados por falta de comparência às aulas sobre o total de alunos); e) taxa de exclusão por faltas (definida como o nº de alunos que, tendo comparecido às aulas, ficaram retidos por excesso de faltas sobre o total de alunos); f) Taxa de conclusão de curso. Foi, ainda, ensaiada uma metodologia de inquérito à comunidade escolar, devendo esta prática ser reforçada durante o próximo triénio. Finalmente, os relatórios da equipa de autoavaliação deverão ser analisados nos diversos departamentos, potenciando o envolvimento e participação destas estruturas. Ação 14. Implementação de mecanismos de supervisão Como estratégias de monitorização, o Agrupamento propõe-se: 1. adotar grelhas de avaliação comuns por disciplina supervisionadas pelo coordenador de departamento e pelo diretor de turma; 2. efetuar a supervisão a nível documental (fichas de avaliação diagnósticas, formativas e sumativas, planificações, critérios de avaliação e materiais pedagógicos), nomeadamente, através da criação de dossiês digitais, por departamento; 3. dar continuidade à experiência piloto ensaiada no ano letivo 2012/2013 relativa à construção de planos de turma em plataforma digital. A supervisão dos planos de turma será efetuada pelos coordenadores dos diretores de turma; 4. supervisão, trimestralmente, pelo coordenador de departamento da educação pré-escolar e pelo coordenador dos professores titulares de turma do 1º ciclo aos respetivos planos das turmas; Avaliação do plano de melhoria As ações a desenvolver serão alvo de avaliação numa perspetiva de monitorização do projeto e eventuais reajustes à sua formulação. Assim, a equipa de avaliação interna desempenhará um papel preponderante na supervisão deste plano de melhoria. A sua ação será consubstanciada mediante uma análise anual de acordo com os indicadores definidos anteriormente. Considerações finais O plano apresentado tem como finalidade otimizar o desempenho do Agrupamento nos diversos domínios da sua intervenção. Deverá, pois, ser entendido como um plano de mudança de médio prazo (triénio ) orientado para potenciar o desempenho académico dos alunos e a qualidade dos seus resultados escolares. A melhoria requer a mobilização de todos os atores implicados no processo educativo (alunos, pais/ encarregados de educação, pessoal docente e não docente e entidades locais) numa perspetiva de corresponsabilização. Assim, o envolvimento e a participação de todos estes agentes será fundamental para alcançar os objetivos enunciados. 7
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