SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE VALE DO RIO DOCE FACULDADE DE DIREITO, CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS E ECONÔMICAS CURSO DE DIREITO Iara Damasceno Araujo SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS Governador Valadares 2010

2 2 Iara Damasceno Araujo SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS Monografia para obtenção do grau de bacharel em Direito apresentada à Faculdade de Direito, Ciências Administrativas e Econômicas da Universidade Vale do Rio Doce. Orientador: Profa. Rosemeire Pereira da Silva Governador Valadares 2010

3 3 IARA DAMASCENO ARAUJO SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS CONSEQUÊNCIAS Monografia apresentada como requisito para obtenção do grau de bacharel em Direito pela Faculdade de Direito, Ciências Administrativas e Econômicas da Universidade Vale do Rio Doce. Governador Valadares, 03 de agosto de 2010 Banca Examinadora: Prof.(a) Universidade Vale do Rio Doce Prof.(a) Universidade Vale do Rio Doce Prof.(a) Universidade Vale do Rio Doce

4 4 AGRADECIMENTO Agradeço à Deus por me dar saúde, força e coragem para enfrentar os obstáculos dessa jornada. Aos meus pais, irmãos e cunhado, pelo apoio e incentivo. A meu namorado pela compreensão e carinho. À Profa. Rosemeire Pereira pelo carinho e por ter aceitado acompanhar e ajudar-me no desenvolvimento e elaboração deste trabalho. A todos que acompanharam essa vitória, muito obrigada.

5 5 Não fique triste quando ninguém notar o que fez de bom. Afinal, o sol faz um enorme espetáculo ao nascer e, mesmo assim, a maioria de nós continua dormindo. Charles Chaplin ( ).

6 6 RESUMO Com a dissolução do casamento, havendo filhos comuns aos ex-consortes, será definida a guarda da criança ou adolescente. Definida a guarda a um dos genitores, logo é determinado, seja através de acordo ou decisão judicial, o direito de visitas ao outro. Essas visitas são direito da criança ou adolescente, e tem por finalidade manter o vínculo, o convívio do filho com pai. Ocorre que, na maioria dos casos, o genitor não guardião, não consegue exercer esse direito plenamente, vez que o outro genitor busca interromper esse contato. Com histórias inventadas, mentiras que de tanto ser repetida acabam convencendo a criança ou adolescente que é verdade. Esse processo de afastamento é chamado de Alienação Parental. A Síndrome da Alienação Parental é um mal que vem crescendo com o passar do tempo. O número de crianças e adolescentes, que após a separação dos pais, que se afastam do convívio do pai ou da mãe, pelo simples fato que um dos genitores não aceita a separação ou possui uma mágoa profunda para com o outro, vem crescendo a cada dia. A busca por punições para essa prática tem ganhado grande dimensão, vez que as conseqüências trazidas pela Alienação Parental, são irreparáveis. Palavras-chave: Dissolução do casamento. Guarda dos filhos. Direito de visitas. Convívio do filho com o pai. Alienação Parental. Punições.

7 7 ABSTRACT With the dissolution of marriage, having children of both spouses to former spouses will set the custody of the child or adolescent. Set custody to one parent, then is determined either by agreement or court order, the right of visits to each other. These visits are right of the child or adolescent, and aims to maintain the bond, the interaction of child with parent. It happens that many times, most often not the parent guardian, can not fully exercise this right, because the other parent seeks to interrupt this contact. With fabricated stories, lies to be repeated both end up convincing the child or adolescent is true. This removal process is called Parental Alienation. The Parental Alienation Syndrome is a disease that is increasing over time. The number of children and adolescents, who after separating from parents who move away from the conviviality of the father or mother, for the simple fact that one parent does not agree to separation or possess a deep sorrow for the other, has been growing day. The search for punishment for such practices has gained large, since the consequences brought about by parental alienation, is irreparable. Palavras-chave: Dissolution of marriage. Custody of children. Right of visits. Convivial son with his father. Parental Alienation. Punishments.

8 8 LISTA DE SIGLAS TJMG SAP Tribunal de Justiça de Minas Gerais Síndrome da Alienação Parental

9 9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 8 2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FAMÍLIA E SEU 11 CONCEITO 3 PODER FAMILIAR A SEPARAÇÃO E O PODER FAMILIAR 18 4 SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL 21 5 PROCESSO EVOLUTIVO DA SAP 24 6 DIFERENÇA ENTRE ALIENAÇÃO PARENTAL E 26 SÍNDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL 7 COMO IDENTIFICAR A SAP 28 8 PUNIÇÕES PARA A PRÁTICA DA ALIENAÇÃO 31 PARENTAL 9 CONCLUSÃO 37 REFERÊNCIAS 39

10 10 1 INTRODUÇÃO A família foi originada do direito romano, que era regida pelas normas estabelecidas pela religião. Com o passar do tempo a família vem sofrendo diversas mudanças, tanto na sua constituição como no direito de cada um de seus membros. Definida como base da sociedade (art.226, CF/88), as mudanças sofridas pela família trouxeram novos conceitos de formação, de direitos e deveres. Com o Código Civil de 2002, veio mudanças importantes no âmbito familiar, desde a regulamentação do divórcio ao reconhecimento da união estável, como também o exercício do poder familiar. A família passou então a ser definida pelos laços de afinidade provenientes do casamento. Contudo, ainda existem fatos que precisam ser estudados mais a fundo. Após a consumação da separação, o exercício do poder familiar, que é responsabilidade dos pais, fica prejudicado para ambos, além de ocorrer o enfraquecimento do exercício do referido poder quanto ao genitor que não detém a guarda do filho. O genitor guardião, que exerce o poder integralmente, não pode impedir o outro de manter contato com o filho, a não ser que exista situação para tal medida ser adotada. Uma vez que a visita é um direito tanto do filho quanto do genitor não guardião, qualquer mudança na mesma deve ser levada ao conhecimento do judiciário. Ocorre que após a separação, definida a guarda da criança ou adolescente, o genitor guardião, movido pelo sentimento de vingança, conta mentiras, tanto para o filho quanto para o outro genitor, a fim de estreitar ou até mesmo por fim no relacionamento do pai ou mãe com o filho. Para isso, o alienador, como é chamado quem pratica tal ato, utiliza de diversos artifícios para a consumação desse afastamento. O médico e professor de psiquiatria infantil da Universidade de Columbia (EUA), Dr. Richard Gardner foi que, em 1985, identificou e estudou essa prática, denominada Síndrome da Alienação Parental. Segundo Gardner, a síndrome da alienação parental (SAP) é um distúrbio que surge inicialmente nas disputas em torno da custódia dos filhos. Sua manifestação inicia-se com uma campanha a fim de denegrir, desmoralizar o outro genitor injustificadamente. Essa síndrome

11 11 desencadeia através de um processo onde a criança é induzida a odiar o outro genitor. Esse problema está cada vez mais presente no âmbito das disputas pela guarda de crianças ou adolescentes. Pais ou mães buscam afastar o outro de maneira definitiva da convivência do filho. Existem casos onde o alienante utiliza meios gravíssimos para esse afastamento, como acusação de violência ou abuso sexual. Quando esse fato chega ao conhecimento do judiciário, a criança é retirada da convivência do genitor, que nesse caso, é o alienado. As consequências da retirada do filho da convivência do genitor são, em sua maioria, irreparáveis, além de trazer danos psicológicos ou até mesmo atrapalhar o desenvolvimento da criança ou adolescente. Por isso, esta pesquisa aborda A síndrome da alienação parental e suas consequências. A finalidade principal desta pesquisa é demonstrar como a prática da alienação parental tem crescido com o decorrer dos tempos após a dissolução da sociedade conjugal assim como as conseqüências e os danos trazidos à formação da criança e adolescente que são ao mesmo tempo vítimas e instrumentos na consumação desta. Serão relatadas as punições previstas para aqueles que praticam alienação parental e os procedimentos a serem adotados quando identificada esta prática. Essa pesquisa foi realizada tendo como base o projeto de lei que visa a regulamentação e a aplicação de punições para os praticantes da alienação parental, além de revisão bibliográfica de alguns estudiosos e doutrinadores do Direito de Família. Foram utilizados também, artigos de internet para atualização acerca do assunto, por se tratar de um tema ainda em fase de aprovação. Para facilitar a explicação do tema, o texto foi dividido em sete partes. Os dois primeiros capítulos conceituam e relatam a evolução traçada pela família ao longo dos anos, assim como seus efeitos históricos. Já o terceiro capítulo, relata os direitos e os deveres da família e dos pais no âmbito do exercício do poder familiar perante aos filhos, além de explicar como era exercido esse poder, as mudanças sofridas e continuação desse exercício após a separação. Nos próximos quatro capítulos, será conceituada a Síndrome da Alienação Parental, explicando o processo de evolução da mesma, assim como serão prestadas informações acerca da diferença entre a alienação parental e a síndrome, além de detalhar os meios de identificá-la.

12 12 Por fim, nos últimos capítulos será abordado quais punições previstas para essa prática e a importância da devida aplicação das mesmas.

13 13 2 A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA FAMÍLIA E SEU CONCEITO A entidade famíliar é constituída pelo marido e a esposa, que aumenta com nascimento dos filhos. A família cresce ainda com o casamento dos filhos, que não rompem o vínculo familiar com seus pais e continuam fazendo parte da família. A família é uma sociedade natural formada por indivíduos unidos por laços de sangue ou de afinidade. Os laços de sangues se dão pela descendência, já a afinidade se dá pelo casamento quando o cônjuge agrega à família com seus parentes. Com o passar dos tempos a sociedade familiar sentiu necessidade de criar leis para se organizar e com isso surgiu o Direito de Família, regulando as relações familiares e tentando solucionar os conflitos oriundos dela. O Direito é, portanto, um conjunto de normas e princípios que regulamentam o funcionamento da sociedade e o comportamento de seus membros. O Direito protege o organismo familiar, por ser uma sociedade natural anterior ao Estado e ao Direito. O modelo de família brasileiro encontra sua origem na família romana que, por sua vez, se estruturou e sofreu influência no modelo grego. O pai, pater famílias, exercia direito de vida e morte sobre os filhos, podendo vendê-los, castigá-los e até tirar-lhes a vida. A mulher era subordinada à autoridade marital e podia ser repudiada por ato unilateral do marido. A família era, simultaneamente, uma unidade econômica, religiosa, política e jurisdicional. O ascendente comum vivo mais velho era, ao mesmo tempo, chefe político, sacerdote e juiz. Os historiadores do direito romano observaram que nem o nascimento nem o afeto eram alicerces da família, apenas fundamentava no poder paterno ou do marido. Esse poder era uma espécie de instituição primordial, explicada apenas pelo poder do marido sobre a mulher e do pai sobre os filhos. Essa autoridade marital foi efeito da religião e estabelecido por esta. A família era composta pelo pai, mãe, filhos e escravos que eram submetidos a uma disciplina estabelecida pela religião que era autoridade principal dentro da família. A mulher só era levada em conta no momento da cerimônia do casamento e os filhos deixavam de fazer parte da família quando emancipavam ou quando se casavam e perdiam o direito ao legado e à herança constituída pelo pai.

