COMPOSIÇÃO DE ALGUNS VINHOS ORGÂNICOS PRODUZIDOS EM VIDEIRA -SC

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "COMPOSIÇÃO DE ALGUNS VINHOS ORGÂNICOS PRODUZIDOS EM VIDEIRA -SC"

Transcrição

1 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE BENTO GONÇALVES - IFRS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM VITICULTURA E ENOLOGIA COMPOSIÇÃO DE ALGUNS VINHOS ORGÂNICOS PRODUZIDOS EM VIDEIRA -SC ROBERTA DUARTE AVILA VIEIRA Bento Gonçalves Novembro de 2010

2 2 MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE BENTO GONÇALVES - RS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM VITICULTURA E ENOLOGIA COMPOSIÇÃO DE ALGUNS VINHOS ORGÂNICOS PRODUZIDOS EM VIDEIRA -SC ROBERTA DUARTE AVILA VIEIRA Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial da obtenção do grau de Tecnólogo em Viticultura e Enologia, pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul Campus Bento Gonçalves. Orientadora: Prof a. Dr a. Simone Rossato Co-orientador: MSc. Remi N. Dambrós Bento Gonçalves Novembro de 2010

3 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a DEUS pela presença constante em minha vida. Agradeço aos meus amores Junior e Carlos Augusto, pela paciência e carinho. Agradeço a minha família pelo apoio e colaboração. Agradeço aos meus professores do IFRS em especial a orientadora Simone, pela amizade e orientação. Agradeço as amigas Ângela, Carol e Silvia pela amizade e convivência. Agradeço a Epagri, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina, em especial ao pesquisador Remi, pela oportunidade e apoio, e as laboratoristas Silvana e Patrícia pela colaboração e comprometimento. Agradeço aos colegas da Cidasc, Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina pela compreensão. Obrigada!

4 4 LISTA FIGURAS Figura 1. Estrutura básica dos compostos fenólicos...11 Figura 2. Biossíntese dos compostos fenólicos...13 Figura 3. Esquema da biossíntese de compostos fenólicos a partir da fenilalanina...14 Figura 4. Estrutura dos principais ácidos benzóicos...17 Figura 5. Estrutura dos principais ácidos cinâmicos...17 Figura 6. Estrutura dos principais flavonóis...18 Figura 7. Estrutura dos principais compostos antocianídicos...20 Figura 8. Estrutura de alguns flavonóis Figura 9. Amostras de vinhos analisadas...24 Figura 10. Curva de calibração para polifenóis totais de ácido gálico...28 Figura 11. Médias de polifenóis (mg/l) dos vinhos tintos elaborados na região de Videira- SC, safra Figura 12. Médias de polifenóis (mg/l) dos vinhos brancos elaborados na região de Videira- SC, safra Figura 13. Curva de DPPH para atividade antioxidante...30 Figura 14. Correlação de polifenóis totais e atividade antioxidantes dos vinhos analisados...30

5 5 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Caracterização físico-química dos vinhos tintos elaborados em Videira/SC, Tabela 2. Caracterização físico-química dos vinhos brancos elaborados em Videira/SC, Tabela 3. Médias dos parâmetros avaliados na análise sensorial dos vinhos tintos elaborados emvideira/sc, Tabela 4. Médias dos parâmetros avaliados na análise sensorial dos vinhos brancos elaborados em Videira/SC,

6 6 SUMÁRIO 1INTRODUÇÃO CULTIVARES CARACTERÍSTICAS DO VALE DO RIO DO PEIXE PRODUÇÃO ORGÂNICA DA UVA E DO VINHO DADOS CLIMÁTICOS SAFRA COMPOSTOS FENÓLICOS BIOSSÍTESE DOS COMPOSTOS FENÓLICOS CARACTERÍSTICAS ESTRUTURAIS DOS COMPOSTOS FENÓLICOS Compostos Não- Flavonóides Compostos Flavonóides COMPOSTOS FENÓLICOSNOS VINHOS ATIVIDADE ANTIOXIDANTE MATERIAL E MÉTODOS Material Métodos de análises RESULTADOS E DISCUSSÃO CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO...38

7 7 1 INTRODUÇÃO Os compostos fenólicos possuem grande importância em enologia uma vez que estão relacionados, direta ou indiretamente com a qualidade dos vinhos. São eles os responsáveis pela cor, corpo e adstringência dos vinhos, diferenciando tintos de brancos (CABRITA et al., 2003). Essas diferenças se devem, em grande parte, à concentração e composição fenólica, principalmente nos vinhos tintos (ZOECKLEIN et al., 1995), os quais são ainda, em sua maioria, potentes antioxidantes devido a sua estrutura química (RIBÉRAU - GAYON et al., 2002). Entre as frutas, a uva é uma das maiores fontes de compostos fenólicos, porém a grande diversidade entre as cultivares resulta em uvas e vinhos com diferentes características, tanto de sabor quanto de coloração, o que certamente está associado com o conteúdo e o perfil dos compostos fenólicos (ABE et al., 2007). Assim, desde o vinhedo até a elaboração e envelhecimento dos vinhos de qualidade, deve-se considerar o controle dos compostos fenólicos (ZOECKLEIN et al., 1995), pois os mesmos podem influenciar na qualidade final do produto. Este trabalho teve como objetivo a avaliação dos compostos fenólicos, da atividade antioxidante e das características sensoriais de vinhos elaborados com as cultivares Isabel Precoce, Bordô, Rúbea, Niágara Branca e Martha, para a caracterização dos produtos. 2 CULTIVARES

8 8 Isabel Precoce Clone da cultivar Isabel, decorrente de mutação somática e selecionado em 1993 num vinhedo comercial situado no município de Farroupilha. Apresenta as características gerais da tradicional cultivar Isabel, entretanto, tem a maturação antecipada em 35 dias. Foi avaliada na Embrapa Uva e Vinho e a partir do ano 2000 começou a ser difundida como alternativa para a ampliação do período de produção e processamento de uvas para vinhos tintos de mesa e suco de uva. As condições para cultivo de Isabel Precoce são as mesmas da cultivar Isabel (EMBRAPA, 2003). Bordô Cultivar de Vitis labrusca, muito rústica e bastante produtiva. É muito disputada entre os vinicultores devido ao elevado teor de matéria corante do vinho, usado em cortes com os vinhos pouco coloridos de Isabel. Da mesma forma, também é disputada pela indústria de suco com o mesmo objetivo, de corrigir a coloração de sucos elaborados com Isabel e Concord (EMBRAPA, 2003). Rúbea Oriunda de um cruzamento entre Niágara Rosada e Bordô, esta cultivar foi lançada pela Embrapa Uva e Vinho em 1998, especialmente recomendada como melhoradora do suco de uva brasileiro. Apresenta intensa cor violácea e aroma e sabor de alta qualidade para suco de uva. Também pode ser usada para a elaboração de vinho tinto para corte com vinhos pouco coloridos de Isabel (EMBRAPA, 2003). Niágara Branca

9 9 A Niágara Branca é a principal uva americana utilizada para a produção de vinho de mesa. É muito apreciada pelos consumidores devido ao intenso aroma e sabor aframboesado do vinho. Além de expressiva área cultivada nas principais regiões produtoras do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, a Niágara Branca encontra-se difusa em pequenas áreas em várias partes do sul do Brasil, onde, além de ser utilizada para a elaboração de vinhos caseiros, também é usada para consumo in natura (EMBRAPA, 2003). Martha Cultivar também conhecida como Casca Dura, originária do Nordeste dos USA, por seleção natural. Uva de boa resistência a doenças e pragas, boa adaptação ao sistema orgânico, de coloração e estrutura interessante. Origina um vinho frutado, de aromas e sabor característicos, bastante apreciado pelos consumidores. 3 CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO VITIVINÍCOLA DO VALE DO RIO DO PEIXE A cidade de Videira está situada no Vale do Rio do Peixe, localizado no Estado de Santa Catarina, latitude de 27ºS, longitude 51ºW e altitude m. Esta região apresenta como indicadores climáticos médios 1.800mm de precipitação anual, temperatura 17,1ºC e umidade relativa do ar de 80%. A viticultura ocupa cerca de hectares. Apresenta grande similaridade com a Região da Serra Gaúcha quanto à estrutura fundiária, topografia e tipo de exploração vitícola, baseada no uso da mão-de-obra familiar e voltada à produção de uvas, em sua maioria, para a elaboração de vinho de mesa e suco de uva. A cultivar Isabel ocupa cerca de 75% da àrea de vinhedos, seguida por outras cultivares de Vitis labrusca e híbridas interespecíficas como Niágara Branca, Niágara Rosada, Ives e Couderc 13. Predomina o sistema de condução em latada e a densidade de plantio situa-se entre a plantas por hectare (IBRAVIN, 2009). Assim a vitivinicultura representa uma atividade econômica relevante para o município de Videira, sendo produzida principalmente pela agricultura familiar, com

10 10 beneficiamento total ou parcial da uva na propriedade, sendo a atividade um componente sócio cultural forte, geradora de renda e muitas vezes determinante na permanência da família no meio rural. 4 PRODUÇÃO ORGÂNICA DA UVA E DO VINHO A agricultura orgânica procura propiciar uma alimentação mais saudável, preservando as características naturais e organolépticas dos alimentos através do desenvolvimento de técnicas de cunho biotecnológico, de forma a substituir adubos solúveis e agrotóxicos por sistemas de adubação orgânica, com adubação verde e húmus de minhoca e adubações foliares orgânicas (BELLÓ-MURARO, 1998). A viticultura orgânica é a produção de uvas utilizando somente insumos pouco solúveis e de origem orgânica, obtidos na natureza. Assim não se empregam nem adubos industriais nem agroquímicos para controle de moléstias (GIOVANNINI, 2001). O vinho orgânico pode ser definido como o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar, de forma equilibrada, o solo e demais recursos naturais (água, vegetais, animais, insetos) conservando-os em longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos, somado a não utilização de conservantes na sua elaboração (CELENTANO, 2010). No inicio da vitivinicultura da região do Vale do Rio do Peixe, os produtores obtinham boas produções pela fertilidade natural do solo, eco-sistema ainda em equilíbrio, e facilidade em controlar doenças simplesmente utilizando calda bordaleza. Com o passar dos anos, devido à pressão do meio, da disseminação de doenças e pragas, aliado ao desequilíbrio ambiental, tornou-se necessário cada vez mais o uso de agroquímicos, para se obter maiores produções. Para piorar o quadro degenerativo, aumentou o declínio e mortandade de plantas adultas e jovens, evidenciando a necessidade da retomada de ações que busquem a sanidade do sistema. Diante deste cenário a produção orgânica da uva e do vinho surge como ferramenta fundamental para a sustentabilidade da vitivinicultura na região.