14 14 A família antiga era mais uma associação religiosa que uma associação natural. Contudo, não foi a religião que criou a família, mas foi quem criou suas regras. Havia, inicialmente, um patrimônio familiar administrado pelo pater. Após a evolução do direito romano, surgiram patrimônios individuais, administrados por pessoas que estavam sob a autoridade do pater. A partir do século IV, com o Imperador Constantino, instalou no direito romano a concepção cristã da família, onde predominava as preocupações de ordem moral. Com o tempo a família romana foi evoluindo, dando maior autonomia à mulher e aos filhos. Durante a Idade Média as relações de família eram regidas exclusivamente pelo direito canônico, onde o casamento religioso era o único conhecido. Mesmo que as normas romanas exercessem bastante influência quanto ao pátrio poder e às relações patrimoniais entre os cônjuges, observava-se também a crescente importância de diversas regras de origem germânica. O direito de família brasileiro foi fortemente influenciado pelo direito canônico, como consequência principalmente da colonização portuguesa. O Código Civil de 1916 seguiu a linha do direito canônico, no que tange aos direitos patrimoniais. O casamento não se dissolvia e havendo o desquite, os filhos ficavam com o cônjuge inocente. Os filhos eram entregues como prêmios ao cônjuge inocente, enquanto o outro era punido com a perda da guarda dos mesmos. Em caso de ambos serem culpados, os filhos ficam com a mãe após o juiz analisar que não haveria algum prejuízo moral a eles. Sendo a mãe a única culpada, os filhos não podiam ficar em sua companhia. Não se preocupavam com o as melhores condições de desenvolvimento das crianças, questionava-se apenas a postura dos genitores. O art. 229, do Código Civil de 1916, declarava que o casamento tinha como principal efeito a criação da família. A família formada fora do casamento era considerada ilegítima e só era mencionada nos dispositivos que faziam restrições a esse modo de convivência, chamado de concubinato. Proibia, por exemplo, benefícios testamentários ou doações do homem casado à concubina, ou a inclusão desta como beneficiária de contrato de seguro de vida. A CF/88, art. 226, ao reconhecer como família a união estável entre homem e mulher, conferiu juridicidade ao relacionamento existente fora do casamento:

15 15 art.226- A família, base da sociedade, te especial proteção do Estado.... 3º- Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre homem e mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento..... Após a Constituição Federal consagrar o princípio da igualdade e assegurar os mesmos direitos e deveres referentes à sociedade conjugal ao homem e a mulher, o que produziu efeitos significativos no poder familiar. Abriu ainda horizontes ao instituto jurídico do direito de família, com atenção especial no planejamento familiar e à assistência direta à família (art.226, && 7º e 8º). As inovações trazidas pela Constituição Federal de 1988 levaram à aprovação do Código Civil de 2002 que entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003, sendo que o projeto original data de 1975, anterior à lei do divórcio (lei 6515/77). A instituição do divórcio (EC 9/77 e lei 6515/77) acabou com indissolubilidade do casamento, eliminando a idéia da família como instituição sagrada. Hoje a família é formada por grupos de pessoas ligadas por vínculos de parentesco natural (consangüinidade) ou civil (adoção). O atual Código Civil fala em graus de parentesco que se limita até o 4º grau. São pais e mães (1º grau), avôs e avós (2º grau), bisavôs e bisavós (3º grau) na linha vertical para cima, chamado ascendentes. Na mesma linha, para baixo, estão os filhos (1º grau), netos (2º grau), bisnetos (3º grau), os chamados descendentes. Essa linha vertical não tem fim. Já na linha colateral, o código limita o parentesco até o 4º grau, que sãos os irmãos (2º grau), tios (3º grau) e primos (4º grau), todos parentes colaterais. A família pode ser classificada em dois tipos básicos: Família conjugal ou nuclear - que reúne o marido, a mulher e os filhos; Família consanguínea ou extensa engloba, além do casal e seus filhos, outros parentes, como avós, genros, noras, netos, primos e sobrinhos. A família continua sendo a célula mater, a base da sociedade, desfrutando da especial proteção do Estado. Porém, a família não provém apenas do casamento,

16 16 resultam também da união estável entre homem e mulher, como também se estabelece entre qualquer um dos pais e seus descendentes. As principais funções da família são: Reprodutiva - perpetua a espécie humana com a geração dos filhos; Econômica aquela que assegura os meios de subsistência e bemestar de seus integrantes; Educacional responsável pela transmissão à criança dos valores e padrões culturais da sociedade. O atual Código Civil buscou atualizar os aspectos essenciais do direito de família convocando os pais a uma paternidade responsável e a assunção de uma realidade familiar concreta, onde os vínculos de afeto sobrepõem à verdade biológica.

17 17 3 PODER FAMILIAR As relações no plano jurídico decorrentes da consangüinidade e do natural afeto entre pais e filhos marcam o sentido primário do que se entende por parentalidade. Na linguagem técnica, esse relacionamento denomina-se poder familiar. Refere-se ao poder que os pais têm sobre as pessoas e os bens dos filhos. Guarda criação e sustento da prole constitui, na verdade, mais que um poder, um conjunto de deveres que o pai e mãe exercem em face dos filhos, enquanto menores não emancipados. A denominação poder familiar conserva um sentido diferente do verdadeiro já que os pais possuem não apenas o poder, em relação aos filhos, mas um conjunto de deveres relativos a guarda, sustento e educação dos mesmos. O poder familiar, previsto nos artigos 1630 a 1638 do Código Civil Brasileiro atual, é o conjunto de direitos e deveres atribuídos aos pais no quanto à pessoa e aos bens dos filhos menores. Têm como característica o munus publico, vez que os pais, ao exercer o poder familiar, contribuem com a sociedade, dando educação e outros atos que contribuem para a melhoria da sociedade. É irrenunciável, já que os pais têm que, obrigatoriamente, exercer o poder familiar, não podendo simplesmente renunciá-lo. O exercício do poder familiar só pode ser delegado a outrem mediante determinação judicial e assim como os demais direitos pessoais são imprescritíveis, e caso houver um tutor nomeado, os pais não poderão exercer tal poder. Conforme Cunha Gonçalves1: os filhos adquirem direitos e bens, sem ser por via de sucessão dos pais. Há, pois que defender e administrar esses direitos e bens; e para este fim representá-los em juízo e fora dele. Por isso aos pais foi concedida ou atribuída uma função semi pública, designada por poder paternal ou pátrio poder, que principia dede o nascimento do filho, e se traduz por uma serie de direitos-deveres, isto é, direitos em face de terceiros e que são, em face dos filhos, deveres legais e morais 1. 1 Cunha Gonçalves, Direito de família e direito das sucessões.

18 18 O poder familiar não tem o mesmo caráter absoluto que tinha o direito romano, tanto que se cogitou chamá-lo pátrio dever, já que os pais têm mais deveres que direitos. A expressão poder familiar é nova, correspondente ao antigo pátrio poder. O pátrio poder é o poder do pai sobre os filhos, conforme o estabelecido no direito romano. No direito romano, o chamado de patria potestas, o pátrio poder, visava apenas os interesses do chefe da família, onde pai tinha o direito de vida e morte sobre o filho. Esse poder era originado da religião que dava ao homem o poder supremo sobre a família, onde a mulher e os filhos eram submetidos ao poder exercido pelo mesmo. O pai tinha o direito de reconhecer os filhos ao nascer ou de repudiá-los. Podia repudiar a mulher, seja por esta ser estéril ou em caso de adultério. Tinha o direito de casar a filha e esta tinha que subordinar-se ao poder do marido. Da mesma forma, tinha o direito de casar o filho para perpetuação da família. Os filhos deixavam de fazer parte da família após o casamento. O homem, como chefe da família, podia ainda, antes de morrer, designar um tutor para a mulher e os filhos, já que a mulher, mesmo após tornar-se viúva, não tinha o direito de exercer a autoridade sobre a família. Com o passar dos anos o exercício desses poderes foram restringidos e foi constituído um novo poder, o poder familiar. Como se trata de um termo vindo de uma sociedade patriarcal, o movimento feminista reagiu, fazendo surgir o termo poder familiar. O Código Civil de 1916 assegurava o pátrio poder ao marido, o chefe da família. Somente, na ausência do marido ou quando houvesse algum impedimento, que a mulher assumia o exercício do poder familiar em relação aos filhos. Se a mulher viúva se casasse, perdia o pátrio poder relativo aos filhos, independente da idade deles, podendo retomar tal poder quando ficasse viúva novamente. Com o estatuto da mulher casada, lei 4121/62, foi assegurado o pátrio poder a ambos os pais, sendo exercido pelo homem com o apoio da mulher. Quando havia divergência entre os genitores, prevalecia a vontade do pai, podendo a mãe recorrer a justiça. A Constituição Federal de 1988 assegurou tratamento igual ao homem e à mulher:

19 19 art. 5º- Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes: I homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;.... Ao assegurar direitos e deveres iguais ao homem e a mulher, também quanto à sociedade conjugal (art.226, 5º), foi dado a ambos o direito de exercer o poder familiar em relação aos filhos comuns. Ainda que o termo poder familiar atenda a igualdade entre o homem e a mulher, não é o mais adequado, pois matem a ênfase no poder deslocado do homem para a família. Segundo Carlos Roberto Gonçalves 2 : A denominação poder familiar é mais apropriado que pátrio poder utilizada pelo Código de 1916, mas ainda não é a mais adequada porque ainda se reposta ao poder. Antes de ser um poder, o poder familiar é a representação da obrigação dos pais e não da família como se sugere. Ainda de acordo com Gonçalves, algumas legislações estrangeiras optaram pela denominação autoridade parental, uma vez que o conceito de autoridade remete ao exercício função legitima baseada no interesse de outro individuo, e não em coação inerente ao poder. Ressalta que os interesses dos pais está condicionado ao interesse dos filhos, que a função dos pais é exercer o melhor no que diz ao interesse dos filhos. O poder familiar, que é mais um dever, converteu-se em múnus publico, já que seu bom desempenho é de interesse do Estado, sendo assim, irrenunciável e indelegável, não podendo os pais transferi-los ou renunciá-los. O referido instituto é também imprescritível, já que o genitor não perde o poder por não exercê-los, exceto nos casos expressos em lei. E ainda não pode ser alienado, já que não se pode 2 Carlos Roberto Gonçalves, Direito Civil brasileiro, p. 359