11 11 5 DADOS CLIMÁTICOS DA SAFRA O ciclo 2009/2010 apresentou temperaturas médias de 24ºC, ainda períodos de temperaturas acima da média, porém o regime de chuvas excessivo provocou a redução dos sólidos solúveis da uva, o aparecimento de podridões da uva madura e o ataque de pragas, aumentando a incidência de outras doenças e comprometendo o estado sanitário da fruta. 6 COMPOSTOS FENÓLICOS Os compostos fenólicos são constituintes fundamentais dos vegetais presentes principalmente em plantas, raízes e frutas, onde sua natureza química apresenta-se diversificada e representada por várias centenas de estruturas químicas (GUERRA, 2001). Estes compostos estão subdivididos em dois grandes grupos em razão da similaridade de suas cadeias de átomos de carbono: não-flavonóides e flavonóides (BONAGA et al, 1990 apud VACCARI et al, 2009). Caracterizam-se por apresentar um núcleo benzênico, agrupado a um ou vários grupos hidroxilas (FLANZY, 2000) (Figura 1). Figura 1. Estrutura básica dos compostos fenólicos. Fonte: BONA-SARTOR, 2009 As características ambientais sob as quais decorre o desenvolvimento dos frutos e os processos de elaboração e envelhecimento do vinho têm grande influência na quantidade dos compostos fenólicos, porém a natureza e as percentagens relativas destas substâncias

12 12 obedecem a um determinante genético que as torna mais ou menos constantes (CALO et al., 1994 apud CABRITA et al., 2003). 6.1 Biossíntese dos compostos fenólicos Os compostos fenólicos são metabólitos secundários sintetizados por plantas durante o seu desenvolvimento normal, e em resposta a condições de estresse tais como ferimentos, infecções, radiação ultravioleta (UV) entre outras. Na uva estes compostos possuem grande importância devido à sua influência direta ou indireta sobre a qualidade do vinho elaborado, pois atuam na formação da cor e em grande parte das sensações gustativas (GUERRA, 2001; JACKSON, 2008 apud BONA-SARTOR, 2009). De acordo com Taiz e Zeiger(2004), os compostos fenólicos são biossintetizados por meio de diferentes rotas, razão pela qual constituem um grupo bastante heterogêneo do ponto de vista metabólico. Assim, duas rotas metabólicas básicas estão envolvidas na síntese dos compostos fenólicos : a rota do ácido chiquímico e a rota do ácido malônico (Figura 2).

13 resultantedaglicólise 13 Eritrose-4-fosfato resultanteda rota da pentose fosfato Ácidofosfoenolpirúvico Rota do ácido chiquímico Fenilalanina C6 C 3 Acetil-CoA Ácido gálico Ácido cinâmico C6 C 3 Rota do ácido malônico Taninos Hidrolisáveis Fenóis simples Flavonóides C6 C 3 C6 C 1 C6 C 3 C6 Lignina Taninos Condensados C6 C 3 n C6 C 3 C6 n Compostos fenólicos variados Figura 2. Biossíntese dos compostos fenólicos. Fonte: TAIZ; ZEIGER, A rota do ácido chiquímico participa na biossíntese da maioria dos fenóis vegetais. A rota do ácido malônico, embora seja uma rota importante de produtos secundários fenólicos em fungos e bactérias, é menos significativa em plantas superiores (TAIZ; ZEIGER, 2004). Segundo o mesmo autor, a rota do ácido chiquímico converte precursores de carboidratos derivados da glicólise e da rota da pentose fosfato em aminoácidos aromáticos. A classe mais abundante de compostos fenólicos secundários em plantas é derivada da fenilalanina, por meio da eliminação de uma molécula de amônia para formar o ácido cinâmico (Figura 3). Essa reação é catalisada pela fenilalanina amoniliase (PAL), situada em um ponto de ramificação entre os metabolismos primários e secundários, de forma que a reação que ela catalisa é uma etapa reguladora importante na formação de muitos compostos fenólicos. A atividade da PAL é aumentada por fatores ambientais, tais como baixos níveis de nutrientes, luz e infecção por fungos. O ponto de controle parece estar no início da transcrição. A invasão de fungos, por exemplo, desencadeia a transcrição do RNA mensageiro que codifica a PAL, aumentando a quantidade de PAL na planta, o que então estimula a síntese de compostos fenólicos (TAIZ; ZEIGER, 2004).

14 14 CO NH 2 Fenilalanina PAL NH3 CO Derivados do ácido benzóico Ácido trans-cinâmico HO Ácido p-cumárico CO Ácido cafeico e outros fenilpropanóides simples Cumarinas COSCoA Precursores de lignina HO p-cumaril-coa 3 moléculas de malonil-coa Chalcona sintase HO Chalconas O O Flavonas O O O Isoflavona Flavanonas O O O O O Di-hidroflavonóis O Flavonóis Figura 3. Esquema da biossíntese de compostos fenólicos a partir da fenilalanina. Fonte: TAIZ; ZEIGER, 2004.

15 15 HO O O Di-hidroflavonóis HO O + O Antocianinas açúcar HO O HO O HO O Tanino condensado Figura 3 (continuação): Esquema da Biossíntese de Compostos Fenólicos a partir da Fenilalanina. Fonte: TAIZ; ZEIGER (2004).

16 Características estruturais dos compostos fenólicos Os principais compostos fenólicos presentes na uva e no vinho são os não- flavonóides (estilbenos (resveratrol), e os ácidos fenólicos (derivados dos ácidos cinâmicos e benzóicos) e os flavonóides (antocianinas, flavanonas, flavonóis e flavanóis (taninos)) (FLANZY, 2000) Compostos não-flavonóides Os não-flavonóides correspondem aos compostos fenólicos mais simples, tais como os ácidos benzóicos (C6 - Cl) que são p-hidroxibenzóico, protocatéico, vanílico, gálico e siríngico; e ácidos cinâmicos que são, p-cumárico, caféico e ferúlico (Figura 5), portadores de cadeia lateral insaturada (C6 C3) e outros derivados fenólicos de grande importância como os estilbenos, destacando-se o resveratrol (FLANZY, 2000). Nas uvas, os ácidos fenólicos são principalmente os ácidos hidroxicinâmicos que se encontram nos vacúolos das células das películas e polpas, sob a forma de ésteres tartáricos. Estes compostos possuem um papel importante nas oxidações que conduzem ao acastanhamento dos mostos e dos vinhos. Embora não exerçam uma influência direta no gosto dos vinhos, implicam no aparecimento de fenóis voláteis com conseqüentes alterações aromáticas ((RIBÉREAU-GAYON, 1965 & SINGLETON, 1987 apud CABRITA, 2003). São os compostos fenólicos mais importantes nos vinhos brancos por se encontrarem, sobretudo na polpa das uvas. Embora usualmente eles se encontrem individualmente em concentrações baixas, coletivamente têm um papel importante no aroma e gosto dos vinhos (CABRITA, 2003). Ácidos benzóicos Dos ácidos derivados do ácido benzóico, os mais importantes são os ácidos vanílico, siríngico e salicílico, que aparecem ligados às paredes celulares e, principalmente, o ácido gálico que se encontra sob a forma de éster dos flavanóis. Outros ácidos benzóicos existentes em menor quantidade são o protocatéquico, o gentísico, e o p-hidroxibenzóico (Figura 4). Estes ácidos encontram-se nas uvas na forma de ésteres e no processo de elaboração e conservação do vinho, sofrem uma hidrólise lenta, encontrando-se livres ou combinados (RIBÉREAU-GAYON et al., 1972 apud CABRITA, 2005).

17 17 Do ponto de vista da caracterização varietal, pode-se utilizar a relação entre os ácidos vanílico e siríngico. (DI STEFANO, 1996 apud CABRITA 2003). R=R =H Ácido p-hidroxibenzóico R= R =H Ácido protocatéquico R=OCH3 R =H Ácido vanílico R=R = Ácido gálico R=R =OCH3 Ácido siríngico Figura 4. Estrutura dos principais ácidos benzóicos. Fonte:VACCARI et al, (2009). Ácidos Cinâmicos De acordo com Cabrita (2003), os ácidos fenólicos da série cinâmica encontram-se na uva combinados com o ácido tartárico na forma de monoésteres. Na figura 5 encontra-se representado o ácido cinâmico, do qual derivam os ácidos fenólicos desta série, e os ácidos cinâmicos mais importantes, o ácido ferrúlico, o ácido p-cumárico e o ácido caféico. R=R =H Ácido p-cumárico R= R =H Ácido caféico R=OCH3 R =H Ácido ferúlico R=R =OCH3 Ácido ssinápico Figura 5. Estrutura dos principais ácidos cinâmicos. Fonte:VACCARI et al, (2009). O teor de ácidos hidroxicinâmicos nas uvas sofre influência da variedade, porém esta diferença é apenas quantitativa (CABRITA, 2003). Segundo o mesmo autor a importância dos ácidos hidroxicinamil tartáricos está relacionada aos fenômenos de acastanhamento oxidativo que os mostos ou vinhos brancos podem sofrer. Estes compostos, ricos em grupos hidroxil, são as primeiras substâncias fenólicas a serem oxidadas, pelas enzimas fenoloxidásicas, nas respectivas quinonas. Estas quinonas envolvem-se em reações que conduzem ao aparecimento de compostos, com colorações que variam do amarelo ao castanho, nos mostos.

18 Compostos flavonóides Os flavonóides estão caracterizados por um esqueleto base contendo 15 átomos de carbono (C6 - C3 - C6), do tipo 2-fenil benzopirona. Esta grande família é dividida em inúmeras subclasses, as quais se distinguem entre si através do grau de oxidação do seu grupo pirano. Os flavonóides em seu sentido estrito, baseados na estrutura 2-fenil benzopirona, estão principalmente representados na uva pelos flavonóis, enquanto que os flavonóides, em seu sentido amplo, compreendem igualmente as antocianinas e os flavonóis-3. Também são encontrados nas uvas outros grupos, como os dihidroflavonóis (flavanonóis) e as flavonas nas folhas da parreira (FLANZY, 2000). Grande parte da estrutura e da cor dos vinhos deve-se a esta família de compostos que se encontram principalmente na polpa e na película das uvas. De todos eles, as antocianinas, os flavano-3-ol e as proantocianidinas, principais responsáveis pela cor dos vinhos, são quantitativamente os mais importantes (CABRITA, 2003). Flavonóis De acordo com Ribéreau-Gayon et al (2002), são compostos flavonóides caracterizados pela presença de uma insaturação no anel heterocíclico e um grupo hidroxilo na posição 3. Na figura 6 encontram-se representadas as agliconas dos flavonóis mais importantes: kaempferol, quercetina e miricetina. Nas uvas encontram-se apenas nas películas, como glucosídios ou glucurônidos na posição 3. Estes heterosídios das uvas são facilmente hidrolisáveis e nos vinhos tintos encontram-se as agliconas no estado livre. R=R =H Kaempferol R= R =H Quercetina R=R = Miricetina Figura 6. Estrutura dos principais flavonóis. Fonte:VACARI et al, (2009)