20 20 nomear tutor a menor cujos pais não foram destituídos ou suspensos do poder familiar. As obrigações referentes ao poder familiar são personalíssimas. Os pais podem não exercer o poder familiar, seja através da extinção, perda ou destituição desse poder. Existem diversas maneiras de extinção do poder familiar, seja pela morte dos pais ou dos filhos, maneira que impede o exercício do poder familiar. Será extinto também quando o menor for emancipado, quando atingir a maioridade, ou por decisão judicial. A perda ou destituição constitui espécie da extinção do poder familiar, decretada por decisão judicial. A perda ou destituição do poder familiar se dão, conforme o art do CC, mediante a aplicação de castigo imoderado do filho, ao abandono do filho, à prática de atos contrários à moral e aos bons costumes e à reiteração de faltas aos deveres inerentes ao poder familiar. 3.1 A SEPARAÇÃO E O PODER FAMILIAR O casamento é o instituto mais amplo que a sociedade conjugal, vez que regula a vida dos consortes, suas relações e obrigações recíprocas, morais e materiais, e seus deveres para com a família e os filhos. Durante o casamento ou na vigência da união estável, são os pais os detentores do poder familiar. Quando ocorre a separação os deveres dos cônjuges com os filhos permanecem. Mesmo com a separação os pais continuam a exercer o poder familiar, já que este decorre da paternidade e da filiação e não do casamento ou união estável. Na união estável, o exercício do poder familiar depende da filiação e do reconhecimento feito pelo genitor, independente da origem do seu nascimento. O exercício do poder familiar independe do vinculo entre os pais, desfeitos ou jamais ocorridos, os genitores o exerce em conjunto. No direito romano, a mulher não tinha o direito de divorciar-se, mas, caso ocorresse, não podia ficar com os filhos, estes deveriam continuar sob o poder do pai. A mãe não tinha os filhos em seu poder em qualquer hipótese. O poder familiar não é alterado com a separação judicial, divorcio ou dissolução da união estável, com exceção da guarda, que é uma pequena parcela e fica com um deles, conforme o art do Código Civil atual que diz:

21 21 art.1632-a separação judicial, o divorcio e a dissolução da união estável não alteram as relações entre pais e filhos, senão quanto ao direito, que aos primeiros cabe, de terem em sua companhia os segundos. É assegurado ao outro o direito de visitas e de fiscalização da manutenção e educação por parte do primeiro. Fica prejudicado o exercício do poder familiar por ambos, havendo na pratica uma repartição entre eles, com um enfraquecimento dos poderes do genitor privado da guarda, vez que o outro exerce o poder geral individualmente. É estabelecido um regime de visitas, seja através de acordo de separação, seja através de determinação judicial, com finalidade de atender os interesses e as necessidades do genitor não-guardião, bem como do menor. Desta forma, o direito de visitas não pode ser suprimido, a não ser que existam situações extremamente graves para adotar tal medida. Na falta ou impedimento de um dos pais, o outro exercerá o poder familiar com exclusividade, conforme o art do CC/02. Contudo, em caso de emancipação ou autorização para casamento do menor, mesmo que apenas um detenha a guarda criança ou adolescente, tem que haver a concordância de ambos os genitores. Mesmo após a separação, os ex-cônjuges continuam como titulares do poder familiar. Se a mãe detém a guarda do menor, após a separação, por ter melhores condições, há o deslocamento do poder do exercício do poder familiar, pois ela precisa exercê-lo, o que na significa que o pai deixa de ser seu titular conjunto. Se o pai discordar de alguma decisão da mãe, poderá recorrer ao Poder Judiciário para pleitear sua modificação. O pai ou mãe que se divorciou e casou pela segunda vez, que tem filho do casamento anterior, detém o poder familiar sobre esse ao lado do ex-consorte. Da mesma forma, se tiver filho com o atual cônjuge, irá compartilhar com este o poder familiar. O novo cônjuge só poderá exercer o poder familiar sobre os filhos de seu consorte se adotá-los.

22 22 Nada impede que seja decidida a guarda compartilhada dos filhos, caso que o exercício do poder familiar competirá ao casal parental, já que o conjugal deixou de existir. Se a guarda dos filhos ficarem, por sentença judicial, com pessoa idônea da família de qualquer dos cônjuges, o poder familiar será exercido pelos pais, subsistindo o direito ao recurso judicial. É resguardado, ao ex-cônjuge que não detém a guarda dos filhos, o direito e o dever de acompanhar o crescimento e a educação do menor. É a forma encontrada de manter o vinculo familiar do progenitor não guardião, minimizando a desagregação imposta pela separação.

23 23 4 SÍNDROME ALIENAÇÃO PARENTAL Com a separação do casal e a atribuição da guarda dos filhos comuns a um dos genitores, resta ao outro apenas a convivência. A guarda é atribuída a aquele que tenha melhores condições de exercê-la, conforme o art. 1583, 2º: art º. A guarda unilateral será atribuída ao genitor que revele melhores condições para exercê-la, objetivamente, mais aptidão para propiciar aos filhos os seguintes fatores: I - afeto nas relações com o genitor e com o grupo familiar; II - saúde e segurança; III educação..... O direito de visitas é determinado através de acordo ou de estipulação do juiz. Esse é um direito da criança e do adolescente e tem como finalidade diminuir os efeitos causados pelo fim da sociedade conjugal. É uma forma do genitor que não detém a guarda participar da criação e da formação dos filhos e exercer o poder familiar. Para atender, não apenas os interesses dos genitores, mas de todos os relacionados com a criança ou adolescente, tal direito não pode sofrer qualquer restrição, desde que não haja circunstâncias graves onde o afastamento se faz necessário. O caput do art. 227 da Constituição Federal, fica claro a obrigação da família em proporcionar à criança ou adolescente o direito à convivência familiar e protegêla de toda e qualquer forma de violência:

24 24 art.227- É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito a vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligencia, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Quando um dos cônjuges, mediante a ruptura da vida conjugal, não consegue aceitar a separação e o sentimento de rejeição, de traição, faz surgir o desejo de vingança, assim começa um processo de destruição, desmoralização, de descrédito do ex-parceiro. A criança ou adolescente é induzido a odiar o outro genitor, é induzida a afastar de quem ama e quem também a ama. Com a intenção de afastar a criança do convívio com o outro genitor, o guardião pratica a Alienação Parental que é o inicio do processo de afastamento entre genitor não guardião e o filho. Com a intensificação desse quadro, surge uma Síndrome, que resulta das técnicas e procedimentos (involuntários ou não) utilizados pelo guardião para o afastamento completo entre ambos. A alienação parental consiste em programar uma criança para que odeie um dos pais. Geralmente é praticada por quem possui a guarda do filho. Para isso, a pessoa utiliza de diversos artifícios, como dificultar o contato da criança com o exparceiro, além de implantar falsas memórias na criança ou adolescente. Em casos extremos, mas não tão raros, a criança é estimulada pelo guardião a acreditar que apanhou ou sofreu abuso sexual. É a maneira mais rápida e eficiente de afastar a criança do ex-cônjuge. Afinal, que juiz vai correr o risco de, na dúvida, não interromper o contato da criança com o acusado? Segundo a desembargadora aposentada Maria Berenice Dias 2, nos testes psicológicos, em 30% dos casos fica comprovada que não houve o crime. A 2 Maria Berenice Dias, desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, vice-presidente nacional do IBFAM.

25 25 investigação é complexa e o processo lento por isso a criança permanece anos afastada do pai, tempo suficiente para que os vínculos sejam quebrados. O estudo da síndrome da alienação parental foi iniciado pelo médico e professor de psiquiatria infantil da Universidade de Columbia (EUA), o Dr. Richard A. Gardner, que identificou em 1985 e estudou a fundo o problema e que conceitua a SAP da seguinte forma: A síndrome da alienação parental (SAP) é um distúrbio que surge inicialmente no contexto das disputas em torno da custódia infantil. Sua primeira manifestação verifica-se numa campanha que visa denegrir afigura parental perante a criança, uma campanha que não tem justificação. Esta síndrome resulta da combinação de um programa de doutrinação dos pais (lavagem cerebral) juntamente com a contribuição da própria criança para envilecer a figura parental que está na mira desse processo 3. A alienação pode durar anos, com graves conseqüências para a formação da criança, e somente após a criança adquirir alguma independência do genitor alienante, poderá superar tal prática, o que nem sempre acontece. 3 The parental alienation syndrome (PAS) is a disorder that arises primarily in the context of childcustody disputes. Its primary manifestation is the child's campaign of denigration against a parent, a campaign that has no justification. It results from the combination of a programming (brainwashing) parent's indoctrinations and the child's own contributions to the vilification of the target parent. em 15/08/2008, 09h39.

26 26 5 PROCESSO EVOLUTIVO DA SAP Concretizada a separação e definida a guarda dos filhos, logo fica estabelecido o regime de visitas. Inúmeras são as barreiras opostas pelo guardião à realização de visitas. Compromissos de última hora, doenças inexistentes, dentre outros, são os meios encontrados pelo guardião para impedir os encontros do excônjuge com o filho. O filho é transformado em instrumento de vingança que existe entre os ex-consortes. O genitor, na maioria dos casos, o detentor da custódia, que afasta o filho do convívio com o outro genitor, promove a alienação parental. Tal prática auxilia no surgimento de uma síndrome, onde surge um apego excessivo e exclusivo da criança com um dos genitores e o afastamento total do outro. O genitor alienante usa de vários artifícios para afastar o filho do outro genitor. Ela ou ele, passa não deixar que o outro participe do desempenho escolar do filho, deixe de informar eventos festivos como intuito de manchar a imagem do genitor alienado junto à escola. Proíbe que o filho mantenha qualquer tipo de contato com a família do outro genitor. Faz chantagem emocional sempre que pode, principalmente quando o filho sai para passear ou vai passar férias com o outro genitor. A criança ou adolescente que apresenta o sintoma da síndrome evita manter qualquer tipo de contato com um dos genitores, independente de razão ou motivo plausível. Trata-se de um sentimento de rejeição a um dos genitores, geralmente incutido pelo outro genitor, que leva o menor a externar apenas conceitos negativos do progenitor o qual é intentada tal alienação, que evolui com o tempo para um afastamento completo, não apenas do genitor alienado, como também dos seus parentes e amigos. Outro meio de manobra para excluir o outro genitor da vida do filho é a mudança de cidade, estado ou país. Geralmente essa transferência de domicílio se dá repentinamente, após anos de vida em local ao qual, não apenas o genitor alienante encontrava-se acostumado e adaptado, como também a criança que, vêse privada do contato com o progenitor alienado, com os familiares, com os amiguinhos, com a escola a que já se encontrava integrada, etc. E tudo em nome de vagas escusas: melhores condições de trabalho ou de vida, novo relacionamento amoroso com pessoa residente em cidade diferente e, quase sempre, distante, etc.

27 27 Nesses casos, adverte Gardner 4, o juiz deve se mostrar muito atento, para verificar quando se trata de mudanças ditadas por motivos reais e justificadas ou quando ela não passa de subterfúgio para afastar o outro genitor do filho. Aquele que busca afastar o outro genitor da convivência, geralmente a mãe, com o filho é chamado de progenitor alienante e o outro, que tem o contato com a criança subtraído, geralmente o pai, é chamado de progenitor alienado. Esses pais que induzem a alienação parental, muitas vezes acabam se tornando vitimas de sua própria armadilha, já que quando o filho cresce e descobre que na realidade foi impedido de ter contato com o outro genitor e não era ele que não queria manter contato. O filho acaba julgando impiedosamente o alienador. Esse processo patológico é nomeado como síndrome de alienação parental, que, de acordo com o ponto de vista médico, é considerado como abuso emocional. 4Dr. Richard A. Gardner, professor de Psiquiatria Infantil da Universidade de Columbia (EUA)

28 28 6 DIFERENÇA ENTRE A ALIENAÇÃO PARENTAL E A SÍDROME DE ALIENAÇÃO PARENTAL A síndrome da alienação parental não se confunde com a alienação parental. A síndrome é decorrente da alienação parental que é o afastamento filho de um dos genitores provocado por aquele que detém a guarda. A síndrome da alienação parental diz respeito às sequelas emocionais e comportamentais que padece a criança vítima de tal alienação. Enquanto a síndrome se refere à conduta do filho que terminantemente se recusa a ter contato com um dos progenitores e que sofre com as mágoas provenientes daquele rompimento, a alienação parental está relacionada com o processo desencadeado pelo progenitor detentor da guarda que busca afastar a presença do outro genitor da vida do filho. Quando essa conduta ainda não deu lugar à instalação da síndrome, é reversível e permite, com o auxílio de terapia e do Poder Judiciário, o restabelecimento das relações com o genitor preterido, quando já existe alienação parental, segundo estatísticas divulgadas por Darnall 5, apenas 5% dos casos cedem ainda na infância. Segundo Marco Antonio Garcia de Pinho 6 : No Brasil, o número de Órfãos de Pais Vivos é proporcionalmente o maior do mundo, fruto de mães, que, pouco a pouco, apagam a figura do pai da vida e imaginário da criança. Sabe-se também que, em casos extremados, quando o genitor alienante não consegue lograr êxito no processo de alienação, este pode vir a ser alcançado com o extermínio do genitor que se pretendia alienar ou mesmo do próprio filho. Essa patologia afeta mais os meninos, na idade entre 8 e 11 anos, que mais sofrem com a ausência paterna. Crianças mais velhas opõem resistência maior à 5 Douglas Damall: Práticas da psicologia, psicologia clínica e aconselhamento em Youngstown, Ohio. 6Marco Antonio de Pinho.

29 29 presença do genitor alienante, já que possuem um pouco mais de independência e vontade própria. Instalada a síndrome da alienação parental, as sequelas do processo patológico comprometerão o desenvolvimento normal da criança. Quando adulta essa criança pode sofrer com a culpa de ter sido cúmplice de injustiça contra o genitor alienado. A criança pode vir a apresentar nervosismo, depressão, ansiedade, doenças psicossomáticas e principalmente agressividade.

30 30 7 COMO IDENTIFICAR A SAP A separação é sempre traumática para todos. O genitor guardião apega-se ainda mais à criança por sentir-se mais responsável ou para diminuir a sensação de solidão com o distanciamento do companheiro. Muitas vezes a ruptura da vida conjugal gera na mãe sentimento de abandono, de rejeição, de traição, surgindo uma tendência vingativa muito grande. Quando não consegue elaborar adequadamente o luto da separação, desencadeia um processo de destruição, de desmoralização, de descrédito do ex-cônjuge. Ao ver o interesse do pai em preservar a convivência com o filho, quer vingar-se, afastando este do genitor. Diante da disputa judicial para decidir o futuro do filho, a mãe, que muitas vezes é a guardiã da criança, passa a questionar a competência do pai, que na maioria dos casos é quem sai de casa e passa a reivindicar o direito de convivência. A justificativa aqui é que o pai (agora ausente) não é mais um membro da família e sim um conhecido que a criança precisa ver só de vez em quando. O genitor guardião sente necessidade de mostrar que é superior ao outro e que não precisa dele, buscando afastá-lo a qualquer custo. O guardião inicia sua estratégia de cumplicidade para obter uma aliança com o filho. Assim, surgem as primeiras barreiras entre a criança e genitor não guardião. Doenças inexistentes, atrasos inexplicáveis, tratos não cumpridos, compromissos de ultima hora são apenas alguns exemplos do início de uma possível Alienação Parental. Segundo o psicólogo Álvaro Pereira da Silva Jr. 7, a SAP é um processo que surge após o rompimento definitivo do casal, após a decisão da separação. Existe um jogo de manipulações onde é utilizadas diversas armas, até afirmativa de o filho ter sido vitima de abuso sexual. O filho é convencido da existência de um fato e levado a repetir tal afirmação como se realmente tivesse acontecido. A criança, na maioria dos casos, não consegue diferenciar a verdade da mentira, passando a ser verdade para ela a verdade que lhe foi imposta. Assim, acaba sendo implantadas no filho falsas memórias. 7 SILVA JÚNIOR, Álvaro Pereira da. E psicólogo forense do IML de Brasília DF.

31 31 O definhamento da relação entre genitor não guardião e filho pode, também, servir de parâmetro para identificação de uma propensa alienação. Nos casos em que a criança possui uma idade mais avançada, o vinculo de afeto criado, evidentemente na constância da união entre os genitores, é rompido de forma gradual e substancial após a separação. É comum, de um modo geral, levar os fatos ao conhecimento do Poder Judiciário, buscando a suspensão das visitas do genitor alienado. Diante da gravidade da situação, o juiz suspende as visitas e determina realização de estudos sociais e psicológicos para verificar a veracidade dos fatos a ele informados. Esse estudo é demorado, e durante esse período cessa a convivência do pai com filho. Esse afastamento repentino desencadeia sequelas, assim como o constrangimento das diversas entrevistas e dos exames para detectar a verdade. Em decisão ao gravo de instrumento do processo de regulamentação de visitas e suspeita de síndrome da alienação parental, a desembargadora Maria Berenice Dias decidiu: REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS. SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL - Evidenciada o elevadíssimo grau de beligerância existente entre os pais que não conseguem superar suas dificuldades sem envolver os filhos, bem como a existência de graves acusações perpetradas contra o genitor que se encontra afastado da prole há bastante tempo, revela-se mais adequada a realização das visitas em ambiente terapêutico. Tal forma de visitação também se recomenda por haver a possibilidade de se estar diante de quadro de síndrome da alienação parental. Apelo provido em parte. Poderá ser estabelecidas visitas de forma monitorada, na companhia de terceiros ou no fórum, de forma que a criança seja preservada. Esses encontros geralmente são boicotados, sendo utilizadas várias maneiras para que não concretizem, já que o objetivo da mãe ou do pai é cessar a convivência entre o pai e o filho. O juiz tem que tomar precauções redobradas diante da dificuldade da identificação da existência ou não dos episódios denunciados. Segundo Maria Berenice Dias 8, a única saída é buscar identificar a presença de outros sintomas que permitam reconhecer que se está perante a síndrome da alienação parental e que 8 Maria Berenice Dias: Desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Vice- Presidente Nacional do Instituto Brasileiro de Direito de Família IBDFAM

32 32 as denuncias foram levadas por um espírito de vingança, como meio de finalizar o relacionamento entre o genitor e o filho. Assim, é indispensável, não só a participação de psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais, mas que o juiz se capacite para detectar a existência do sentimento de ódio a ponto programar o filho com falsas verdades no intuito de afastá-lo do outro genitor.