19 19 Embora seja uma família pouco representativa nas uvas, podem ter um papel importante na evolução da cor dos vinhos tintos através de processos de co-pigmentação com as antocianinas (ALLEN, 1994 apud CABRITA, 2003). Antocianinas As antocianinas encontram-se sob forma de glicosídios, e suas agliconas são conhecidas como antocianidinas, esterificada comum ou mais açúcares encontrados nos tecidos vegetais sob a forma heterosídica (COULTATE, 1984 apud VACCARI et al, 2009). As antocianidinas têm como estrutura básica o cátion 2 fenilbenzopirilium, também denominado flavilium (BOBBIO e BOBBIO, 1995 apud VACCARI et al., 2009). Localizadas na película (epiderme), principalmente nas primeiras 3 ou 4 camadas de células da hipoderme, contribuem de maneira preponderante na co1oração dos cultivares tintos, especialmente dos vinhos tintos jovens (FLANZY, 2000). De acordo com o mesmo autor, as antocianinas diferem-se entre si através dos níveis de hidroxilação e metilação do composto, pela natureza, número e posição das oses unidas à molécula, e também pela natureza e número de ácidos, os quais esterificam seus açúcares. Essas substâncias possuem uma estrutura química parecida, compreendendo dois ciclos benzênicos hidroxilados e reunidos por uma cadeia de três átomos de carbono (posição 3), exceto no caso das desoxiantocianidinas, quando o açúcar está ligado na posição 5. Poucas das antocianinas conhecidas são glicosiladas na posição 7. Os açúcares ligados às posições 5 e 7 são sempre glucose. Os monosídeos encontrados são: 3- galactosídeo, 3-xilosídeo e 3- ramnosídeo. (FLANZY, 2000). Os ácidos encontrados com maior freqüência são os ácidos p-cumárico, caféico, ferúlico e siríngico. Algumas vezes são encontrados os ácidos phidroxibenzóico, malônico e acético (VACCARI et al, 2009). As antocianinas do gênero Vitis são o cianidol (cianidina), o peonidol (peonidina), o petunidol (petunidina), o delfinidol (delfinidina) e o malvidinol (malvidina) (Figura 7). A quantidade e a composição das antocianinasna uva variam signifacativamente em função da espécie, da cultivar, do manejo aplicado ao vinhedo e do terroir. Dentre elas, Vitis labrusca,

20 20 V. riparia e V. rupestris, distinguem-se da Vitis rotundifolia pela presença de antocianinas aciladas (MAZZA e MINIATI, 1993 apud VACCARI et al., 2009). R=R =H Pelargonidina (vermelha) R= R =H Cianidina (vermelha) R=OCH3 R =H Peonidina (púrpura) R=R = Delfinidina (violeta) R=OCH3 R = Petunidina (violeta) Figura 7. Estrutura dos principais compostos antocianídicos. Fonte:VACCARI et al, (2009). A malvidina (como 3-glicosideo) é a principal antocianina encontrada nos vinhos tintos de Vitis vinifera. Foi indicada por apresentar inibição ao crescimento de bactérias patogênicas (BOURZEIX, 1989 apud VACCARI et al., 2009). Estruturalmente são glucosídios de polihidroxi ou polimetoxi dos sais de flavilium (2- fenil-benzopirilo). Elas diferenciam-se pelo número de grupos hidroxi (oxidrilo) e o grau de metilação destes grupos presentes no anel lateral, o número e a natureza dos açúcares ligados à molécula, e o número e natureza das cadeias alifáticas ou aromáticas esterificadas com os açúcares (GUERRA, 1997 apud CABRITA, 2003). As formas agliconas das antocianinas chamam-se antocianidinas. Estas são instáveis em água e muito menos solúveis que as antocianinas (TIMBERLAKE e BRIDLE, 1966 apud CABRITA, 2003)). As antocianinas do gênero Vitis são a cianidina, a delfinidina, a peonidina, a petunidina e a malvidina. As suas quantidades relativas variam com a cultivar, mas a malvidina encontra-se em maior quantidade (RIBÉREAU- GAYON e STENESTREET, 1965 apud CABRITA, 2003).

21 21 Taninos Os principais flavanóis-3 (Figura 8) monômeros da uva são a (+) catequina e seu isômero (-) epicatequina, podendo ser encontrado este último sob forma éster gálico (3-galato de epicatequina) e as prodelfinidinas, constituídas de galocatequina e de epigalocatequina (FLANZY, 2000). De acordo com Bobbio e Bobbio, (1995) apud Vaccari et al, (2009) pelo menos dois tipos de estruturas são encontradas em taninos: estruturas condensadas não hidrolisáveis, formadas por produtos que contém núcleos flavonóidicos e estruturas hidrolisáveis. A estrutura química básica dos taninos condensados é relacionada à estrutura da catequina. A estrutura química da catequina e a dos flavonóides relacionou a estrutura dos taninos com a dos 3, 4, 5 e 7-hidroxiflavonóides. Durante a conservação e o envelhecimento dos vinhos as modificações no estado de condensação dos taninos influenciam a sua cor em solução e as suas características organolépticas (CABRITA, 2003). O termo taninos, pelo que se designam geralmente os oligômeros e polímeros de flavonóides tem referência a sua capacidade de interagir com as proteínas e outros polímeros como os polissacarídios. Por outro lado, estas moléculas possuem a propriedade de liberar as antocianidinas em meio ácido, sendo denominadas de proantocianidinas (FLANZY, 2000). R=R =H Afzelequina R= R =H Catequina R=R = Galocatequina Figura 8. Estrutura de alguns flavonóis -3. Fonte:VACCARI et al, (2009).

22 Os compostos fenólicos nos vinhos Dos compostos fenólicos, as antocianinas e os taninos em particular, são os principais constituintes dos vinhos implicados em fenômenos de oxidação, que se traduzem por alterações de cor (acastanhamento) e por uma evolução do gosto (perda ou aumento da adstringência). Ao longo do envelhecimento de um vinho tinto assiste-se a uma diminuição de antocianinas monoméricas que depende tanto das condições de armazenamento como das características iniciais do vinho (CABRITA et al., 2003). Segundo o mesmo autor a fase de maturação dos vinhos tintos, desde o fim da fermentação até ao engarrafamento, a presença de oxigênio é responsável por transformações químicas dos pigmentos responsáveis pela cor, essenciais ao envelhecimento. Assiste-se a uma auto-oxidação do etanol, que em presença de compostos fenólicos origina pequenas quantidades de acetaldeído, que por sua vez provoca a co-polimerização de antocianinas e taninos. Assim os compostos fenólicos são importantes agentes de formação e estabilidade da cor e adstringência em vinhos, são protetores do vinho contra oxidação, principal reservatório de substâncias auto-oxidáveis, interferem nos fenômenos de clarificação durante o envelhecimento do vinho determinando a longevidade e qualidade organoléptica (RIBEREAU-GAYON & PEYNAUD, 1982 apud FREITAS, 2006) Atividade antioxidante Os processos oxidativos podem ser evitados através da modificação das condições ambientais ou pela utilização de substâncias antioxidantes com a propriedade de impedir ou diminuir o desencadeamento das reações oxidativas (ALLEN & HAMILTON, 1983 apud SOARES, 2002). Em geral os compostos fenólicos são multifuncionais como antioxidantes, pois atuam de várias formas: combatendo os radicais livres, pela doação de um átomo de hidrogênio de um grupo hidroxila () da sua estrutura aromática, que possui a capacidade de suportar um elétron desemparelhado através do deslocamento deste ao redor de todo o sistema de elétrons da molécula; quelando metais de transição, como Fe 2+ e o Cu + ; interrompendo a reação de propagação dos radicais livres na oxidação lipídica; modificando o potencial redox do meio;

23 23 reparando a lesão de moléculas atacadas por radicais livres (PODSEDEK, 2007; KYUNGMI e EBELER, 2008 apud FURGERI, 2009). Também bloqueiam a ação de enzimas específicas que causam inflamação; modificam as rotas metabólicas das prostaglandinas, protegem a aglomeração plaquetária e inibem a ativação de carcinógenos (VALCO et al., 2006 apud RIBEIRO et al., 2009). Além da atividade antioxidante direta, pesquisas recentes têm destacado múltiplas funções e mecanismos importantes relacionados à habilidade dos compostos fenólicos de se ligarem a receptores celulares e a transportadores de membranas, de influenciarem a expressão gênica, a sinalização e a adesão celular (MANACH, MAZUR e SCALBERT, 2005 apud SOARES, 2008). Vaccari et a.l, (2009), apresenta resultados que comprovam as propriedades antioxidantes dos compostos fenólicos presentes em produtos derivados da uva, especialmente o vinho tinto. No entanto é importante ressaltar que o vinho deve ser consumido com moderação, uma vez que seu consumo excessivo passa a ser fator de risco para doenças cardiovasculares e outras.

24 24 7 MATERIAL E MÉTODOS 7.1 Material Amostras As amostras foram obtidas de vinhos elaborados a partir das cultivares Isabel Precoce, Bordô, Rúbea, Niágara Branca e Martha, na Cantina Modelo da Estação Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Santa Catarina de Videira, safra As amostras foram submetidas às análises de ph, acidez total titulável, acidez volátil, álcool, açúcares redutores, polifenóis totais, atividade antioxidante e análise sensorial. As análises foram realizadas diretamente sobre as amostras de vinhos elaborados na safra de Figura 9. Amostras de vinhos preparadas para serem analisadas. Fonte: arquivo pessoal (2010).

25 Métodos Analíticos Análises físico-químicas A determinação do ph foi feita através do Método Potenciométrico (phmêtro calibrado com padrões ph 4 e 7). A acidez titulável foi determinada pelo Método de Titulação com NA 0,1 N e fenolftaleína como indicador. Determinou-se a acidez volátil pelo Método Cazenave-Ferré. O grau alcoólico das amostras foi determinado pelo Método de destilação e medida da densidade. Os açúcares redutores foram determinados pelo Método de Fehling e os teores de anidrido sulfuroso total pelo Método de Ripper. As análises foram determinadas apenas uma única vez em função da disponibilidade de tempo e recursos. Determinação de Compostos Fenólicos Totais A concentração de compostos fenólicos totais nas amostras dos vinhos analisados foram determinadas por espectrofotometria de acordo com o Método Colorimétrico de Folin- Ciocalteu. As amostras foram diluídas em um balão volumétrico na proporção de 1:10. Em outro balão volumétrico de 10 ml foram pipetados 7,9 ml de água filtrada em seguida foram adicionados 0,10 ml das amostras previamente diluídas a 1:10, 0,5 ml de reagente Folin- Ciocalteu, após três minutos adicionou-se 1,5 ml de carbonato de sódio a 20%. Após homogeneizadas, as amostras foram cobertas com o papel alumínio, e armazenadas em local escuro. Após duas horas foram feitas as leituras em espectrofotômetro a 760 nm. O resultado apresentado foi multiplicado por dez, a fim de representar o valor verdadeiro de compostos fenólicos totais presentes nas amostras, já que este foi previamente diluído nesta proporção. O resultado foi obtido pela equação da reta y= 0,0024x-0,2416 construída a partir de diferentes concentrações de soluções padrão de ácido gálico. As absorvâncias obtidas para as amostras foram inseridas na equação (y), obtendo-se o valor (x,) o qual representa a concentração em mg/l de compostos fenólicos totais expressos em equivalentes de acido gálico. A análise foi realizada em triplicata. Determinação atividade antioxidante n A atividade antioxidante foi determinada pelo Método do DPPH o qual se baseia em um ensaio fotométrico onde o radical livre DPPH, que apresenta coloração roxa intensa em solução alcoólica, se reduz em presença de moléculas antioxidantes, formando o 2,2 difenil-1-

26 26 picril-hidrazina, que é incolor. Para calcular a atividade antioxidante total foi substituída a absorbância equivalente a 50% da concentração inicial do DPPH, utilizando 0,1mL da solução controle com 3,9 do radical DPPH, para leitura de absorbância 517 nm. Os resultados foram expressos em % atividade antioxidante. A análise foi realizada em triplicata. Análise Sensorial As amostras de vinhos foram encaminhadas ao laboratório de degustação da Epagri e submetidas às análises sensoriais por um painel de 10 julgadores treinados. O modelo da ficha utilizada pelos julgadores (em anexo) foi desenvolvida pela Epagri e avalia as seguintes variáveis: limpidez, tonalidade, intensidade, cor, aroma, intensidade do aroma, harmonia, sabor, adstringência, acidez, amargor e persistência. Análise dos Resultados Os resultados das análises de ph, acidez total, acidez volátil e dióxido de enxofre total foram submetidos a comparação com os padrões estabelecidos pela legislação brasileira e os resultados de compostos fenólicos e atividade antioxidante foram submetidos a análise estatística de correlação.