33 33 8 PUNIÇÕES PARA A PRÁTICA DA ALIENAÇAO PARENTAL A síndrome da alienação parental tem ganhado grande dimensão no Brasil hoje. Pais e mães que antes se calavam, agora estão indo em busca de esclarecimentos para o afastamento, muitas vezes inexplicáveis, dos filhos. Agora, esses pais estão em busca de reverter essa situação buscando ajuda do poder judiciário para poder restabelecer o vinculo afetivo rompido. Com a finalidade de reprimir toda forma que prejudique a adequada formação psicológica e emocional de filhos de pais separados, deputado federal Regis de Oliveira (PSC-SP) apresentou, em novembro de 2008, o projeto de lei que regulamenta a alienação parental, que é uma das principais causas de danos à criança após a separação dos pais. Para o deputado, a aprovação do projeto será um grande avanço para a sociedade: A Lei será uma proteção para os filhos dos casais cuja relação se tornou odiosa. Com a Lei, os ex-cônjuges terão mais cuidado para não usar as crianças e adolescentes como instrumento desse ódio, que gera danos psicológicos e materiais para os filhos e também para o ex-parceiro ou parceira vítima da alienação. Até agora não existia legislação para amparar as vítimas de alienação parental. Acredito que, com o projeto em vigor, quem programar o filho para odiar o outro ficará constrangido e acuado. Em conformidade com a definição dada no projeto: "considera-se ato de alienação parental a interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente promovida ou induzida por um dos genitores, pelos avós ou pelos que tenham a criança ou adolescente sob a sua autoridade, guarda ou vigilância para que repudie genitor ou que cause prejuízo ao estabelecimento ou à manutenção de vínculos com este". Com a aprovação da lei, havendo indícios da pratica da alienação, o juiz, se necessário, em ação incidental ou autônoma, poderá determinar a perícia psicológica ou biopsicossocial. O processo terá tramitação prioritária e o juiz

34 34 determinará depois de ouvido o Ministério Público, medidas provisórias necessárias para a preservação da integridade psicológica da criança, conforme o art. 3º do projeto-lei. Caracterizados atos típicos da alienação parental ou qualquer conduta que dificulte o convívio da criança com o genitor, o juiz poderá advertir ou até mesmo punir o alienador. Em decisão ao agravo de instrumento de um processo de destituição do poder familiar e acusação de abuso sexual, que tramitou na sétima vara cível da comarca de Porto Alegre/RS, a então desembargadora Maria Berenice Dias, julgou: DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. ABUSO SEXUAL. SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL - Estando as visitas do genitor à filha sendo realizadas junto a serviço especializado, não há justificativa para que se proceda a destituição do poder familiar. A denúncia de abuso sexual levada a efeito pela genitora, não está evidenciada, havendo a possibilidade de se estar frente à hipótese da chamada síndrome da alienação parental. Negado provimento.. No Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a desembargadora Sandra Fonseca, da sexta câmara cível, decidiu da seguinte forma: AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS - PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA - AVERSÃO DO MENOR À FIGURA DO PAI - INDÍCIOS DE ALIENAÇÃO PARENTAL - NECESSIDADE DE CONVIVÊNCIA COM A FIGURA PATERNA - ASSEGURADO O DIREITO DE VISITAS, INICIALMENTE ACOMPANHADAS POR PSICÓLOGOS - REFORMA PARCIAL DA SENTENÇA. - O direito de vistas decorre do poder familiar, sendo a sua determinação essencial para assegurar o desenvolvimento psicológico, físico e emocional do filho. - É certo que ao estabelecer o modo e a forma como ocorrerá as visitas, deve-se levar em conta o princípio constitucional do Melhor Interesse da Criança, que decorre do princípio da dignidade humana, centro do nosso ordenamento jurídico atual. - Nos casos de alienação parental, não há como se impor ao menor o afeto e amor pelo pai, mas é necessário o estabelecimento da convivência, mesmo que de forma esporádica, para que a distância entre ambos diminua e atenue a aversão à figura paterna de forma gradativa. - Não é ideal que as visitas feitas pelo pai sejam monitoradas por uma psicóloga, contudo, nos casos de alienação parental que o filho demonstra um medo incontrolável do pai, torna-se prudente, pelo menos no começo, esse acompanhamento. - Assim que se verificar que o menor consegue ficar sozinho com o pai, impõem-se a suspensão do acompanhamento do psicólogo, para que a visitação passe a ser um ato natural e prazeroso. Provido em parte.

35 35 Outras decisões: AGRAVO DE INSTRUMENTO. FAMÍLIA. INSURGÊNCIA DO AGRAVANTE QUANTO A SUSPENSÃO DO ANDAMENTO DA AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS ENQUANTO PENDENTE DE JULGAMENTO EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA AJUIZADA PELA AGRAVADA. AUSÊNCIA DE CUMPRIMENTO DA MEDIDA LIMINAR QUE REGULAMENTOU O DIREITO DO AGRAVANTE DE VISITAR A FILHA DE OITO ANOS DE IDADE, DEFERIDA NESTE GRAU DE JURISDIÇÃO. PEDIDO DE SUBSTITUIÇÃO DA CLÍNICA ONDE A MENINA FAZ TRATAMENTO. MATÉRIA JÁ DECIDIDA PELO JUÍZO SINGULAR. REQUERIMENTO DE CONDENAÇÃO DA AGRAVADA NAS PENAS DE LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ. POSSIBILIDADE. Hipótese em que se revela imperioso o imediato cumprimento do que fora decidido pelo Relator do Agravo de Instrumento nº , quando não mais por ter restado decidido que a convivência entre pai e filha deve ser imediatamente restabelecida, nada obstante estivesse em tramitação exceção de incompetência oposta pela agravada, cuja matéria é eminentemente processual, não se podendo sobrepor à tutela já antecipada ao agravante em decisão do 2º Grau. Já no que pertine ao pedido de alteração da clínica onde a criança faz tratamento, é bem de anotar-se que o digno Juízo singular já se manifestou de forma negativa, tanto que interposto recurso de agravo de instrumento, tombado sob o nº Por isto, tal matéria não poderá ser apreciada no presente recurso. Evidenciado que a agravada não fixou residência na cidade de Alvorada, tanto que requerida a desistência da exceção de incompetência após a apresentação de impugnação pelo agravante, estampada a litigância de má-fé, com fundamento nos artigos 17, incisos II, V e VI c/c 18, ambos do CPC. Provido em parte. APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CAUTELAR DE SUSPENSÃO DO DIREITO DE VISITAÇÃO COM PEDIDO LIMINAR. ALEGAÇÃO DE INDÍCIOS DE ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR PRATICADO PELO RÉU À FILHA MENOR, DURANTE VISITAÇÕES FIXADAS JUDICIALMENTE. DEFERIMENTO DA LIMINAR SUSPENDENDO AS VISITAS DO RÉU À FILHA. SENTENÇA QUE JULGOU IMPROCEDENTE A AÇÃO, DETERMINANDO O RETORNO DAS VISITAS PATERNAS DE FORMA GRADUAL. APELO DA GENITORA (AUTORA) ALEGANDO QUE AS PROFISSIONAIS INDICADAS PARA ACOMPANHAR AS VISITAS DO RÉU À FILHA NÃO PRESTAM TAL TIPO DE SERVIÇO E QUE, APESAR DE NÃO TER SIDO COMPROVADO O ABUSO SEXUAL PELO GENITOR, MOSTRA-SE PRUDENTE A MAJORAÇÃO, DE 3 MESES PARA 6 MESES, PARA CADA ETAPA DETERMINADA NA SENTENÇA, EM FACE DO DISTANCIAMENTO E DA RESISTÊNCIA DA FILHA AO PAI. Após detalhada instrução probatória, as provas produzidas nestes autos, acrescidas da conclusão da ação penal movida contra o ora

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 17

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 17 CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Procedimento da Guarda Compartilhada: Aplicação do rito especial até a audiência de conciliação

Leia mais

GEORGIOS ALEXANDRIDIS

GEORGIOS ALEXANDRIDIS GEORGIOS ALEXANDRIDIS Mestre e Doutorando em Direito das Relações Sociais pela PUC/SP; Especialista em Direito das Relações de Consumo pela PUC/SP; Professor Universitário (graduação e pós-graduação) e

Leia mais

ALIENAÇÃO PARENTAL. parental;

ALIENAÇÃO PARENTAL. parental; 1 ALIENAÇÃO PARENTAL PROJETO DE LEI Nº 4.053, DE 2008, DA CÂMARA DOS DEPUTADOS DISPÕE SOBRE A ALIENAÇÃO PARENTAL Autor: Deputado Régis de Oliveira SUBSTITUTIVO DA COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 19/11/2018. Alienação parental.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 19/11/2018. Alienação parental. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 19/11/2018 Alienação parental. Alienação parental é quando o pai ou a mãe utiliza meios para afastar o filho do

Leia mais

ALIENAÇÃO PARENTAL SOB O OLHAR DO ADVOGADO CRIMINAL MURILLO ANDRADE ADVOGADO CRIMINAL

ALIENAÇÃO PARENTAL SOB O OLHAR DO ADVOGADO CRIMINAL MURILLO ANDRADE ADVOGADO CRIMINAL ALIENAÇÃO PARENTAL SOB O OLHAR DO ADVOGADO CRIMINAL MURILLO ANDRADE ADVOGADO CRIMINAL AMOR E ÓDIO A GÊNESES DAS DISPUTAS NAS VARAS DE FAMÍLIA E CRIMINAL AMOR: forte afeição por outra pessoa, nascida de

Leia mais

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 05

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 05 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Famílias contemporâneas Conti.: Duração razoável do processo deve ser levada em consideração, trata-se

Leia mais

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31

Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31 Instituições de Direito Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 31 DIREITO DE FAMÍLIA Conceito é o conjunto de normas jurídicas que disciplina a entidade familiar, ou seja, a comunidade formada por qualquer

Leia mais

Estatuto da Criança e do Adolescente

Estatuto da Criança e do Adolescente DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR O ECA define três modalidades de família. São elas: NATURAL (art. 25, Caput) EXTENSA OU AMPLIADA (art. 25, único) SUBSTITUTA (art. 28) NATURAL Entende-se por família natural

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Poder Familiar.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Poder Familiar. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 14/02/2018. Poder Familiar. Extinção do poder familiar é definitiva e ocorre quando: Morte do menor ou

Leia mais

24/04/2018 O DIREITO DE FAMÍLIA NO SISTEMA BRASILEIRO E SUAS REPERCUSSÕES LEGAIS UNIÃO ESTÁVEL CASAMENTO NO BRASIL

24/04/2018 O DIREITO DE FAMÍLIA NO SISTEMA BRASILEIRO E SUAS REPERCUSSÕES LEGAIS UNIÃO ESTÁVEL CASAMENTO NO BRASIL O DIREITO DE FAMÍLIA NO SISTEMA BRASILEIRO E SUAS REPERCUSSÕES LEGAIS GIOVANI FERRI PATRICIA BALENSIEFER CASAMENTO NO BRASIL BRASIL IMPÉRIO: CASAMENTO CATÓLICO - regulado pela Igreja Católica, religião

Leia mais

Alienação Parental. VI Congresso Nacional & IV Congresso Internacional Alienação Parental ABCF

Alienação Parental. VI Congresso Nacional & IV Congresso Internacional Alienação Parental ABCF VI Congresso Nacional & IV Congresso Internacional Alienação Parental ABCF Angela Gimenez Juíza da 1ª. Vara Especializada em Direito das Famílias e Sucessões de Cuiabá Presidente do IBDFAM Seção Mato Grosso

Leia mais

Modificações no Estatuto das Famílias

Modificações no Estatuto das Famílias Modificações no Estatuto das Famílias Projeto de Lei 2.285/2007, apensado ao PL 675/2007 PROJETO ORIGINAL deputado Sérgio Barradas (PT-BA) Art. 91 Constituindo os pais nova entidade familiar os direitos

Leia mais

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador PAULO PAIM I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE RELATOR: Senador PAULO PAIM I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2010 Da COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVA, sobre o Projeto de Lei da Câmara nº 20, de 2010 (PL nº 4.053, de 2008), do Deputado Régis de Oliveira, que dispõe sobre a

Leia mais

ALIENAÇÃO PARENTAL: órfãos de pais vivos RESUMO

ALIENAÇÃO PARENTAL: órfãos de pais vivos RESUMO ALIENAÇÃO PARENTAL: órfãos de pais vivos Fernanda Fayer de Oliveira Fernandes 1 Letícia D. Ferreira Sell 2 RESUMO O presente trabalho analisa a Síndrome da Alienação Parental e a importância de sua tipificação

Leia mais

GUARDA COMPARTILHADA GERALDO, M. L.

GUARDA COMPARTILHADA GERALDO, M. L. GUARDA COMPARTILHADA GERALDO, M. L. GERALDO, Maria Luisa Guarda Compartilhada. Trabalho de Curso de Graduação em Direito da Faculdade de Apucarana. Apucarana-Pr. 2012. RESUMO Esse trabalho estuda a guarda

Leia mais

Da Ordem Social: da família, da criança, do adolescente e do idoso.

Da Ordem Social: da família, da criança, do adolescente e do idoso. Da Ordem Social: da família, da criança, do adolescente e do idoso. Cretella Júnior e Cretella Neto Direito Constitucional III Prof. Dr. João Miguel da Luz Rivero jmlrivero@gmail.com Base da ordem social

Leia mais

Continuação Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Adoção- art.39 a Direito da Infância e da Adolescência

Continuação Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Adoção- art.39 a Direito da Infância e da Adolescência Continuação Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Adoção- art.39 a 50 1 2 Conceito: medida protetiva de colocação em família substituta que estabelece o parentesco civil entre adotantes e adotados.

Leia mais

FACULDADE MULTIVIX CARIACICA CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO A GUARDA COMPARTILHADA COMO SOLUÇÃO PARA A ALIENAÇÃO PARENTAL

FACULDADE MULTIVIX CARIACICA CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO A GUARDA COMPARTILHADA COMO SOLUÇÃO PARA A ALIENAÇÃO PARENTAL FACULDADE MULTIVI CARIACICA CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO A GUARDA COMPARTILHADA COMO SOLUÇÃO PARA A ALIENAÇÃO PARENTAL CARIACICA/ES 2018 Antonio Marcos Cunha Júnior A GUARDA COMPARTILHADA COMO SOLUÇÃO

Leia mais

Sumário. Proposta da Coleção Leis Especiais para Concursos Apresentação da Segunda Edição Apresentação... 19

Sumário. Proposta da Coleção Leis Especiais para Concursos Apresentação da Segunda Edição Apresentação... 19 Sumário Proposta da Coleção Leis Especiais para Concursos... 15 Apresentação da Segunda Edição... 17 Apresentação... 19 Abreviaturas Utilizadas... 21 Capítulo I Lei de Alimentos... 23 Lei nº 5.478, de

Leia mais

Conceito de família. João Benício Aguiar. João Benício Aguiar

Conceito de família. João Benício Aguiar. João Benício Aguiar Conceito de família O que é família? Arranjos familiares: Família tradicional: pai, mãe e um ou mais filhos. Monoparental: composta por apenas um dos progenitores: pai ou mãe. Os motivos que possibilitam

Leia mais

SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL X A NECESSIDADE DE GARANTIA DO DIREITO FUNDAMENTAL A UMA VIDA SAUDÁVEL DA CRIANÇA

SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL X A NECESSIDADE DE GARANTIA DO DIREITO FUNDAMENTAL A UMA VIDA SAUDÁVEL DA CRIANÇA SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL X A NECESSIDADE DE GARANTIA DO DIREITO FUNDAMENTAL A UMA VIDA SAUDÁVEL DA CRIANÇA Kelly Vannessa 1 kelly@dbsassociados.com.br Antônio Leonardo Amorim 2 Amorimdireito.sete@hotmail.cm

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Direitos Fundamentais Poder Familiar e Direito à Convivência Familiar e Comunitária Parte 1 Profª. Liz Rodrigues - Art. 19, ECA: É direito da criança e do adolescente

Leia mais

PSICOLOGIA JURÍDICA: RELAÇÃO COM O DIREITO DE FAMÍLIA

PSICOLOGIA JURÍDICA: RELAÇÃO COM O DIREITO DE FAMÍLIA PSICOLOGIA JURÍDICA: RELAÇÃO COM O DIREITO DE FAMÍLIA Prof. Thiago Gomes 1. CONTEXTUALIZAÇÃO O QUE É A FAMÍLIA? E O CASAMENTO? Poema: PROMESSAS MATRIMONIAIS (Martha Medeiros) Promete se deixar conhecer?

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 14/11/2018. Guarda dos filhos menores.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 14/11/2018. Guarda dos filhos menores. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Tipos de guarda. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 14/11/2018 Guarda dos filhos menores. Compartilhada regulada pela lei n.º 13.058/2014, sistema

Leia mais

ALIENAÇÃO PARENTAL. 1 Introdução: 2 Alienação Parental: 28/09/2014. Psicanálise (1987 Richard A Gardner) Direito (Br Lei n. 12.

ALIENAÇÃO PARENTAL. 1 Introdução: 2 Alienação Parental: 28/09/2014. Psicanálise (1987 Richard A Gardner) Direito (Br Lei n. 12. ALIENAÇÃO PARENTAL Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima 1 Introdução: Psicanálise (1987 Richard A Gardner) Direito (Br Lei n. 12.318/2010) programação do filho pelo pai-guardião, utilizando por vezes,

Leia mais

Alienação Pa rental?

Alienação Pa rental? Você pratica Alienação Pa rental? Seu filho só tem um pai e uma mãe. Agir com inteligência e maturidade é fazê-lo acreditar que ele tem o melhor pai e a melhor mãe do mundo! Quando ele estiver pronto,

Leia mais

A Alienação Parental foi positivada em 2010 por meio da Lei prevendo:

A Alienação Parental foi positivada em 2010 por meio da Lei prevendo: 1. ALIENAÇÃO PARENTAL (Lei n. 12.318/2010) Uns chamam de síndrome de alienação parental ; outros, de implantação de falsas memórias. (...)Este tema começa a despertar a atenção, pois é prática que vem

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 17/09/2018. União estável.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 17/09/2018. União estável. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 17/09/2018. União estável. Procedimento da ação de reconhecimento e extinção da união estável. Procedimento ordinário

Leia mais

LEI Nº , DE 26 DE AGOSTO DE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº , DE 26 DE AGOSTO DE O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEI Nº 12.318, DE 26 DE AGOSTO DE 2010. Mensagem de veto (**) Ao final do texto Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei n o 8.069, de 13 de julho de 1990. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Leia mais

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 19/09/2018. Parentesco.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 19/09/2018. Parentesco. Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 19/09/2018. Parentesco. Espécies de parentesco. Sogro / Sogra Genro / Nora 3- Afinidade Enteado / Enteada Madrasta

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO ACÓRDÃO ACÓRDÃO Registro: 2011.0000326845 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 0374453-78.2009.8.26.0000, da Comarca de Sorocaba, em que é agravante LUCIANA CHIURATTO SEABRA sendo

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO SÃO PAULO/ JUNHO 2015 Antes de ser um fato jurídico, a adoção é um fato social, praticado desde o início da humanidade; Provimento de herdeiro x permanência

Leia mais

Nº COMARCA DE SÃO SEPÉ

Nº COMARCA DE SÃO SEPÉ APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR ABANDONO MATERIAL, MORAL E AFETIVO. ABALO EMOCIONAL PELA AUSÊNCIA DO PAI. O pedido de reparação por dano moral no Direito de Família exige a apuração criteriosa

Leia mais

GUARDA COMPARTILHADA. Comissão de Direito. de Família e Sucessões

GUARDA COMPARTILHADA. Comissão de Direito. de Família e Sucessões Comissão de Direito de Família e Sucessões 01 O QUE SIGNIFICA GUARDA? A guarda compartilhada consiste em uma das modalidades de guarda dos filhos após a separação do casal. Nela, as decisões, rotineiras

Leia mais

1 Introdução: 1 Introdução: FAMÍLIA, ENTIDADES FAMILIARES E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA 17/08/2014

1 Introdução: 1 Introdução: FAMÍLIA, ENTIDADES FAMILIARES E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA 17/08/2014 FAMÍLIA, ENTIDADES FAMILIARES E PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO DE FAMÍLIA Prof.a Dra Cíntia Rosa Pereira de Lima 1 Introdução: Funções da família: religiosa, econômica, social e procracional. Hoje:

Leia mais

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento

Introdução ao Direito de Família Casamento e União Estável Formalidades Preliminares. Habilitação para o Casamento Sumário 1 Introdução ao Direito de Família 1.1 Compreensão 1.2 Lineamentos Históricos 1.3 Família Moderna. Novos Fenômenos Sociais 1.4 Natureza Jurídica da Família 1.5 Direito de família 1.5.1 Características

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO

XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO XXII EXAME DE ORDEM DIREITO CIVIL: FAMÍLIA E SUCESSÕES PROF.ª CARLA CARVALHO XXII EXAME DE ORDEM DIREITO DE FAMÍLIA Temas recorrentes FAMÍLIA casamento; regime de bens partilha Alteração SUCESSÕES vocação

Leia mais

Direito Civil Internacional:

Direito Civil Internacional: Direito Civil Internacional: : Pátrio Poder, Adoção, Alimentos, Tutela e Curatela Parte I Professora Raquel Perrota 1. Pátrio Poder - A compreensão da expressão pátrio poder permeia a sua evolução ao longo

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 25/10/2017. Divórcio estrangeiro. O divórcio feito no estrangeiro precisava ser homologado no STF para

Leia mais

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 542, DE 2018

SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 542, DE 2018 SENADO FEDERAL PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 542, DE 2018 Dispõe sobre a custódia compartilhada dos animais de estimação nos casos de dissolução do casamento ou da união estável. AUTORIA: Senadora Rose de

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo fls. 1 Registro: 2016.0000231574 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 0176477-49.2012.8.26.0100, da Comarca de, em que é apelante ADPM- ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA POLICIA MILITAR

Leia mais

ROTEIRO DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PARA ANALISTA DO BACEN NOÇÕES GERAIS

ROTEIRO DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PARA ANALISTA DO BACEN NOÇÕES GERAIS ROTEIRO DIREITO CIVIL DIREITO DE FAMÍLIA PARA ANALISTA DO BACEN NOÇÕES GERAIS 1) Espécies de Entidade familiar a. Família matrimonial (casamento). b. Família informal (união estável). c. Família monoparental

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º, DE 2007

PROJETO DE LEI N.º, DE 2007 PROJETO DE LEI N.º, DE 2007 Regulamenta o artigo 226 3º da Constituição Federal, união estável, institui o divórcio de fato. O Congresso Nacional decreta: DA UNIÃO ESTAVEL Art. 1º- É reconhecida como entidade

Leia mais

Sumário. 1 Estatuto da Criança e do Adolescente Anotado... 1 Lei nº 8.069, de 13 de julho de

Sumário. 1 Estatuto da Criança e do Adolescente Anotado... 1 Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1 Estatuto da Criança e do Adolescente Anotado... 1 Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990... 1 Livro I Parte Geral... 1 Título I Das Disposições Preliminares... 1 Título II Dos Direitos Fundamentais...