27 27 8 RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1. Caracterização físico-química dos vinhos tintos elaborados em Videira/SC, Parâmetros Isabel Precoce Bordô Rúbea ph 3,66 3,53 3,34 AT (meq/l) 97,00 136,00 157,00 Açúcar (g/l) 2,13 4,00 2,31 Álcool (GL) 10,90 11,30 9,20 SO 2 total (mg/l) 32,00 96,00 28,80 AT= acidez titulável; AV= acidez volátil; SO 2 = dióxido de enxofre. Na tabela 1, os valores encontrados para acidez titulável nas cultivares Bordô e Rúbea encontram-se acima do valor previsto pela legislação brasileira, de 130 meq/l (BRASIL, 1998). Tabela 2. Caracterização físico-química dos vinhos brancos elaborados em Videira/SC, Parâmetros Niágara Branca Martha ph 3,53 3,53 AT (meq/l) 64,00 56,00 Açúcar (g/l) <1,00 4,85 Álcool (GL) 10,80 12,40 SO 2 total (mg/l) 44,80 32,00 AT= acidez titulável; AV= acidez volátil; SO 2 = dióxido de enxofre. As tabelas 1 e 2 apresentam os valores de ph, açúcar, álcool e dióxido de enxofre total encontrados para as todas as amostras de vinhos analisadas, as quais encontram-se de acordo com o que preconiza a legislação brasileira para padrões de identidade e qualidade do vinho (BRASIL, 1998).

28 28 A figura 10 apresenta a curva de calibração obtida para a análise de compostos fenólicos totais construída com concentrações crescentes do padrão ácido gálico. Curva de Calibração para o Método Folin-Ciocalteau ácido gálico y = 0,0024x + 0,2416 R 2 = 0,982 1,5 1,452 Abs em 760 nm 1 0,5 0,529 0,791 0,981 1,154 0, Concentração (mg/l) Figura 10. Curva de calibração para polifenóis totais de ácido gálico As figuras 11 e 12 apresentam as concentrações (mg/l) de polifenóis totais para as cinco amostras de vinhos sob estudo nesse trabalho. mg de Polifenóis Totais/ L , , ,778 Rúbea Bordô Isabel Precoce Cultivares Figura 11. Valores médios de polifenóis (mg/l) dos vinhos tintos elaborados na região de Videira-SC, safra

29 29 Foi observado para as amostras em estudo (Figura 11), que o vinho da cultivar Bordô apresentou valor médio de 1613,22 mg de polifenóis totais por litro de vinho, enquanto Ianssen et al., (2002), observaram para amostras de vinho da variedade Bordô provenientes também do Vale do Rio do Peixe teores de polifenóis totais de 33,73mg/L, valor expressivamente inferior. mg de Polifenóis Totais/ L ,5 Martha Cultivares 0 Niágara Branca Figura 12. Valores médios de polifenóis (mg/l) dos vinhos brancos elaborados na região de Videira-SC, safra O conteúdo de polifenóis totais na uva branca (figura 12) foi inferior aos valores obtidos para outras cultivares (figura 11). De acordo com Abe (2207), isto aliado ao fato da fermentação do mosto branco ocorrer na ausência de cascas e sementes, contribui para presença de quantidades inferiores de compostos fenólicos em vinhos brancos comparados aos vinhos tintos. As amostras de vinho da cultivar Niágara Branca (figura 12) não apresentou valores de polifenóis totais o que pode estar associado a sensibilidade da análise. A figura 12 apresenta a curva de calibração construída a partir de diferentes concentrações do radical DPPH utilizada para a obtenção da atividade antioxidante das amostras sob estudo nesse trabalho.

30 30 1,000 Curva de DPPH y = 0,0144x + 0,0039 R 2 = 0,9997 Abs 517 nm 0,800 0,600 0,400 0,200 Abs 517 nm 0, um Figura 13. Curva de DPPH para atividade antioxidante. 1,2 Atividade Antioxidante % 1 0,8 0,6 0,4 0,2 y = 0,0004x + 0,3487 R 2 = 0, Polifenóis Totais mg / L Figura 14. Correlação de polifenóis totais e atividade antioxidantes dos vinhos analisados A análise de correlação estatística entre a atividade antioxidante e a concentração de compostos fenólicos mostrou uma correlação positiva (R= 0,73), ou seja, quando maior a concentração de polifenóis, maior a atividade antioxidante (figura 14).

31 31 Embora o modelo logarítmico tenha apresentado o valor de (R=0,85), ou seja, maior que o valor apresentado no modelo linear, ainda assim optou-se pelo último, pois o mesmo apresentou-se mais adequado ao estudo em questão. Os resultados médios obtidos (em escala de 1 a 9) para a avaliação sensorial estão tabulados na tabela 2. Tabela 3. Médias dos parâmetros avaliados na análise sensorial dos vinhos tintos produzidos em Videira/SC, Parâmetros Isabel Precoce Bordô Rúbea Limpidez 6,70 6,85 7,00 Tonalidade 6,95 7,65 7,45 Intensidade cor 6,25 8,30 7,70 Aroma 6,20 6,45 6,20 Intensidade aroma 6,70 6,80 6,65 Harmonia 6,25 6,45 6,10 Sabor 5,75 6,30 5,35 Adstringência 4,55 5,00 4,90 Acidez 5,30 5,40 6,55 Amargor 5,20 4,85 5,00 Persistência 5,55 6,20 6,40 Qualidade 5,75 6,40 5,60 Através das médias da tabela 3, observa-se que foram atribuídas as maiores notas ao parâmetro amargor para vinho da cultivar Isabel Precoce, ao parâmetro intensidade de cor para o vinho da cultivar Bordô, e ao parâmetro de acidez para o vinho da cultivar Rúbea. Quanto mais intensa a coloração da uva, maiores foram às notas atribuídas aos parâmetros de intensidade de cor e tonalidade, o que está associado aos maiores teores de polifenóis totais, como já era de se esperar.

32 32 Tabela 4. Médias dos parâmetros avaliados na análise sensorial dos vinhos brancos produzidos em Videira/SC, Parâmetros Niágara Branca Martha Limpidez 7,60 6,85 Tonalidade 7,20 6,95 Intensidade cor 6,55 6,60 Aroma 7,10 7,75 Intensidade aroma 7,00 7,75 Harmonia 7,10 7,30 Sabor 7,15 7,20 Adstringência 3,70 3,95 Acidez 4,70 4,30 Amargor 3,65 3,90 Persistência 6,0 6,45 Qualidade 7,0 7,10 Na tabela 4, o vinho da cultivar Martha, apresentou as maiores médias para os parâmetros analisados como aroma, harmonia, sabor, persistência e qualidade, o que pode estar relacionado à menor quantidade de acidez total da amostra.

33 33 9 CONCLUSÃO Os vinhos das cultivares analisadas apresentaram correlação positiva entre o conteúdo de compostos fenólicos totais e capacidade antioxidante. Através dos resultados obtidos, conclui-se que os vinhos elaborados a partir das uvas americanas Rúbea, Bordô, Isabel Precoce e Martha apresentaram diferentes valores de compostos fenólicos, os quais podem ser atribuídos a diversos fatores como condições ambientas, processos de elaboração e principalmente pelas características genéticas de cada cultivar.

34 34 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABE,L T et al.compostos Fenólicos e capacidade antioxidante de cultivares de uvas Vitis labrusca L. e Vitis vinifera L. Ciência e Tecnol. Aliment., Campinas, v. 27, n 2, p , abr./jun ALLEN & HAMILTON, 1983 In: SOARES, S. E. Ácidos fenólicos como antioxidantes. Rev. Nutr. Vol 15 n1 Campinas jan ÁVILA, L. D. de. Metodologias Analíticas Físico-Químicas.Bento Gonçalves, 68p, BELLÓ-MURARO, C. Avaliação da influência da condução orgânica na qualidade do vinho Cabenet Sauvignon da fronteira gaúcha como Uruguai. Caxias do Sul BOBBIO e BOBBIO, 1995 In: VACCARI et al,compostos Fenólicos em vinhos e seu efeitos antioxidantes na prevenção de doenças. Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v. 8, n.1, p , BONAGA et al, 1990 IN: VACCARI et al, VACCARI et al,compostos Fenólicos em vinhos e seu efeitos antioxidantes na prevenção de doenças. Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v. 8, n.1, p , BONA-SARTOR, S. de Caracterização química de uvas e vinhos Martha produzidos na Região de Urussanga, Santa Catarina. 95 p. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, BOURZEIX 1989 In VACCARI VACCARI et al,compostos Fenólicos em vinhos e seu efeitos antioxidantes na prevenção de doenças. Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v. 8, n.1, p , BRASIL, Portaria nº 229 de 25 de outubro de Disponível em : www. Ibravin.org.br/ documentos.

35 35 CABRITA, M. J. et al., Os compostos polifenólicos das uvas e dos vinhos. In: I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE VITIVINICULTURA. Anais...Ensenada, México, CALO et al, 1994 IN: CABRITA M. J. et al., Os compostos polifenólicos das uvas e dos vinhos. In: I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE VITIVINICULTURA. Anais...Ensenada, México, CELENTANO, Vinho orgânico. Disponível em : com orgânicos.com Acessado em : novembro COULATE, In: VACCARI et al,compostos Fenólicos em vinhos e seu efeitos antioxidantes na prevenção de doenças. Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v. 8, n.1, p , EMBRAPA, Uvas Americanas e híbridas para processamento em clima temperado. Disponível em: FLANZY, C. ENOLOGIA: Fundamentos Científicos y tecnológicos. Madrid: Mundi- Prensa, p. GIOVANNINI, E. Uva agroecológica. Porto Alegre: Renascença, p., GUERRA, IN: BONA-SARTOR, S. de Caracterização química de uvas e vinhos Martha produzidos na Região de Urussanga, Santa Catarina. 95 p. Dissertação (Mestrado em Ciência dos Alimentos) Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal de Santa Catarina, 2009 IANSSEN et al., In: VACCARI et al,compostos Fenólicos em vinhos e seu efeitos antioxidantes na prevenção de doenças. Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v. 8, n.1, p , 2009.