Leia mais

VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE QUANDO DA OCORRÊNCIA DA ALIENAÇÃO PARENTAL NECESSIDADE DE UMA VIDA SAUDÁVEL PARA OS INFANTOS

VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE QUANDO DA OCORRÊNCIA DA ALIENAÇÃO PARENTAL NECESSIDADE DE UMA VIDA SAUDÁVEL PARA OS INFANTOS VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE QUANDO DA OCORRÊNCIA DA ALIENAÇÃO PARENTAL NECESSIDADE DE UMA VIDA SAUDÁVEL PARA OS INFANTOS Kelly Vannessa 1 kelly@dbsassociados.com.br Antônio

Leia mais

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 01

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 01 PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO DE FAMÍLIA E SUCESSÕES. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima O art. 693 do NCPC traz menção expressa das Ações do Direito de Família, conforme segue: Art. 693. As

Leia mais

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 4. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 4. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei nº 11.340/2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 4. Prof.ª Maria Cristina Seção II - Das Medidas Protetivas de Urgência que Obrigam o Agressor Art. 22. Constatada

Leia mais

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;

II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida; Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas

Leia mais

O PODER FAMILIAR E SEU REFLEXO, SOBRE A GUARDA DE MENORES.

O PODER FAMILIAR E SEU REFLEXO, SOBRE A GUARDA DE MENORES. O PODER FAMILIAR E SEU REFLEXO, SOBRE A GUARDA DE MENORES. Nathalia Ghiraldelo YARAIAN 1 RESUMO: O poder exercido sobre os incapazes em âmbito familiar, possui algumas características para que se possa

Leia mais

Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE A C Ó R D Ã O

Nº COMARCA DE PORTO ALEGRE A C Ó R D Ã O DESTITUIÇÃO DO PODER FAMILIAR. ABUSO SEXUAL. SÍNDROME DA ALIENAÇÃO PARENTAL. Estando as visitas do genitor à filha sendo realizadas junto a serviço especializado, não há justificativa para que se proceda

Leia mais

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores CLAUDIO GODOY (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E RUI CASCALDI.

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores CLAUDIO GODOY (Presidente sem voto), AUGUSTO REZENDE E RUI CASCALDI. fls. 172 Registro: 2016.0000771313 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 2138378-43.2016.8.26.0000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante é agravada AMIL

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Aula 06 Competência - Condições da Ação - Elementos da Ação

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Aula 06 Competência - Condições da Ação - Elementos da Ação Aula 06 Competência - Condições da Ação - Elementos da Ação 1. Conceito de competência Capacidade é a maneira de se distribuir dentre os vários órgãos jurisdicionais, as atribuições relativas ao desempenho

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Os direitos dos companheiros na união estável. Sandra Ressel * A União estável é um instituto que consiste na união respeitável, a convivência contínua, duradoura e pública, entre

Leia mais

Mostra de Iniciação Científica EFEITOS NA SUBJETIVIDADE DAS CRIANÇAS DE PAIS SEPARADOS EM RELAÇÃO À ALIENAÇÃO PARENTAL

Mostra de Iniciação Científica EFEITOS NA SUBJETIVIDADE DAS CRIANÇAS DE PAIS SEPARADOS EM RELAÇÃO À ALIENAÇÃO PARENTAL Mostra de Iniciação Científica EFEITOS NA SUBJETIVIDADE DAS CRIANÇAS DE PAIS SEPARADOS EM RELAÇÃO À ALIENAÇÃO PARENTAL Vanderlei Camini 1 Magda Medianeira de Mello 2 Resumo: Este artigo trata dos principais

Leia mais

O Direito é envolvente e acalora corações que se voltam a ele. Impossível ser indiferente às questões postas pela ordenação.

O Direito é envolvente e acalora corações que se voltam a ele. Impossível ser indiferente às questões postas pela ordenação. O Direito é envolvente e acalora corações que se voltam a ele. Impossível ser indiferente às questões postas pela ordenação. Nem sempre (o direito) evolui na velocidade dos acontecimentos e aí, exatamente

Leia mais

Elsa de Mattos Psicóloga e Professora de Psicologia da UFBA 4º Seminário da Associação Brasileira de Mulheres da Carreira Jurídica ESA Agosto 2016

Elsa de Mattos Psicóloga e Professora de Psicologia da UFBA 4º Seminário da Associação Brasileira de Mulheres da Carreira Jurídica ESA Agosto 2016 ALIENAÇÃO PARENTAL Novas perspectivas de abordagem e intervenção Elsa de Mattos Psicóloga e Professora de Psicologia da UFBA 4º Seminário da Associação Brasileira de Mulheres da Carreira Jurídica ESA Agosto

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DOS AVÓS NAS AÇÕES DE GUARDA: UMA ANÁLISE EM CASOS CONCRETOS FRENTE À ATUAÇÃO DO NEDDIJ

A IMPORTÂNCIA DOS AVÓS NAS AÇÕES DE GUARDA: UMA ANÁLISE EM CASOS CONCRETOS FRENTE À ATUAÇÃO DO NEDDIJ 14. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido - ISSN 2238-9113 1 ISSN 2238-9113 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( X) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( ) SAÚDE ( ) TRABALHO

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br União Estável: Surgimento e Reconhecimento Como Entidade Familiar Larissa Vilanova...E a gente vive junto E a gente se dá bem Não desejamos mal a quase ninguém E a gente vai à luta

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO fls. 1341 ACÓRDÃO Registro: 2017.0000763920 Vistos, relatados e discutidos estes autos de Apelação nº 1020575-62.2014.8.26.0053, da Comarca de São Paulo, em que é apelante R. R. M., é apelado M. P. DO

Leia mais

DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I

DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I DIREITO CIVIL IX FAMÍLIA I PARENTESCO RELAÇÃO QUE VINCULA ENTRE SI PESSOAS QUE DESCENDEM UMAS DAS OUTRAS, OU DE AUTOR COMUM (CONSANGUINIDADE), QUE APROXIMA CADA UM DOS CÔNJUGES DOS PARENTES DO OUTRO (AFINIDADE),

Leia mais

DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS

DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) Paulo Sérgio Lauretto titular da DEPCA Campo Grande/MS Objetivo Fazer um resgate histórico do funcionamento da DEPCA como era e como

Leia mais

Requisitos da União Estável

Requisitos da União Estável Curso de Direito - Parte Especial - Livro IV - Do Direito de Família - Prof. Ovídio Mendes - Fundação Santo André 1 / 6 DA UNIÃO ESTÁVEL P A R T E E S P E C I A L LIVRO IV DO DIREITO DE FAMÍLIA TÍTULO

Leia mais

A C Ó R D Ã O Nº XXXXXXXXX (N CNJ: XXXXXXXXXXXX) COMARCA DE VIAMÃO T.T.T.T... K.K.K... AGRAVANTE AGRAVADO

A C Ó R D Ã O Nº XXXXXXXXX (N CNJ: XXXXXXXXXXXX) COMARCA DE VIAMÃO T.T.T.T... K.K.K... AGRAVANTE AGRAVADO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA. COMPETÊNCIA TERRITORIAL. PREVISÃO DO ART. 100 DO CPC QUE FICA AFASTADA PELAS DIRETRIZES DE PROTEÇÃO DIFERENCIADA E ESPECIAL AOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO

Leia mais

A família. contemporânea. à luz do DIREITO

A família. contemporânea. à luz do DIREITO A família contemporânea à luz do DIREITO A FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA À LUZ DO DIREITO A Família é a primeira forma de relação vivenciada pelo indivíduo, é o seu primeiro contato com o mundo, no qual ele vai

Leia mais

PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NA GUARDA COMPARTILHADA Autores: Gagstetter, G.

PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NA GUARDA COMPARTILHADA Autores: Gagstetter, G. PRINCIPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA NA GUARDA COMPARTILHADA Autores: Gagstetter, G. Resumo: Em caso de separação, a regra até pouco tempo atrás prevalecia a guarda unilateral em que um dos pais obtinha

Leia mais

Direito Constitucional

Direito Constitucional Direito Constitucional Da Família, da Criança, do Adolescente e do Idoso Professor: André Vieira www.acasadoconcurseiro.com.br Direito Constitucional CAPÍTULO VII Da Família, da Criança, do Adolescente,

Leia mais

DIREITO CIVIL 12/08/2015 DIREITO CIVIL TEORIA GERAL DA RELAÇÃO PRIVADA. Prof. Nelson Rosenvald

DIREITO CIVIL 12/08/2015 DIREITO CIVIL TEORIA GERAL DA RELAÇÃO PRIVADA. Prof. Nelson Rosenvald ESTÁCIO-CERS DIREITO CIVIL DIREITO CIVIL Prof. Nelson Rosenvald TEORIA GERAL DA RELAÇÃO PRIVADA Compreensão histórica e política do direito privado. As novas formas de exteorização do Direito Civil. 1)

Leia mais

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85

5 Celebração e Prova do Casamento, Ritos matrimoniais, Cerimônia do casamento, Suspensão da cerimônia, 85 Sumário Nota do Autor à lfi edição, xiii 1 Introdução ao Direito de Família, 1 1.1 Compreensão, 1 1.2 Lineamentos históricos, 2 1.3 Família moderna. Novos fenômenos sociais, 5 1.4 Natureza jurídica da