36 36 MANACH, MAZUR e SCALBERT, 2005 In: SOARES, M et al, Avaliação da atividade antioxidante e identificação dos ácidos fenólicos presentes no bagaço de maçã cv. Gala. Ciênc. Tecnol. Aliment. Vol. 28. n 3. Campinas. Jul/set MAZZA e MINIATI, In: VACCARI et al,compostos Fenólicos em vinhos e seu efeitos antioxidantes na prevenção de doenças. Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v. 8, n.1, p , PODSEDEK,2007; KYUNGMI E EBELER, 2008 In: FURGERI, C. Efeito do processamento por radiação de 60 CO na erva mate. Tese de mestrado. São Paulo, RIBÉREAU-GAYON, P et al., TRATADO DE ENOLOGIA Química del vino. Estabilización y tratamientos. Madrid: Mundi-Prensa, v. 2, 554p. RIBÉREAU-GAYON & SIGLETON, In: CABRITA, M J et al., Os compostos polifenólicos das uvas e dos vinhos. In: I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE VITIVINICULTURA. Anais...Ensenada, México, RIBÉREAU-GAYON & PEYNAUD, In:Variação dos compostos fenólçicos e cor dos Vinhos e Uvas (Vitis viníferas) tintas em diferentes ambientes, Tese Doutorado. Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, RS, SIGLETON, IN: CABRITA, M. J.; et al. Os compostos polifenólicos das uvas e dos vinhos. In: I SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE VITIVINICULTURA. Anais...Ensenada, México, TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 3. ed. Porto Alegre: Armed Editora, VACCARI et al,compostos Fenólicos em vinhos e seu efeitos antioxidantes na prevenção de doenças. Revista de Ciências Agroveterinárias. Lages, v. 8, n.1, p , VALCO, et al 2006, In: RIBEIRO et al, Caracterização físico-química, fenólicos totais e capacidade antioxidante de uvas Benitaka cultivadas no estado do Piauí-Brasil. Terezina

37 ZOCKLEIN et al.,wine analysisand production. New York: Chapman & Hall, p 37

38 38 11 ANEXO Ficha de avaliação utilizada na análise sensorial dos vinhos das cultivares Isabel Precoce, Bordô, Rúbea, Níágara Branca e Martha elaborados em Videira/Sc, 2010: Prove cuidadosamente a amostra e avalie a intensidade de cada atributo de acordo com a escala de 0 a 9, após análise das características abaixo: Nome: Data: Amostras A B C D E F G H I Análise Visual Limpidez Cor Tonalidade Cor Intensidade Sensação Olfativa Aroma Intensidade Harmonia

39 39 Sensação Gustativa Sabor Adstringência Acidez Amargor Persistência Qualidade Cód. A Cód. B Cód. C Cód. D Cód. E Cód. F Cód. G Cód. H Cód. I

40 40

41 41

METABÓLITOS SECUNDÁRIOS. Taninos

METABÓLITOS SECUNDÁRIOS. Taninos METABÓLITOS SECUNDÁRIOS Taninos Corresponde a um grupo diverso de substâncias fenólicas, hidrossolúveis e com peso molecular superior a 500 D De acordo com sua estrutura química, pode se dividir nos seguintes

Leia mais

Produção de Uvas e Vinhos

Produção de Uvas e Vinhos Curso de Qualificação Profissional Produção de Uvas e Vinhos Professor: Fernando Domingo Zinger fernando.zinger@ifsc.edu.br Variedades de Uvas Brasil: principais regiões produtoras de uva Santa Catarina

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA Av. Dr. Arnaldo, CEP: São Paulo.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA Av. Dr. Arnaldo, CEP: São Paulo. UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA Av. Dr. Arnaldo, 715 - CEP: 01246-904 - São Paulo. Curso de Nutrição- Disciplina: HNT-197 Composição de Alimentos Bebidas Quais os tipos de vinhos de

Leia mais

Ciência para Vida - Curso de Degustação Embrapa

Ciência para Vida - Curso de Degustação Embrapa Ciência para Vida - Curso de Degustação Embrapa Celito Crivellaro Guerra Mauro Celso Zanus Conceito de qualidade Vinho de qualidade é aquele que possui bom equilíbrio entre suas características organolépticas

Leia mais

FUVEST 2015 (Questões 1 a 6)

FUVEST 2015 (Questões 1 a 6) (Questões 1 a 6) Provas de Vestibular 1. O metabissulfito de potássio (K 2 S2O 5 ) e o dióxido de enxofre (SO 2 ) são amplamente utilizados na conservação de alimentos como sucos de frutas, retardando

Leia mais

Frutos Silvestres Comestíveis Saudáveis: Desenvolvimento de Produtos Alimentares. Carmo Serrano

Frutos Silvestres Comestíveis Saudáveis: Desenvolvimento de Produtos Alimentares. Carmo Serrano Frutos Silvestres Comestíveis Saudáveis: Desenvolvimento de Produtos Alimentares Carmo Serrano Escola Secundária de Fonseca Benevides 4-02-2014 Equipa do projeto Instituto Nacional de Investigação Agrária

Leia mais

Embrapa Uva e Vinho. Produtos & Serviços. Missão Institucional. Infra-Estrutura e Recursos Humanos

Embrapa Uva e Vinho. Produtos & Serviços. Missão Institucional. Infra-Estrutura e Recursos Humanos Embrapa Uva e Vinho A vitivinicultura é uma atividade que apresenta grande importância sócio-econômica em vários Estados brasileiros, com especial destaque para o Rio Grande do Sul. Por esta razão, a Embrapa

Leia mais

VINHOS ARTESANAIS DA REGIÃO DE JUNDIAÍ: CARACTERIZAÇÃO E TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS

VINHOS ARTESANAIS DA REGIÃO DE JUNDIAÍ: CARACTERIZAÇÃO E TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS VINHOS ARTESANAIS DA REGIÃO DE JUNDIAÍ: CARACTERIZAÇÃO E TEOR DE COMPOSTOS FENÓLICOS Andréa dos Santos Ferrazin (Bacharel em Química graduada pela FACCAMP Faculdade de Campo Limpo Paulista) Maria do Carmo

Leia mais

77 mil hectares hemisfério sul desde latitude 30 o até latitude 5 º Regiões Temperadas (repouso hibernal) Regiões Subtropicais (dois ciclos anuais)

77 mil hectares hemisfério sul desde latitude 30 o até latitude 5 º Regiões Temperadas (repouso hibernal) Regiões Subtropicais (dois ciclos anuais) 77 mil hectares hemisfério sul desde latitude 30 o até latitude 5 º Regiões Temperadas (repouso hibernal) Regiões Subtropicais (dois ciclos anuais) repoda Regiões Tropicais ( 2,5 a 3 ciclos anuais) podas

Leia mais

Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria

Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria O efeito da cana de vinhaça na fermentação alcoólica Silvio Roberto Andrietta Introdução Para determinar

Leia mais

RALEIO DE CACHOS NOS CULTIVARES MALBEC E SYRAH EM REGIÃO DE ALTITUDE

RALEIO DE CACHOS NOS CULTIVARES MALBEC E SYRAH EM REGIÃO DE ALTITUDE UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA - UDESC CENTRO DE CIÊNCIAS AGROVETERINÁRIAS - CAV PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS MESTRADO EM PRODUÇÃO VEGETAL RALEIO DE CACHOS NOS CULTIVARES MALBEC

Leia mais

Avaliação do efeito da micro-oxigenação na estabilidade da cor e perfil volátil dos vinhos

Avaliação do efeito da micro-oxigenação na estabilidade da cor e perfil volátil dos vinhos UNIVERSIDADE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO Avaliação do efeito da micro-oxigenação na estabilidade da cor e perfil volátil dos vinhos Margarete Susana Alves de Sousa Trigo 2º Ciclo em Enologia Orientador:

Leia mais

Módulo 8 Enografia Nacional

Módulo 8 Enografia Nacional Módulo 8 Enografia Nacional Imigração Italiana O marco da vitivinicultura no Brasil. Trazidas da Ilha da Madeira, as primeiras mudas de videira aportaram no Brasil em 1532, sendo introduzidas na Capitania

Leia mais

QUÍMICA. Questão 01. Questão 02

QUÍMICA. Questão 01. Questão 02 Questão 01 QUÍMICA A fenil-etil-amina é considerada um componente responsável pela sensação do bem-estar decorrente da ingestão do chocolate, que contém, também, substâncias inorgânicas. Na tabela a seguir

Leia mais

INFLUÊNCIA DA MICROOXIGENAÇÃO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS CROMÁTICAS DO VINHO TOURIGA NACIONAL

INFLUÊNCIA DA MICROOXIGENAÇÃO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS CROMÁTICAS DO VINHO TOURIGA NACIONAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO MÉDIA E TECNOLÓGICA CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE BENTO GONÇALVES CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM VITICULTURA E ENOLOGIA INFLUÊNCIA DA MICROOXIGENAÇÃO

Leia mais

PROPOSTA DE PROCEDIMENTO DE SECAGEM DE BAGAÇO DE MAÇÃ PARA A PRODUÇÃO DE FARINHA

PROPOSTA DE PROCEDIMENTO DE SECAGEM DE BAGAÇO DE MAÇÃ PARA A PRODUÇÃO DE FARINHA PROPOSTA DE PROCEDIMENTO DE SECAGEM DE BAGAÇO DE MAÇÃ PARA A PRODUÇÃO DE FARINHA PINHEIRO, L. A. 1 ; TRÊS, M. 2 ; TELES, C. D. 3 RESUMO Com a crescente demanda no setor de sucos industrializados é de grande

Leia mais

Avaliação de vinhos da cultivar Cabernet Sauvignon clone 15 em função de dois porta-enxertos no Nordeste do Brasil

Avaliação de vinhos da cultivar Cabernet Sauvignon clone 15 em função de dois porta-enxertos no Nordeste do Brasil Avaliação de vinhos da cultivar Cabernet Sauvignon clone 15 em função de dois 239 Avaliação de vinhos da cultivar Cabernet Sauvignon clone 15 em função de dois porta-enxertos no Nordeste do Brasil Evaluation

Leia mais

ANÁLISE DO ph DO SOLO ATRAVÉS DE UMA ESCALA DE ph CONSTRUÍDA COM UM INDICADOR DE REPOLHO ROXO

ANÁLISE DO ph DO SOLO ATRAVÉS DE UMA ESCALA DE ph CONSTRUÍDA COM UM INDICADOR DE REPOLHO ROXO 1 ANÁLISE DO ph DO SOLO ATRAVÉS DE UMA ESCALA DE ph CONSTRUÍDA COM UM INDICADOR DE REPOLHO ROXO Danielly Marinho Rocha Lucena 1 ; Bernardo Lelis Rezende Lopes 2 ; Janainne Nunes Alves 3 Resumo: Os conceitos

Leia mais

AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia

AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia Coorientador: Flávio Ferlini Salles RELEVÂNCIA O solo é importante

Leia mais

QUÍMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO. MARIO MIYAZAWA, químico, Dr CEZAR F. ARAÚJO Jr, agrônomo, Dr

QUÍMICA DA MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO. MARIO MIYAZAWA, químico, Dr CEZAR F. ARAÚJO Jr, agrônomo, Dr QUÍMICA DA MATÉRIA RGÂNICA D SL MARI MIYAZAWA, químico, Dr miyazawa@iapar.br CEZAR F. ARAÚJ Jr, agrônomo, Dr cezar_araujo@iapar.br INTRDUÇÃ FNTES DA MATÉRIA RGÂNICA * Tecidos vegetais (caule, raiz, folha)

Leia mais

Fuvest 2009 (Questão 1 a 8)

Fuvest 2009 (Questão 1 a 8) (Questão 1 a 8) 1. Água pode ser eletrolisada com a finalidade de se demonstrar sua composição. A figura representa uma aparelhagem em que foi feita a eletrólise da água, usando eletrodos inertes de platina.