Leia mais

A ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS PUNIBILIDADES

A ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS PUNIBILIDADES A ALIENAÇÃO PARENTAL E SUAS PUNIBILIDADES Luana Coelho Gomes e Sousa Fabio Vargas RESUMO Regularizada pela lei 12.318/2010 ressalta os meios processuais para reconhece la como também mostra meios e sanções

Leia mais

Direito Civil. Do Regime de Bens. Prof. Marcio Pereira

Direito Civil. Do Regime de Bens. Prof. Marcio Pereira Direito Civil Do Regime de Bens Prof. Marcio Pereira Regime de Bens É o estatuto patrimonial que vigora entre os cônjuges durante o casamento. São aplicáveis os seguintes princípios: Princípio da variedade

Leia mais

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula ministrada dia 18/09/2017. Parentesco. Os parentes em linha reta são os ascendentes e os descendentes, os graus na linha

Leia mais

GUIA para. os estabelecimentos de ensino, pais, mães. e encarregados de educação. Fevereiro, 2014 Com a colaboração da DIREÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO

GUIA para. os estabelecimentos de ensino, pais, mães. e encarregados de educação. Fevereiro, 2014 Com a colaboração da DIREÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO GUIA para os estabelecimentos de ensino, pais, mães e encarregados de educação Fevereiro, 2014 Com a colaboração da DIREÇÃO-GERAL DA EDUCAÇÃO Índice 1. Responsabilidades Parentais... 3 2. Exercício Conjunto

Leia mais

Alienação parental abordagem critica sobre a alienação parental - o que é, causas, consequências e prevenção

Alienação parental abordagem critica sobre a alienação parental - o que é, causas, consequências e prevenção VI CONGRESSO NACIONAL DE ALIENAÇÃO PARENTAL VI CONGRESSO INTERNACIONAL DE ALIENAÇÃO PARENTAL Belo Horizonte, 17 e 18 de agosto de 2017 Alienação parental abordagem critica sobre a alienação parental -

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Prática de família e sucessões: A-) Casamento: a) Impedimentos matrimoniais: Previsto perante

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO MOURA RIBEIRO (Relator): Trata-se de recurso especial interposto por J.M. dos S. com fundamento no art. 105, III, a, do permissivo constitucional contra acórdão do Tribunal

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Medidas de Proteção Profª. Liz Rodrigues - A chamada situação de risco existe quando a criança ou o adolescente estão em uma condição de maior vulnerabilidade e precisam

Leia mais

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE

DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE DIREITO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Conceito de Criança e Adolescente e Doutrina da Proteção Integral parte 2 Profª. Liz Rodrigues - Art. 3º, ECA: A criança e o adolescente gozam de todos os direitos fundamentais

Leia mais

Prof. Me. Carlos Eduardo Dipp. Advogado em Curitiba/PR e Professor de Direito de Família.

Prof. Me. Carlos Eduardo Dipp. Advogado em Curitiba/PR e Professor de Direito de Família. Prof. Me. Carlos Eduardo Dipp Advogado em Curitiba/PR e Professor de Direito de Família. carlosdipp@vsdadvogados.com.br CRONOGRAMA DO WEBINAR (i) Reconhecimento de Paternidade (extrajudicial e judicial);

Leia mais

JOVEM 15 ANOS (PACIENTE) doloroso

JOVEM 15 ANOS (PACIENTE) doloroso PAIS MÉDICO JOVEM 15 ANOS (PACIENTE) Tratamento longo e doloroso recusa CONFLITO DE VONTADES PAIS (aceitam) FILHO (recusa) MÉDICO SOLUÇÃO? BEM-ESTAR DO MENOR FILHO (15 anos) = absolutamente incapaz (art.

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ LUCIANA BENEVIDES DE SCHUELER SUBTRAÇÃO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E OS ATOS DE ALIENAÇÃO PARENTAL

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ LUCIANA BENEVIDES DE SCHUELER SUBTRAÇÃO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E OS ATOS DE ALIENAÇÃO PARENTAL UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ LUCIANA BENEVIDES DE SCHUELER SUBTRAÇÃO INTERNACIONAL DE CRIANÇAS E OS ATOS DE ALIENAÇÃO PARENTAL Rio de Janeiro 2016 LUCIANA BENEVIDES DE SCHUELER SUBTRAÇÃO INTERNACIONAL DE

Leia mais

Em várias situações a legislação consagra da junção das jurisdições civil e criminal.

Em várias situações a legislação consagra da junção das jurisdições civil e criminal. Ação civil ex delicto Objetivo: Propiciar a reparação do dano causado pelo delito. Sentença penal condenatória e reparação do dano Art. 91, I, CP: Obrigação de indenizar o dano Art. 63, CPP e 475-N, II,

Leia mais

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina

Direito Penal. Lei nº /2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Direito Penal Lei nº 11.340/2006. Violência doméstica e Familiar contra a Mulher. Parte 1. Prof.ª Maria Cristina Art. 1o Esta Lei cria mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar

Leia mais

FÓRUM NACIONAL DA JUSTIÇA PROTETIVA

FÓRUM NACIONAL DA JUSTIÇA PROTETIVA PROJETO DE ENUNCIADO Nº 09, de 18 de outubro de 2017. Assegura a execepcionalidade da institucionalização da Criança/Adolescente, reconhecendo a possibilidade de em situações emergências o Conselho Tutelar

Leia mais

XXII EXAME DE ORDEM ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PROF.ª MAÍRA ZAPATER

XXII EXAME DE ORDEM ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PROF.ª MAÍRA ZAPATER XXII EXAME DE ORDEM ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE PROF.ª MAÍRA ZAPATER Noções introdutórias A doutrina da proteção integral Art. 1º Esta Lei dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente.

Leia mais

Espinho, 16 de março de João Severino

Espinho, 16 de março de João Severino Espinho, 16 de março de 2016 João Severino Lei n.º 141/2015, de 8 de setembro Aprovou o Regime Geral do Processo Tutelar Cível; Alterou o Regime Jurídico do Apadrinhamento Civil; Revogou a Organização

Leia mais

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Bloco 01

ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Bloco 01 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE Bloco 01 Professora Adriane de Sousa 1.Visão Histórica e Princípios: Obs. Art.100 ECA 12 princípios expressos- Lei 12.010/09 Obs. 227 CF: É dever da família, da sociedade

Leia mais

ATOS PROCESSUAIS. 2 - Forma dos atos processuais - CPC, art. 188/211

ATOS PROCESSUAIS. 2 - Forma dos atos processuais - CPC, art. 188/211 Curso Escrevente SP Atos processuais Código de Processo Civil - dos Atos Processuais (Livro IV): da Forma, do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais (Título I), da Comunicação dos Atos Processuais (Título

Leia mais

Renata Tibyriçá Defensora Pública do Estado

Renata Tibyriçá Defensora Pública do Estado Renata Tibyriçá Defensora Pública do Estado Defensoria Pública é instituição prevista na Constituição Federal (art. 134), presta assistência jurídica gratuita à população necessitada (geralmente são atendidas

Leia mais

Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Art. 19 a 38 do Estatuto da Criança e Adolescente. 1 Direito da Infância e da Adolescência

Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Art. 19 a 38 do Estatuto da Criança e Adolescente. 1 Direito da Infância e da Adolescência Direito à Convivência Familiar e Comunitária. Art. 19 a 38 do Estatuto da Criança e Adolescente 1 Direito à Convivência Familiar e Comunitária Previsão: Arts. 227 da CF e 19 e seguintes do ECA Afeto, cuidado

Leia mais

Da Função Jurisdicional

Da Função Jurisdicional Direito Processual Civil Da Função Jurisdicional Da Jurisdição e da Ação Art. 16 A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (Aula 06/08/2018) Família e Sucessões.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (Aula 06/08/2018) Família e Sucessões. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu. (Aula 06/08/2018) Família e Sucessões. Formatos Familiares Contemporâneos. A união estável já é tratada

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR

DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR DIREITO PROCESSUAL PENAL MILITAR Juiz, Auxiliares e Partes no Processo Penal Militar Parte 2 Prof. Pablo Cruz Suspeição entre adotante e adotado Art. 39. A suspeição entre adotante e adotado será considerada

Leia mais

S u m á r i o. Capítulo 1 Conceitos Capítulo 2 Aplicação do ECA Princípio da Proteção Integral da Criança e do Adolescente...

S u m á r i o. Capítulo 1 Conceitos Capítulo 2 Aplicação do ECA Princípio da Proteção Integral da Criança e do Adolescente... S u m á r i o Capítulo 1 Conceitos... 1 1. Nascituro...1 2. Criança...6 3. Adolescente...6 4. Menor Adulto ou Jovem (EC n o 65/2010)...7 5. Adulto...8 Capítulo 2 Aplicação do ECA... 13 Capítulo 3 Princípio

Leia mais

DISPUTA DE GUARDA E ALIENAÇÃO PARENTAL. PALAVRAS-CHAVE: Alienação parental, Disputa de guarda, Família, Criança e adolescente, Violência psicológica.

DISPUTA DE GUARDA E ALIENAÇÃO PARENTAL. PALAVRAS-CHAVE: Alienação parental, Disputa de guarda, Família, Criança e adolescente, Violência psicológica. 40 DISPUTA DE GUARDA E ALIENAÇÃO PARENTAL RESUMO LOULY, Filipe Marques. 1 SANTOS, Gisele Castanheira dos. 2 LIMA, Denise. 3 O presente trabalho tem como objetivo compreender a alienação parental no contexto

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL DIREITO PROCESSUAL PENAL Procedimento penal Outros Procedimentos Especiais Prof. Gisela Esposel - Procedimento da lei 11.340/06 Lei Maria da Penha - A Lei 11.340/06 dispõe sobre a criação de Juizados de

Leia mais

A Importância Da Guarda Compartilhada No Direito de Família

A Importância Da Guarda Compartilhada No Direito de Família A Importância Da Guarda Compartilhada No Direito de Família Graziela Morais CARDOSO 1 RESUMO: O presente artigo busca informar sobre a importância da guarda compartilhada e os seus benefícios para os filhos

Leia mais

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Previsão encontra-se art do C.C.

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Previsão encontra-se art do C.C. CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL. Aula Ministrada pelo Prof. Nelson Sussumu Shikicima 1-) Prática de família e sucessões: B-) Parentesco: Previsão encontra-se art. 1.591 do C.C. Art.

Leia mais