Leia mais

Principais funções dos sais minerais:

Principais funções dos sais minerais: A Química da Vida Água Água mineral é a água que tem origem em fontes naturais ou artificiais e que possui componentes químicos adicionados, como sais, compostos de enxofre e gases que já vêm dissolvidas

Leia mais

Revisão Específicas. Química Monitores: Luciana Lima e Rafael França 02-08/11/2015. Material de Apoio para Monitoria

Revisão Específicas. Química Monitores: Luciana Lima e Rafael França 02-08/11/2015. Material de Apoio para Monitoria Revisão Específicas 1. As conchas marinhas não se dissolvem apreciavelmente na água do mar, por serem compostas, na sua maioria, de carbonato de cálcio, um sal insolúvel cujo produto de solubilidade é

Leia mais

QUALIDADE DE SUCOS DE UVA ORGÂNICOS DE DIVERSAS CULTIVARES DE VIDEIRA

QUALIDADE DE SUCOS DE UVA ORGÂNICOS DE DIVERSAS CULTIVARES DE VIDEIRA QUALIDADE DE SUCOS DE UVA ORGÂNICOS DE DIVERSAS CULTIVARES DE VIDEIRA Daniéla Alberti Carlesso e Isadora Bruski Gazzi 1 ; Gilson Ribeiro Nachtigall 2 ; Aledson Rosa Torres 3 1. INTRODUÇÃO A produção orgânica

Leia mais

03/02/2016. Métodos físicos e instrumentais de análise de alimentos INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, MÉTODOS FÍSICOS

03/02/2016. Métodos físicos e instrumentais de análise de alimentos INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, MÉTODOS FÍSICOS INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, Disciplina: Análise de Alimentos CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE Métodos físicos e instrumentais de análise de alimentos MÉTODOS FÍSICOS Densimetria Densidade é

Leia mais

UFSC. Química (Amarela) , temos 10 mol de Mg, ou seja, 243 g de Mg. Resposta: = 98. Comentário

UFSC. Química (Amarela) , temos 10 mol de Mg, ou seja, 243 g de Mg. Resposta: = 98. Comentário Resposta: 02 + 32 + 64 = 98 01. Incorreta. carbonato de magnésio é um sal insolúvel em H 2, logo não dissocia-se em Mg 2+ e (aq) C2. 3(aq) 02. Correta. 12 Mg 2+ = 1s 2 2s 2 2p 6 K L 04. Incorreta. É um

Leia mais

Taninos. Profa. Wânia Vianna 1S/2014

Taninos. Profa. Wânia Vianna 1S/2014 Taninos Profa. Wânia Vianna 1S/2014 Estudo Metabólitos Secundário Aspectos Importantes Identificar aspectos característicos da estrutura química; Caracterizar a polaridade da molécula: escolha do solvente

Leia mais

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA

QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA QUÍMICA PRIMEIRA ETAPA - 1999 QUESTÃO 46 Um limão foi espremido num copo contendo água e as sementes ficaram no fundo do recipiente. A seguir, foi adicionado ao sistema um pouco de açúcar, que se dissolveu

Leia mais

Vinificação em ausência de oxigênio

Vinificação em ausência de oxigênio Vinificação em ausência de oxigênio Prof. Marcos Gabbardo Enólogo Vinhos de Jerez; Vinhos Laranja; Vinhos Gelo; Vinhos tradicionais; Vinhos Chablis. Introdução Origem Nova Zelândia e Austrália; Vinhos

Leia mais

PODA ANTECIPADA DA VIDEIRA ENG. AGRÔNOMO E TECNÓLOGO EM VITICULTURA E ENOLOGIA: PAULO ADOLFO TESSER

PODA ANTECIPADA DA VIDEIRA ENG. AGRÔNOMO E TECNÓLOGO EM VITICULTURA E ENOLOGIA: PAULO ADOLFO TESSER PODA ANTECIPADA DA VIDEIRA ENG. AGRÔNOMO E TECNÓLOGO EM VITICULTURA E ENOLOGIA: PAULO ADOLFO TESSER Horti Serra Gaúcha, maio 2015. ÉPOCAS DE PODA SECA E SUA INFLUÊNCIA NA BROTAÇÃO, PRODUÇÃO E QUALIDADE

Leia mais

HNT 205 Produção e Composição de Alimentos, 2016 Diurno/Noturno GABARITO Lista Escurecimento Enzimático e Pigmentos

HNT 205 Produção e Composição de Alimentos, 2016 Diurno/Noturno GABARITO Lista Escurecimento Enzimático e Pigmentos 1. Qual a etapa inicial do escurecimento enzimático? É a hidroxilação de monofenóis para o-difenóis e a oxidação de o-difenóis em compostos de cor ligeiramente amarela, as o-quinonas. Estas duas reações

Leia mais

QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE FENÓIS TOTAIS E FLAVONÓIDES NA CULTURA FORRAGEIRA CUNHÃ

QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE FENÓIS TOTAIS E FLAVONÓIDES NA CULTURA FORRAGEIRA CUNHÃ QUANTIFICAÇÃO DO TEOR DE FENÓIS TOTAIS E FLAVONÓIDES NA CULTURA FORRAGEIRA CUNHÃ Amanda Lima Cunha (1); Anderson Soares de Almeida (2); Aldenir Feitosa dos Santos (3) (1) Universidade Estadual de Alagoas

Leia mais

Indicador ácido-base de repolho roxo

Indicador ácido-base de repolho roxo Autora: Karoline dos Santos Tarnowski Indicador ácido-base de repolho roxo Origem: Trabalho apresentado à disciplina de Química Aplicada da Udesc em 2017/1 Resumo O repolho roxo contém pigmentos, antocianinas,

Leia mais

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE SUCO DE CAJU. Iwalisson Nicolau de Araújo 1 Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual da Paraíba.

ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE SUCO DE CAJU. Iwalisson Nicolau de Araújo 1 Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual da Paraíba. ANÁLISE FÍSICO-QUÍMICA DE SUCO DE CAJU Iwalisson Nicolau de Araújo Graduando em Licenciatura em Química pela Universidade Estadual da Paraíba. Maria Janaina de Oliveira Mestranda em Engenharia em Engenharia

Leia mais

Efeito da poda e de produtos enológicos na evolução da cor do vinho tinto.

Efeito da poda e de produtos enológicos na evolução da cor do vinho tinto. Universidade de Aveiro Departamento de Química Ano 2013 João Carlos Lagarto de Brito Calvão Efeito da poda e de produtos enológicos na evolução da cor do vinho tinto. Universidade de Aveiro Departamento

Leia mais

Água A superfície da Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte está concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o

Água A superfície da Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte está concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o A química da Vida Água A superfície da Terra é constituída de três quartos de água, cerca de 70%, a maior parte está concentrada nos oceanos e mares, cerca de 97,5%, o restante 2,5% está concentrado em

Leia mais

ELABORAÇÃO DE VINHOS

ELABORAÇÃO DE VINHOS ELABORAÇÃO DE VINHOS Raul Luiz Ben Enológo Especialista em Vitivinicultura Embrapa Uva e Vinho - Bento Gonçalves/RS Pelotas, 27 de Fevereiro de 2013 QUALIDADE E COMPOSIÇÃO DA UVA PARA ELABORAÇÃO DE VINHO

Leia mais

METABOLISMO CELULAR PROCESSOS E MOLÉCULAS ESPECÍFICAS 06/08/2015. Oxidação: ocorre a saída de um átomo H; Redução: envolve o ganho de um átomo H.

METABOLISMO CELULAR PROCESSOS E MOLÉCULAS ESPECÍFICAS 06/08/2015. Oxidação: ocorre a saída de um átomo H; Redução: envolve o ganho de um átomo H. METABOLISMO CELULAR É o conjunto de reações químicas que ocorrem na célula para que ela possa desempenhar suas atividades. + Pi + Energia As moléculas de não podem ser estocadas, desse modo, as células

Leia mais

3ª Série / Vestibular. As equações (I) e (II), acima, representam reações que podem ocorrer na formação do H 2SO 4. É correto afirmar que, na reação:

3ª Série / Vestibular. As equações (I) e (II), acima, representam reações que podem ocorrer na formação do H 2SO 4. É correto afirmar que, na reação: 3ª Série / Vestibular 01. I _ 2SO 2(g) + O 2(g) 2SO 3(g) II _ SO 3(g) + H 2O(l) H 2SO 4(ag) As equações (I) e (II), acima, representam reações que podem ocorrer na formação do H 2SO 4. É correto afirmar

Leia mais

Programa de Pós-Graduação em Química IQ USP Exame de Capacidade 1º Semestre de Prova de Conhecimentos Gerais em Química

Programa de Pós-Graduação em Química IQ USP Exame de Capacidade 1º Semestre de Prova de Conhecimentos Gerais em Química Programa de Pós-Graduação em Química IQ USP Exame de Capacidade 1º Semestre de 2014 Prova de Conhecimentos Gerais em Química Nome do candidato: Instruções: Escreva seu nome de forma legível no espaço acima.

Leia mais

Tipos de TesTes 1. Cor da epiderme 2. Consistência da polpa 3. Concentração de açúcares 4. Acidez total 5. Teor de amido

Tipos de TesTes 1. Cor da epiderme 2. Consistência da polpa 3. Concentração de açúcares 4. Acidez total 5. Teor de amido 1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA FARROUPILHA CAMPUS SANTA ROSA RS Curso: Técnico em AgroindúsTriA Disciplina: Tecnologia de FruTas e HorTaliças Tema: TesTes de maturação AulA: Nº 03

Leia mais

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO

INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 3º EM Biologia A Josa Av. Dissertativa 25/05/16 INSTRUÇÕES PARA A REALIZAÇÃO DA PROVA LEIA COM MUITA ATENÇÃO 1. Verifique, no cabeçalho desta prova, se seu nome, número e turma estão corretos. 2. Esta

Leia mais

QUÍMICA. a) linha horizontal. b) órbita. c) família. d) série. e) camada de valência.

QUÍMICA. a) linha horizontal. b) órbita. c) família. d) série. e) camada de valência. 13 QUÍMICA A posição dos elementos na Tabela Periódica permite prever as fórmulas das substâncias que contêm esses elementos e os tipos de ligação apropriados a essas substâncias. Na Tabela Periódica atual,

Leia mais

Caracterização Físico-Química de Vinhos Brancos Elaborados na Região do Submédio do Vale do São Francisco, Brasil

Caracterização Físico-Química de Vinhos Brancos Elaborados na Região do Submédio do Vale do São Francisco, Brasil 254 Caracterização Físico-Química de Vinhos Brancos Elaborados na Região do Caracterização Físico-Química de Vinhos Brancos Elaborados na Região do Submédio do Vale do São Francisco, Brasil Physico-Chemical

Leia mais

INFLUÊNCIA DO PORTA-ENXERTO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE VINHOS TINTOS TROPICAIS CV. ALICANTE BOUSCHET

INFLUÊNCIA DO PORTA-ENXERTO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE VINHOS TINTOS TROPICAIS CV. ALICANTE BOUSCHET INFLUÊNCIA DO PORTA-ENXERTO SOBRE AS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DE VINHOS TINTOS TROPICAIS CV. ALICANTE BOUSCHET Geisiane Batista Nunes Vasconcelos 1 ; Fernanda da Silva Lantyer Batista 1 ; Juliane

Leia mais

Professor Antônio Ruas

Professor Antônio Ruas Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: BIOLOGIA GERAL Aula 4 Professor Antônio Ruas 1. Temas: Macromoléculas celulares Produção

Leia mais

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Respiração. Respiração. Respiração. Substratos para a respiração. Mas o que é respiração?

FISIOLOGIA VEGETAL 24/10/2012. Respiração. Respiração. Respiração. Substratos para a respiração. Mas o que é respiração? Respiração Mas o que é respiração? FISIOLOGIA VEGETAL Respiração É o processo pelo qual compostos orgânicos reduzidos são mobilizados e subsequentemente oxidados de maneira controlada É um processo de

Leia mais

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga CARBOIDRATOS Os carboidratos são as biomoléculas mais abundantes na natureza. Para muitos carboidratos, a fórmula geral é: [C(H2O)]n, daí o nome "carboidrato", ou "hidratos de carbono" -São moléculas que

Leia mais

Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP

Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP Biomassa de Banana Verde Polpa - BBVP INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS Porção de 100g (1/2 copo) Quantidade por porção g %VD(*) Valor Energético (kcal) 91 4,55 Carboidratos 21,4 7,13 Proteínas 2,1 2,80 Gorduras

Leia mais

CAPÍTULO 6: COMPOSTOS ORGÂNICOS PROTEÍNAS CAP. 7: COMPOSTOS ORGÂNICOS ÁCIDOS NUCLEICOS E VITAMINAS

CAPÍTULO 6: COMPOSTOS ORGÂNICOS PROTEÍNAS CAP. 7: COMPOSTOS ORGÂNICOS ÁCIDOS NUCLEICOS E VITAMINAS CAPÍTULO 6: COMPOSTOS ORGÂNICOS PROTEÍNAS CAP. 7: COMPOSTOS ORGÂNICOS ÁCIDOS NUCLEICOS E VITAMINAS 1. Dentre os diferentes compostos orgânicos das células temos as proteínas. Sobre estas responda: a) Cite

Leia mais

1.1. A partir de 10 mol de ácido nítrico qual é a massa de nitrato de amónio que se obtém?

1.1. A partir de 10 mol de ácido nítrico qual é a massa de nitrato de amónio que se obtém? Escola Secundária de Lagoa Física e Química A 11º Ano Turma A Paula Melo Silva Ficha de Trabalho 5 Cálculos estequiométricos 1. O ácido nítrico é uma das mais importantes substâncias inorgânicas industriais.

Leia mais

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AÇÚCAR E BEBIDAS

CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AÇÚCAR E BEBIDAS Bacharelado em Ciência e Tecnologia de Alimentos CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO AÇÚCAR E BEBIDAS Profª ANGELITA MACHADO LEITÃO 2º/2017 O QUE É BEBIDA? Todo o alimento que naturalmente tem a forma líquida BEBIDA

Leia mais

TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA

TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA TITULAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA Titulação Procedimento analítico, no qual a quantidade desconhecida de um composto é determinada através da reação deste com um reagente padrão ou padronizado. Titulante

Leia mais

Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I

Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I Aula: 26 Temática: Estrutura dos lipídeos parte I Os lipídeos são abundantes em animais e vegetais. Compreendem os óleos, as gorduras, as ceras, os lipídios compostos como os fosfolipídios e os esteróides

Leia mais

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos

Profª Eleonora Slide de aula. Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Metabolismo de Carboidratos Profª Eleonora Slide de aula Condições de anaerobiose Glicose 2 Piruvato Ciclo do ácido cítrico Condições de anaerobiose 2 Etanol + 2 CO 2 Condições

Leia mais

Fisiologia Pós Colheita

Fisiologia Pós Colheita Fisiologia Pós Colheita Aula apresentada para alunos do 4. o período de Farmácia da UFPR Prof. a MSc. Maria Eugenia Balbi - Bromatologia Fisiologia Pós colheita Preservação da qualidade do produto Aumento

Leia mais

Biomoléculas. * Este esquema não está a incluir as Vitaminas que são classificadas no grupo de moléculas orgânicas. Biomoléculas

Biomoléculas. * Este esquema não está a incluir as Vitaminas que são classificadas no grupo de moléculas orgânicas. Biomoléculas Biomoléculas Biomoléculas Inorgânicas Orgânicas Água Sais Minerais Glícidos Lípidos Prótidos Ácidos Nucléicos * Este esquema não está a incluir as Vitaminas que são classificadas no grupo de moléculas

Leia mais

INTEMPERISMO QUÍMICO MUDANÇAS QUÍMICAS DE MINERAIS DA SUA FORMA MAIS INSTÁVEL PARA MAIS ESTÁVEL

INTEMPERISMO QUÍMICO MUDANÇAS QUÍMICAS DE MINERAIS DA SUA FORMA MAIS INSTÁVEL PARA MAIS ESTÁVEL INTEMPERISMO QUÍMICO MUDANÇAS QUÍMICAS DE MINERAIS DA SUA FORMA MAIS INSTÁVEL PARA MAIS ESTÁVEL PERDA DE ELEMENTOS QUÍMICOS PRIMÁRIOS TRASFORMAÇÃO DE ELEMENTOS PRIMÁRIOS DA ROCHA EM SECUNDÁRIOS ALTERAÇÃO

Leia mais

QUÍMICA DA MADEIRA UFPR - DETF. Prof. Umberto Klock

QUÍMICA DA MADEIRA UFPR - DETF. Prof. Umberto Klock QUÍMICA DA MADEIRA COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA UFPR - DETF Prof. Umberto Klock COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA MADEIRA Componentes químicos elementares Em relação a composição química elementar da madeira, pode-se

Leia mais

A ciência dos antioxidantes

A ciência dos antioxidantes CICLO ALIMENTAÇÃO E SAÚDE A ciência dos antioxidantes Doutoranda: Thaiza Serrano 1 O que são antioxidantes? Substância que retarda o aparecimento de alteração oxidativa no alimento (ANVISA). Substâncias

Leia mais

Todos tem uma grande importância para o organismo.

Todos tem uma grande importância para o organismo. A Química da Vida ÁGUA A água é um composto químico formado por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio. Sua fórmula química é H2O. A água pura não possui cheiro nem cor. Ela pode ser transformada em

Leia mais

Físico-química Farmácia 2014/02

Físico-química Farmácia 2014/02 Físico-química Farmácia 2014/02 1 Decomposição Química Cinética de decomposição Lei de velocidade Ordem de reação Tempo de meia vida e prazo de validade Fatores que influenciam a estabilidade Equação de

Leia mais

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Uva e Vinho Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Embrapa Uva e Vinho

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Uva e Vinho Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Embrapa Uva e Vinho Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento novas cultivares brasileiras de uva Editores Técnicos Patrícia Ritschel Sandra de Souza Sebben Autores Umberto

Leia mais

Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula.

Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula. Aula 01 Composição química de uma célula O que é uma célula? Vamos iniciar o estudo da unidade fundamental que constitui todos os organismos vivos: a célula. Toda célula possui a capacidade de crescer,

Leia mais

MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO (MOS) Fertilidade do Solo Prof. Josinaldo

MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO (MOS) Fertilidade do Solo Prof. Josinaldo MATÉRIA ORGÂNICA DO SOLO (MOS) Fertilidade do Solo Prof. Josinaldo 1 ASPECTOS GERAIS - MOS todos os compostos orgânicos do solo - Influência os atributos do solo - Teor no solo amplamente variável (0,5

Leia mais

Macromolécula mais abundante nas células

Macromolécula mais abundante nas células PROTEÍNAS Origem grego (protos) primeira, mais importante A palavra proteína que eu proponho vem derivada de proteos, porque ela parece ser a substância primitiva ou principal da nutrição animal, as plantas

Leia mais

Vinhos brancos. - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação

Vinhos brancos. - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação Vinhos brancos - Agentes de transformação da uva - Maturação - Vinificação XIV Curso de Prova de Vinhos Vinhos Brancos António Luís Cerdeira Vinhos Verdes Vinificação em branco Recepção Desengace Esmagamento

Leia mais

Caracterização Fenológica de Cinco Variedades de Uvas Sem. Sementes no Vale do São Francisco [1] Introdução

Caracterização Fenológica de Cinco Variedades de Uvas Sem. Sementes no Vale do São Francisco [1] Introdução Caracterização Fenológica de Cinco Variedades de Uvas Sem Sementes no Vale do São Francisco [1] Emanuel Elder Gomes da Silva [2] Patricia Coelho de Souza Leão [3] Introdução No estudo de novas variedades,

Leia mais

Introdução. O vinho, talvez tenha sido descoberto por acaso...

Introdução. O vinho, talvez tenha sido descoberto por acaso... Introdução O vinho, talvez tenha sido descoberto por acaso... Composição da Uva PELE Bons taninos ENGAÇO Corantes Taninos adstringentes. t Componentes importantes. Leveduras na superfície SEMENTES Taninos

Leia mais

= [ ][ ] 2,2 10 = (5 10 )(1 10 ) = 4,4 10

= [ ][ ] 2,2 10 = (5 10 )(1 10 ) = 4,4 10 1) ozônio é um gás que existe em pequenas quantidades (cerca de 10 %) na troposfera, mas em maior concentração na estratosfera, constituindo a camada de ozônio. a) Na troposfera, o ozônio reage com o óxido

Leia mais

Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra,

Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra, A Química da Vida Água A água é uma substância química cujas moléculas são formadas por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio (H2O). É abundante no planeta Terra, onde cobre grande parte de sua superfície

Leia mais

Metabolismo dos Lipídios

Metabolismo dos Lipídios QUÍMCA E BIOQUÍMICA Curso Técnico em Nutrição e Dietética Metabolismo dos Lipídios Professor: Adriano Silva Os lipídios são um grupo de biomoléculas e/ou compostos orgânicos caracterizados por serem insolúveis

Leia mais

Composição e Estrutura Molecular dos Sistemas Biológicos

Composição e Estrutura Molecular dos Sistemas Biológicos Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Prof. Hugo Henrique Pádua M.Sc. Fundamentos de Biofísica Composição e Estrutura Molecular dos Sistemas Biológicos Átomos e Moléculas Hierarquia

Leia mais

MÉTODOS CLÁSSICOS DE ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA A análise química pode ser definida como o uso de um ou mais processos que fornecem informações

MÉTODOS CLÁSSICOS DE ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA A análise química pode ser definida como o uso de um ou mais processos que fornecem informações MÉTODOS CLÁSSICOS DE ANÁLISE QUÍMICA QUANTITATIVA A análise química pode ser definida como o uso de um ou mais processos que fornecem informações sobre a composição de uma amostra. Método: é a aplicação

Leia mais

Laboratório de Análise Instrumental

Laboratório de Análise Instrumental Laboratório de Análise Instrumental Prof. Renato Camargo Matos Profa. Maria Auxiliadora Costa Matos http://www.ufjf.br/nupis DIA/MÊS ASSUNTO 06/03 Apresentação do curso 13/03 PRÁTICA 1: Determinação de

Leia mais

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto

Bioquímica: Componentes orgânicos e inorgânicos necessários à vida. Leandro Pereira Canuto Bioquímica: orgânicos e inorgânicos necessários à vida Leandro Pereira Canuto Toda matéria viva: C H O N P S inorgânicos orgânicos Água Sais Minerais inorgânicos orgânicos Carboidratos Proteínas Lipídios

Leia mais

Biomoléculas: Carboidratos

Biomoléculas: Carboidratos Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Biologia Biomoléculas: Carboidratos Prof. Macks Wendhell Gonçalves, Msc mackswendhell@gmail.com Tópicos Conceito de carboidratos. Classificação

Leia mais

aaa Bento Gonçalves/RS 1

aaa Bento Gonçalves/RS 1 a FISIOLOGIA E NUTRIÇÃO DA VIDEIRA aaa Respiração Celular Prof. Leonardo Cury Bento Gonçalves/RS 1 Equação Geral (Respiração celular (Aeróbica)) ATP C 6 H 12 O 6 + 6O 2 6CO 2 + 6H 2 O G = + 2.880 kj -Compostos

Leia mais

R4 - GABARITO Profº Almir Química. 126 mg 0,126g 126 mg/ dl 0,126 g/ 0,10L 1,26 g/l 1dL 0,10 L Em 1L : 1 mol (glicos e) n.

R4 - GABARITO Profº Almir Química. 126 mg 0,126g 126 mg/ dl 0,126 g/ 0,10L 1,26 g/l 1dL 0,10 L Em 1L : 1 mol (glicos e) n. Gabarito: Resposta da questão 1: [Resposta do ponto de vista da disciplina de Biologia] a) As células β das ilhotas pancreáticas produzem e secretam o hormônio insulina. Esse hormônio determina a redução

Leia mais

Constituintes químicos dos seres vivos

Constituintes químicos dos seres vivos REVISÃO Bioquímica Constituintes químicos dos seres vivos S A I S I N O R G Â N I C O S CARBOIDRATOS São denominados: açúcares, hidratos de carbono, glicídios ou glicosídeos Energia para o trabalho celular

Leia mais

Prof. Willame Bezerra

Prof. Willame Bezerra 1. Os feromônios são compostos emitidos por animais para atrair outros da mesma espécie e sexo oposto. Um dos tipos de feromônios são os chamados atraentes sexuais de insetos, que facilitam sua reprodução.

Leia mais

Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota

Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota Matéria: Biologia Assunto: Respiração celular Prof. Enrico blota Biologia 1. Moléculas, células e tecidos - Fotossíntese e respiração - Respiração celular Fermentação Organismos que só vivem na presença

Leia mais

Título - Arial 44pt - Bold

Título - Arial 44pt - Bold Variedades resistentes: intersecção entre rusticidade e qualidade a experiência brasileira Título - Arial 44pt - Bold Patricia Ritschel Outras João Informações Dimas G. Maia - Arial 28pt Umberto Almeida

Leia mais

Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula

Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula Biomoléculas e processos Passivos/Ativos na célula ICB Dep. Mofologia Disciplina: Biologia Celular Bases moleculares e Macromoleculares Substâncias Inorgânicas/Orgânicas Processos Celulares Passivos/Ativos

Leia mais

Processo de obtenção de energia das células respiração celular

Processo de obtenção de energia das células respiração celular Processo de obtenção de energia das células respiração celular Lipídeos de armazenamento (Gorduras e óleos) Substâncias que originam ácidos graxos e usadas como moléculas que armazenam energia nos seres

Leia mais

1.1. Classifique-os quanto ao nº de átomos de carbono, número de unidades monoméricas.

1.1. Classifique-os quanto ao nº de átomos de carbono, número de unidades monoméricas. 1. O que são carboidratos? Quais os mais importantes do ponto de vista nutricional? São moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio e constituem as biomoléculas mais abundantes na natureza.

Leia mais

ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL E DE FITONUTRIENTES EM VARIEDADES DE MAÇÃ DO OESTE

ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL E DE FITONUTRIENTES EM VARIEDADES DE MAÇÃ DO OESTE ESTUDO DE CARACTERIZAÇÃO NUTRICIONAL E DE FITONUTRIENTES EM DO OESTE 1. AVALIAÇÃO INSTRUMENTAL DA COR No Quadro 1, apresentam-se os valores médios e desvio padrão dos parâmetros de cor CIELab, L*, a*,

Leia mais

01/06/2016 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS COM CLOROFILA

01/06/2016 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RIO GRANDE DO NORTE COMPOSTOS HETEROCÍCLICOS COM CLOROFILA ISTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊCIA E TECOLOGIA RIO GRADE DO ORTE Disciplina: Química e Bioquímica de Alimentos Componentes Secundários e Transformações PIGMETOS PIGMETOS A cor é um dos atributos mais

Leia mais

Professor Antônio Ruas

Professor Antônio Ruas Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: BIOLOGIA GERAL Aula 4 Professor Antônio Ruas 1. Temas: Macromoléculas celulares Produção

Leia mais

QUÍMICA ORGÂNICA I. Química Orgânica é a parte da química que estuda praticamente todos os compostos do elemento carbono.

QUÍMICA ORGÂNICA I. Química Orgânica é a parte da química que estuda praticamente todos os compostos do elemento carbono. QUÍMICA ORGÂNICA I Química Orgânica é a parte da química que estuda praticamente todos os compostos do elemento carbono. Há um pequeno grupo de compostos,chamados de transição, que possui o carbono mas

Leia mais

PREPARADOS HOMEOPÁTICOS PARA O MANEJO DA MOSCA-DAS- FRUTAS NA CULTURA DO PESSEGUEIRO.

PREPARADOS HOMEOPÁTICOS PARA O MANEJO DA MOSCA-DAS- FRUTAS NA CULTURA DO PESSEGUEIRO. PREPARADOS HOMEOPÁTICOS PARA O MANEJO DA MOSCA-DAS- FRUTAS NA CULTURA DO PESSEGUEIRO. RUPP, L.C.D. 1 ; BOFF, M.I.C. 2 ; BOTTON, M. 3 ; SANTOS, F. 2 ; BOFF, P. 4 PALAVRAS-CHAVE: Agricultura Orgânica, Homeopatia,

Leia mais

Propriedades e Usos dos Materiais

Propriedades e Usos dos Materiais Propriedades e Usos dos Materiais Propriedades e Usos dos Materiais 1. O rótulo de uma lata de desodorante em aerosol apresenta, entre outras, as seguintes principal razão dessa advertência é: a) O aumento

Leia mais

ATENÇÃO: 1. Utilize somente caneta azul ou preta. 2. ESCREVA OU ASSINE SEU NOME SOMENTE NO ESPAÇO PRÓPRIO DA CAPA. 3. O espaço que está pautado nas

ATENÇÃO: 1. Utilize somente caneta azul ou preta. 2. ESCREVA OU ASSINE SEU NOME SOMENTE NO ESPAÇO PRÓPRIO DA CAPA. 3. O espaço que está pautado nas 1 ATENÇÃ: 1. Utilize somente caneta azul ou preta. 2. ESCREVA U ASSINE SEU NME SMENTE N ESPAÇ PRÓPRI DA CAPA. 3. espaço que está pautado nas questões é para a sua REDAÇÃ FINAL. 4. Para RASCUNH utilize

Leia mais

Fisiologia do Exercício

Fisiologia do Exercício Fisiologia do Exercício REAÇÕES QUÍMICAS Metabolismo inclui vias metabólicas que resultam na síntese de moléculas Metabolismo inclui vias metabólicas que resultam na degradação de moléculas Reações anabólicas

Leia mais

Metabolismo dos Glicídios

Metabolismo dos Glicídios QUÍMCA E BIOQUÍMICA Curso Técnico em Nutrição e Dietética Metabolismo dos Glicídios Professor: Adriano Silva Os hidratos de carbono são as biomoléculas mais abundantes do nosso planeta 100b de toneladas

Leia mais

Curso: FARMÁCIA Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Funcionamento do Espectrofotômetro. Glicemia. Professor: Dr.

Curso: FARMÁCIA Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Funcionamento do Espectrofotômetro. Glicemia. Professor: Dr. Curso: FARMÁCIA Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Funcionamento do Espectrofotômetro. Glicemia. Professor: Dr. Fernando Ananias NOME: RA: ATIVIDADE PRÁTICA 1 A- ESPECTROFOTOMETRIA Espectroscopia

Leia mais

Química B Intensivo V. 1

Química B Intensivo V. 1 1 Química B Intensivo V. 1 Exercícios 01) B 02) B a) Falsa. O leite in natura é uma mistura heterogênea e não apresenta as mesmas propriedades em toda a extensão da amostra. b) Verdadeira. A gelatina é

Leia mais

Abaixo são indicadas três possibilidades de nomenclatura usual para representar o p

Abaixo são indicadas três possibilidades de nomenclatura usual para representar o p 1. (Ufg 2013) A fórmula de um alcano é CH n 2n+ 2, onde n é um inteiro positivo. Neste caso, a massa molecular do alcano, em função de n, é, aproximadamente: a) 12n b) 14n c) 12n + 2 d) 14n + 2 e) 14n

Leia mais

Exercícios de Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos

Exercícios de Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos Exercícios de Propriedades Físicas dos Compostos Orgânicos Material de apoio do Extensivo 1. Assinale a opção que apresenta o ácido mais forte, considerando que todos se encontram nas mesmas condições

Leia mais